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Usar remédio contra diabetes para emagrecer tem alto risco, alerta Anvisa

Usar remédio contra diabetes para emagrecer tem alto risco, alerta Anvisa

FOLHA.COM

09/09/2011 - 20h30
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Em nota emitida na quinta-feira (8), a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) afirma que o medicamento Victoza "não é indicado para emagrecimento" e que seu uso para "qualquer outra finalidade que não seja como antidiabético caracteriza elevado risco" para a saúde.

Remédio para diabetes não deve ser usado como emagrecedor, diz Anvisa

Lançado em 2009 na Europa, a liraglutida (substância contida no Victoza) tem sido prescrita por endocrinologistas nos últimos meses no Brasil para pessoas que querem perder peso, mas não são necessariamente portadores de diabetes tipo 2.

Mas, segundo a nota da agência, assinada por seu presidente, Dirceu Barbano, não existem estudos que "comprovem qualquer grau de eficácia" para "redução de peso e tratamento de obesidade".

Além disso, os efeitos colaterais do medicamento injetável ainda não são completamente conhecidos.

"Este produto é um medicamento novo e, embora pesquisas tenham indicado eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado corretamente, podem ocorrer eventos adversos imprevisíveis ou desconhecidos", diz a própria bula do produto, citada no texto.

Alguns dos possíveis "eventos adversos" criados pelo uso do Victoza são hipoglicemia, dores de cabeça, náusea e diarreia, diz a nota, motivada por uma reportagem publicada na última edição da revista "Veja".

"Além destes eventos destacam-se outros riscos: pancreatite [inflamação do pâncreas], desidratação e alteração da função renal e distúrbios da [glândula] tireoide, como nódulos e casos de urticária."

Há ainda um outro estudo, não finalizado, para "confirmação da segurança cardiovascular da liraglutida". A Novo Nordisk, empresa que produz o Victoza, também incluiu, em junho, a "alteração da função renal como um potencial efeito adverso" do medicamento.

Outro provável problema se refere à resposta do sistema imunológico à liraglutida --ela causa o risco de alergia, anafilaxia e "efeitos inesperados mais graves".

Lei abaixo a íntegra da nota:

"Esclarecimentos sobre o risco do uso inadequado do produto Victoza:

Em relação à reportagem intitulada "Parece Milagre", edição número 2.233 da revista VEJA, de 07/09/2001, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) esclarece que o Victoza é um produto "biológico". Ou seja, trata-se de uma molécula de alta complexidade, de uso injetável, contendo a substância liraglutida. O medicamento, fabricado pelo laboratório Novo Nordisk, foi aprovado pela Anvisa para comercialização no Brasil em março de 2010, com a finalidade de uso específico no tratamento de diabetes tipo 2. Portanto, seu uso não é indicado para emagrecimento.

A indicação de uso do medicamento aprovada pela Anvisa é como "adjuvante da dieta e atividade física para atingir o controle glicêmico em pacientes adultos com diabetes mellitus tipo 2, para administração uma vez ao dia como monoterapia ou como tratamento combinado com um ou mais antidiabéticos orais (metformina, sulfoniluréias ou uma tiazollidinediona), quando o tratamento anterior não proporciona um controle glicêmico adequado".

Por tratar se de um medicamento "biológico novo", o Victoza, assim como outros medicamentos dessa categoria, estão submetidos a regras específicas tanto para o registro quanto para o acompanhamento de uso após o registro durante os primeiros cinco anos de comercialização. Além disto, o produto traz a seguinte advertência no texto de bula: "este produto é um medicamento novo e, embora pesquisas tenham indicado eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado corretamente, podem ocorrer eventos adversos imprevisíveis ou desconhecidos. Nesse caso informe seu médico."

Para o registro do produto foram apresentados os relatórios de experimentação terapêutica com estudos não clínicos e clínicos Fase I, Fase II e Fase III comprovando a eficácia e segurança do produto, para o uso específico no tratamento de diabetes tipo 2.

