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'milagre'

Flamengo elimina o Coritiba nos pênaltis na Copa do Brasil

Flamengo elimina o Coritiba nos pênaltis na Copa do Brasil

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03/09/2014 - 23h24
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O Flamengo conseguiu o que parecia improvável. Nesta quarta-feira, no Maracanã, o time carioca devolveu a derrota sofrida por 3 a 0 no Couto Pereira, eliminou o Coritiba na disputa por pênaltis (3 a 2) e garantiu vaga nas quartas de final da Copa do Brasil. O duelo foi marcado por lances polêmicos, já que dois gols do Rubro-Negro no tempo normal foram anotados em cobranças de pênaltis duvidosos.

Em recuperação no Brasileirão, o Flamengo tinha uma missão difícil e começou a sonhar com a vaga aos 46 minutos do primeiro tempo. Após cruzamento da direita, Zé Love disputou espaço com João Paulo dentro da área. O lateral caiu e o árbitro marcou pênalti. Alecsandro foi pra bola e não desperdiçou.

O gol animou a equipe de Vanderlei Luxemburgo, que ampliou a vantagem aos 9 minutos do primeiro tempo em nova penalidade máxima. João Paulo cruzou e a bola tocou no ombro de Norberto, pra reclamação dos jogadores do Coxa. Alecsandro mais uma vez partiu pra cobrança e marcou.

Precisando de apenas mais um gol para levar a decisão para os pênaltis, o Flamengo pressionou e conseguiu balançar a rede aos 37 minutos. Após cruzamento de Éverton, Eduardo da Silva precisou tentar duas vezes antes vencer o goleiro Vanderlei pra garantir a festa da torcida.

Nas penalidades, Zé Love mandou a primeira cobrança no travessão. Alecsandro, que marcou duas vezes no tempo normal, parou em Vanderlei e o placar permaneceu em branco.

Na segunda série, Paulo Victor pegou a cobrança de Hélder. Já Chicão foi pra bola e finalmente marcou o primeiro: 1 a 0 Flamengo. Robinho cobrou o terceiro do Coxa e deixou tudo igual, já que Vanderlei pegou a cobrança de Paulinho.

Leandro Almeida abriu a quarta série e colocou o Coxa pela primeira vez em vantagem, mas Eduardo da Silva fez 2 a 2. Na última cobrança, Paulo Victor brilhou de novo e pegou a cobrança de Dudu. Léo Moura teve a chance de selar a classificação, mas Vanderlei defendeu.

Nas alternadas, Carlinhos mandou na trave e Canteros finalmente garantiu a classificação flamenguista.

Nas quartas, o Flamengo enfrentará o América-RN, que eliminou o Atlético-PR.

Esportes

Leila vai à Fifa contra dirigente da Conmebol: 'Não sabem sobre racismo, como vão combatê-lo?'

A ação ocorre após Alejandro Domínguez, mandatário da Conmebol, usar a expressão "Tarzan sem Chita"

18/03/2025 23h00

Foto: Reprodução

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Leila Pereira, presidente do Palmeiras, afirmou nesta terça-feira que, juntamente com a Libra (Liga do Futebol Brasileiro) e a Liga Forte União (LFU), enviou uma carta à Fifa pedindo providências e apontando a necessidade de penas mais rigorosas em episódios de racismo no futebol.

A ação ocorre após Alejandro Domínguez, mandatário da Conmebol, usar a expressão "Tarzan sem Chita" ao comentar a possibilidade de os clubes brasileiros boicotarem a Libertadores e se filiarem à Concacaf por causa dos frequentes casos de discriminação contra os times do País em competições sul-americanas, sugestão da executiva palmeirense.

"Não é possível que, mesmo após o caso de racismo do qual os atletas do Palmeiras foram vítimas no Paraguai, o presidente da Conmebol faça uma comparação abominável como a que ele fez. Parece até uma provocação ao Palmeiras e aos demais clubes brasileiros", disse Leila, em nota enviada ao Estadão.

"A declaração do presidente Alejandro demonstra, mais uma vez, a dificuldade da Conmebol em compreender o que é racismo. Se as pessoas que comandam o futebol sul-americano nem sequer sabem o que é racismo, como serão capazes de combatê-lo?", continuou

A fala acontece uma semana depois do caso de racismo contra Luighi, do Palmeiras, em partida da Libertadores sub-20. Alejandro Domínguez falou sobre o tema em discurso na Conmebol, durante evento que definiu os grupos da Libertadores e Copa Sul-Americana. O dirigente afirmou que a entidade não é indiferente ao tema e toma todas as medidas que estão ao seu alcance para inibir casos de discriminação.

O Estadão apurou que o dirigente preferiu discursar em português em vez de espanhol ao falar sobre o tema como uma maneira de se dirigir ao público do Brasil. Por questões de agenda, ele não se encontrou com membros da comissão palmeirense para tratar especificamente do assunto, assim como não se reuniu separadamente com qualquer membro de outro clube. Leila Pereira, em forma de protesto, não compareceu ao evento. O clube foi representado pelo vice Paulo Buosi.

