Cidades

Dia de Combate

Hipertensão atinge 125,3 mil na Capital

Hipertensão atinge 125,3 mil na Capital

EVELIN ARAUJO

26/04/2011 - 14h08
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"Ajuda a pagar a faculdade das filhas, a gasolina e as pessoas que não têm tempo de ir ao posto de saúde medir a pressão". É assim que o técnico em enfermagem Josias Campos, de 57 anos, define a atividade que desenvolve há cerca de quatro anos na praça Ari Coelho, em Campo Grande. Na Capital, dados da pesquisa Vigitel do Ministério da Saúde apontam que 23,5% da população acima de 18 anos é hipertensa, ou seja 125.390 pessoas. Desse índice, 22,1% são homens e 24,7% mulheres.

Com esse volume de hipertensos, o que não falta é trabalho para Josias. Ele mede a pressão arterial das pessoas que passam pelo centro da cidade, em troca de R$ 0,50, R$ 1 e até mesmo da própria boa vontade. "Tem gente que não tem dinheiro, aí eu meço de graça", afirma o técnico, que não tem o coração tão bom quanto parece. "Tenho a pressão em 14 por 8 e tomo remédios para controlar", explica.

Funcionário do Hospital Universitário desde 1976, ele relata que trabalha na praça quando não faz plantão à noite, sempre com o auxílio de dois banquinhos grudados em forma de banqueta e um outro para os "clientes" sentarem. E se justifica "quem não trabalha além do horário hoje em dia não tem condições. Vou ficar aqui até formar minhas filhas", ele reforça. 


Tranquilidade

Convidado pelo profissional para medir a pressão, o "hippie" que comercializa bijuterias na praça revela calma. A prova da tranquilidade? Pressão em 12 por 8.


Dia de combate à hipertensão

Com a correria acima do normal para que o trabalhador brasileiro consiga manter a casa e os gastos, foi programado para hoje o Dia Nacional de Combate à Hipertensão Arterial. O tema dete ano, da campanha desenvolvida pelo Departamento de Hipertensão Arterial da Sociedade Brasileira de Cardiologia, é “Quem tem bom coração combate a hipertensão”.

Como forma de conscientizar a população a ter mais controle da pressão arterial, a Secretaria de Saúde da cidade ofereceu atividades de aferição da pressão na praça Elias Gadia e no Bairro Piratininga. Para amanhã, a programação será desenvolvida na Unidade Básica de Saúde Familiar do Serradinho, das 7h às 9h.

No dia 30, sábado, haverá orientação sobre os fatores de risco da hipertensão, prevenção e tratamento da doença, demonstração da importância das práticas corporais da medicina tradicional chinesa na praça Belmar Fidalgo, das 7h ao 12h.

vale da celulose

Estudo da Bracell prevê investimento menor que o esperado em MS

EIA Rima prevê R$ 16 bilhões para fábrica em Bataguassu, ante R$ 23 bilhões anunciados no ano passado na fábrica prometida para Água Clara

14/04/2025 12h30

Atualmente, eucaliptos cultivados pela Bracell em Mato Grosso do Sul é levado para Lençóis Paulista (SP)

Atualmente, eucaliptos cultivados pela Bracell em Mato Grosso do Sul é levado para Lençóis Paulista (SP)

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Dados do estudo de impacto ambiental divulgados pela Bracell revelam que os investimentos previstos para uma fábrica de celulose em Bataguassu, de R$ 16 bilhões, serão 30% menores que os inicialmente anunciados para a fábrica que chegou a ser prometida para Água Clara, que seriam da ordem de R$ 23 bilhões. 

De acordo com este estudo, que foi entregue ao Governo do Estado e disponibilizado para consulta pela administração estadual, a fábrica ficará às margens da BR-2,67, a nove quilômetros da área urbana de Bataguassu, entre a cidade e o lago da hidrelétrica de Porto Primavera,  a quase quatro quilômetros do lago.

E é deste lago, resultado do represamento do Rio Paraná, que a indústria vai coletar os 11 milhões de litros de água por hora que serão necessários para viabilizar o funcionamento da indústria. Cerca e 9 milhões de litros serão devolvidos ao lago depois da utilização. Segundo a Bracell, todos os efluentes serão tratados e trarão impacto mínimo na qualidade da água

Conforme o estudo, as obras, cuja data de início ainda não foram anunciadas, devem se estender ao longo de 38 meses, sendo quatro para os trabalhos de terraplanagem e 34 para a construção da fábrica propriamente dita. 

Atualmente, eucaliptos cultivados pela Bracell em Mato Grosso do Sul é levado para Lençóis Paulista (SP)Previsão é de que a fábrica seja instalada às margens da BR-267, entre a cidade de Bataguassu e o lago da Porto Primavera

No pico dos trabalhos devem ser gerados 12 mil empregos e em torno de dois mil depois que o empreendimento entrar em operação. A previsão é de que sejam construídos alojamentos para abrigar até cinco mil trabalhadores ao mesmo tempo. 

Por ano, a indústria deve processar 12 milhões de metros cúbicos de eucaliptos, que sairão de cerca de 300 mil hectares de reflorestamento. Em torno de um terço deste montante já estão em fase de crescimento em municípios como Santa Rita do Pardo, Ribas do Rio Pardo e Bataguassu. 

