Cidades

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Dilma criou 'Mais Médicos' porque ouviu o povo

Dilma criou 'Mais Médicos' porque ouviu o povo

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12/09/2013 - 07h00
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A presidente Dilma Rousseff disse nesta quarta-feira que criou o Programa Mais Médicos porque ouviu a demanda da população. Em discurso durante cerimônia de anúncio da construção da Linha 3 do metrô do Rio, Dilma disse que é obrigação de um governo conhecer as necessidades do povo.

“O governo não pode ser surdo. Um governo tem de ouvir muito. E, além de ouvir, sabemos que o Brasil tem um problema sério na área da saúde. Por isso, nós fizemos o Mais Médicos”, disse a presidente.

Ela rebateu as críticas da classe médica brasileira, que se posicionou contra o uso de médicos estrangeiros pelo programa. “Quando está em questão os interesses da população do país, não existe nenhum interesse maior, [nem o interesse] de nenhuma corporação, de nenhum segmento. Nós respeitamos os médicos desse país, porque eles sempre deram uma grande contribuição. Agora, temos uma avaliação faltam médicos. Por isso, criamos o Programa Mais Médicos”, afirmou.

Segundo Dilma, onde faltar médicos, o governo fará o “possível e o impossível” para garantir que haja profissionais disponíveis. “Nós temos no Brasil uma carência tamanha que, em 701 municípios, não moram nenhum médico. Se, de noite, uma criança tiver um problema, e não tem um médico para atender, olha o desespero de um pai ou de uma mãe. Estamos querendo resolver um problema de caráter emergencial e urgente, porque a saúde das pessoas não pode esperar até que os médicos se formem.”

Ela explicou que, ao mesmo tempo em que está trazendo médicos de outros países para trabalhar no Brasil, o governo pretende aumentar a formação de médicos no interior do país e na periferia das grandes cidades. “Está provado que geralmente o médico fica onde ele se forma ou onde faz sua residência. Vamos ampliar também o número de médicos especialistas e, portanto, as oportunidades de residência.”

De acordo com a presidente, o Brasil não está fazendo nada diferente do que outros países, inclusive “ricos” fazem. Ela citou que países como o Canadá, Estados Unidos e Reino Unido tem mais de 25% da sua força de trabalho médica formada por estrangeiros. No Brasil, esse percentual é de menos de 2%.

Outra ação prevista do governo é melhorar a infraestrutura dos hospitais, por isso ela apoiou a destinação de 25% dos royalties do petróleo para a saúde e defende que 50% das emendas parlamentares sejam revertidas para essa área.

Na cerimônia, foram anunciados investimentos de R$ 2,57 bilhões para a implantação de uma linha de monotrilho de 22 quilômetros que vai ligar São Gonçalo a Niterói, no Grande Rio (a chamada Linha 3 do metrô). Segundo a presidente, o modal será importante para aliviar o trânsito na região e aproximar os moradores de seu trabalho e estudo, reduzindo o tempo do trajeto. Dilma disse que nas décadas de 80 e 90, os governos diziam que investir em metrô era coisa de país rico, por isso agora é preciso “correr atrás do prejuízo”.

Antes do início do evento no Clube Mauá de São Gonçalo, alguns manifestantes vestidos de preto protestavam, do lado de fora, contra questões como o voto secreto no Congresso Nacional e a proibição do uso de máscaras nas manifestações do Rio de Janeiro.

"Ultima Ratio"

Mais de 24h após operação, investigados seguem sem tornozeleira

O Superior Tribunal de Justiça determinou monitoramento eletrônico e afastamento de 180 dias aos cinco desembargadores alvos da Polícia Federal

25/10/2024 11h47

Marcelo Victor/Correio do Estado

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Na manhã da última quinta-feira (24) a Polícia Federal deflagrou a "Operação Ultima Ratio", para investigar possíveis crimes de corrupção em vendas de decisões judiciais, lavagem de dinheiro, organização criminosa, extorsão e falsificação de escrituras públicas no Poder Judiciário de Mato Grosso do Sul.

