Após bater o seu menor preço desde o início de agosto de 2008, a cotação da moeda americana subiu moderadamente nas operações desta quarta-feira.
Oscilando entre os extremos de R$ 1,574 e R$ 1,559, a taxa cambial atingiu R$ 1,571 nas operações finais desta quarta-feira, o que representa um aumento de 0,44% sobre o fechamento de ontem. Já o dólar turismo foi vendido por R$ 1,680 e comprado por R$ 1,520 nas casas de câmbio paulistas.
Ainda operando, a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) sofre queda de 1,45%, aos 66.168 pontos. O giro financeiro é de R$ 5,6 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York avança 0,61%.
Há 13 rodadas o valor do dólar comercial fica abaixo de R$ 1,60, e somente neste mês, o preço dessa moeda acumula queda de 3,7%. Para profissionais das mesas de operações, a taxa tende a oscilar na faixa de R$ 1,55 a R$ 1,60 no curto prazo, conforme os níveis de aversão a risco dos agentes financeiros.
O mercado continua "abastecido" de dólares enquanto os grandes bancos mantém suas apostas na baixa das cotações, mostraram estatísticas divulgadas hoje pelo Banco Central brasileiro.
O chamado fluxo cambial (a diferença entre saídas e entradas de dólares) mostra um saldo positivo de US$ 35,7 bilhões neste ano (até o dia 20 deste mês), muito acima dos US$ 24,3 bilhões e dos US$ 28,7 bilhões contabilizados nos anos inteiros de 2008 e 2009, respectivamente.
No mesmo período, a autoridade monetária comprou quase US$ 30 bilhões no mercado à vista (em que as trocas de moeda são liquidadas em poucos dias) além de US$ 1,79 bilhão no mercado a termo (em que as trocas são liquidadas em semanas ou meses), visando influenciar as expectativas de preços.
Ainda conforme o BC, os bancos mantinham "posições vendidas" (aplicações no mercado financeiro em que se lucra com o real mais forte) de US$ 8,8 bilhões, abaixo dos US$ 12,7 bilhões registrados em fevereiro.
JUROS FUTUROS
No mercado de juros futuros, as taxas projetadas ficaram praticamente estáveis. O BC informou hoje um aumento de 4,4% nas operações de crédito no trimestre, alcançando R$ 918,6 bilhões em março. Os juros médios foram de 39% ao ano em março, alta de 0,9 ponto percentual no mês.
Para julho, a taxa prevista foi mantida em 11,98%; para janeiro de 2012, a taxa projetada subiu de 12,29% para 12,31%. E no contrato para janeiro de 2013, a taxa prevista passou de 12,67% para 12,68%. Esses números são preliminares e estão sujeitos a ajustes.