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Pesquisa diz que transgênicos causam tumores

Pesquisa diz que transgênicos causam tumores

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20/09/2012 - 18h00
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O primeiro-ministro francês Jean-Marc Ayrault anunciou nesta quinta-feira que se o perigo dos OGM (Organismos Geneticamente Modificados) for comprovado, a França defenderá em nível europeu sua interdição, após a publicação de um estudo alarmante a este respeito.

"A publicação de um estudo realizado por cientistas franceses questionando seriamente a segurança em longo prazo do milho transgênico NK 603 provocou um encaminhamento imediato da Agência de Segurança Sanitária e da Autoridade de Segurança Alimentar Europeia", declarou o chefe de Governo em um discurso em Dijon (centro).

"Eu pedi um inquérito rápido, na ordem de algumas semanas, que permita verificar a validade científica deste estudo", acrescentou.

"Se os resultados forem conclusivos, (o ministro francês da Agricultura) Stéphane Le Foll defenderá a proibição dos OGM em nível europeu", disse ele.

Paris e Bruxelas alertaram na quarta-feira suas respectivas autoridades de saúde, após a publicação deste estudo chocante, mostrando tumores do tamanho de bolas de pingue-pongue em ratos alimentados com milho transgênico da Monsanto importado para a Europa.

Segundo a eurodeputada e ex-ministra do Meio Ambiente francesa Corinne Lepage, os produtores de transgênicos fazem o possível para que não haja estudos sobre os efeitos estes organismos sobre a saúde.

"É revoltante pereber a incapacidade dos políticos para responder a uma pergunta simples: os transgênicos são um problema para a saúde humana? Há uma briga para que não sejam feitos estudos", denunciou Lepage.

Até agora, as empresas limitaram os estudos dos efeitos dos OGM durante 90 dias. Mas o estudo francês divulgado na véspera se baseou em uma observação num prazo maior.

O estudo publicado pela revista "Food and Chemical Toxicology" mostra que ratos alimentados com organismos geneticamente modificados morrem antes e sofrem de câncer com mais frequência do que os demais roedores.

"Os resultados são alarmantes. Observamos, por exemplo, uma mortalidade duas ou três vezes maior entre as fêmeas tratadas com OGM. Há entre duas e três vezes mais tumores nos ratos tratados dos dois sexos", explicou à Gilles-Eric Seralini, professor da Universidade de Caen, que coordenou o estudo.

Para realizar a pesquisa, 200 ratos foram alimentados durante um prazo máximo de dois anos de três maneiras distintas: apenas com milho OGM NK603, com milho OGM NK603 tratado com Roundup (o herbicida mais utilizado do mundo) e com milho não alterado geneticamente tratado com Roundup.

Os dois produtos (o milho NK603 e o herbicida) são propriedade do grupo americano Monsanto.

"Os resultados revelam uma mortalidade muito mais rápida e maior durante o consumo dos dois produtos", afirmou Seralini, cientista que integra ou integrou comissões oficiais sobre os alimentos transgênicos em 30 países.

Os tumores aparecem nos machos até 600 dias antes de surgirem nos ratos indicadores (na pele e nos rins). No caso das fêmeas (tumores nas glândulas mamárias), aparecem, em média, 94 dias antes naquelas alimentadas com transgênicos.

Os pesquisadores descobriram que 93% dos tumores das fêmeas são mamários, enquanto que a maioria dos machos morreu por problemas hepáticos ou renais.

O artigo da "Food and Chemical Toxicology" mostra imagens de ratos com tumores maiores do que bolas de pingue-pongue.

O diretor do estudo disse ainda que os transgênicos agrícolas são organismos modificados para resistir aos pesticidas ou para produzi-los e lembrou que 100% dos transgênicos cultivados em grande escala em 2011 foram plantas com pesticidas.

Segundo Seralii, os efeitos do milho NK603 só foram analisados até agora em períodos de três meses. Alguns transgênicos já foram analisados durante três anos, mas nunca até agora com uma análise em tal profundidade, segundo o cientista.

Também é a primeira vez, segundo Seralini, que o pesticida Roundup foi analisado em longo prazo. Até agora, somente seu princípio ativo (sem seus coadjuvantes) havia sido analisado durante mais de seis meses.

A AFBV (Associação Francesa de Biotecnologias Vegetais), favorável aos OGM, reagiu à publicação do estudo, assegurando que até agora nenhuma pesquisa revelou efeitos tóxicos em animais.

Já o grupo Monsanto reagiu ao estudo afirmando que é muito cedo fazer comentários a respeito.

