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Campo Grande amplia em mais 150% as faixas de ciclovias o que representa 61,58 km

Campo Grande amplia em mais 150% as faixas de ciclovias o que representa 61,58 km

DA REDAÇÃO

14/10/2011 - 18h50
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Nos últimos anos, Campo Grande avançou na construção de ciclovias, passando de 24,56 km para 61,58 km de pistas exclusivas para ciclistas. O crescimento de mais de 150% em quilometragem de ciclovias foi possível graças aos novos projetos viários do Imbirussu/Serradinho, Segredo, Cabaça, Via Morena, Orla Morena I e II, Lagoa Orla Morena II e Orla Ferroviária.

Desta forma, a Capital conquista mais 37,08 km de ciclovias, proporcionando segurança àqueles que utilizam o mais limpo meio de transporte, acessível a grande parte da população. É encarado como um modelo de transporte que garante a intermodalidade.

Ciclovia do Complexo Segredo

A ciclovia do Segredo se estende da rua Ovideo Serra até a rua Pintassilgo, ao longo do prolongamento da avenida Norte Sul. Possui 5,53 km de extensão e beneficia diretamente 21 comunidades. A pista atenderá aos bairros adjacentes ao Córrego Segredo: Jardim Seminário, São Benedito, Otávio Pécora, Estrela do Sul e Coronel Antonino. A obra do Complexo Segredo teve investimento na ordem de R$ 33 milhões, oriundos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

Além da ciclovia, foram construídas quatro pontes sobre o Córrego Segredo e três barragens para contenção de enchentes, com o objetivo de diminuir a velocidade com que esta água chega aos demais córregos. Faz parte, ainda, do projeto a construção de um parque linear de aproximadamente 35 hectares, viveiro de mudas, centro de reciclagem e quadra de esportes.


Ciclovia do Complexo Cabaça

A ciclovia do Complexo Cabaça vai da rua São Miguel até a rua Spipe Calarge, com uma extensão de 1,35 km. A obra é um prolongamento da avenida Fábio Zahran. Com esta intervenção, a Prefeitura de Campo Grande fez fluir o trânsito entre as saídas de São Paulo e de Três lagoas. O custo de toda a obra foi de R$ 10 milhões, obtidos por meio do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) do Governo Federal.

Além da ciclovia do Cabaça, naquele trecho foram executados pavimentação asfáltica, sistema de drenagem de águas pluviais, construção de meio-fio e fechamento do parque linear. A obra é uma continuação da Via Morena, começando na região da Vila Ieda e passando pelos bairros Jardim Paulista, Vila Progresso, Jardim TV Morena e chegando até a Vila Carlota.

Ciclovia do Complexo Imbirussu/Serradinho

A pista nasce na avenida Duque de Caxias (acesso à Vila Popular) e segue até a avenida Euler de Azevedo (região do Tênis Clube), possui 8,30 km de extensão ao longo do Córrego Imbirussu. Circundam o Córrego Imbirussu cerca de 47 bairros, inseridos no Complexo Imbirussu/Serradinho, que passaram por significativas melhorias a partir das intervenções feitas na região.

Além da construção da ciclovia, a obra compreende a recuperação do ecossistema da microbacia do Córrego Imbirussu, reconstituição da mata ciliar, revitalização do Horto Florestal e pavimentação ao longo do trecho. A obra foi orçada em US$ 34,1 milhões, sendo 50% financiados pelo Fundo Financeiro para o Desenvolvimento da Bacia do Prata (Fonplata). A área permitiu o desenvolvimento social, urbanístico e de preservação do meio ambiente.

Ciclovia da Via Morena

Na Via Morena, no trecho entre a avenida Júlio de Castilho e a Praça da Base Aérea, foram implantados 4,5 km de ciclovia, interligando os projetos Imbirurssu/Serradinho, Orla Morena e Júlio de Castilhos. Serão beneficiadas diretamente 73 mil pessoas e 200 mil de forma indireta.

Ao longo da avenida Duque de Caxias foram pavimentadas três faixas de rolamento, além da faixa de estacionamento, totalizando 12,6 metros. O canteiro central da via foi ampliado e recebeu arborização e reserva de faixa para futura utilização pelo transporte coletivo urbano.

Orçada em R$ 13,946 milhões, dos quais R$ 11,140 são do Governo Federal por intermédio do Ministério da Integração Nacional e R$ 2,8 milhões (20%) de contrapartida da prefeitura, a obra se estenderá da avenida Duque de Caxias, nas proximidades da avenida Murilo Rolim Júnior à avenida Júlio de Castilhos, no total de 4.400 metros.

