Tecnologia

Intoxicação

Uso inadequado de remédios responde
por 33,62% dos casos de intoxicação

Uso inadequado de remédios responde
por 33,62% dos casos de intoxicação

G1

05/12/2017 - 15h01
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O uso de medicamentos responde pela maioria dos casos de intoxicação, de acordo com um levantamento feito a partir dos atendimentos no Centro de Informação e Assistência Toxicológica (Ciatox) da Unicamp, em Campinas (SP), que é referência no Brasil.

O consumo de remédios corresponde a 33,62% das ocorrências, mais que o dobro, por exemplo, dos atendimentos por picadas de animais peçonhentos e consumo de produtos químicos.

As principais vítimas são crianças e idosos; e medicações populares, como antitérmicos, estão entre as substâncias responsáveis pelas ocorrências.

O estudo foi feito com base nos 5.420 atendimentos realizados no Ciatox em 2017, sendo 1.822 só relacionados à ingestão de remédios. Consultas ao centro podem ser feitas, inclusive, pelo telefone (19) 3521-7555.

Outras quatro causas de intoxicação foram apontadas pelo Ciatox: animais peçonhentos/venenosos, produtos domissanitários (detergentes, alvejantes, removedores e afins), produtos químicos residenciais ou industriais e animais não peçonhentos/não venenosos. Veja no gráfico, abaixo:

Cinco principais causas de intoxicação:

Medicamentos: 33,62 %

Animais peçonhentos/venenosos: 16,22 %

Produtos domissanitários: 14,08 %

Produtos químicos residenciais ou industriais: 6,13 %

Animais não peçonhentos/não venenosos: 6,09 %

Outros: 23,86 %

Remédios que merecem atenção

Ronan José Vieira, um dos fundadores do Ciatox, ressalta que as intoxicações por medicamento predominam em todo o mundo. Ele destaca o uso de anticonvulsivantes, drogas de efeito no sistema nervoso central, ansiolíticos e drogas para melhorar o estado de humor, mas também alerta para remédios mais populares.

"Anti-inflamatórios, medicamentos para dor, hipnóticos provocam intoxicações, e também os antitérmicos, que podem dar intoxicação", afirma Vieira.

Vieira afirma, ainda, que a automedicação é uma das preocupações, assim como as tentativas de suicídio, por conta das superdosagens.

"As [intoxicações] de automedicação têm conveniências, efeitos e interação com outros medicamentos. Se ele, às vezes, dá problema mesmo receitado criteriosamente, usando amadoristicamente é muito mais comum haver problema mais grave e mais frequente", explica.

Além disso, ele alerta que a automedicação mascara os sintomas e dificulta o diagnóstico correto.

A psiquiatra e neurologista Silvia Stahlmerlin explica que, no caso da automedicação, os efeitos podem ocorrer aos poucos.

"Normalmente começa com alguma confusão mental, a pessoa fica mais lentificada, começa a falar coisas sem sentido, alterações da pupila, fica pequena ou grande, a pressão cai ou aumenta demais, sudorese, calafrio, mal estar e, às vezes, diarreia e vômito", ressalta a médica.

Crianças e idosos

Segundo o fundador do Ciatox, as crianças são vulneráveis à intoxicação de medicamentos por ingestão acidental, principalmente no período de férias, pois a criança tende a ter mais tempo em casa para procurar e ter acesso às substâncias.

No caso dos idosos, Vieira afirma que muitas vezes a ingestão também ocorre acidentalmente, pois, além de usarem muitos remédios, têm o hábito de tomá-los à noite e podem consumir de forma errada.

"De maneira geral, o medicamento não deve ficar disponível a crianças. Não é só colocar [no] alto porque ela é capaz de procurar. É preciso ficar de fato trancado, em local não acessível", alerta.

Ele também orienta que as pessoas evitem guardar medicamentos que não foram utilizados completamente, até por perderem a validade e o paciente pode não perceber. "A disponibilidade estimula o uso inadequado".

Dobro da dose

Em Campinas, a mãe de uma criança autista acabou dando o dobro da dose de um calmante recomendada ao filho. Ela se confundiu após o médico mudar a dosagem.

