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Estudo mostra que ser bonita pode significar salários mais altos

Estudo mostra que ser bonita pode significar salários mais altos

Uol comportamento

12/12/2010 - 13h45
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A gente já desconfiava, mas agora é fato: a beleza (feminina) é valorizada no mercado de trabalho brasileiro, chegando a influenciar na percepção de competência profissional. Além disso, existe, no Brasil, o estereótipo da "executiva bem-sucedida", que contempla características tanto físicas quanto comportamentais. Essas são algumas das conclusões do estudo "Beleza e carreira no Brasil - O significado da beleza para as jovens executivas e seu papel no mercado de trabalho", elaborado pela executiva de Marketing Juliana Penha Gomes, aluna de Mestrado da Fundação Getúlio Vargas, com orientação do professor Marcos Cobra.

Para a realização do trabalho, a autora entrevistou mulheres de 32 a 37 anos, recrutadores e estudou a literatura sobre identidade feminina e comportamento de consumo. A partir disso, constatou que existem características - que não aparecem nos anúncios de emprego ou nas revistas de negócio, mas que influenciam a escolha do profissional - relacionadas à sua imagem.

 

Estudos analisados por Juliana Gomes sugerem que o crescimento salarial derivado de promoções e aumentos é mais rápido entre os mais bonitos ao longo do tempo, e que os feios recebem salários menores do que a média, enquanto os classificados como bonitos ganham mais. Os três principais fatores que influenciam o "prêmio" dado aos mais bonitos são autoconfiança, percepção de competência e maior sociabilidade. "A confiança associada à beleza cria a (falsa) crença de que estes funcionários são mais competentes do que os demais. Funcionários mais bonitos geralmente são mais comunicativos e sociáveis e esta interação impacta positivamente em seus salários", analisa Juliana.

 

Uma das surpresas do estudo, no entanto, foi a naturalidade com a qual o tema foi abordado pelas entrevistadas. "Eu imaginava que a relação entre beleza e carreira seria um certo tabu e não apareceria de forma tão explícita na trajetória profissional", afirma a autora da pesquisa.

 

Mulheres e carreira no Brasil

Embora os indicadores referentes à participação da mulher no mercado de trabalho mostrem tendências positivas, as conquistas não devem ser superestimadas. De acordo com a análise de Juliana Gomes, estudos comprovam que ainda existe discriminação em relação à mulher, o que pode ser observado na hierarquia, remuneração, profissão e até indústria de atuação.

 

As mulheres geralmente ocupam posições subordinadas aos homens, recebem salários mais baixos, estão mais presentes em profissões ligadas às áreas como educação, assistência social e prestação de serviço, tidas como mais "femininas", e são minoria em indústrias "masculinas" como siderurgia e automobilística.

As mulheres representam 97% dos assistentes sociais, 89% dos psicólogos e 77% dos professores que declararam Imposto de Renda em 2000. "É importante notar que esta discriminação é discreta e não mais explícita como foi no passado", ressalta a autora do estudo.

Executivas e maternidade

De acordo com Juliana Gomes, as barreiras impostas às mulheres (em parte decorrentes de estereótipos tradicionais de gênero) faz com que muitas delas não almejem posições de liderança, uma vez que elas não estão dispostas a abrir mão da família e bem-estar pessoal em prol de ascensão profissional.

No que diz respeito à família, dados indicam que, em geral, as mulheres estão engravidando pela primeira vez com mais idade do que há algumas décadas e os casais, optando por ter menos filhos. Segundo dados do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos, do Ministério da Saúde Brasileiro, a proporção de nascimentos em relação a mães com 40 anos ou mais nos últimos anos aumentou de 1,75%, em 1996, para 1,95%, em 2002 e 2,17% em 2007. Índices, portanto, similares aos de países desenvolvidos.

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Brasil fará primeiro lançamento comercial ao espaço em 10 dias, informa FAB

A atividade servirá para confirmar se satélites e experimentos interagem corretamente com o veículo lançador

12/11/2025 22h00

Brasil fará primeiro lançamento comercial ao espaço em 10 dias, informa FAB

Brasil fará primeiro lançamento comercial ao espaço em 10 dias, informa FAB Divulgação/Warley de Andrade/TV Brasil

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O Brasil fará seu primeiro lançamento comercial de um veículo espacial a partir do território nacional no próximo dia 22. De acordo com a Força Aérea Brasileira (FAB), o evento marca a entrada do Brasil no mercado global de lançamentos espaciais, abrindo novos caminhos para geração de renda e investimento no segmento.

