Cidades

operação em MS

Operação contra uso ilegal de agrotóxicos
já aplicou R$ 2,9 milhões em multas

Em MS, nos 2 primeiros dias de operação, 13 aeronaves foram interditadas

LUANA RODRIGUES

23/11/2017 - 15h10
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A operação Deriva II, voltada ao combate de irregularidades na aplicação de agrotóxicos por empresas de aviação agrícola, já contabiliza R$ 2,9 milhões em multas e 23 aeronaves interditadas.

A operação foi deflagrada na última segunda-feira (20) e tem ações previstas até amanhã (24).

A fiscalização acontece simultaneamente nos estados de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Paraná, sob coordenação dos Ministérios Públicos Federal, do Trabalho e Estaduais. 

Em Mato Grosso do Sul, nos dois primeiros dias de operação, 13 aeronaves foram interditadas pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), sendo que uma delas acabou apreendida criminalmente pela Delegacia Especializada de Combate ao Crime Organizado (DECO).

Nove empresas foram fiscalizadas e oito autos de infração foram expedidos, totalizando R$ 1.865.672,00 em multas.

No Estado de Mato Grosso, seis aeronaves utilizadas na aplicação de agrotóxicos foram interditadas. Quatro empresas foram fiscalizadas no município de Primavera do Leste, que tem a maior frota agrícola do país.

As aeronaves interditadas apresentavam problemas como falta de documentação e irregularidades na manutenção dos aviões. Quatro empresas foram notificadas por não possuir Cadastro Técnico Federal.

Já no Paraná, foram expedidos dois autos de infração, seis notificações, com um valor de multa aproximado a R$ 1,1 milhão. Quatro aeronaves foram apreendidas e uma empresa foi embargada.

RISCO AO TRABALHDOR

Três empresas foram notificadas por colocarem os trabalhadores em exposição direta com agrotóxicos. A fiscalização verificou, também, que os trabalhadores não possuem capacitação sobre prevenção de acidentes com agrotóxicos.

As empresas apresentaram documentação na qual consta a entrega dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) aos trabalhadores, porém, durante a fiscalização, não foi possível constatar o uso dos mesmos.

Também participam da fiscalização a Polícia Militar Ambiental (PMA), Polícia Rodoviária Federal (PRF), Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Delegacia de Combate ao Crime Organizado (Deco) e Instituto de Criminalística da Polícia Civil (PC), Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) do Governo Federal e Agências Estaduais de Defesa Sanitária Agropecuária de Mato Grosso (Indea) e Mato Grosso do Sul (Iagro).

Educação

UFMS vai oferecer 1,7 mil vagas nos 125 cursos pelo SISU

Sistema de Seleção Unificada estará aberto a partir do dia 17 de janeiro

04/01/2025 11h30

UFMS

UFMS Foto: Marcelo Victor / Correio do Estado

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A Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) está oferecendo mais de 1,7 mil vagas em 125 cursos de graduação para o ano letivo de 2025 através do Sistema de Seleção Unificada (Sisu). As inscrições para o Sisu 2025 estarão abertas de 17 a 21 de janeiro de 2025, e são gratuitas.

A primeira chamada do Sisu está prevista para 26 de janeiro de 2025. Os candidatos não selecionados nesta chamada poderão manifestar interesse em participar da lista de espera entre 26 e 31 de janeiro, através do Portal Acesso Único.

A UFMS também oferece outras formas de ingresso, como o Vestibular UFMS e o Programa de Avaliação Seriada Seletiva (PASSE).

Requisitos

Para participar do Sisu 2025, os candidatos devem atender aos seguintes requisitos:

  • Ter concluído o ensino médio
  • Ter participado do Enem 2024
  • Não ter zerado a prova de redação

As inscrições são gratuitas e devem ser realizadas exclusivamente pela internet, através do Portal Único de Acesso ao Ensino Superior. É importante ressaltar que estudantes que participaram do Enem 2024 como "treineiros" não poderão se inscrever no Sisu 2025.

Cronograma

O Sisu 2025 terá apenas uma edição, com inscrições abertas para vagas em todo o ano letivo de 2025. O cronograma oficial inclui as seguintes datas importantes:

  • Inscrições: 17 a 21 de janeiro de 2025
  • Resultado da chamada regular: 26 de janeiro de 2025
  • Matrículas: 27 a 31 de janeiro de 2025
  • Manifestação de interesse na lista de espera: 26 a 31 de janeiro de 2025

Seleção

Os candidatos serão classificados com base em seu desempenho no Enem 2024, primeiramente na modalidade de ampla concorrência. Em seguida, será aplicada a reserva de vagas prevista pela Lei de Cotas.

A distribuição das vagas reservadas considerará a proporção de estudantes de escolas públicas, pessoas de baixa renda, indivíduos com deficiência, além de pretos, pardos, indígenas e quilombolas. Os percentuais serão baseados nos dados atualizados do Censo 2022, realizado pelo IBGE.

Os candidatos não selecionados na chamada regular poderão manifestar interesse em participar da lista de espera entre os dias 26 e 31 de janeiro de 2025. A lista de espera poderá ser utilizada pelas instituições participantes ao longo de todo o ano de 2025 para preencher vagas remanescentes.

