Economia

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Brasil pode chegar a 2050 com 80% de energia renovável

Brasil pode chegar a 2050 com 80% de energia renovável

uol

11/05/2011 - 05h00
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Ainda sob o choque da crise nuclear de Fukushima, o mundo precisa de um empurrão para continuar a virada energética rumo às fontes renováveis. O novo estudo publicado pelo Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) visa servir de estímulo para os tomadores de decisão.

O Relatório Especial sobre Fontes de Energias Renováveis e Mitigação das Mudanças Climáticas (SRREN, na sigla em inglês) é categórico: até 2050, 77% de toda a energia produzida no mundo poderia vir de fontes renováveis "se houver apoio correto de políticas públicas".

Segundo os pesquisadores, esse panorama reduziria em 33% as emissões de gases de efeito estufa e ajudaria a manter a elevação da temperatura global abaixo de 2ºC. Dessa maneira, seriam aliviados os efeitos catastróficos do aquecimento global previstos pelos cientistas.

Decisões certas

Para o relatório, consideraram-se 160 cenários possíveis para a participação das fontes renováveis até 2050, e quatro deles foram analisados com maior profundidade. No mais otimista, a geração de energia limpa saltaria dos atuais 12,9% para 77%, até metade do século.

"O Brasil pode chegar em 2050 com 80% de sua energia a partir de fontes renováveis. Hoje temos aproximadamente 45% ou 46%", afirmou Carlos Nobre, secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do Ministério de Ciência e Tecnologia, em conversa com a Deutsche Welle.

Para chegar lá, no entanto, é preciso pavimentar bem o caminho. "Sim, estamos num momento de importantes definições de políticas públicas. Finalmente criou-se uma base, quase que um consenso, de que o Brasil tem que acompanhar o desenvolvimento mundial na incorporação de novas tecnologias de energias renováveis, principalmente eólica, solar e de biomassa", acrescentou Nobre.

No mix nacional de geração de energia, as hidrelétricas aparecem em primeiro lugar, com 66,28%. Mas a fonte eólica é promissora: "O potencial brasileiro é, talvez, o segundo maior do mundo, depois dos Estados Unidos", comentou o secretário. Essa fonte de energia cresceu 30% em todo o mundo, em 2009, diz o relatório do IPCC, perdendo apenas para a expansão da energia fotovoltaica, que foi de 50%. Os autores acreditam que em 2050 a energia solar será uma das principais fontes de geração limpa.

Fábio Scarano, autor do IPCC e diretor executivo da ONG Conservação Internacional no Brasil, lembra que há armadilhas no caminho. "O investimento que o Brasil está fazendo na polêmica usina de Belo Monte, por exemplo, poderia ir para a pesquisa de energia renovável. É preciso muito mais pesquisa nessa área, e nós estamos bem atrasados."

Euforia do petróleo brasileiro

Com o aumento da exploração petrolífera no Brasil e toda a expectativa de ganhos que se criou com a descoberta do Pré-Sal, o Brasil foi desafiado a demonstrar quão comprometido está com a sustentabilidade, e se existe risco de o país deixar de lado o investimento em energia limpa.

"O risco existe. O Brasil não pode cair no erro histórico em que a Venezuela caiu. Ela poderia ter utilizado com sabedoria sua enorme riqueza petrolífera, poderia ter sido, talvez, o primeiro país desenvolvido da América do Sul", pontua Carlos Nobre.

A maneira como o governo brasileiro irá empregar essa fonte de bonança temporária mostrará se o Brasil tem condições de fazer parte do time definitivo de economias desenvolvidas e sustentáveis. "O país tem que usar essa riqueza – que hoje vale até muito mais do que no tempo em que a Venezuela começou a extrair – para dar um salto na educação, na capacidade de inovar, principalmente no setor de energia", ponderou Nobre, que também assina o relatório do IPCC.

Jogo de interesses

Mais de 120 pesquisadores do mundo todo, dentre eles 24 brasileiros, assinam o estudo. Antes de ser publicado, nesta segunda-feira (09/05), o conteúdo precisou da aprovação dos 194 países-membros das Nações Unidas.

"O Brasil se mostrou bastante engajado no tema e, como outros países, defendeu assuntos de seu interesse", disse à Deutsche Welle o porta-voz do IPCC, Nick Nuttal, depois de o Brasil ter sido acusado de atrasar a votação do relatório.

Segundo Nuttal, a representação brasileira quis esclarecer alguns pontos referentes ao uso de biocombustível. Isso porque, como atestado num relatório das Nações Unidas de 2010, nem toda produção de combustível a partir de fonte renovável é uma arma contra as mudanças climáticas. No caso brasileiro, o modelo adotado com base na cana-de-açúcar é considerado, de fato, uma fonte limpa.

