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Estudo indica que, mesmo no futuro, ser humano não viverá além dos 115 anos

Estudo indica que, mesmo no futuro, ser humano não viverá além dos 115 anos

BEM ESTAR

11/10/2016 - 20h00
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A expectativa de vida da população vem aumentando desde o século 19, graças a vacinas, melhores condições de parto e medicamentos para doenças como câncer e problemas cardíacos.

Mas será que um dia esse crescimento vai bater no teto? Será que um dia o ser humano vai chegar no limite de longevidade que o corpo suporta?

Um estudo publicado na revista especializada Nature diz que sim e vai além: afirma que o máximo que um humano pode viver é por 115 anos, mais ou menos.

Os pesquisadores, do Albert Einstein College of Medicine, em Nova York, analisaram décadas de dados sobre longevidade humana.

Segundo eles, raríssimas pessoas podem viver mais do que 125 anos. Tão raro que você teria de vasculhar 10 mil planetas Terra para encontrar apenas uma dessas pessoas.

A repercussão do estudo, no entanto, foi bastante diversa. Enquanto alguns cientistas teceram elogios, outros afirmaram que ele é uma grande farsa.

Supercentenários

Os pesquisadores usaram informações de um banco de dados chamado Human Mortality Database e incluíram o número de mortes dos chamados supercentenários - pessoas com mais de 110 anos - nos Estados Unidos, na França, no Japão e no Reino Unido.

A análise mostrou que o aumento da expectativa de vida está desacelerando entre os centenários e que a idade máxima para a morte vem se estabilizando nas últimas duas décadas.

"Em pessoas com mais de 105 anos, estamos avançando pouco, o que nos diz que é provável que estejamos chegando ao limite da vida humana", disse o professor Jan Vijg, um dos coautores do estudo.

"Conseguimos ver isso pela primeira vez na história. E parece que a expectativa máxima de vida é por volta dos 115 anos. É praticamente impossível ir além disso."

A mais idosa

Mas Jeanne Calment passou desse limite. A pessoa mais velha do mundo tinha ao menos 122 anos quando morreu, em 1997.

Francesa, ela nasceu antes de a Torre Eiffel ser construída e encontrou o pintor Vincent van Gogh.

Desde sua morte, ninguém chegou perto de sua longevidade.

A professor Linda Partridge, que é diretora da Instituto de Envelhecimento Saudável da University College, de Londres, disse à BBC que um limite para vida é algo que "por lógica, deve mesmo existir."

Mas ponderou: "apesar de o fato desse estudo bem interessante descrever o que está acontecendo agora, ele não descreve o que acontecerá mais para frente".

Muitos dos centenários analisados na pesquisa, disse, foram afetados por má nutrição e infecções na infância, durante o fim do século 19.

"Era certamente um cenário diferente do que um estudo sobre a geração atual, que também poderia ser negativo já que muitas crianças cresceram com obesidade e isso pode reduzir bastante a expectativa de vida", afirmou a professora.

Mas o para o professor James Vaupel, diretor do Instituto de Pesquisa Demográfica Max Planck, o estudo americano vai além do aceitável e não passa de uma "farsa".

Segundo ele, cientistas já fizeram a mesma afirmação no passado, dizendo que o limite de idade era de 65, 85 e 105 anos, apenas para serem desmentidos depois de algum tempo.

"Esse estudo não acrescenta em nada ao conhecimento científico sobre o quanto tempo nós vamos viver."

Impedir o envelhecimento?

Os autores da pesquisa acreditam, porém, que qualquer medida para impedir ou retardar o envelhecimento precisa ir além de tratar doenças e que lide com o envelhecimento dentro de cada célula do corpo.

"Para se chegar ao limite de 120, 125 ou, quem sabe, 130 anos, precisamos fazer algo muito fundamental. Precisamos mudar toda a maquiagem genética da espécie humana. E seria preciso desenvolver centenas de milhares de novos medicamentos", disse o professor Jan Vijg.

"O processo de envelhecimento é tão complicado que não será possível mudar substancialmente o limite da vida humana."

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Brasil fará primeiro lançamento comercial ao espaço em 10 dias, informa FAB

A atividade servirá para confirmar se satélites e experimentos interagem corretamente com o veículo lançador

12/11/2025 22h00

Brasil fará primeiro lançamento comercial ao espaço em 10 dias, informa FAB

Brasil fará primeiro lançamento comercial ao espaço em 10 dias, informa FAB Divulgação/Warley de Andrade/TV Brasil

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O Brasil fará seu primeiro lançamento comercial de um veículo espacial a partir do território nacional no próximo dia 22. De acordo com a Força Aérea Brasileira (FAB), o evento marca a entrada do Brasil no mercado global de lançamentos espaciais, abrindo novos caminhos para geração de renda e investimento no segmento.

