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Com a pandemia, Bonito virou sonho de consumo para os moradores do Estado

Destino turístico é conhecido internacionalmente como um dos melhores do mundo

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Silvio Andrade

A pandemia do coronavírus mudou conceitos de entretenimento e prazer do viajante brasileiro e também gerou uma mudança de perfil dos visitantes. 

Antes, a maioria dos turistas que visitava Bonito, um dos maiores destinos de ecoturismo do Brasil, era de outros estados; agora, os sul-mato-grossenses estão descobrindo as belezas naturais do lugar, e as reservas estão em alta. 

Com um incentivo a mais: promoções de pacotes com até 60% de desconto para os nativos.

O consagrado destino aposta nesse “novo viajante” e nos descontos tarifários, que valem até dezembro, com preços de baixa temporada praticados pelos 46 atrativos e redes hoteleira e gastronômica. 

Para obter os benefícios, basta o sul-mato-grossense comprovar sua naturalidade e desfrutar, com toda segurança sanitária, dos passeios e experiências incríveis.

Em julho, mais que dobrou o número de turistas do Estado em comparação com a média anterior à pandemia.

O turismo em Bonito retomou as atividades há dois meses, depois de fechar em 23 de março, cumprindo rigorosos protocolos de biossegurança elaborados pelos diversos segmentos da cadeia: hotelaria, agências, gastronomia, transporte, comércio, guias de turismo e atrativos. 

Além de apoiar estes setores, o Sebrae e o Sesi criaram o programa Bonito Seguro, em que dão consultas gratuitas de biossegurança para mais de 600 empresários inscritos.

Integração com a natureza

“Estamos com mais de 90% dos atrativos operando em sua plenitude, respeitando as restrições de capacidade de fluxo e uma série de medidas de segurança”, comemora Augusto Barbosa Mariano, secretário municipal de Turismo, Indústria e Comércio.

Depois de um recomeço tímido, com pouco mais de três mil visitantes para um mês (julho) em que a média era de 20 mil turistas e a ocupação hoteleira de 60%, agosto animou os empresários e os operadores, com lotação completa nos fins de semana. 

“O desejo do brasileiro de viajar e a vontade de sair de casa não se alteraram com a pandemia”, afirma Guilherme Poli, empresário do setor hoteleiro, vislumbrando um cenário favorável.

“Os destinos escolhidos vão mudar após o isolamento, haverá uma procura maior por experiências de integração com a natureza e Bonito é o lugar preferido, por oferecer áreas abertas e ao ar livre para grupos pequenos e em família”, observa Poli. 

“Como não dependemos do mercado externo, o turismo interno vai aquecer mais do que nunca e devemos estar preparados para isso, garantindo todas as respostas de segurança”.

Balneário municipal

Ainda sem o avião – a Azul deve retomar operações da cidade com Campinas em dezembro –, o aeroporto estadual passa por adequações operacionais para receber aeronaves de grande porte e ampliar o número de voos. 

Hoje, Bonito opera a pleno, exceto seu principal atrativo, a Gruta do Lago Azul, que integra a rede de unidades de conservação da Serra da Bodoquena. 

O município discute com o Estado a reabertura gradativa para ainda este ano.

O Balneário Municipal foi reaberto em agosto, após 130 dias, mas com restrições: estão proibidas aglomerações de qualquer tipo, incluindo rodas de tereré e narguilé, e uso das churrasqueiras. 

A capacidade máxima será de 300 pessoas por dia (200 bonitenses e 100 turistas) e o uso de máscaras é obrigatório – liberado, porém, para entrar no Rio Formoso com os cardumes de piraputangas.

Eventos em alta

O trade turístico está otimista, após dois meses de retorno, apesar do difícil recomeço: em julho, a ocupação hoteleira foi de 8%, para um período em que a média é de 60%. 

Mas quase triplicou o número de visitantes sul-mato-grossenses, reflexo da campanha promocional e confirmando a nova tendência de viagens em família, de carro e por distâncias menores. 