Após a repercussão negativa, Alejandro Domínguez se manifestou publicamente pedindo desculpas e reforçando o compromisso da entidade na luta contra a discriminação. "Em relação a minhas recentes declarações, quero expressar minhas desculpas. A expressão que utilizei é uma frase popular e jamais tive a intenção de menosprezar nem desqualificar ninguém. A Conmebol Libertadores é impensável sem a participação de clubes dos dez países membros", disse Domínguez.

"Sempre promovi o respeito e a inclusão no futebol e na sociedade, valores fundamentais para a Conmebol. Reafirmo meu compromisso de seguir trabalhando por um futebol mais justo, unido e livre de descriminação", concluiu o dirigente.

*Com informações de Estadão Conteúdo

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RACISMO

Presidente da Conmebol diz que Libertadores sem brasileiros é 'Tarzan sem Chita'

Na última semana, Leila Pereira, presidente do Palmeiras, sugeriu a saída dos clubes brasileiros da Conmebol para se juntarem à Concacaf, motivados pelos recentes casos de racismo que ficam impunes

18/03/2025 12h00

Alejandro Domínguez, presidente da Conmebol

Alejandro Domínguez, presidente da Conmebol Foto: Divulgação/Conmebol

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Uma fala de Alejandro Domínguez, presidente da Conmebol, gerou polêmica no Brasil nesta terça-feira. O dirigente afirmou que a ausência de brasileiros em na Libertadores é algo impossível, como "Tarzan sem Chita". A fala ocorreu após o sorteio dos grupos da competição continental, nesta segunda, na sede da entidade, em Luque, no Paraguai. O vídeo do momento viralizou nas redes sociais. A entidade deve se manifestar sobre o assunto ainda nesta terça.

"Em relação a minhas recentes declarações, quero expressar minhas desculpas. A expressão que utilizei é uma frase popular e jamais tive a intenção de menosprezar nem desqualificar ninguém. A Conmebol Libertadores é impensável sem a participação de clubes dos dez países membros", disse Domínguez.

"Sempre promovi o respeito e a inclusão no futebol e na sociedade, valores fundamentais para a Conmebol. Reafirmo meu compromisso de seguir trabalhando por um futebol mais justo, unido e livre de descriminação", concluiu o dirigente.

Domínguez usou a expressão ao questionado pelos repórteres na zona mista sobre a sugestão de Leila Pereira, presidente do Palmeiras, de os clubes brasileiros se filiarem à Concacaf em resposta às ações da Conmebol contra o racismo. "Isso seria como Tarzan sem Chita. Impossível", disse Domínguez, em tom descontraído.

A fala acontece uma semana depois do caso de racismo contra Luighi, do Palmeiras, em partida da Libertadores sub-20. Alejandro Domínguez falou sobre o tema durante o evento desta segunda, afirmando que a Conmebol não é indiferente ao tema e toma todas as medidas que estão ao seu alcance para inibir casos de discriminação.

O Estadão apurou que o dirigente preferiu discursar em português em vez de espanhol ao falar sobre o tema como uma maneira de se dirigir ao público do Brasil. Por questões de agenda, ele não se encontrou com membros da comissão palmeirense para tratar especificamente do assunto, assim como não se reuniu separadamente com qualquer membro de outro clube.

Tarzan é um personagem fictício, criado por Edgar Rice Burroughs, em 1912. Ganhou popularidade na década de 1930, com a série televisiva, no qual contracenava com Chita, um chimpanzé macho, mas que interpretou uma fêmea na série.

Na última semana, o Palmeiras, clube de Luighi, iniciou o movimento dos clubes brasileiros contra o racismo, logo após o episódio envolvendo o jovem na disputa da Libertadores sub-20, em partida contra o Cerro Porteño. Além disso, o time alviverde entendeu que as punições aos paraguaios foram brandas.

O Cerro Porteño foi multado em US$ 50 mil (cerca de R$ 289 mil em conversão direta) e penalizado com portões fechados, medidas que, segundo o Palmeiras fazem a entidade ser "conivente" com as agressões. Além da nota contra a decisão da Conmebol, Leila Pereira se recusou a ir ao sorteio nesta segunda-feira. Paulo Buosi, vice-presidente, representou o clube no Paraguai.

O discurso de Domínguez se referiu à luta contra o racismo e ao caso de Luighi.

"Não posso seguir sem falar de racismo. Um problema muito grande que o futebol enfrenta. Gostaria eu também de abordar uma questão que nos desafia. O racismo é um flagelo que não tem origem no futebol, na sociedade. Mas afeta o futebol A Conmebol é sensível a essa realidade. Como pode não ser? À dor do Luighi", disse o mandatário antes do sorteio.

O discurso foi realizado em português. Esta foi uma forma que o presidente da Conmebol encontrou para se dirigir aos brasileiros, em especial após os movimentos contra a Conmebol e o racismo ao longo da última semana.

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