Cidades

JUSTIÇA

Um mês após crime em lava a jato, família de adolescente cobra prisão de envolvidos

Suspeitos foram vistos circulando de caminhonete pelo bairro

VALQUIRIA ORIQUI

03/03/2017 - 16h44
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Um mês após crueldade cometida contra Wesner Moreira da Silva, de 17 anos, que faleceu depois de ter mangueira de ar compressor inserida no ânus, os acusados de terem praticado o ato continuam soltos. Indignados, amigos e familiares do jovem realizaram manifesto, da tarde de hoje, para chamar a atenção das autoridades para o caso.

Munidos de faixas, cartazes e vestindo camiseta que leva a fotografia do menino, o grupo de cerca de 30 pessoas seguiu até a frente do prédio do Fórum, onde gritavam palavras de ordem como “queremos justiça” e “cadeia neles”.

Desolada, a mãe de Wesner, Marasilva Moreira, de 44 anos, por diversos momentos da passeata não conteve as lágrimas. “A dor é muito grande. Peço a Deus para me manter de pé, só ele para me confortar. Não tenho mais meu filho para poder abraçar. Minha casa ficou vazia, nada preenche esse vazio”, lamentou a dona de casa.

Adolescente morreu depois de ter ficado 11 dias em recuperação na Santa Casa da Capital. A mangueira de alta pressão foi inserida no ânus no rapaz pelo chefe e por um colega de trabalho, no dia 3 de fevereiro. A morte foi causada por sangramento contínuo na altura do estômago, seguido de parada cardiorrespiratória.

“Antes de falecer, meu filho disse que perdoava eles, mas queria justiça e pediu que fossem presos e que pagassem pela semana que ele trabalhou no lava a jato”, completou Marisilva. Agarrada ao cartaz onde foi impresso o rosto do jovem, a mãe vai às lágrimas ao dizer que o filho estava apenas trabalhando. “Ele não estava roubando ou matando, estava trabalhando”.

Ao lado da prima Patrícia Brites, de 39 anos, o grupo seguiu sentido Fórum. “Se a justiça do homem não for feita, Deus vai fazer”, apontou a professora que carregava em mãos um cartaz com as fotos dos acusados de terem cometido o crime. Em tratamento de câncer, o pai de Wesner não compareceu ao manifesto.

Um dos organizadores do manifesto, o tio da vítima, Elsom Ferreira da Silva, tio de Wesner, contou que os dois rapazes foram vistos circulando de caminhonete pelo bairro onde a família mora, já que um dos culpados é vizinho da mãe do rapaz e tinha livre acesso a casa deles.

“Eu queria deixar bem claro que a população está revoltada. Então, se acontecer alguma coisa com os dois culpados, a família não se responsabiliza”, destacou Elsom, assessor de parlamentar. Em frente ao Fórum a família gritava para que o juiz “julgasse o caso”.

No dia 17 de fevereiro o juiz Carlos Alberto Garcete, da 1ª Vara do Tribunal do Júri, emitiu decisão não atendendo o pedido de prisão feito pela polícia. Dois dias antes, o mesmo pedido já havia sido negado pelo juiz Marcelo Ivo de Oliveira, da 7ª Vara Criminal de Campo Grande.

POLÍCIA

Suspeito de furtar condomínios de luxo é preso em Campo Grande

Ele foi flagrado pelas câmeras de segurança escalando muros e tentando acessar áreas internas de residenciais de alto padrão

12/12/2025 18h15

Divulgação: Polícia Civil

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A Delegacia Especializada em Repressão a Roubos e Furtos (DERF) prendeu, na manhã de quinta-feira (11), um indivíduo responsável por uma sequência de tentativas de furtos em condomínios residenciais de Campo Grande. A ação das autoridades interrompeu a onda de invasões que vinha assustando moradores de diferentes bairros da Capital.

O suspeito, de 20 anos, já possui extenso histórico de práticas de furtos, inclusive qualificadas e em tentativa, além de outras ocorrências criminais registradas ao longo dos últimos anos. Ele foi flagrado pelas câmeras de segurança escalando muros e tentando acessar áreas internas de residenciais de alto padrão.

As imagens, nítidas e detalhadas, captaram o momento em que o suspeito escalava a muralha do residencial, tentando vencer a cerca elétrica e chegando, inclusive, a tomar um choque ao tentar romper a barreira de proteção.

Em outro episódio, o mesmo autor foi flagrado dentro do terreno de uma residência de outro condomínio, fato igualmente tratado como furto qualificado tentado.

Com a identificação e o histórico criminal reiterado, a DERF empreendeu investigações que resultaram na prisão do suspeito nesta quinta-feira, retirando de circulação um dos autores de furtos mais contumazes da região.

Cidades

STJ mantém empresas como rés por fraudes em licitações na Secretaria da Saúde

As investigações identificaram manipulação na fase de cotação de preços, exigências restritivas que inviabilizaram a concorrência e propostas previamente combinadas

12/12/2025 17h30

O recurso especial foi interposto pelo MPMS, para recorrer de uma decisão do TJMS

O recurso especial foi interposto pelo MPMS, para recorrer de uma decisão do TJMS Divulgação/ MPMS

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O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), por meio da 5ª Procuradoria de Justiça de Interesses Difusos e Coletivos, interpôs um recurso especial que foi provido pelo Superior Tribunal de Justiça, para determinar a manutenção de três empresas como rés em  ação civil por ato de improbidade administrativa, a qual apura fraudes em licitações e dano aos cofres públicos no valor de R$ 261,7 mil.

Em 2021, o promotor Adriano Lobo Viana de Resende, da 29ª Promotoria de Justiça de Campo Grande, moveu a ação contra Marcos Espíndola de Freitas, servidor da Secretaria de Estado de Saúde (SES) e as empresas de Jaemes Marcussi Junior, da MW Teleinformática Ltda, Adriano Martins e Rodrigo Naglis Ferzeli.  

Eles são investigados por supostas fraudes no Pregão Presencial nº 008/2015. As investigações identificaram manipulação na fase de cotação de preços, exigências restritivas que inviabilizaram a concorrência e propostas previamente combinadas.

Em decisão interlocutória de 1° grau, o juízo excluiu as empresas do polo passivo da ação por entender que a pessoa jurídica não poderia ser sancionada pela Lei de Improbidade Administrativa ( Lei nº 14.230/2021), quando os mesmos fatos fossem sancionáveis pela Lei Anticorrupção. O MPMS recorreu da decisão, que foi mantida pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS).

Diante disso, o MPMS interpôs o recurso especial ao STJ, por intermédio da 5ª Procuradoria de Justiça de Interesses Difusos e Coletivos, sob a titularidade da Procuradora de Justiça Sara Francisco Silva, sustentando que a nova redação da Lei de Improbidade Administrativa não veda a inclusão da pessoa jurídica no polo passivo, mas apenas impede a aplicação de sanções idênticas com fundamento simultâneo na Lei de Improbidade e na Lei Anticorrupção, cujos regimes sancionatórios autônomos.

Ao apreciar o caso, o ministro Francisco Falcão deu provimento ao recurso do MPMS e reafirmou que empresas podem responder simultaneamente por improbidade e por infrações da Lei Anticorrupção, desde que observada a vedação ao bis in idem, ou seja, proíbe que as envolvidas sejam processadas ou punidas mais de uma vez pelo mesmo fato.

Assim, determinou que as três empresas envolvidas na suposta fraude licitatória permaneçam na ação. O STJ determinou, ainda, o retorno do processo à 2ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos de Campo Grande para o prosseguimento da instrução.

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