Cidades

Brasil/Mundo

Casos de pedofilia custaram US$ 2 bilhões à Igreja Católica

Casos de pedofilia custaram US$ 2 bilhões à Igreja Católica

terra

09/02/2012 - 06h00
Continue lendo...

Os casos de abusos sexuais a menores já custaram à Igreja Católica em nível internacional mais de US$ 2 bilhões, informaram nesta quarta-feira os americanos Michael Bemi e Patricia Neal no simpósio organizado pelo Vaticano para discutir os escândalos de clérigos pedófilos. Michael Bemi, do National Catholic Risk Retention Group, de Vermont, e Patricia Neal, diretora do programa de proteção de crianças VIRTUS, disseram no terceiro dia do evento, realizado na Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma, que esses casos tiveram "profundas consequências negativas" para a Igreja Católica. Os dois especialistas detalharam que não é possível avaliar os danos causados nas vítimas, cujas vidas mudaram para sempre, e por isso analisaram apenas os prejuízos causados à Igreja por estes escândalos.

Esses US$ 2 bilhões foram pagos nos acordos estabelecidos durante os processos das vítimas contra as dioceses, em julgamentos, assessorias legais, tratamentos para as vítimas e acompanhamento dos agressores, entre outros gastos. Sobre as pessoas que sofreram abusos, Bemi e Neal destacaram que ainda não existe um estudo em nível mundial, mas que, só nos Estados Unidos, a estimativa é que 100 mil pessoas foram vítimas desses abusos. Esse número deve ser somado às centenas de casos denunciados na Irlanda, Alemanha, Austrália, Áustria, Bélgica, Brasil, Canadá, Chile, Índia, Holanda, Filipinas e Suíça, entre outros países.

Bemi e Neal frisaram que os escândalos sexuais, além de custar uma quantidade de dinheiro que podia ser destinado à construção de hospitais, escolas, seminários e igrejas, causaram doenças e transtornos psíquicos, emocionais e sexuais às vítimas, assim como traumas nos familiares. E, além disso, dispararam as suspeitas em relação a todos os padres e aumentou o distanciamento dos laicos da Igreja. Os dois especialistas asseguraram que é preciso dissipar qualquer equívoco e reconhecer que os escândalos não foram exagerados pelos "meios de comunicação ateus" e que os crimes não têm nada a ver com a orientação sexual, "já que a realidade é que nem a homossexualidade nem a heterossexualidade são um fator de risco, e sim a orientação sexual desordenada ou confusa".

Também discursou o promotor do Vaticano, Charles Scicluna, que disse que é errado e injusto aplicar a "lei do silêncio" aos casos de pedofilia e que a Igreja tem a obrigação de cooperar com as autoridades civis. "É essencial essa cooperação. O abuso sexual a menores não é só um delito canônico, se trata também de um delito previsto no Direito Civil", destacou Scicluna. O prelado ressaltou que reconhecer e admitir a verdade absoluta "com todas as dolorosas repercussões e consequências" é o ponto de partida para uma cura autêntica, tanto das vítimas quanto do autor dos abusos. De acordo com o promotor, as vítimas precisam ser ouvidas com atenção e tratadas com dignidade quando embarcam na "esgotante" viagem da recuperação e da cura, e que por isso é necessária a ajuda de especialistas.

Scicluna acrescentou ser extremamente importante que o abusador admita seu pecado, seu crime e sua responsabilidade pelos danos causados às vítimas, à Igreja e à sociedade. O promotor se referiu às medidas adotadas por Bento XVI em 2010 contra a pedofilia, entre elas a ampliação de 10 para 20 anos do tempo para denunciar os abusos e a introdução do delito de aquisição, posse e difusão de pornografia infantil por parte dos clérigos. Scicluna destacou que no sacerdócio e na vida religiosa não há lugar para nada que prejudique os jovens e garantiu que nenhuma estratégia de prevenção de abusos por parte da Igreja irá funcionar se faltar credibilidade.

Do simpósio participam 110 representantes de conferências episcopais e 30 superiores religiosos, que realizaram hoje uma vigília penitencial na qual o cardeal Marc Oullet, prefeito da Congregação para os Bispos, pediu perdão a Deus e às vítimas pelos abusos sexuais cometidos por padres, que classificou como "fontes de vergonha e um escândalo enorme".

Cidades

Campo Grande terá 21 feriados em 2025; confira

Dentre os seis feriadões, quatro são considerados "vizinhos do fim de semana" e dois prolongados. Além de seis pontos facultativos no calendário

02/01/2025 14h01

Campo Grande terá 21 feriados em 2025; confira

Campo Grande terá 21 feriados em 2025; confira Gerson Oliveira

Continue Lendo...

Após poucos feriados prolongados em 2024, o calendário deste novo ano será um pouco mais animador. Em Campo Grande, a maior parte dos feriados cairão nas quintas, sextas e segundas-feiras. 

