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Número de diagnósticos errados de depressão aumenta, diz estudo

Número de diagnósticos errados de depressão aumenta, diz estudo

Terra

08/01/2014 - 00h00
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Milhões de pacientes estão sendo diagnosticados erroneamente com depressão, quando simplesmente estão tristes, de acordo com um novo artigo. As informações são do site do jornal britânico Daily Mail.

Os antidepressivos estão sendo abusados por pessoas que estão de luto por um ente querido, sofrendo de problemas sexuais ou simplesmente por aquelas que não conseguem dormir, diz um novo relatório científico publicada pela Liverpool University.

O número de pessoas diagnosticadas com doenças mentais como depressão dobrou desde 2002. Acredita-se que atualmente no Reino Unido mais de 5 milhões de pessoas estejam rotuladas como depressivas ou ansiosas.

Chris Dowrick, professor da universidade, alerta que mais da metade destes pacientes foi diagnosticada erroneamente. Ele afirma que o diagnóstico de depressão deve ser reforçado e as empresas farmacêuticas devem ser proibidas de comercializar suas drogas com médicos. “Nas últimas décadas houve uma crescente tendência de diagnosticar a depressão em pacientes que apresentam tristeza e angústia”, observa.

​O especialista acredita que um diagnóstico de depressão pode ser um instrumento atraente diante de um quadro de incerteza no consultório, especialmente pelo fato de o tratamento mais comum consistir em um comprimido uma vez por dia. "Mas essas pílulas não vão funcionar para as pessoas com depressão leve ou que estão apenas tristes. No entanto, elas têm efeitos colaterais e estamos vendo pacientes se tornando dependentes de drogas que não precisam."

Ele acrescenta que os problemas começaram a surgir na década de 80, quando os sintomas da depressão foram reduzidos ao sentimento de tristeza por pelo menos duas semanas, alterações do apetite, distúrbios do sono, redução da libido e cansaço. Dowrick explica que estes sintomas são comuns à maioria das pessoas, que certamente vão sentir isso em algum momento de suas vidas.

Apesar da conhecida necessidade de se rever estes sitnomas, o "boom" de prescrições é um fato e, no Reino Unido, as vendas de antidepressivos aumentam 10% a cada ano. Dowrick e sua equipe afirmam que as companhias farmacêuticas fazem parte do problema. Ele critica as estratatégias de marketing sobre drogas para depressão leve e ansiedade. “Muitas vezes os médicos não sabem o quão efetivas são estas drogas, porque não têm informação suficiente sobre as pesquisas lideradas pelas companhias farmacêuticas.”

Jenny Edwards, chefe-executiva da Mental Health Foundation, discorda que exista exagero nos diagnósticos. “Diagnosticar essa doença mental pode ser um primeiro passo crucial para ajudar as pessoas a pedir ajuda”, afirma. Na última sexta-feira (03) foi revelado que as empresas farmacêuticas retêm os resultados clínicos dos médicos, deixando-os mal informados sobre como tratar seus pacientes. 

TECNOLOGIA

Apagão afetou cerca de 8,5 milhões de máquinas, estima Microsoft

O apagão foi causado por uma falha no antivírus da empresa de cibersegurança CrowdStrike, que presta serviços para a Microsoft

21/07/2024 10h00

Apagão cibernético mundial

Apagão cibernético mundial

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A Microsoft informou neste sábado (20) que cerca de 8,5 milhões de máquinas com sistema operacional Windows foram afetadas pela pane global da última sexta (19), segundo estimativa feita em parceria com a Amazon e o Google. Trata-se de menos de 1% do total dos dispositivos Windows do mundo, de acordo com a big tech.

O apagão foi causado por uma falha no antivírus da empresa de cibersegurança CrowdStrike, que presta serviços para a Microsoft.

Segundo a companhia, a atualização de seu software Falcon Sensor disparou um erro lógico em todos os dispositivos equipados com o Windows 7.11 ou versões superiores. A falha desencadeou simultaneamente a espiral de "tela azul da morte" –sinal de apagão no sistema– que afetou sobretudo os países desenvolvidos.
A Microsoft afirma, em seu blog, que se reuniu com a CrowdStrike e com os outros dois principais provedores de nuvem americanos –Google Cloud Computing (GCP) e Amazon Web Services (AWS)– para desenvolver uma solução escalável para a pane.

Até então, especialistas ouvidos pela Folha afirmam que a restauração para a versão anterior da plataforma Falcon teria de ser feita manualmente, ligando o Windows em modo de segurança e deletando os arquivos responsáveis pelo erro de processamento.