É importante destacar que além dos estudos apresentados para o registro, encontra-se em andamento um estudo Fase IV (pós registro) para confirmação da segurança cardiovascular da liraglutida. Os resultados deste estudo podem trazer novas informações a respeito da segurança do produto.

O laboratório fabricante já enviou à Anvisa três relatórios sobre o comportamento do produto, trata-se do documento conhecido como PSUR (Relatório Periódico de Farmacovigilância). Além disto, o Novo Nordisk decidiu incluir, em junho de 2011, em seu Plano de Minimização de Risco (PMR) a alteração da função renal como um potencial efeito adverso do uso da medicação.

Nos estudos clínicos do registro e nos relatórios apresentados à Anvisa foram relatados eventos adversos associados ao Victoza, sendo os mais frequentes: hipoglicemia, dores de cabeça, náusea e diarreia. Além destes eventos destacam-se outros riscos, tais como: pancreatite, desidratação e alteração da função renal e distúrbios da tireoide, como nódulos e casos de urticária.

Outra questão de risco associada aos produtos biológicos são as reações de imunogenicidade, que podem variar desde alergia e anafilaxia até efeitos inesperados mais graves. No caso da liraglutida a mesma apresentou um perfil de imunogenicidade aceitável para a indicação como antidiabético, o que não pode ser extrapolado para outras indicações não estudadas, por ausência de dados científicos de segurança neste caso.

Para o caso de inclusão de novas indicações terapêuticas deve-se apresentar estudo clínico Fase III comprovando a eficácia e segurança desta nova indicação.

A única indicação aprovada atualmente para o medicamento é como agente antidiabético. Não há até o momento solicitação na Anvisa por parte da empresa detentora do registro de extensão da indicação do produto para qualquer outra finalidade. Não foram apresentados à Anvisa estudos que comprovem qualquer grau de eficácia ou segurança do uso do produto Victoza para redução de peso e tratamento da obesidade.

Conclui-se pelos dados expostos acima que desde a submissão do pedido de registro a aprovação do medicamento para comercialização e uso no Brasil, a Anvisa fez uma análise extensa e criteriosa de todos os dados clínicos que sustentam a aprovação das indicações terapêuticas do produto contendo a substância liraglutida, através da comprovação de que o perfil de eficácia e segurança do produto é aceitável para indicação terapêutica como antidiabético.

A Anvisa não reconhece a indicação do Victoza para qualquer utilização terapêutica diferente da aprovada e afirma que o uso do produto para qualquer outra finalidade que não seja como anti-diabético caracteriza elevado risco sanitário para a saúde da população."

Tecnologia

Tendências do Entretenimento Interativo: Do Streaming à Realidade Virtual

03/04/2025 00h02

Pixabay

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O entretenimento está passando por uma revolução silenciosa, mas profundamente transformadora: a crescente valorização da interatividade. A passividade dos tempos da televisão tradicional está sendo substituída por experiências em que o público participa ativamente, decide o rumo das histórias, personaliza conteúdos e se envolve em tempo real com o que consome.

Essa tendência pode ser observada em várias frentes, desde jogos até filmes e transmissões ao vivo, moldando uma nova era do engajamento digital.

Plataformas de jogos online e cassinos virtuais são bons exemplos dessa transição. O sucesso de experiências como o bet365 Aviator, que mistura sorte, timing e controle do jogador, mostra como a interatividade não é apenas um atrativo, mas um diferencial competitivo.

Jogos como esse permitem que os usuários se envolvam de forma rápida, dinâmica e estratégica, criando um sentimento de participação ativa que vai muito além do clique automático de uma roleta tradicional.

Ao mesmo tempo, as grandes empresas de mídia e entretenimento estão investindo pesado em tecnologias que permitem escolhas dentro de séries, experiências em realidade aumentada e até mundos virtuais totalmente navegáveis.

A seguir, exploramos as principais tendências que estão moldando esse novo cenário de entretenimento interativo e o que podemos esperar para os próximos anos.