Trata-se da Operação Spaceward 2025, responsável pelo lançamento do foguete sul-coreano HANBIT-Nano a partir do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão (MA).

A atividade servirá para confirmar se satélites e experimentos interagem corretamente com o veículo lançador, garantindo compatibilidade e segurança para o lançamento A integração das cargas úteis no foguete HANBIT-Nano, da Innospace, teve início na segunda-feira, 10, marcando uma das etapas decisivas antes do lançamento, durante a operação.

"Nessa fase, são realizados testes e verificações que asseguram uma conexão correta entre a carga útil - satélites e experimentos - e o veículo lançador, confirmando que cada equipamento está estabilizado e funcional para o momento do voo", explicou a FAB.

A missão para transportar cinco satélites e três experimentos, desenvolvidos por universidades e empresas nacionais e internacionais, simboliza, conforme a Força Aérea, a "entrada definitiva" do Brasil no mercado global de lançamentos espaciais, além de abrir novas oportunidades de geração de renda, inovação e atração de investimentos para o País.

"Essa etapa da operação é uma atribuição conduzida diretamente pela Innospace e pelos desenvolvedores dos satélites e experimentos. A FAB acompanha todo o processo no Prédio de Preparação de Propulsores, infraestrutura especializada disponibilizada pelo Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), o que reforça nosso compromisso em prover suporte técnico, coordenação e governança para que cada missão transcorra com integridade, transparência e alto padrão de confiabilidade", destacou em nota o coordenador-geral da operação, Coronel Engenheiro Rogério Moreira Cazo.

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Governo vai alterar prazo para adequação de big techs ao 'ECA digital'

As medidas entrariam em vigor um ano após a publicação da lei no Diário Oficial, mas prazo deverá ser reduzido para 180 dias

17/09/2025 22h00

Criança brincando com o celular

Criança brincando com o celular Foto: Reprodução/EPTV

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O governo federal vai editar uma Medida Provisória para reduzir o prazo para que as big techs coloquem em prática as normas fixadas pelo PL 2628, conhecido como ECA Digital. O projeto aprovado no Congresso estabelece regras para o uso de redes sociais por crianças e adolescentes. As medidas entrariam em vigor um ano após a publicação da lei no Diário Oficial. O governo, no entanto, considerou o prazo longo e decidiu reduzi-lo para 180 dias.

A MP está sendo liderada pela Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom) e deve ser editada nos próximos dias. Nesta quarta-feira, 17, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai sancionar o projeto em uma cerimônia no Palácio do Planalto. Ao alterar o prazo, o governo levou em conta, segundo fontes do Palácio do Planalto, o fato de que a lei entraria em vigor somente próximo da eleição, o que poderia elevar tensões durante o período eleitoral. Há uma visão de que qualquer debate relacionado às big techs está "entranhado" nas eleições de 2026

A aprovação do projeto de lei foi cercada de discussões e gerou reação de parte da oposição, que considerou o novo regramento uma espécie de censura às redes. O governo pesou ainda a possibilidade de que a demora para aplicar o ECA Digital transformasse a nova lei em "letra morta".

A nova direção do Partido dos Trabalhadores (PT) decidiu retomar os planos de oferecer treinamento com as principais plataformas digitais para as suas lideranças. O objetivo é fortalecer a militância digital mirando as eleições de 2026 e a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O "ECA digital" foi aprovado no Congresso no mês passado após intenso debate sobre a exposição de crianças e adolescentes nas redes sociais. A comoção da opinião pública sobre o tema foi motivada por um vídeo do youtuber "Felca" a respeito do que classificou como "adultização" de crianças. Na publicação, Felca explicou de que forma o algoritmo direciona a pedófilos os conteúdos que expõem menores de idade.

O projeto aprovado estabelece que conteúdos que violem direitos da criança e do adolescente devem ser removidos imediatamente após a empresa ser comunicada pela vítima, por responsáveis ou por autoridades. Estão incluídos nessa regra conteúdos de assédio, exploração sexual, incentivo à automutilação e uso de drogas; entre outros. Além disso, o texto prevê a implementação de ferramentas de supervisão para os pais e determina que as empresas possam ser sancionadas e multadas caso descumpram medidas determinadas pela lei.

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