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Aeronáutica quer novo foguete nacional; custo do projeto pode ser entrave

Aeronáutica quer novo foguete nacional; custo do projeto pode ser entrave

FOLHA ONLINE

03/01/2011 - 12h28
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A Aeronáutica está planejando um novo foguete lançador de satélites brasileiro. O VLS-Beta, como está sendo chamado, deve substituir a partir de 2020 o malfadado VLS-1, que pegou fogo em 2003, matando 21 pessoas.

O VLS-Beta integra uma proposta entregue na semana passada à equipe do ministro Aloizio Mercadante (Ciência e Tecnologia). Ela foi elaborada pelo DCTA (Departamento de Ciência e Tecnologia Espacial), da Força Aérea Brasileira, pelo o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) e pela AIAB (Associação das Indústrias Aeroespaciais do Brasil).

Seu objetivo é aproveitar o governo que entra para influir no rumo da política espacial, que sofre cronicamente de falta de planejamento, financiamento e integração entre seus atores.

A conta apresentada a Mercadante é salgada: para o setor de satélites, seriam R$ 500 milhões por ano a partir de 2016. O desenvolvimento de foguetes nacionais precisaria de R$ 160 milhões ao ano, subindo para R$ 210 milhões de 2016 a 2017.

Para comparação, todo o PNAE (Programa Nacional de Atividades Espaciais) terá em 2011 R$ 350 milhões.

O que as três instituições prometem em troca é o desenvolvimento de um parque industrial de alta tecnologia --algo equivalente ao que a Embraer representa hoje.

CRUZEIRO DO SUL

O VLS-Beta integra a família de lançadores Cruzeiro do Sul, substituta do VLS.

Ele representa uma inovação em relação ao VLS-1, um projeto da década de 1980 que caducou e é considerado um "beco sem saída tecnológico", incapaz de colocar em órbita cargas maiores que 150 kg (satélites de observação pesam dez vezes isso).

O VLS-1, cujo voo inaugural será em 2015, tem um sistema de propulsão considerado antiquado, com quatro motores no primeiro estágio.

A Aeronáutica quer concluí-lo como "demonstrador tecnológico", mas sabe que o foguete não tem futuro.

O Beta teria só um motor no primeiro estágio e poderia colocar em órbita satélites já em desenvolvimento no país, como os da série Amazônia (de monitoramento da floresta) e Lattes (de pesquisa de clima espacial e de raios-X).

Antes de o Beta ficar pronto, porém, o DCTA quer usar uma evolução do VLS-1, batizada Alfa, para lançar satélites do Inpe a partir de 2015.

A parte alta do foguete, crucial para transportar a carga útil, seria desenvolvida em parceria com algum país que domine a tecnologia.

A Aeronáutica trabalha também, com a Alemanha, no desenvolvimento de um foguete pequeno, o VLM-1, a ser lançado a partir de 2015.

Os dois foguetes são uma resposta dos militares à parceria Brasil-Ucrânia para lançar o foguete ucraniano Cyclone-4 a partir de Alcântara, com fins comerciais.

O ex-ministro Sergio Rezende (PSB) apostou nela para suprir a deficiência do VLS-1. A Aeronáutica nunca engoliu o Cyclone, que abocanha recursos que poderiam ser do foguete nacional.

OPERAÇÃO RENORCRIM

Polícia Civil prende suspeito de contrabando na região na fronteira

Conforme informações da Polícia, o suspeito foi preso diversas vezes por contrabando, e a Justiça, considerando as sequências de flagrantes, converteu sua prisão em preventiva para garantir a ordem pública

26/11/2024 18h30

Policiais do Dracco em operações

Policiais do Dracco em operações Imagens/ Polícia Civil de MS

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Homem de 40 anos é preso nesta terça-feira (26), em Ponta Porã, a 312 quilômetros de Campo Grande, pelos agentes do Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco), suspeito de praticar crimes de contrabando na região de fronteira com o Paraguai.

De acordo com as investigações, o homem preso, que tinha sua identidade preservada, foi flagrado no dia 5 de setembro, transportando uma grande quantidade de cigarros contrabandeados de forma clandestina no país. Na ocasião, ele foi preso por contrabando, mas recebeu liberdade provisória.

Ainda de acordo com as investigações, o homem foi novamente flagrado no dia 2 de outubro por policiais rodoviários federais, transportando agrotóxicos, e foi preso em flagrante. Durante as oitivas, sua prisão foi novamente condicionada à liberdade.

Durante o processo de documentação, a Justiça de Mato Grosso do Sul constatou que a infração foi presa diversas vezes pelos crimes de contrabando e revogou sua condicional, convertendo-a em prisão preventiva devido à isenção das medidas cautelares diversas da prisão impostas, a fim de garantir a ordem pública.

Neste momento, ele se encontra à disposição da Justiça e segue preso, cumprindo pena em regime fechado.

 

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Mudança climáticas

Estado realiza 2° Fórum de Mudanças Climáticas nesta quarta (27)

Evento irá estudar e promover políticas públicas para mitigação e adaptação às mudanças climáticas

26/11/2024 18h15

Riedel durante 1° Fórum Estadual de Mudanças Climáticas

Riedel durante 1° Fórum Estadual de Mudanças Climáticas Saul Schramm / Divulgação

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Mato Grosso do Sul sediará o II Fórum de Mudanças Climáticas nesta quarta-feira (27) e quinta-feira (28), no auditório do Sebrae em Campo Grande. O evento reunirá especialistas, autoridades e representantes da sociedade civil para discutir estratégias de mitigação e adaptação às alterações climáticas.

A abertura do fórum contará com a presença do governador Eduardo Riedel e secretários estaduais. Na sequência, serão empossados os membros do fórum, incluindo o conselho deliberativo, secretaria executiva, plenária e comitê técnico-científico.

O evento tem como metas estudar e promover políticas públicas para mitigação e adaptação às mudanças climáticas, contribuir para atingir o Estado Carbono Neutro até 2030, e debater medidas para redução das emissões de gases do efeito estufa.

A estrutura do fórum inclui uma plenária com 60 membros, distribuídos entre poder público, sociedade civil organizada e academia/instituições de pesquisa. As instituições e entidades que indicarão representantes para a plenária estão listadas no regimento interno do fórum, publicado no Diário Oficial do Estado em 1º de outubro de 2024 (a partir da página 52).

Programação

O primeiro dia terá uma mesa redonda sobre transição energética e mercado de carbono em Mato Grosso do Sul. Dois painéis temáticos estão programados para a tarde: um sobre mercado de carbono e a nova NDC brasileira, e outro sobre soluções para territórios complexos.

No segundo dia, as câmaras técnicas se reunirão para discutir temas como Serra da Bodoquena, Pantanal, impactos climáticos e adaptações urbanas, e recursos hídricos. O objetivo é propor medidas práticas para combater e mitigar os efeitos das mudanças climáticas no estado.

A participação no evento é gratuita e as inscrições podem ser feitas pelo site do Fórum. Serão emitidos certificados aos participantes.

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