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SAÚDE

Retirada das amígdalas estimula o crescimento

Retirada das amígdalas estimula o crescimento

IARA BIDERMAN/ FOLHA DE S.PAULO

07/05/2011 - 22h30
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Operar amígdalas e adenoides ("carne esponjosa" atrás do céu da boca) de crianças aumenta a produção de hormônios do crescimento, mostra pesquisa realizada no Hospital Edmundo Vasconcelos, em São Paulo.
O trabalho foi feito no decorrer do ano passado, com 26 crianças entre três e oito anos de idade que tinham esses órgãos maiores do que o normal, a ponto de prejudicar a qualidade do sono.
Os médicos fizeram exames para dosar a quantidade de hormônio do crescimento IGF-1 (Fator do Crescimento do Tipo Insulina 1) nas crianças antes de serem operadas e um mês depois da cirurgia.

MAIS HORMÔNIO
"Em todas as crianças, verificamos um aumento significativo do hormônio", diz Gabriela Robaskewicz, otorrinolaringologista do Edmundo Vasconcelos e uma das autoras do estudo.
Um trabalho anterior, feito na Universidade Afyon Kocatepe (Turquia), mostrou que meninos com hipertrofia de amígdalas e adenoides tinham níveis de hormônios do crescimento menores do que os de crianças com órgãos de tamanho normal.
Foram avaliados 44 meninos, entre oito e 12 anos, com a hipertrofia, e 40 saudáveis, como grupo-controle.
Para Robaskewicz, isso acontece porque o hormônio do crescimento é liberado principalmente à noite.
"Amígdalas e adenoides aumentadas causam obstrução da respiração, ronco e apneia do sono, prejudicando a produção do hormônio."
Segundo a médica, estudos mostram que cerca de 12% dos problemas respiratórios na infância estão relacionados à obstrução causada pelo aumento de amígdalas e adenoides.
"Os pais precisam saber que roncar ou dormir e respirar de boca aberta não é normal e pode prejudicar o crescimento da criança", diz o otorrinolaringologista Raimar Weber, que orientou a pesquisa do hospital Edmundo Vasconcelos.

CRESCIMENTO
Ângela Spínola, presidente do departamento de endocrinologia pediátrica da Sbem (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia), lembra que a operação das amígdalas, quando indicada, melhora uma série de fatores que vão influenciar o desenvolvimento da criança.
"Mas não muda o potencial de crescimento. Meu medo é as pessoas começarem a achar que têm de tirar as amígdalas do filho para ele crescer mais."
De acordo com Weber, as crianças do estudo já tinham indicação para a cirurgia, por causa de problemas respiratórios e de sono.
Além da qualidade do sono, outros fatores podem influenciar a produção do hormônio do crescimento nas crianças operadas, segundo Spínola.
"O aumento do IGF-1 também está relacionado ao estado nutricional. Crianças que têm muitas infecções nas amígdalas se alimentam pior. E os remédios usados para tratar essas amigdalites também podem interferir na produção do hormônio."
O otorrinolaringologista Fabrizio Romano, do Hospital Infantil Sabará, de São Paulo, diz que a indicação da cirurgia não é "fazer crescer".
"Mas a remoção de amígdalas e adenoides pode corrigir fatores que estavam limitando o crescimento e fazer com que ele volte ao ritmo esperado."
 

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Brasil fará primeiro lançamento comercial ao espaço em 10 dias, informa FAB

A atividade servirá para confirmar se satélites e experimentos interagem corretamente com o veículo lançador

12/11/2025 22h00

Brasil fará primeiro lançamento comercial ao espaço em 10 dias, informa FAB

Brasil fará primeiro lançamento comercial ao espaço em 10 dias, informa FAB Divulgação/Warley de Andrade/TV Brasil

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O Brasil fará seu primeiro lançamento comercial de um veículo espacial a partir do território nacional no próximo dia 22. De acordo com a Força Aérea Brasileira (FAB), o evento marca a entrada do Brasil no mercado global de lançamentos espaciais, abrindo novos caminhos para geração de renda e investimento no segmento.