"Ele ficou dopado. Ficou parado sem reação, bem dopado mesmo. Eu comecei a achar estranho o comportamento, porque ele estava muito quieto. O médico falou que, nesses casos, como a dosagem foi muito alta, acabou tendo reação", conta a dona de casa Luana Santini.

Inteligência Artificial

"Boom" de imagens geradas por IA em estilo Ghibli nas redes sociais causa polêmica; entenda

Upgrade do Chat GPT possibilitou a criação de imagens em estilo de animação japonês de Studio famoso e dividiu opiniões.

31/03/2025 16h36

Imagem do ponto turístico Obelisco criada com IA

Imagem do ponto turístico Obelisco criada com IA Reprodução IA

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Durante a última semana, a internet ficou repleta de fotos que fizeram a rede parecer um grande gibi. Se você não viu nenhuma imagem parecida com isso enquanto rolava o seu feed em qualquer rede social, saiba o que aconteceu: a OpenAI lançou uma nova atualização do chat GPT, com uma assertividade e previsão muito maior que a anterior. 

No momento, somente quem usa a versão paga da inteligência artificial pode fazer a foto com traços de animação no estilo Studio Ghibli, um estilo de desenho animado japonês. O “boom” foi tão grande que a IA precisou limitar a apenas 3 fotos por dia para não causar uma sobrecarga maior no sistema. 

O upgrade chamado “4º Image Generation” consegue “pensar” mais antes de criar uma imagem e entrega resultados mais detalhados e precisos, além de editar imagens já existentes, incluir pessoas, trabalhar em primeiro e até segundo plano, além da transformação em vídeos curtos conhecidos como “gifs”. 

O Studio Ghibli

O Ghibli é um estudio de animação japonês criado em 1985 por Hayao Miyazaki, Isao Takahata e Toshio Suzuki. Ele é conhecido por seus desenhos de traços leves feitos à mão, cores mais suaves e tons pastéis. Seus personagens geralmente se encontram em cenários detalhados, com referências de natureza e lugares mágicos. Alguns exemplos são os filmes famosos A Viagem de Chihiro, de 2001 e Princesa Mononoke, de 1997. 

Polêmica no estilo Ghibli com o Chat GPT

Nas redes sociais, os usuários ficaram divididos quanto à criação das imagens. Segundo comentários, o mercado de desenhistas é extremamente prejudicado com a criação dos desenhos sem direitos autorais, além de copiar um estilo já existente. “O que torna a arte linda é o trabalho por trás”, comenta um usuário. 

Já outro internauta defende a ferramenta e diz que o que as pessoas estão fazendo é somente replicar um estilo. “O que as pessoas estão fazendo é apenas simular um estilo de desenho que admiramos”, explica. 

Outro comentário defende que "nunca uma produção por IA conseguiria se igualar a uma produção do Studio. Porque falta a essência do tempo, da calma e da reflexão. O orvalho que cai da Folha, o trem que passa sobre as águas, o vento nas folhas das árvores... Não se trata de um estilo de desenho somente, mas, além de muitas coisas, da sutileza da vida."

Em resposta à polêmica, o Instagram do Studio Ghibli Brasil publicou em sua rede no último domingo, 30, falando sobre sua filosofia e os ideais que moldam suas histórias. “O Studio Ghibli é conhecido por seu estilo visual riquíssimo, feito com animação tradicional à mão. Cada cena é planejada com um nível impressionante de detalhes, desde a arquitetura dos cenários até pequenos gestos dos personagens. Essa atenção aos detalhes não apenas enriquece a animação, mas também cria uma imersão emocional para o espectador”, escreve na postagem. 

Onde criar imagens?

Enquanto a OpenAI não libera novamente a geração de imagens para versões gratuitas, existem alternativas para a criação de desenhos no estilo Ghibli usando outras IAs, como o Gemini Google e o Grook, da plataforma X. 

Para isso, é necessário acessar as ferramentas e dar comando detalhados, para que a imagem seja gerada com o máximo de precisão e detalhes pedidos. 