Para atender à demanda da população que reside nas imediações da área de intervenção, foram pavimentadas quatro novas ruas (Brasil Central, Brasília, Manoel Ferreira e Itatiaia), interligando-as à avenida Duque de Caxias. Os acessos irão desafogar o trânsito na avenida Júlio de Castilhos.

Ciclovia da Orla Morena

Com a extensão de 2,30 km, a ciclovia da Orla Morena se estende da confluência das avenidas Noroeste e Júlio de Castilhos até a rua Plutão. A ciclovia está inserida dentro de quatro espaços de convivência e lazer: o Largo dos Esportes, o Largo da Feira, o Largo do Mirante e o Largo das Árvores.

Com a finalidade de preservar a memória e o valor histórico e cultural da ferrovia, foram mantidos quatro segmentos originais dos trilhos, esses abraçados pela ciclovia e pela pista de caminhada que, com a implantação de bancos, formam o remanso das Estações de Descanso no centro e nas extremidades do parque.

Complexo do Lagoa

A ciclovia do PAC/Lagoa se estende da avenida Duque de Caxias até o Anel Rodoviário, com 11,37 km de extensão. A obra tem parceria com o Governo do Estado, que é responsável pelo trecho entre a avenida Duque de Caxias, cortando todo o centro e indo até a rua Antônio Bandeira. Neste ponto, começa a parte da Prefeitura, que vai até o macroanel rodoviário na saída para Sidrolândia, totalizando seis quilômetros de asfalto.

Mais de 200 mil moradores da Região Urbana do Lagoa estão sendo beneficiados diretamente com um conjunto de obras que somam investimentos de aproximadamente R$ 48 milhões, sendo cerca de R$ 30 milhões do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e pouco mais de R$ 18 milhões de recursos da Prefeitura de Campo Grande.

Ciclovias em andamento:

- Orla Morena II: 2,20 km - Da Rua Plutão até a Rua Eça de Queiroz.
- Orla Ferroviária: 0,90 km - Da Avenida Mato Grosso até a Avenida Afonso Pena.

Cidades

Adriane recua e desiste de elevar salário para R$ 35,4 mil

Presidente da Câmara disse que a prefeita alegou falta de recursos e sugeriu escalonamento, que será discutido com sindicatos de servidores

14/04/2025 18h46

Prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes

Prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes Divulgação

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A prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), recuou e desistiu de acordo que elevaria seu salário  para R$ 35.462,27, um aumento de 67% sobre a remuneração atual, de R$ 21,2 mil. O projeto seria votado na Câmara Municipal nesta terça-feira (15), mas foi retirado de pauta por desistência da prefeita.

O acordo judicial entre a Câmara de Vereadores e a prefeita de Campo Grande a tornaria a líder do Executivo municipal a 6ª mais bem paga. Além disso, a medida produziria o chamado efeito cascata para o primeiro escalão e para auditores-fiscais, médicos, educadores , procuradores, dentistas e aposentados.

Segundo o presidente da Camara Municipal, vereador Papy (PP), o acordo foi costurado, mas hoje a prefeita levantou a mudança, sugerindo um escalonamento, mas que ainda precisa ser decidido com os sindicatos de servidores.

"O acordo muda com o pedido [da prefeita], mantém o valor, mas seria em três anos. A ideia é que eles falassem com os sindicatos, não posso votar algo que não foi combinado. A alteração muda a essência do projeto, mas acho que eles [prefeitura e sindicato] vão chegar a um acordo", disse Papy.

Ainda segundo o presidente da Casa, o acordo foi firmado entre o Ministério Público, o Tribunal de Justiça e a prefeita, sendo assinado por ele ao chegar na Câmara.

No entanto, em reunião realizada nesta segunda-feira, a prefeita recuou alegando falta de recursos e sugerindo o escalonamento.

"Neste momento sou apenas o intermediador, agora é entre os sindicatos e a prefeitura. O que nos foi repassado é que, ao contrário do articulado, o aumento fosse escalonado, mas a proposta foi tratada entre prefeitura e sindicatos", explicou o vereador, acrescentando que não tem detalhes de como seria esse escalonamento.

Projeto polêmico

O projeto se desenrolou por meio de um imbróglio que prevê o acréscimo de 67% sobre o salário de Adriane.