Energia

Lula veta "jabutis" que encareceriam conta de luz

Medida poderia provocar um aumento de R$ 23 na fatura de energia em Mato Grosso do Sul

11/01/2025 10h45

Governo apontou que medida vai contra políticas voltadas à redução dos impactos das mudanças climáticas

Governo apontou que medida vai contra políticas voltadas à redução dos impactos das mudanças climáticas Reprodução Fábio Rodrigues-Pozzebom e Freepik

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O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vetou trechos do projeto de lei das eólicas em alto mar, ou PL das offshores, aprovado pelo Congresso Nacional no ano passado.

A medida poderia aumentar a conta de energia elétrica em Mato Grosso do Sul em cerca de R$ 23 por mês até 2030, conforme cálculo da Abrace Energia.

Entre os vetos do Executivo, destacam-se artigos que previam a ampliação da contratação de usinas termelétricas a gás e carvão, sob a justificativa de que esses dispositivos poderiam gerar custos adicionais significativos, resultando em aumento das tarifas de energia para os consumidores.

A Presidência também apontou que a expansão de fontes de energia fósseis seria incompatível com os compromissos internacionais assumidos pelo Brasil, além de ir contra as políticas voltadas à redução dos impactos das mudanças climáticas.

Os vetos foram publicados em uma edição extraordinária do Diário Oficial da União na noite dessa sexta-feira (10). Segundo informações da Folha de São Paulo, a decisão foi tomada após uma série de manifestações dentro do governo, incluindo pareceres do Ministério da Fazenda, que recomendou a rejeição de todos os "jabutis".

Posições similares foram emitidas pelo Ministério do Meio Ambiente e pelos ministros Rui Costa (Casa Civil) e Alexandre Silveira (Minas e Energia).

Em nota, o MMA já havia destacado, em comunicado emitido um mês antes, que o texto original do projeto "prorroga a contratação de termelétricas a gás natural e carvão até 2050, contradizendo os esforços climáticos do Brasil, como os previstos no Acordo de Paris, e representando um retrocesso ambiental, econômico e político".

Um dos trechos do projeto permitiria, na prática, a obrigatoriedade de contratação de diversas usinas termelétricas, grande parte delas sob o regime inflexível. Esse modelo exige que as usinas operem continuamente, sendo remuneradas por isso, o que é considerado caro e poluente por associações de consumidores.

Pressão

Em dezembro, um grupo de 12 entidades, incluindo a Frente Nacional dos Consumidores de Energia e a Abrace (Associação dos Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres), intensificou a pressão pelo veto.

Em carta enviada ao governo, as associações alertaram que as "jabutis" acarretariam consequências graves para o setor elétrico, para o meio ambiente e para a economia. Elas calcularam que as emendas trariam um custo adicional de pelo menos R$ 545 bilhões até 2050, equivalente a um aumento anual de R$ 22 bilhões, impactando as tarifas de energia elétrica em 9%.

“As despesas extras piorarão a situação dos consumidores brasileiros, que já enfrentam uma das tarifas de energia mais altas do mundo, além de pressionar a inflação, indo na contramão dos esforços do governo para estabilizar a economia”, afirmaram as entidades.

Além das termelétricas, o projeto incluía outras medidas fora do escopo principal, como a expansão de 4,9 GW em pequenas centrais hidrelétricas (PCHs). Críticos apontam que a contratação compulsória, sem planejamento adequado, agravaria a atual sobreoferta de energia no Brasil, dificultando o equilíbrio entre oferta e demanda.

Entidades que representam as PCHs, no entanto, defendem o projeto, argumentando que ele substitui parte das usinas a gás previstas na Lei da Eletrobras, gerando economia e redução de emissões. Contudo, como a contratação das PCHs está vinculada aos artigos que tratam das termelétricas, ambas as propostas precisariam ser aprovadas ou vetadas em conjunto.

Outra emenda prorrogava até 2045 o início da operação de unidades de micro e minigeração distribuída, que permitem que consumidores produzam sua própria energia com subsídios integrais. “Essa prorrogação, que beneficia uma minoria às custas da maioria dos consumidores, aumentará ainda mais os encargos setoriais, que já alcançaram R$ 40,3 bilhões em 2023, representando 13,5% das tarifas residenciais”, concluíram as associações.

Jabutis encareceriam fatura de energia em 11% no estado

Caso fosse aprovado sem alterações, a mudança poderia custar R$ 658 bilhões aos consumidores brasileiros até 2050 – R$ 48 bilhões até 2030 –, uma estimativa em torno de R$ 25 bilhões por ano, resultando em aumento médio de 11% na fatura de energia para Mato Grosso do Sul, conforme apontam os cálculos da Abrace Energia.