 

 

 

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Brasil fará primeiro lançamento comercial ao espaço em 10 dias, informa FAB

A atividade servirá para confirmar se satélites e experimentos interagem corretamente com o veículo lançador

12/11/2025 22h00

Brasil fará primeiro lançamento comercial ao espaço em 10 dias, informa FAB

Brasil fará primeiro lançamento comercial ao espaço em 10 dias, informa FAB Divulgação/Warley de Andrade/TV Brasil

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O Brasil fará seu primeiro lançamento comercial de um veículo espacial a partir do território nacional no próximo dia 22. De acordo com a Força Aérea Brasileira (FAB), o evento marca a entrada do Brasil no mercado global de lançamentos espaciais, abrindo novos caminhos para geração de renda e investimento no segmento.

Trata-se da Operação Spaceward 2025, responsável pelo lançamento do foguete sul-coreano HANBIT-Nano a partir do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão (MA).

A atividade servirá para confirmar se satélites e experimentos interagem corretamente com o veículo lançador, garantindo compatibilidade e segurança para o lançamento A integração das cargas úteis no foguete HANBIT-Nano, da Innospace, teve início na segunda-feira, 10, marcando uma das etapas decisivas antes do lançamento, durante a operação.

"Nessa fase, são realizados testes e verificações que asseguram uma conexão correta entre a carga útil - satélites e experimentos - e o veículo lançador, confirmando que cada equipamento está estabilizado e funcional para o momento do voo", explicou a FAB.

A missão para transportar cinco satélites e três experimentos, desenvolvidos por universidades e empresas nacionais e internacionais, simboliza, conforme a Força Aérea, a "entrada definitiva" do Brasil no mercado global de lançamentos espaciais, além de abrir novas oportunidades de geração de renda, inovação e atração de investimentos para o País.

"Essa etapa da operação é uma atribuição conduzida diretamente pela Innospace e pelos desenvolvedores dos satélites e experimentos. A FAB acompanha todo o processo no Prédio de Preparação de Propulsores, infraestrutura especializada disponibilizada pelo Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), o que reforça nosso compromisso em prover suporte técnico, coordenação e governança para que cada missão transcorra com integridade, transparência e alto padrão de confiabilidade", destacou em nota o coordenador-geral da operação, Coronel Engenheiro Rogério Moreira Cazo.

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Governo vai alterar prazo para adequação de big techs ao 'ECA digital'

As medidas entrariam em vigor um ano após a publicação da lei no Diário Oficial, mas prazo deverá ser reduzido para 180 dias

17/09/2025 22h00

Criança brincando com o celular

Criança brincando com o celular Foto: Reprodução/EPTV

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O governo federal vai editar uma Medida Provisória para reduzir o prazo para que as big techs coloquem em prática as normas fixadas pelo PL 2628, conhecido como ECA Digital. O projeto aprovado no Congresso estabelece regras para o uso de redes sociais por crianças e adolescentes. As medidas entrariam em vigor um ano após a publicação da lei no Diário Oficial. O governo, no entanto, considerou o prazo longo e decidiu reduzi-lo para 180 dias.

A MP está sendo liderada pela Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom) e deve ser editada nos próximos dias. Nesta quarta-feira, 17, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai sancionar o projeto em uma cerimônia no Palácio do Planalto. Ao alterar o prazo, o governo levou em conta, segundo fontes do Palácio do Planalto, o fato de que a lei entraria em vigor somente próximo da eleição, o que poderia elevar tensões durante o período eleitoral. Há uma visão de que qualquer debate relacionado às big techs está "entranhado" nas eleições de 2026

A aprovação do projeto de lei foi cercada de discussões e gerou reação de parte da oposição, que considerou o novo regramento uma espécie de censura às redes. O governo pesou ainda a possibilidade de que a demora para aplicar o ECA Digital transformasse a nova lei em "letra morta".

A nova direção do Partido dos Trabalhadores (PT) decidiu retomar os planos de oferecer treinamento com as principais plataformas digitais para as suas lideranças. O objetivo é fortalecer a militância digital mirando as eleições de 2026 e a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O "ECA digital" foi aprovado no Congresso no mês passado após intenso debate sobre a exposição de crianças e adolescentes nas redes sociais. A comoção da opinião pública sobre o tema foi motivada por um vídeo do youtuber "Felca" a respeito do que classificou como "adultização" de crianças. Na publicação, Felca explicou de que forma o algoritmo direciona a pedófilos os conteúdos que expõem menores de idade.

O projeto aprovado estabelece que conteúdos que violem direitos da criança e do adolescente devem ser removidos imediatamente após a empresa ser comunicada pela vítima, por responsáveis ou por autoridades. Estão incluídos nessa regra conteúdos de assédio, exploração sexual, incentivo à automutilação e uso de drogas; entre outros. Além disso, o texto prevê a implementação de ferramentas de supervisão para os pais e determina que as empresas possam ser sancionadas e multadas caso descumpram medidas determinadas pela lei.

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