Trata-se da Operação Spaceward 2025, responsável pelo lançamento do foguete sul-coreano HANBIT-Nano a partir do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão (MA).

A atividade servirá para confirmar se satélites e experimentos interagem corretamente com o veículo lançador, garantindo compatibilidade e segurança para o lançamento A integração das cargas úteis no foguete HANBIT-Nano, da Innospace, teve início na segunda-feira, 10, marcando uma das etapas decisivas antes do lançamento, durante a operação.

"Nessa fase, são realizados testes e verificações que asseguram uma conexão correta entre a carga útil - satélites e experimentos - e o veículo lançador, confirmando que cada equipamento está estabilizado e funcional para o momento do voo", explicou a FAB.

A missão para transportar cinco satélites e três experimentos, desenvolvidos por universidades e empresas nacionais e internacionais, simboliza, conforme a Força Aérea, a "entrada definitiva" do Brasil no mercado global de lançamentos espaciais, além de abrir novas oportunidades de geração de renda, inovação e atração de investimentos para o País.

"Essa etapa da operação é uma atribuição conduzida diretamente pela Innospace e pelos desenvolvedores dos satélites e experimentos. A FAB acompanha todo o processo no Prédio de Preparação de Propulsores, infraestrutura especializada disponibilizada pelo Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), o que reforça nosso compromisso em prover suporte técnico, coordenação e governança para que cada missão transcorra com integridade, transparência e alto padrão de confiabilidade", destacou em nota o coordenador-geral da operação, Coronel Engenheiro Rogério Moreira Cazo.

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Governo vai alterar prazo para adequação de big techs ao 'ECA digital'

As medidas entrariam em vigor um ano após a publicação da lei no Diário Oficial, mas prazo deverá ser reduzido para 180 dias

17/09/2025 22h00

Criança brincando com o celular

Criança brincando com o celular Foto: Reprodução/EPTV

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O governo federal vai editar uma Medida Provisória para reduzir o prazo para que as big techs coloquem em prática as normas fixadas pelo PL 2628, conhecido como ECA Digital. O projeto aprovado no Congresso estabelece regras para o uso de redes sociais por crianças e adolescentes. As medidas entrariam em vigor um ano após a publicação da lei no Diário Oficial. O governo, no entanto, considerou o prazo longo e decidiu reduzi-lo para 180 dias.

A MP está sendo liderada pela Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom) e deve ser editada nos próximos dias. Nesta quarta-feira, 17, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai sancionar o projeto em uma cerimônia no Palácio do Planalto. Ao alterar o prazo, o governo levou em conta, segundo fontes do Palácio do Planalto, o fato de que a lei entraria em vigor somente próximo da eleição, o que poderia elevar tensões durante o período eleitoral. Há uma visão de que qualquer debate relacionado às big techs está "entranhado" nas eleições de 2026

A aprovação do projeto de lei foi cercada de discussões e gerou reação de parte da oposição, que considerou o novo regramento uma espécie de censura às redes. O governo pesou ainda a possibilidade de que a demora para aplicar o ECA Digital transformasse a nova lei em "letra morta".

A nova direção do Partido dos Trabalhadores (PT) decidiu retomar os planos de oferecer treinamento com as principais plataformas digitais para as suas lideranças. O objetivo é fortalecer a militância digital mirando as eleições de 2026 e a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O "ECA digital" foi aprovado no Congresso no mês passado após intenso debate sobre a exposição de crianças e adolescentes nas redes sociais. A comoção da opinião pública sobre o tema foi motivada por um vídeo do youtuber "Felca" a respeito do que classificou como "adultização" de crianças. Na publicação, Felca explicou de que forma o algoritmo direciona a pedófilos os conteúdos que expõem menores de idade.

O projeto aprovado estabelece que conteúdos que violem direitos da criança e do adolescente devem ser removidos imediatamente após a empresa ser comunicada pela vítima, por responsáveis ou por autoridades. Estão incluídos nessa regra conteúdos de assédio, exploração sexual, incentivo à automutilação e uso de drogas; entre outros. Além disso, o texto prevê a implementação de ferramentas de supervisão para os pais e determina que as empresas possam ser sancionadas e multadas caso descumpram medidas determinadas pela lei.

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