Em termos de impacto absoluto, o Estado fica atrás somente do Pará, onde o valor médio da fatura de energia poderá subir R$ 26,09. Já na terceira posição está o acréscimo de R$ 23,52 no estado do Rio de Janeiro.

Na parte de baixo da tabela, o estado com menor impacto para os consumidores será Santa Catarina, com aumento de R$ 16,09.

Setor

O setor energético se manifestou contra o PL, destacando se a fala do presidente da Frente Nacional dos Consumidores de Energia, Luiz Eduardo Barata. “As emendas inseridas no PL das Eólicas Offshore geram um custo bilionário totalmente desnecessário que vai pesar na conta de luz e nos preços dos produtos e serviços para os consumidores”, afirmou ao Correio do Estado

Em nota, o União pela Energia, representante da indústria brasileira, manifestou-se com preocupação, uma vez que a busca maior é por competitividade e há luta para se descarbonizar e contribuir para o atingimento das metas climáticas. (Colaboraram Súzan Benites e Evelyn Thamaris)

LOTERIA

Resultado da Lotofácil de ontem, concurso 3290, sexta-feira (10/01): veja o rateio

A Lotofácil é uma das loterias mais populares no Brasil, com sorteios realizados seis vezes por semana, de segunda a sábado; veja números sorteados

11/01/2025 08h40

Confira o resultado da Lotofácil

Confira o resultado da Lotofácil

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A Caixa Econômica Federal realizou o sorteio do concurso 3290 da Lotofácil na noite desta sexta-feira, 10 de janeiro de 2025, a partir das 20h (de Brasília). A extração dos números ocorreu no Espaço da Sorte, em São Paulo, com um prêmio estimado em R$ 6 milhões. Uma aposta de Guarulhos (SP) e duas de São Paulo (SP) acertaram as 15 dezenas e dividiram o prêmio máximo.

  • 15 acertos - 3 apostas ganhadoras (R$ 2.497.364,58 cada);
  • 14 acertos - 709 apostas ganhadoras (R$ 1.639,40 cada);
  • 13 acertos - 22.459 apostas ganhadoras (R$ 30,00 cada);
  • 12 acertos - 264.285 apostas ganhadoras (R$ 12,00 cada);
  • 11 acertos - 1.439.420 apostas ganhadoras (R$ 6,00 cada);

Sete apostas de MS acertaram 14 números.

Confira o resultado da Lotofácil de ontem!

Os números da Lotofácil 3290 são:

  • 08 - 04 - 21 - 25 - 15 - 12 - 17 - 14 - 11 - 18 - 24 - 07 - 19 - 13 - 01 

O sorteio da Lotofácil é transmitido ao vivo pela Caixa Econômica Federal e pode ser assistido no canal oficial da Caixa no Youtube.

Próximo sorteio: 3291

Como a Lotofácil tem seis sorteios regulares semanais, o próximo sorteio ocorre no sábado, 11 de janeiro, a partir das 20 horas, pelo concurso 3291. O valor da premiação vai depender se no sorteio atual o prêmio será acumulado ou não.

Para participar dos sorteios da Lotofácil é necessário fazer um jogo nas casas lotéricas ou canais eletrônicos.

A aposta mínima custa R$ 3,00 para um jogo simples, em que o apostador pode escolher 15 dente as 25 dezenas disponíveis, e fatura prêmio se acertar 11, 12, 13, 14 ou 15 números.

Como apostar na Lotofácil

Os sorteios da Lotofácil são realizados diariamente, às segundas, terças, quartas, quintas, sextas-feiras e sábados, sempre às 19h (horário de MS).

O apostador marca entre 15 e 20 números, dentre os 25 disponíveis no volante, e fatura prêmio se acertar 11, 12, 13, 14 ou 15 números.

Há a possibilidade de deixar que o sistema escolha os números para você por meio da Surpresinha, ou concorrer com a mesma aposta por 3, 6, 12, 18 ou 24 concursos consecutivos através da Teimosinha.

A aposta mínima, de 15 números, custa R$ 3,00.

Os prêmios prescrevem 90 dias após a data do sorteio. Após esse prazo, os valores são repassados ao Tesouro Nacional para aplicação no FIES - Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior.

É possível marcar mais números. No entanto, quanto mais números marcar, maior o preço da aposta.

Probabilidades

A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada.

Para a aposta simples, com 15 dezenas, que custa R$ 3,00, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 3.268.760, segundo a Caixa.

Já para uma aposta com 20 dezenas (limite máximo), a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 211, ainda segundo a Caixa.

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