Aliado à investigação, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) pediu o afastamento de cinco desembargadores do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS), e pediu que os magistrados façam o uso de tornozeleira eletrônica.

No entanto, mais de 24 horas após o início do cumprimento das determinações judiciais, o dispositivo eletrônico de monitoramento ainda não foi instalado.

Segundo a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) o pedido de uso das tornozeleiras ainda não foi formalizado pelo STJ, e por isso a Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) ainda não instalou os aparelhos.

Além da tornozeleira, o STJ também determinou que os magistrados fiquem afastados de suas funções pelos próximos 180 dias, e os proibiu de acessar as dependências do órgão público e de manter contato com os demais alvos da operação.

Qual a utilidade?

A tornozeleira eletrônica é um equipamento utilizado para monitorar uma pessoa, nas seguintes situações:

Como medida cautelar, quando alguém estiver sendo processado criminalmente;

  • Para monitorar presos que estejam em prisão domiciliar;
  • Para monitorar presos que estejam gozando do benefício da saída temporária;
  • Em alguns casos, para presos que estejam cumprindo pena;
  • E até mesmo como medida protetiva, em processos e denúncias de violência domestica, evitando que agressores se aproximem de suas vítimas.

Como funciona?

A tornozeleira eletrônica utiliza um sistema de GPS para calcular em tempo real a localização geográfica da pessoa. Essa localização é enviada para uma Central de Monitoramento.

O monitoramento é feito 24 horas por dia, durante os sete dias da semana.

Se o indivíduo sair do perímetro permitido, o sistema de monitoramento sinaliza e o setor encarregado pela monitoração é acionado imediatamente

Relembre

Na última quinta-feira (24), a Polícia Federal deflagou a "Operação Ultima Ratio", que tem como objetivo investigar possíveis crimes de corrupção em vendas de decisões judiciais, lavagem de dinheiro, organização criminosa, extorsão e falsificação de escrituras públicas no Poder Judiciário de Mato Grosso do Sul.

Foram afastados pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) cinco desembargadores, um juiz de primeira instância, um procurador do Ministério Público Estadual (MPE) e um conselheiro do Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul (TCE).

Os magistrados da alta cúpula estão suspensos de exercer suas atividades pelos próximos 180 dias, e terão que usar tornozeleira eletrônica. Além disso, estão proibidos de acessar as dependências dos órgãos públicos e de manter contato com outras pessoas investigadas.

Ao todo, foram cumpridos 44 mandados de busca e apreensão, em diversos locais, como residências de investigados e seus familiares, o prédio do TJMS, a sede do Tribunal de Contas do Estado (TCE), o fórum e escritórios de advocacia. Além de Campo Grande, alvos são investigados em Brasília, São Paulo e Cuiabá.

Três anos de investigação

A ação teve o apoio da Receita Federal e é um desdobramento da Operação Mineração de Ouro, deflagrada em 2021, na qual foram apreendidos materiais com indícios da prática dos referidos crimes.

Saiba: A operação foi batizada de "Ultima Ratio", uma referência ao fato de a Justiça ser  o último recurso do Poder Público para parar a criminalidade.

Com informações de Jusbrasil.

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MATO GROSSO DO SUL

"Perseguidor de médicas" é preso após deixar bilhete ameaçador

De acordo com informações da Polícia Civil, o homem não identificado tinha comportamento violento e agressivo com as profissionais do hospital há um mês

25/10/2024 11h30

Homem foi preso na manhã desta sexta-feira (25) e já deixou bilhete inusitado para médica

Homem foi preso na manhã desta sexta-feira (25) e já deixou bilhete inusitado para médica Foto: Divulgação/PC

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Um jovem de 20 anos, com nome não divulgado, foi preso na manhã desta sexta-feira (25) pela Polícia Civil, através da Delegacia de Atendimento à Mulher (DAM), por perseguir e ameaçar médicas do Hospital Sociedade Integrada de Assistência Social (SIAS), em Fátima do Sul.