Séries Interativas e Narrativas Ramificadas

Uma das tendências mais marcantes dos últimos anos é o surgimento de séries interativas, onde o espectador pode escolher o rumo da história. Obras como Black Mirror: Bandersnatch e You vs. Wild inauguraram uma nova forma de narrativa, aproximando o conteúdo da lógica dos games. Essa abordagem aumenta o engajamento, pois o público se sente parte da trama, com o poder de influenciar o destino dos personagens.

O diferencial dessas experiências está na imersão emocional e na personalização da jornada. Cada decisão tomada pelo espectador cria uma sensação de autoria e responsabilidade, o que eleva o envolvimento e estimula o consumo repetido. Plataformas de streaming, como a Netflix, já estudam ampliar esse modelo, oferecendo conteúdos exclusivos com múltiplos finais e decisões em tempo real.

Realidade Aumentada e Virtual em Cassinos Online

O setor de jogos e apostas também está sendo impactado por tecnologias de ponta, como a realidade aumentada (AR) e a realidade virtual (VR). Hoje, já é possível entrar em ambientes tridimensionais de cassinos virtuais, sentar-se a uma mesa de blackjack com avatares de outros jogadores e interagir com elementos do cenário como se estivesse fisicamente presente. Essa camada de imersão traz uma nova dimensão ao entretenimento, combinando o fator social com a sensação de presença.

Além disso, jogos com realidade aumentada inserem elementos virtuais no mundo real por meio de dispositivos móveis ou óculos inteligentes. O objetivo é transformar a experiência de jogo em algo mais visual, tátil e intuitivo. Essa evolução tecnológica ajuda a aproximar os jogadores da experiência física dos cassinos, mantendo a conveniência do ambiente online.

Gamificação em Plataformas de Streaming

Outra tendência crescente é a aplicação da gamificação nos serviços de streaming. Algumas plataformas têm começado a implementar conquistas, rankings e interações ao vivo durante eventos esportivos, shows e até novelas. Esse movimento transforma o espectador em participante ativo, incentivando a interação contínua por meio de recompensas, enquetes, missões e desafios relacionados ao conteúdo assistido.

Esses recursos tornam a experiência mais parecida com um jogo do que com um consumo passivo de mídia. A lógica é simples: quanto mais o espectador se envolve, maior a probabilidade de ele permanecer na plataforma por mais tempo e retornar com frequência. Essa mecânica já se mostrou eficiente em ambientes de eSports e começa a ser incorporada também em transmissões de entretenimento geral.

Metaverso e Entretenimento Social

O conceito de metaverso está se tornando cada vez mais concreto, e o entretenimento social é uma das suas vertentes mais promissoras.

Plataformas como Roblox e Fortnite já são muito mais do que jogos: são ambientes virtuais onde milhões de pessoas assistem a shows, participam de eventos interativos e até fazem compras com moedas digitais. A interatividade, aqui, se estende ao convívio social e à personalização do espaço.

Essa tendência aponta para um futuro em que o público não apenas consome conteúdo, mas vive dentro dele. A possibilidade de transitar por mundos virtuais, participar de tramas em tempo real ou até co-criar histórias junto com os desenvolvedores está remodelando o papel do espectador. Em vez de assistir, ele passa a fazer parte do espetáculo.

O Futuro do Entretenimento

A ascensão do entretenimento interativo representa uma mudança fundamental na forma como nos relacionamos com o conteúdo digital. Não basta mais assistir: o público quer decidir, explorar, interagir e moldar suas próprias experiências.

Das apostas em tempo real aos filmes com múltiplos finais, passando por ambientes virtuais completamente imersivos, a interatividade está no centro da nova era do entretenimento.

À medida que as tecnologias continuam evoluindo e se tornando mais acessíveis, espera-se que a barreira entre espectador e criador continue diminuindo. O futuro do entretenimento será cada vez mais colaborativo, personalizado e envolvente — uma jornada onde o controle estará, literalmente, nas mãos do usuário.
 