O reajuste tem como determinante as diversas negativas sobre o aumento salarial da prefeita, e havia se chegado a um acordo após muita polêmica, visto que inicialmente, o acréscimo possível seria de até R$ 41,8 mil, cifras que à época, foram contestadas pela própria prefeita, que alegou inconstitucionalidade e pediu para que o  Tribunal de Justiça suspendesse o aumento, que entraria em vigor no dia 1º de fevereiro deste ano. 

A 1ª tentativa de subir o salário de Adriane foi enterrada no dia 10 de fevereiro, onde, na ocasião, o órgão especial do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul suspendeu o aumento salarial da prefeita e de outros servidores do funcionalismo público.

A decisão correspondia a lei 7.005/2023, assinada em fevereiro de 2023 pelo então presidente da Câmara Municipal Carlão Borges (PSB), que elevava não somente o salário de Adriane Lopes, mas também o de vice-prefeito para R$ 37.658,61, bem como o salário dos dirigentes de autarquias para R$ 35.567,50.

Como o comando da Câmara já temia esta possibilidade naquela ocasião, colocou em votação dois aumentos, mas em projetos separados.

Com o primeiro derrubado, restou a Lei 7006/2023, que previa aumento para R$ 41,8 mil, que também foi derrubada no dia 28 do mesmo mês. Diante das negativas sequenciais, as partes chegaram a um acordo para que o aumento do funcionalismo público fosse firmado.

No período, a lei foi considerada inconstitucional porque, segundo argumentação da chefe do Executivo, não trazia o impacto financeiro do reajuste de gastos, já que provocava efeito cascata ao elevar o teto remuneratório do funcionalismo municipal. 

Um estudo anexado ao processo posteriormente por sindicatos previa aumento mensal da ordem de R$ 8 milhões caso o valor fosse para R$ 41,8 mil. 

Ao falar com  Correio do Estado no último sábado, o presidente da Câmara dos vereadores Epaminondas Neto, o Papy, não soube precisar o impacto financeiro do reajuste, mas afirmou que "a própria prefeitura anexou esses estudos à ação judicial e está tudo dentro da capacidade financeira da administração municipal".

Tanto o Executivo quanto o Judiciário já assinaram a mudança e, segundo o líder do legislativo municipal, os detalhes seriam ajustados nesta segunda (14). Porém, hoje, conforme citado anteriormente, a prefeita teria informado que não há recursos para o aumento.

Assim, a medida deve voltar a ser discutida com os servidores, que aguardam o rejuste. 

Atualmente, nenhum servidor pode receber salário superior a R$ 21,2 mil. Com isso, até a remuneração dos vereadores acabou sendo afetada, já que desde o começo do ano o salário dos parlamentares passou de R$ 18,9 mil para R$ 26,08 mil. 

Sendo assim, cerca de R$ 4,8 mil são glosados todos os meses da remuneração dos vereadores. Após  a aprovação do acordo, o limite acabaria.

CPI DO ÔNIBUS

Superlotação e atrasos são as principais reclamações dos usuários do transporte coletivo

Balanço apresentado em CPI mostra as denúncias recebidas pela ouvidoria entre 25 de março a 14 de abril de 2025

14/04/2025 18h00

A CPI que investiga o transporte público de Campo Grande deve concluir suas investigações em 120 dias

A CPI que investiga o transporte público de Campo Grande deve concluir suas investigações em 120 dias FOTO: Divulgação Câmara

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Superlotação, atrasos e má conservação dos veículos foram as principais reclamações feitas pelos usuários do transporte coletivo à Comissão Parlamentar de Inquérito aberta na Câmara Municipal de Campo Grande para investigar o contrato da prefeitura com o Consórcio Guaicurus. O balanço foi divulgado nesta sexta-feira (11) pelo presidente da CPI, vereador Dr. Lívio.

As denúncias foram recebidas para a Ouvidoria da CPI entre os dias 25 de março a 14 de abril de 2025.

De acordo com os dados, também foram bastante citados o descaso com pessoas com deficiência, falta de fiscalização, altos preços das passagens e condições precárias dos terminais, entre outros problemas apontados pela população.

Entre os dias 25 de março a 14 de abril de 2025, foram registradas 368 denúncias, sendo 307 enviadas via WhatsApp, 32 formulários preenchidos, 26 e-mails enviados, duas ligações telefônicas, e uma denúncia realizada de forma presencial. 

No último balanço divulgado, foram analisadas 78 reclamações, o que representa um aumento de 265.38%.