Ao todo serão 21 feriados, sendo seis feriadões, com quatro “vizinhos do fim de semana” e dois prolongados. Além de seis pontos facultativos no calendário. 

Vale lembrar que os feriados "vizinhos do fim de semana" são aqueles que emendam com o sábado e o domingo. Já feriados prolongados são aqueles que emendam dias da semana com o fim de semana.

O ponto facultativo cabe para funcionários públicos de serviços não essenciais e para empresas que decidem se o trabalho é opcional ou não.

Confira:

Feriados municipais em Campo Grande

  • 13 de junho (sexta-feira): Dia de Santo Antônio;
  • 26 de agosto (terça-feira): Aniversário de Campo Grande;
  • 8 de dezembro (segunda-feira): Nossa Senhora da Conceição.

Feriados nacionais

  • 1º de janeiro (quarta-feira): Confraternização Universal;
  • 18 de abril (sexta-feira): Paixão de Cristo (Sexta-feira Santa);
  • 21 de abril (segunda-feira): Tiradentes;
  • 1º de janeiro (quarta-feira): Confraternização Universal;
  • 18 de abril (sexta-feira): Paixão de Cristo (Sexta-feira Santa);
  • 21 de abril (segunda-feira): Tiradentes;
  • 25 de dezembro (quinta-feira): Natal.

Feriados estaduais em Mato Grosso do Sul

  • 11 de outubro (sábado): Criação do Estado

Pontos facultativos nacionais de 2025:

  • 3 de março (segunda-feira): Carnaval;
  • 4 de março (terça-feira): Carnaval;
  • 5 de março (quarta-feira): Quarta-feira de Cinzas;
  • 19 de junho (quinta-feira): Corpus Christi;
  • 28 de outubro (terça-feira): Dia do Servidor Público;
  • 24 de dezembro (quarta-feira): Véspera de Natal;
  • 31 de dezembro (quarta-feira): Véspera de Ano Novo.

Comércio não poderá abrir

Os empresários de Campo Grande terão que respeitar pelo menos seis feriados até maio de 2025. O anúncio foi divulgado pela CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas), que afirmou que, em caso de descumprimento, o comércio estará sujeito a multas.

Os feriados que os comerciantes precisam respeitar são: 

1º de Novembro- Dia de Finados 
25 de dezembro- Natal 
1º de janeiro- Ano Novo 
29 de março- Sexta-feira Santa 
1º de maio- Dia do Trabalhador 

Segundo o anúncio, o descumprimento pode resultar em multa de até um salário mínimo por cada empregado que estiver trabalhando. O valor será repassado e pago pelo próprio sindicato.

Do montante recebido pela quebra do acordo firmado, 50% do valor será dividido entre os empregados prejudicados, e os outros 50% serão utilizados pelo sindicato para custear despesas relacionadas à ação de cumprimento, além de ações públicas ou trabalhistas.

Lei Municipal 

Conforme a Lei Municipal nº 81/2006, os estabelecimentos comerciais de Campo Grande permanecem de portas fechadas no Dia de Finados. 

No caso dos supermercados, por ser um serviço essencial, precisam de permissão para funcionar normalmente. As diretrizes para funcionamento dos supermercados são estabelecidas pela Convenção Coletiva de Trabalho, um acordo entre o Sindicato dos Empregados no Comércio de Campo Grande e o SINDSUPER (Sindicato dos Supermercados) .

2° vez de Zumbi dos Palmares

Neste ano, pela segunda vez, o dia 20 de novembro será feriado em Mato Grosso do Sul. A data celebra a luta e resistência dos afro-descendentes no Brasil, e homenageia a memória do líder do Quilombo dos Palmares, Zumbi, celebrando então o Dia da Consciência Negra.

Em 2003, o Dia da Consciência Negra foi incorporado ao calendário escolar com a sanção pelo então presidente Lula da Lei 10.639. Este decreto tornou obrigatório o ensino da história e da cultura afro-brasileira nas escolas, reconhecendo a contribuição negra para a formação da sociedade brasileira.

Alguns anos depois, em 2011, a ex-presidente Dilma Rousseff oficializou o 20 de novembro como Dia Nacional de Zumbi dos Palmares e da Consciência Negra. No entanto, a data só era feriado em seis estados entre Alagoas, Amazonas, Amapá, Mato Grosso, Rio de Janeiro e São Paulo onde havia leis municipais ou estaduais com essa finalidade. 

Já em 2023, o presidente Lula sancionou a Lei 14.759/23 que torna o Dia da Consciência Negra como feriado nacional. Essa lei teve origem a partir de um projeto do Senado, a PL 3268/21, que foi aprovado pela Câmara dos Deputados.