Mas apesar da redução no valor do investimento, o volume de celulose equivale ao anunciado em novembro do ano passado. Em anos sem interrupção para manutenção dos equipamentos serão produzidos, conforme o estudo de impacto ambiental, 2,9 milhões de toneladas de celulose usada para fabricação de papel.

Porém, dependendo da demanda, a unidade terá condições de produzir também celulose líquida, como já ocorre com a fábrica do grupo asiático em Lencóis Paulista (SP). 

Para efeito de comparação, a Suzano investiu R$ 22,3 bilhões em Ribas do Rio Pardo e produz 2,55 milhões de toneladas por ano. A Arauco promete investir 25 bilhões e produzir 3,5 milhões de toneladas.

Além da produção de celulose, o estudo informa que será gerada energia suficiente para abastecer a indústria e um excedente que será injetado na rede de energia da região. A quantidade desta energia, porém, não foi informado.

Na unidade da Arauco, em Inocência, onde serão produzidas 3,5 milhões de toneladas por ano, serão gerados 400 megawatts de energia, sendo que somente a metade será consumida na própria indústria. 

Conforme a previsão, a celulose deve ser escoada por caminhões, pela MS-395 e a BR-158, margeando o Rio Paraná, até a ferrovia que passa em Aparecida do Taboado. De lá, seguirá por ferrovia até o porto de Santos.

É uma distância de cerca de 270 quilômetros de rodovias que terão de receber uma série de melhorias, já que serão em torno de 80 mil carretas a mais por ano nestas estradas. 

Embora ainda não exista data para início das obras, a previsão do Governo do Estado é de que as atividades comecem ainda em 2026. Existe a previsão de que no começo de maio a multinacional faça o anúncio oficial sobre o investimento. 

“A empresa vai fazer uma nota oficial de prioridade no dia 6 de maio, quando estará com o Governo do Estado fazendo o anúncio efetivo de qual o projeto que irá iniciar. Pode ser uma, podem ser duas unidades, mas a prioridade será definida nessa data”, segundo o secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento, Jaime Verruck. 

É que em novembro do ano passado o Estado havia informado que a fábrica seria erguida em Água Clara, com previsão de investimentos da ordem de 4 bilhões de dólares (R$ 23 bilhões) e capacidade para 2,8 milhões de toneladas por ano. 

Mas, apesar do suspense oficial sobre a localização, o fato é que o projeto de Água Clara está descartado. Prova disso é que até agora a Energisa não fez qualquer tipo de planejamento para levar energia a um possível canteiro de obras naquela região. Enquanto isso, faz 18 meses que se prepara para o empeendimento em Bataguassu. 
 

ANASTÁCIO (MS)

Idosa cai da cama, bate a cabeça e morre em MS

Mulher caiu da cama às 5h, teve hemorragia interna, vomitou e morreu 10 horas depois, às 15h

14/04/2025 11h00

Hospital Santa Casa de Campo Grande, para onde a idosa foi transferida

Hospital Santa Casa de Campo Grande, para onde a idosa foi transferida MARCELO VICTOR

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Idosa, de 71 anos, que não teve o nome divulgado, morreu horas após cair da cama, na tarde deste domingo (13), em Anastácio, município localizado a 137 quilômetros de Campo Grande.

Conforme apurado pela reportagem, idosa estava dormindo na cama e, por volta das 5h30min de ontem (13), se movimentou, caiu da cama e bateu a cabeça em um criado-mudo que estava ao lado.

De acordo com o boletim de ocorrência, não houve lesões ou sangramentos externos, mas, após alguns instantes, a idosa vomitou.

O esposo e a filha levaram a vítima até o hospital de Aquidauana, onde fez exames e ficou em observação. Os exames indicaram traumatismo craniano com sangramento interno e, com isso, foi encaminhada ao Hospital Santa Casa de Campo Grande.

Mas, no caminho, teve uma parada cardiorrespiratória, não resistiu e faleceu. Médicos tentaram reanimar a vítima, mas, não obtiveram êxito. O óbito foi confirmado às 15h13min de ontem (13).

O caso foi registrado como Morte Decorrente de Fato Atípico na na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Especializado de Polícia Integrada (DEPAC-CEPOL).

A morte da idosa acende alerta para bebês, crianças, idosos e até mesmo adultos encostarem a cama na parede na hora de dormir, para evitar possíveis quedas e tragédias familiares.

Outro caso parecido foi noticiado pelo Correio do Estado em 2019, quando um homem de 41 anos morreu após ter hemorragia e entrar em coma após cair da cama.

Uma pessoa que cai da cama e bate a cabeça pode sofrer lesões internas que podem levar à morte, como hemorragia e coma. Veja quais são os sinais de lesões internas:

  • Dor de cabeça intensa
  • Fraqueza ou tontura
  • Vômitos
  • Sangramento, principalmente pelo nariz, boca, ouvido ou olhos
  • Confusão mental
  • “Galo” atrás da orelha ou hematomas ao redor dos olhos
  • Desmaio ou perda de consciência, mesmo que por poucos segundos
  • Convulsões

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