Uma das denúncias enviadas por um usuário, narra uma frota sucateada, com bancos soltos, janelas quebrasdas e goteiras dentro do veículo.

Conforme o denunciante, na linha de ônibus 070, que faz a rota T. Bandeirantes / T. General Osório, o elevador para deficientes estava quebrado, dificultando a entrada de cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida. Em outra denúncia, chovia dentro da linha 109 (Vespasiano Martins/Terminal Guaicurus).

A ouvidoria também acumula reclamações sobre a redução de linhas e frota insuficiente para atender à demanda. Um exemplo disso, são as queixas dos usuários que utilizam as linhas que passam pelos bairros Caiobá e Zé Pereira, que relataram a retirada de linhas essenciais, problema também relatado por usuários da linha 303 – (Bonança), que teve reforço matinal interrompido sem explicações.

Algumas das principais reclamações alegam superlotação, impactando diretamente a vida dos usuários, tendo em vista que, a superlotação coloca em risco a segurança dos passageiros, já que conforme os relatos, ao passageiros ficam pendurados nas portas. Exemplo disso, segundo um denunciante é a linha 080 - (T. Aero Rancho / T. General Osório), dificultando o embarque e desembarque, especialmente em horários de pico.

Além disso, o atraso nas linhas devido aos horários irregulares, acarreta atraso dos passageiros ao trabalho, escola ou a compromissos pessoais. As linhas que mais apareceram nas denúncias foram a 520 - (Noroeste / Serraville / T. Hércules Maymone e Noroeste / Serraville / Centro), e a 072 - (Terminal Morenão / Terminal Nova Bahia).

Na opinião de Lívio, presidente da CPI, os dados e as denúncias reforçam a importância de manter canais de comunicação acessíveis e eficientes, permitindo que a população participe ativamente da fiscalização e da construção de melhorias para o sistema de transporte coletivo.

O vereador Epaminondas Neto, o Papy, presidente da Câmara Municipal, ressaltou que a CPI precisa dar espaço pra todos. “A ouvidoria foi criada como um espaço popular para que as pessoas se manifestem, apresentem reclamações e denúncias. Quanto mais amplo for o debate, melhor é para a população”, ressaltou.

OUVIDORIA

A ouvidoria criada pela CPI – (Comissão Parlamentar de Inquérito), que investiga o transporte coletivo de Campo Grande, conta com diversos canais de denúncias, sendo eles:

Presencial na Câmara Municipal de Campo Grande

Via Whatsapp: (67) 3316-1514

Via e-mail: cpidotransporte@camara.ms.gov.br

Formulário disponível no site da Câmara: https://docs.google.com/forms/d/1eirVxXX_CZiw5lBWQUD29rpjUJw_1CguLBiECozHmFQ/viewform?pli=1&pli=1&edit_requested=true

O presidente da CPI, vereador Dr. Lívio (União), reforçou que os canais de comunicação são importantes para “receber denúncias de usuários e de trabalhadores do transporte público de Campo Grande, sendo garantido o sigilo.

CRONOGRAMA DA CPI

A CPI que investiga o transporte público de Campo Grande deve concluir suas investigações em 120 dias, e na primeira reunião dos integrantes da Comissão Parlamentar de Inquérito, realizada no dia 31 de março de 2025, a vereadora e relatora da CPI, Ana Portela (PL), o cronograma foi divulgado. Confira

A primeira fase é a Análise Documental e Diagnóstico Inicial, que consiste em compreender os principais pontos do contrato de concessão, identificar indícios de irregularidades e estruturar a linha Investigativa.

Depois, a investigação segue para a fase de oitivas iniciais, que pretende obter informações técnicas e jurídicas junto aos agentes públicos responsáveis pela fiscalização e regulação para garantir transparência na gestão do transporte público e embasamento para prosseguimento das investigações.

A terceira fase é a investigação propriamente dita sobre o Consórcio Guaicurus. Essa fase consiste em ouvir gestores e responsáveis pelo Consórcio Guaicurus para verificar a execução do contrato e a aplicação dos recursos públicos.

A quarta fase é a audiência com a população e trabalhadores, que vai apurar as informações fundamentais para reforçar as provas dentro dos fatos determinados e buscar soluções de melhoria para a população.

Por último, a Elaboração e Apresentação do Relatório Final, que consiste em produzir um relatório completo, transparente e técnico com as conclusões da CPI e recomendações futuras.

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