Veja o exemplo: “Preciso que você crie uma imagem em estilo Studio Ghibli de um menino passeando com seu cachorro em uma calçada larga e um bairro pequeno. O menino precisa estar usando camiseta verde, shorts marrom e seu cachorro é de porte médio.”

O resultado você pode visualizar abaixo:

Imagem do ponto turístico Obelisco criada com IA

Tecnologia

Você sabia? Trocar de smartphones regularmente contribui para o aumento do efeito estufa

A fabricação de aparelhos novos gera emissão desenfreada de CO2 na atmosfera.

26/03/2025 17h30

Trocar de dispositivo regularmente contribui para aumento do efeito estufa

Trocar de dispositivo regularmente contribui para aumento do efeito estufa Freepik

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Todos os dias nos deparamos com propagandas e anúncios sobre os avanços tecnológicos e benefícios de um novo aparelho celular que foi ou será lançado. Apesar desta troca ser vantajosa e prazerosa em muitos sentidos, ela pode custar muito caro, e não estamos falando apenas financeiramente. 

Um levantamento divulgado em 2024 revelou que, no Brasil, os smartphones correspondem a mais da metade dos dispositivos digitais em uso, com um total de 258 milhões de aparelhos, uma média maior que um para cada habitante. Esse total coloca o país na lista dos 5 países com mais usuários de  smartphone no ranking mundial. 

O custo ambiental para manter as novidades chegando e abastecendo os usuários que não abrem mão de tecnologia mais moderna é alto. Além do descarte incorreto de elementos tóxicos, a fabricação em massa dos aparelhos eletrônicos incentiva o uso desenfreado de matérias primas esgotáveis. 

Muitas fábricas de telefones celulares são alimentadas por combustíveis fósseis que liberam excesso de CO2 e outros gases de efeito estufa na atmosfera, sem contar o aumento da poluição por plástico. 80% da pegada de carbono de cada dispositivo produzido é gerada na sua fase de fabricação, o que se deve à mineração, refino, transporte e montagem de dezenas de elementos químicos que o compõem. 

O que fazer para minimizar?

Existem vários meios de combinar a modernidade e sustentabilidade. Um deles é a tecnologia sustentável. Além de ajudar o meio ambiente, algumas práticas permitem uma economia financeira. Veja alguns exemplos:

1- Cuide bem do seu celular

Para evitar a troca de um smartphone por mau uso, siga corretamente as instruções do fabricante para a preservação do aparelho. Essas informações são facilmente encontradas no manual de instruções ou até mesmo na internet. Assim, você aumenta a vida útil do aparelho. 

2- Não descarte, conserte

Se o aparelho apresentou um pequeno problema mas ainda funciona, invista no seu reparo.  Se ele ainda estiver na garantia, acione o fabricante.

Caso já tenha ultrapassado o prazo, leve-o a uma assistência de confiança. Além de economizar, você aumenta a vida útil do seu aparelho e escolhe uma opção mais sustentável para o planeta.

3- Doe ou venda o smartphone em bom estado

Caso precise trocar de aparelho enquanto o mesmo ainda está em boas condições, e bem conservado, procure doá-lo ou vendê-lo. Deixar um aparelho parado sem utilidade ocupa espaço, perde seu tempo de vida útil e seu valor. 

Caso o aparelho não esteja em boas condições, busque encaminhá-lo para o descarte correto e reciclagem. Várias peças podem servir para a fabricação de um novo smartphone ou outro produto. No Brasil, a destinação correta do lixo eletrônico está prevista na Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12.305/2010) e é regulamentada pelo Decreto Federal 10.240/2020. 

4- Invista em ideias sustentáveis

Já é comum se deparar com meios de minimizar os impactos ambientais quando o assunto é tecnologia. Um desses meios é o crescente ramo de Aluguel de Smartphones. Este serviço, o usuário pode escolher entre dispositivos novos ou usados de diversas marcas pelo período de 12 meses.

Após este período, ele pode renovar a assinatura, trocar o aparelho por outro modelo ou devolver o aparelho sem custos, o que gera uma rotatividade nos equipamentos sem precisar aumentar a produção de novos aparelhos. 

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