Neste ano a data cai em uma quarta-feira e é importante ressaltar aos trabalhadores, que apesar do artigo 70 da CLT proibir trabalho em dias feriados nacionais e feriados religiosos, a legislação abre exceções para serviços considerados essenciais, como comércio, transporte, comunicação, entre outros. Contudo, o dia de trabalho será remunerado em dobro, exceto se o empregador determinar outro dia de folga compensatória

Assine o Correio do Estado

ANO NOVO

Servidores de Campo Grande começam 2025 com 'aposentadoria em massa'

Depois de exonerar todos os servidores de cargo de confiança, aposentadorias são justificadas "por incapacidade permanente"; compulsoriamente e até de forma voluntária por tempo de contribuição

02/01/2025 11h15

Motoristas, professores, administradores, entre outros cargos deixam as mais diversas pastas da Capital

Motoristas, professores, administradores, entre outros cargos deixam as mais diversas pastas da Capital Gerson Oliveira/Correio do Estado

Continue Lendo...

Pelo Diário Oficial de Campo Grande, o Executivo da Capital de Mato Grosso do Sul publicou neste segundo dia de 2025, quinta-feira (02 de janeiro), uma lista que aposenta de uma só vez quase 30 servidores municipais, das mais diversas pastas que compõem a gestão da Cidade Morena. 

Conforme o texto publicado hoje (02), as portarias que datam ainda de 30 de dezembro de 2024, trazem assinatura do visto da diretora-presidente do Instituto Municipal de Previdência de Campo Grande (IMPCG), Elza Pereira da Silva. 

Ao todo o Diogrande traz 27 aposentadorias, sendo que as justificativas variam desde "por incapacidade permanente", até servidores aposentados compulsoriamente e também de forma voluntária por tempo de contribuição. 

Motoristas; professores; administradores; agentes comunitários de saúde e até telefonistas estão entre os cargos antes exercidos pelos servidores listados hoje pela Prefeitura de Campo Grande, que eram alocados nas seguintes pastas do município: 

  • Procuradoria Geral do Município
  • Secretaria Municipal de Saúde
  • Secretaria Municipal de Educação 
  • Secretaria Municipal de Inovação, Desenvolvimento Econômico e Agronegócio
  • Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos
  • Secretaria Municipal de Cultura e Turismo

Abaixo, você confere uma tabela em que são relacionados tanto os números das portarias quanto os cargos exercidos e também o tipo de aposentadoria proporcionada em cada caso.  

'Fazendo a limpa'

Reeleita ao cargo, a partir deste ano passa a contar um mandato iniciado pela prefeita Adriane Lopes, já que a ex-vice subiu à cadeira principal do Executivo Municipal depois que Marquinhos Trad deixou a prefeitura para tentar a corrida ao cargo de Governador de Mato Grosso do Sul em 2022. 

Desde então, a partir de abril de 2022, Adriane foi moldando o Executivo Municipal à sua cara, com a "última peça" do ex-prefeito deixando a equipe em setembro de 2024, ocasião em que o então Procurador-Geral do Município, Alexandre Ávalo, foi exonerado a pedido após oito anos no cargo. 

Várias exonerações de secretários da prefeitura, desde que Marquinhos deixou o cargo, passaram a levantar indícios de uma suposta ruptura política entre as partes. 

Cerca de um mês após a derrota de Marquinhos, ao menos 10 indicados de primeiro escalão já tinham sido trocados, sendo que antes do fim de 2022 a liderança da agora extinta Secretaria Municipal da Juventude (Sejuv) foi mudada, junto de nomes da pasta de Compras Governamentais e até do Bem-Estar Animal. 

Já na primeira quinzena de janeiro de 2023 Adriane Lopes anunciava a troca no comando da Sisep, tirando o Rudi Fiorese, pelo engenheiro-civil Domingos Sahib Neto; que ficou cerca de 10 meses no cargo até ser trocado por Marcelo Miglioli

Antes da saída de Alexandre Ávalo, a última troca envolvendo o time original de Marquinhos Trad tinha sido registrada em abril, quando Janine de Lima Bruno deixou a Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran) para o ex-dono de autoescola, Paulo Silva, ser nomeado no lugar. 

Para além das trocas, 2024 ficou registrado também como o ano do "esvaziamento do gabinete", com exonerações que aconteceram em massa às vésperas da eleição, como bem acompanhou o Correio do Estado

Em pelo menos três ocasiões publicadas espaçadas entre as edições extras de 22 de maio, 06 e 10 de junho de 2024, uma série de exonerações assinadas "limaram" quase 20 servidores municipais do gabinete da prefeita. 

Mais recente, no último dia de 2024, veio à público a exoneração de todos os servidores de cargo de confiança da prefeita, em que Adriane Lopes só deixou os diretores e secretários de escola, os chefes dos postos de saúde e as servidoras gestantes.

Motoristas, professores, administradores, entre outros cargos deixam as mais diversas pastas da Capital

 

Assine o Correio do Estado

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).