Segundo a investigação, o homem costumava persegui-las há um mês, acompanhado de um comportamento agressivo e violento. Em uma de suas ações recentes, o rapaz invadiu o hospital, exigindo uma receita médica de qualquer remédio, pegou uma profissional da saúde e a trancou em uma das salas de atendimento, mas o caso só não piorou pois testemunhas viram e começaram a bater na porta. 

Felizmente, a moça conseguiu sair da situação de risco, mas saiu abalada e impactada com o caso, também influenciada por ataques recentes do rapaz no hospital. Ainda nesta semana, uma outra médica começou a ser perseguida pelo suspeito.

Ele chegava na recepção e demonstrava insistência em encontrar-se com a mulher, mas sem justificativa específica. Em outro dia, ele chegou a danificar o laboratório vizinho do hospital por achar que a médica estaria lá.

Ao não conseguir encontrá-la, o rapaz deixou um bilhete "assustador" para médica, com um desenho de fantasma e também um fluxograma (uma ilustração que explica um processo por meio visuais), com o número da médica no Conselho Regional de Medicina (CRM) e nome dela (foto na capa).

Diante disso, a equipe da DAM Fátima do Sul, em parceria com o 14º Batalhão de Polícia Militar, realizou a prisão preventiva do autor, justamente pelo perigo causado às vítimas diante de sua liberdade. A investigação continua para apuração dos fatos e, caso haja, identificação de outras vítimas. O jovem segue preso e à disposição da Justiça.

Médicos violentados em MS

Um levantamento realizado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) revelou que a cada três horas, um médico é vítima de violência no Brasil. A pesquisa mostra ainda que Mato Grosso do Sul está entre os 10 estados com maior índice de violência contra médicos.

Para o levantamento, foi utilizado como base a quantidade de boletins de ocorrência (BOs) registrados entre os anos de 2013 e 2024 nas delegacias de Polícia Civil dos 26 estados e do Distrito Federal.

Nos últimos 12 anos, foram contabilizados 38 mil B.O.s em que médicos foram vítimas de ameaça, injúria, desacato, lesão corporal, difamação, entre outros crimes, dentro de unidades de saúde, hospitais, consultórios, clínicas, prontos-socorros, laboratórios e outros espaços semelhantes. Cerca de 47% dos registros foram contra mulheres. 

Em Mato Grosso do Sul, foram registrados 995 boletins de ocorrência no período, e o estado ocupa 9ª posição do ranking. Vale analisar que o ranking é baseado no número bruto de casos, e não na quantidade de casos por número de habitantes.

Segundo o CFM, a distribuição de ocorrências entre capital (sem considerar região metropolitana) e interior mostra que 66% dos casos ocorreram no interior. De acordo com os dados levantados pelo CFM, os autores dos atos violentos são, em grande parte, pacientes, familiares dos atendidos e desconhecidos. Há ainda casos minoritários de ameaça, injúria e até lesão corporal cometidos por colegas de trabalho, incluindo enfermeiros, técnicos, servidores e outros profissionais da saúde.

Os dados revelam ainda que a situação fica cada vez mais fora de controle, uma vez que o volume de queixas vem aumentando ano após ano. O recorde foi batido em 2023, mas o CFM ressalta que os dados completos de 2024 só serão totalmente conhecidos ano que vem.

Pena

Segundo o artigo 147-A ao Decreto-Lei n° 2.848 do Código Penal, é crime "perseguir alguém, reiteradamente e por qualquer meio, ameaçando-lhe a integridade física ou psicológica, restringindo-lhe a capacidade de locomoção ou, de qualquer forma, invadindo ou perturbando sua esfera de liberdade ou privacidade", sob reclusão de seis meses a dois anos, além de multa.

A pena é aumentada nos caso de:

  • Cometido contra idoso, criança ou adolescente;
  • Cometida contra mulher em razão da condição de ser do sexo feminino;
  • Mediante concurso de 2 (duas) ou mais pessoas ou com o emprego de arma;

*Colaborou Alanis Netto

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