Trata-se da Operação Spaceward 2025, responsável pelo lançamento do foguete sul-coreano HANBIT-Nano a partir do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão (MA).

A atividade servirá para confirmar se satélites e experimentos interagem corretamente com o veículo lançador, garantindo compatibilidade e segurança para o lançamento A integração das cargas úteis no foguete HANBIT-Nano, da Innospace, teve início na segunda-feira, 10, marcando uma das etapas decisivas antes do lançamento, durante a operação.

"Nessa fase, são realizados testes e verificações que asseguram uma conexão correta entre a carga útil - satélites e experimentos - e o veículo lançador, confirmando que cada equipamento está estabilizado e funcional para o momento do voo", explicou a FAB.

A missão para transportar cinco satélites e três experimentos, desenvolvidos por universidades e empresas nacionais e internacionais, simboliza, conforme a Força Aérea, a "entrada definitiva" do Brasil no mercado global de lançamentos espaciais, além de abrir novas oportunidades de geração de renda, inovação e atração de investimentos para o País.

"Essa etapa da operação é uma atribuição conduzida diretamente pela Innospace e pelos desenvolvedores dos satélites e experimentos. A FAB acompanha todo o processo no Prédio de Preparação de Propulsores, infraestrutura especializada disponibilizada pelo Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), o que reforça nosso compromisso em prover suporte técnico, coordenação e governança para que cada missão transcorra com integridade, transparência e alto padrão de confiabilidade", destacou em nota o coordenador-geral da operação, Coronel Engenheiro Rogério Moreira Cazo.

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Governo vai alterar prazo para adequação de big techs ao 'ECA digital'

As medidas entrariam em vigor um ano após a publicação da lei no Diário Oficial, mas prazo deverá ser reduzido para 180 dias

17/09/2025 22h00

Criança brincando com o celular

Criança brincando com o celular Foto: Reprodução/EPTV

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O governo federal vai editar uma Medida Provisória para reduzir o prazo para que as big techs coloquem em prática as normas fixadas pelo PL 2628, conhecido como ECA Digital. O projeto aprovado no Congresso estabelece regras para o uso de redes sociais por crianças e adolescentes. As medidas entrariam em vigor um ano após a publicação da lei no Diário Oficial. O governo, no entanto, considerou o prazo longo e decidiu reduzi-lo para 180 dias.

A MP está sendo liderada pela Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom) e deve ser editada nos próximos dias. Nesta quarta-feira, 17, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai sancionar o projeto em uma cerimônia no Palácio do Planalto. Ao alterar o prazo, o governo levou em conta, segundo fontes do Palácio do Planalto, o fato de que a lei entraria em vigor somente próximo da eleição, o que poderia elevar tensões durante o período eleitoral. Há uma visão de que qualquer debate relacionado às big techs está "entranhado" nas eleições de 2026

A aprovação do projeto de lei foi cercada de discussões e gerou reação de parte da oposição, que considerou o novo regramento uma espécie de censura às redes. O governo pesou ainda a possibilidade de que a demora para aplicar o ECA Digital transformasse a nova lei em "letra morta".

A nova direção do Partido dos Trabalhadores (PT) decidiu retomar os planos de oferecer treinamento com as principais plataformas digitais para as suas lideranças. O objetivo é fortalecer a militância digital mirando as eleições de 2026 e a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O "ECA digital" foi aprovado no Congresso no mês passado após intenso debate sobre a exposição de crianças e adolescentes nas redes sociais. A comoção da opinião pública sobre o tema foi motivada por um vídeo do youtuber "Felca" a respeito do que classificou como "adultização" de crianças. Na publicação, Felca explicou de que forma o algoritmo direciona a pedófilos os conteúdos que expõem menores de idade.

O projeto aprovado estabelece que conteúdos que violem direitos da criança e do adolescente devem ser removidos imediatamente após a empresa ser comunicada pela vítima, por responsáveis ou por autoridades. Estão incluídos nessa regra conteúdos de assédio, exploração sexual, incentivo à automutilação e uso de drogas; entre outros. Além disso, o texto prevê a implementação de ferramentas de supervisão para os pais e determina que as empresas possam ser sancionadas e multadas caso descumpram medidas determinadas pela lei.

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