Para acessar o modo de segurança, é preciso ligar e desligar o computador três vezes em sequência, para então poder acessar as opções avançadas e restaurar o sistema. A Microsoft disse que o processo poderia demandar até 15 reinicializações de sistema, de acordo com a imprensa internacional.

Por isso, o restabelecimento total da normalidade dos sistemas de segurança pode levar dias ou até semanas, de acordo com profissionais de tecnologia.

Embora apenas uma pequena fração dos computadores do mundo tenha sido atingida, o apagão generalizado afetou também plataformas de nuvem, que atendem outras milhares de empresas, e outros pontos críticos da infraestrutura global, que têm grande impacto sobre a população.

No Brasil, as vítimas mais notórias da pane foram alguns bancos, como Bradesco, Neon e Next, a companhia aérea Azul, o Hospital das Clínicas de São Paulo e distribuidoras de energia. Todos são exemplos de atividades da chamada infraestrutura crítica.

Trata-se do principal alvo de cibercriminosos, porque crises cibernéticas nessas empresas geram alto impacto para o consumidor. Assim, os sequestradores de dados conseguem altos resgates rapidamente –mesmo que esse pagamento seja desaconselhável, de acordo com a pesquisadora de segurança informática da ESET Martina López.

POR: FOLHAPRESS

Tecnologia

Meta terá de suspender uso de dados na internet para treinar IA

Multa diária em caso de descumprimento será de R$ 50 mil

02/07/2024 22h00

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A Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) decidiu suspender o uso de dados pessoais publicados em plataformas da empresa Meta para o treinamento de sistemas de inteligência artificial (IA). 

Uma medida cautelar foi aprovada pelo conselho decisório da ANPD. O despacho com a decisão foi publicado no Diário Oficial da União (DOU) desta terça-feira (2). Foi estipulada multa diária de R$ 50 mil em caso de descumprimento. 

Na última quarta-feira (26), entrou em vigor uma nova política de privacidade da Meta, abrangendo plataformas de rede social como Instagram, Facebook e Messenger.

documento autoriza a utilização de conteúdos compartilhados pelos usuários e disponíveis publicamente para o treinamento de IA generativa. 

“Tal tratamento pode impactar número substancial de pessoas, já que, no Brasil, somente o Facebook possui cerca de 102 milhões de usuários ativos”, disse a ANPD em nota.

Para justificar a medida, o órgão destacou a utilização de dados pessoas de crianças e adolescentes para treinar sistemas de IA da Meta, informações que estão sujeitas a proteção especial da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). 

A agência informou que decidiu de ofício - ou seja, por inciativa própria - fiscalizar a aplicação da nova política da Meta, e disse ter constatado “riscos de dano grave e de difícil reparação aos usuários”, diante do que considerou ser indício de violação LGPD. 

“A ANPD avaliou que a empresa não forneceu informações adequadas e necessárias para que os titulares tivessem ciência sobre as possíveis consequências do tratamento de seus dados pessoais para o desenvolvimento de modelos de IA generativa”, diz a nota divulgada pelo órgão. 

A agência mencionou ainda “obstáculos excessivos e não justificados” para que o usuário possa passar a se opor a esse tipo de tratamento de seus dados pessoais.

De acordo com a ANPD, os usuários das plataformas da Meta compartilharam dados pessoais com a expectativa de se relacionar com “amigos, comunidade próxima e empresas de interesse”, sem considerar que as informações pudessem ser usadas no treinamento de IA. 

A ANPD é um órgão criado em 2020, ligado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, cujo conselho é composto por cinco diretores indicados pelo presidente e aprovados pelo Senado, com mandato de quatro anos. Os critérios são reputação ilibada, nível superior e elevado conceito no campo de especialidade. 

Outro lado 

Em posicionamento enviado por e-mail, a Meta disse estar “desapontada com a decisão da ANPD”. A empresa acrescentou que não é a única a promover treinamento de IA com informações coletadas pelos serviços prestados. “Somos mais transparentes do que muitos participantes nessa indústria que tem usado conteúdos públicos para treinar seus modelos e produtos”, diz o texto enviado. 

“Nossa abordagem cumpre com as leis de privacidade e regulações no Brasil, e continuaremos a trabalhar com a ANPD para endereçar suas dúvidas. Isso é um retrocesso para a inovação e a competividade no desenvolvimento de IA e atrasa a chegada de benefícios da IA para as pessoas no Brasil”, afirmou a empresa. 

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