*Colaborou Alanis Netto

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CADA VEZ PIOR

Ano de 2024 foi o mais quente já registrado no Brasil, segundo dados do Inmet

Instituto Nacional de Meteorologia verificou temperatura média de 25,02ºC, a maior desde quando iniciou-se o registro, em 1961

04/01/2025 11h00

2024 foi o ano mais quente da história do Brasil

2024 foi o ano mais quente da história do Brasil Marcelo Victor / Correio do Estado

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O ano de 2024 foi o mais quente já registrado no Brasil, segundo dados do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia). A média de 25,02°C verificada para o ano passado é a maior desde 1961, ponto de partida da série histórica do órgão oficial de meteorologia brasileiro.

A diferença em relação à média de temperatura foi de 0,79°C, considerando a série de 1991 a 2020.

Os dados completos confirmam a tendência apontada em informações parciais, com dados até novembro, de que 2024 tomaria o lugar de 2023 como o ano mais quente do país, como mostrou reportagem da Folha de S.Paulo da última segunda-feira (30). Em 2023, a média foi de 24,92°C.

De acordo com comunicado do Ministério da Agricultura e Pecuária, ao qual o Inmet é vinculado, foi verificada uma tendência de aumento estatisticamente significativo das temperaturas ao longo dos anos nos desvios de temperaturas médias, "que pode estar associada à mudança no clima em decorrência da elevação da temperatura global e mudanças ambientais locais."

A anomalia é uma variação —positiva ou negativa— de uma temperatura em relação à linha de base. No caso, a mais alta até então havia sido a de 2023, com 0,69°C. Essa média é feita com ao menos 30 anos de dados, segundo a meteorologista Andrea Ramos, e é usada para fazer as observações de desvios.

"É importantíssima, é a anomalia que define o quanto ficou acima ou abaixo da média, seja em temperatura ou em chuva e umidade. A partir de uma estação meteorológica convencional, que tem mais de 30 anos de dados, podemos gerar essa climatologia, com valores de referência", explica a especialista.

Para além das ondas de calor, dois fenômenos que marcaram o ano passado, lembra Ramos, foram os incêndios florestais em diversas regiões do país e as chuvas que devastaram o Rio Grande do Sul —e isso sem a ocorrência de um super El Niño, ela destaca.

A chuva minguou e antecipou a temporada de seca e fogo, como visto no pantanal.

"Tivemos tempo e solo secos, com déficit hídrico e aumento de biomassa, pelas folhas secas. A partir de abril e maio começaram os incêndios, seja por questões naturais ou humanas, mais plausíveis para o que passamos, com toda aquela intensidade. Quando chegou o inverno, o caos já estava acontecendo", recorda a meteorologista.

Somou-se à situação a ocorrência dos bloqueios atmosféricos por sistemas de alta pressão com tempo quente e seco, que não permitiam o trânsito de umidade para o Centro-Oeste. Como as frentes frias ficavam estacionadas no Sul, a região viu os temporais caírem com violência.

"Então esses dois fenômenos foram bem típicos dessa era dos extremos, algo que a OMM [Organização Meteorológica Mundial] já estabeleceu. Anos quentes, secos e com chuvas previstas para o mês ocorrendo em dias ou horas, como aconteceu no Rio Grande do Sul."

Já era esperado que 2024 estivesse entre os anos de calor recorde, situação que pode ser explicada pela combinação de oceanos e continentes mais quentes, em razão das mudanças climáticas e pelos efeitos do El Niño, entre outros fatores.

Um possível refresco com o La Niña, caracterizado pelo resfriamento da superfície do oceano nas porções central e oriental do Pacífico Equatorial, fica cada vez mais fraco e distante, segundo previsões da OMM, agência ligada à ONU (Organização das Nações Unidas).

No Brasil, geralmente o La Niña muda a distribuição de chuvas, com precipitação maior nas regiões Norte e Nordeste e menor no Sul e Centro-Oeste. As temperaturas costumam ficar mais baixas no país.

No cenário mundial, já é dado por certo que 2024 será o ano mais quente da história da humanidade, segundo o observatório Copernicus, da União Europeia.

Com a confirmação de que novembro foi mais um mês com temperaturas escaldantes no planeta, os cientistas do órgão calcularam ser impossível que 2024 não supere a marca anterior, que é de 2023.

Os números oficiais serão divulgados na próxima semana pelo observatório europeu e também pela Nasa (Agência Espacial Americana) e pela Noaa (Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos EUA).

Os pesquisadores europeus apontam que a marca será a maior dos últimos 125 mil anos. A conclusão inclui a análise de vestígios do ambiente pré-histórico, necessária para saber as temperaturas da Terra muito antes da existência dos termômetros.

O ano de 2024 será lembrado também por ser o primeiro a terminar com média de temperatura acima de 1,5°C em relação aos níveis pré-industriais.

Esse limite é considerado pelos cientistas como o teto para impedir as piores consequências do aquecimento global, como o desaparecimento de países insulares. Ele é também o valor preferencial pactuado no Acordo de Paris, de 2015.

A marca não significa, no entanto, que o planeta já rompeu definitivamente a barreira de 1,5°C e as metas do acordo, explicam cientistas. Para considerar que o limite foi definitivamente violado, seriam necessários vários anos com os termômetros acima desse patamar.

Por Folhapress

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