Inteligência Artificial

"Boom" de imagens geradas por IA em estilo Ghibli nas redes sociais causa polêmica; entenda

Upgrade do Chat GPT possibilitou a criação de imagens em estilo de animação japonês de Studio famoso e dividiu opiniões.

31/03/2025 16h36

Imagem do ponto turístico Obelisco criada com IA

Imagem do ponto turístico Obelisco criada com IA Reprodução IA

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Durante a última semana, a internet ficou repleta de fotos que fizeram a rede parecer um grande gibi. Se você não viu nenhuma imagem parecida com isso enquanto rolava o seu feed em qualquer rede social, saiba o que aconteceu: a OpenAI lançou uma nova atualização do chat GPT, com uma assertividade e previsão muito maior que a anterior. 

No momento, somente quem usa a versão paga da inteligência artificial pode fazer a foto com traços de animação no estilo Studio Ghibli, um estilo de desenho animado japonês. O “boom” foi tão grande que a IA precisou limitar a apenas 3 fotos por dia para não causar uma sobrecarga maior no sistema. 

O upgrade chamado “4º Image Generation” consegue “pensar” mais antes de criar uma imagem e entrega resultados mais detalhados e precisos, além de editar imagens já existentes, incluir pessoas, trabalhar em primeiro e até segundo plano, além da transformação em vídeos curtos conhecidos como “gifs”. 

O Studio Ghibli

O Ghibli é um estudio de animação japonês criado em 1985 por Hayao Miyazaki, Isao Takahata e Toshio Suzuki. Ele é conhecido por seus desenhos de traços leves feitos à mão, cores mais suaves e tons pastéis. Seus personagens geralmente se encontram em cenários detalhados, com referências de natureza e lugares mágicos. Alguns exemplos são os filmes famosos A Viagem de Chihiro, de 2001 e Princesa Mononoke, de 1997. 

Polêmica no estilo Ghibli com o Chat GPT

Nas redes sociais, os usuários ficaram divididos quanto à criação das imagens. Segundo comentários, o mercado de desenhistas é extremamente prejudicado com a criação dos desenhos sem direitos autorais, além de copiar um estilo já existente. “O que torna a arte linda é o trabalho por trás”, comenta um usuário. 

Já outro internauta defende a ferramenta e diz que o que as pessoas estão fazendo é somente replicar um estilo. “O que as pessoas estão fazendo é apenas simular um estilo de desenho que admiramos”, explica. 

Outro comentário defende que "nunca uma produção por IA conseguiria se igualar a uma produção do Studio. Porque falta a essência do tempo, da calma e da reflexão. O orvalho que cai da Folha, o trem que passa sobre as águas, o vento nas folhas das árvores... Não se trata de um estilo de desenho somente, mas, além de muitas coisas, da sutileza da vida."

Em resposta à polêmica, o Instagram do Studio Ghibli Brasil publicou em sua rede no último domingo, 30, falando sobre sua filosofia e os ideais que moldam suas histórias. “O Studio Ghibli é conhecido por seu estilo visual riquíssimo, feito com animação tradicional à mão. Cada cena é planejada com um nível impressionante de detalhes, desde a arquitetura dos cenários até pequenos gestos dos personagens. Essa atenção aos detalhes não apenas enriquece a animação, mas também cria uma imersão emocional para o espectador”, escreve na postagem. 

Onde criar imagens?

Enquanto a OpenAI não libera novamente a geração de imagens para versões gratuitas, existem alternativas para a criação de desenhos no estilo Ghibli usando outras IAs, como o Gemini Google e o Grook, da plataforma X. 

Para isso, é necessário acessar as ferramentas e dar comando detalhados, para que a imagem seja gerada com o máximo de precisão e detalhes pedidos. 

Veja o exemplo: “Preciso que você crie uma imagem em estilo Studio Ghibli de um menino passeando com seu cachorro em uma calçada larga e um bairro pequeno. O menino precisa estar usando camiseta verde, shorts marrom e seu cachorro é de porte médio.”

O resultado você pode visualizar abaixo:

Imagem do ponto turístico Obelisco criada com IA

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