Em julho, a maioria dos turistas foi de paulistas (34,05%) e registrou-se a presença de estrangeiros.

“O cenário é favorável e Bonito está sendo uma preferência dos brasileiros nesse momento de busca do bem-estar”, analisa o empresário Guilherme Poli, presidente do Instituto de Desenvolvimento de Bonito (IDB). 

Segundo ele, os operadores já percebem uma maior demanda pelo destino para os próximos meses. 

Os eventos agendados para 2020 foram remarcados para 2021, com procura de novas datas.

Mais informações: www.bcvb.com.br/pt e www.bonito-in.com

 

Gruta do Lago Azul continua fechada

O turismo foi uma das atividades econômicas que mais assimilaram os impactos da pandemia, e Bonito foi um dos primeiros destinos a reabrir com todas as medidas de saúde e de segurança para a prevenção do coronavírus. 

Mais uma vez, o destino demonstrou profissionalismo, integração entre os segmentos e saiu na frente, superando as incertezas de uma volta em um momento crucial, que poderia ser um tiro no pé.

“De forma muito consciente, tomamos todas as medidas exigidas, com as parcerias importantes do governo, Sebrae, Senac e Sesc, e mais uma vez Bonito é uma referência, criando de forma inédita um sistema de biossegurança para o turista com sete protocolos específicos, os quais têm sido cumpridos à risca. 

Um recomeço que vai servir de experiência”, aponta o secretário municipal de Turismo, Augusto Mariano.

Turismo

Novas regras: diárias de hotéis agora têm 24h completas

O ministério do turismo definiu novas regras pela portaria nº 28, de 16 de setembro de 2025

29/09/2025 10h15

Reprodução IA

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O Ministério do Turismo publicou a Portaria nº 28, de 16 de setembro de 2025, que muda a forma como as diárias de hotéis, pousadas, flats e outros meios de hospedagem devem ser aplicadas.

Agora, a diária passa a ter 24h completas, contadas a partir do horário definido para o check-in. Na prática, o hóspede terá pelo menos 21 horas de uso real do quarto, já que o hotel pode reservar até 3 horas para limpeza — sem custo adicional.

O que muda na sua estadia:

  • Horários de check-in e check-out precisam ser informados com antecedência;
  • Entrada antecipada ou saída tardia são permitidas, mas podem ser cobradas, desde que avisadas previamente;
  • O hóspede pode dispensar a limpeza, desde que mantidas as condições sanitárias;
  • A limpeza do quarto não pode ultrapassar 3 horas.

Direitos do hóspede

A nova portaria garante uma experiência mais transparente e organizada:

  1.  Informação clara: hotéis são obrigados a avisar previamente os horários de check-in e check-out.
  2.  Flexibilidade: o cliente pode pedir entrada antecipada ou saída tardia; essas opções podem ter custo, mas devem ser comunicadas antes da reserva.
  3.  Autonomia: o hóspede pode até dispensar a limpeza, caso prefira, desde que isso não comprometa a higiene geral do hotel.
  4.  Padronização nacional: a regra vale para todo o Brasil, trazendo mais previsibilidade tanto em destinos turísticos quanto em viagens de negócios.

Exemplos práticos

Se você fizer o check-in às 15h de sexta-feira, sua diária vale até 15h de sábado. O hotel pode usar até 3h desse período para limpeza, mas você terá ao menos 21 horas de uso garantido do quarto.

Caso precise sair apenas às 18h, o hotel poderá cobrar uma taxa por “late check-out” — mas isso deve ser informado com clareza no momento da reserva ou no check-in.

Prazo para adaptação

As novas regras devem ser implementadas até a segunda quinzena de dezembro de 2025.

Penalidades para quem descumprir

Hotéis que não se adequarem podem sofrer multa, advertência e até perder o Cadastur, registro obrigatório para funcionar.

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