Cidades

Violência

Desesperado, garoto denuncia
pai por torturar esposa e 4 filhos

Após a ação da polícia, criança abençoou delegacia

VÂNYA SANTOS

18/03/2016 - 13h33
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Desesperado, garoto de 10 anos procurou o Conselho Tutelar, em Coxim, nesta quinta-feira (17), para denunciar o pai, de 32 anos, por torturar a esposa e os quatro filhos. Após a ação da polícia, a criança levantou as mãos para o céu, abençoou a delegacia e agradeceu pela prisão do pai.

Conforme o Edição de Notícias, ao chegar no Conselho Tutelar, por volta das 8h, o menino foi logo contando que o pai batia nele, nos irmãos de 7, 4 e 2 anos e também na mãe, de 27 anos.

Não suportando mais a violência, o garoto relatou que a mãe saiu de casa para levar dois de seus irmãos para a escola, ocasião em que seu pai teve um ataque de fúria e passou a espancar a filha de 4 anos.

Depois de relatar as agressões, o menino foi encaminhado para a Delegacia de Coxim, onde contou a delegada Silvia Elaine Girardi dos Santos sua rotina de tortura. Em conversa com a autoridade policial, o menino relembrou o dia em que seu pai lhe desferiu um golpe nas costas e ele teve ferimentos na cabeça.

Em outras duas ocasiões, o homem quebrou os dentes da esposa. Numa outra situação, o pai proibiu os filhos e a mulher, que estava grávida, de comer. Depois de se alimentar, ele jogou na terra a comida que sobrou.

Dois irmãos e a mãe do menino conversaram com a delegada e confirmaram as agressões. Espontaneamente, vizinhos também procuraram a polícia para relatar sobre a violência. Uma psicóloga atendeu a família e confirmou as agressões físicas e psicológicas.

Temendo pelo retorno do pai ao convívio familiar, o menino anotou telefones de policiais e números de emergência. O homem, que nega todas as acusações, foi autuado em flagrante pelo crime de tortura e foi encaminhado para o Estabelecimento Penal Masculino de Coxim.

Perigo

Inmet alerta para chuvas intensas e tempestade em MS

Previsão aponta ventos de até 100 km por hora

27/11/2024 16h30

Chuva e vento devem atingir boa parte do estado

Chuva e vento devem atingir boa parte do estado Gerson Oliveira / Correio do Estado

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O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta de "perigo" para Mato Grosso do Sul, indicando a possibilidade de tempestades e chuvas intensas a partir de hoje (27). O aviso faz parte de uma série de alertas que abrangem diversas regiões do país, com Mato Grosso do Sul sendo um dos estados mais afetados.

O alerta de "perigo" para o estado prevê chuvas com precipitações entre 30 e 60 mm por hora e ventos intensos que podem chegar a 100 km/h.

Essas condições meteorológicas gerar uma série de riscos potenciais, incluindo: cortes no fornecimento de energia elétrica, queda de galhos e árvores, alagamentos e descargas elétricas.

Chuva e vento devem atingir boa parte do estado

Recomendações de segurança

Diante da gravidade da situação, o Inmet faz as seguintes recomendações aos moradores das áreas afetadas:

  • Evitar se abrigar debaixo de árvores devido ao risco de queda e descargas elétricas
  • Desligar aparelhos elétricos e o quadro geral de energia, quando possível

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Conflito

Estado oferece 2 litros d'água por indígena para liberar rodovia em Dourados

MS-156, que liga Dourados a Itaporã, segue bloqueada há dois dias por indígenas, que negociam liberação

27/11/2024 16h00

Soldados da Tropa de Choque reunidos próximo às aldeias

Soldados da Tropa de Choque reunidos próximo às aldeias Foto: Divulgação

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A proposta das autoridades para liberar a MS-156, que liga Dourados a Itaporã, bloqueada há dois dias por indígenas da etnia Guarani-Kaiowá e indígenas da etnia Terena que exigem abastecimento d’água nas aldeias, é de oferecer, paliativamente, dois litros de água por indígena, apurou o Correio do Estado.

Uma fonte que acompanha as negociações informou ao Correio do Estado que autoridades estaduais ofereceram dois caminhões-pipa, que transportam no máximo 30 mil litros d’água, para atender as aldeias Juaguapiru e Bororo que, juntas, têm 25 mil residentes.

Os dois caminhões cheios dariam pouco mais de 60 mil litros para os indígenas, pouco mais de 2 litros de água para cada um. Conforme apurado, uma reunião entre o Capitão Romão Fernandes, líder da Aldeia Jaguapiru e autoridades está marcada para às 16h desta quarta-feira (27).

“A situação está bem feia, a tropa de choque feriu alguns indígenas, já encaminhados ao hospital, neste momento não tem acordo. Caso a medida seja utilizar caminhões-pipa, ao menos cinco para cada aldeia, além de distribuirem outros galões de água”, falou Ade Vera, indígena Kaiowá, professor e morador da Aldeia Jaguapiru.

 

O pivô do problema foi um convênio do governo de Mato Grosso do Sul e a Itaipu Binacional anunciado na semana passada pelo governador Eduardo Riedel. O investimento de R$ 60 milhões na implantação de rede de água potável e saneamento atenderia aldeias indígenas guarani-kaiowa de oito municípios. Jaguapiru e Bororó, em Dourados, não foram contempladas.

Ainda não há posicionamento do governo sobre a oferta de saneamento básico nas aldeias indígenas de Dourados.

Nas redes sociais, Luzinete Reginaldo, esposa do Capitão Ramão Fernandes, disse estar muito indignada com a atuação policial na aldeia. Conforme apurado, ao menos 10 carros do Batalhão de Choque foram deslocados até a região. “Quando a gente chama a base (polícia) para atender tráfico, para atender roubo, eles não vem. Queremos só água, socorro por àgua, socorro às crianças, socorro às gestantes, a gente já tentou dialogar mas não tivemos êxito.”

Em agenda nesta manhã, o governador Eduardo Riedel (PSDB) disse que o bloqueio de rodovias inibe o direito de ir e vir das pessoas. Na oportunidade, questionado sobre a atuação do Batalhão de Choque da Polícia Militar, falou que “confrontos sempre têm dano.”

"Hora que fecha uma rodovia, inibe o direito de ir e vir, trabalhadores que não chegam na fábrica, gente que não passa... por uma reivindicação que é justa e que foi negociada, mas o tempo todo sendo procrastinada por interesses políticos e tem um BO [boletim de ocorrência] feito contra a pessoa que estava incentivando as comunidades", disse Riedel. A reportagem buscou contato com o Capitão Ramão Fernandes, entretanto não obteve retorno até a publicação. 

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