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Índios reinvindicam mais 322 reservas no Brasil

Índios reinvindicam mais 322 reservas no Brasil

laís camargo

06/07/2011 - 19h30
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O Mato Grosso do Sul é o segundo estado no ranking de terras reinvindicadas por indígenas. O total do relatório nacional aponta 322 territórios ainda não reconhecidos pela Fundação Nacional do Índio (Funai) e que são exigidas pelas tribos ou áreas que já são reconhecidas, mas que ainda não foram oficialmente demarcadas. Esse número faz parte do Relatório “Violência Contra os Povos Indígenas no Brasil –2010", divulgado pelo Conselho Indigenista Missionário (Cimi), entidade ligada à Igreja Católica.

Segundo o estudo, destes 322 territórios indígenas, a maioria está no Amazonas: 107. O Mato Grosso do Sul é o segundo nesse ranking, com 73 territórios.O Rio Grande do Sul tem 30 áreas indígenas nessa situação e o Pará, outras 22. Rondônia, com 24, e Mato Grosso, com 12, vêm na sequência.

Pelos dados do Conselho Indigenista Missionário, no Brasil existem 1008 terras indígenas.

O Cimi afirma também que, “além de ferir o direito constitucional das comunidades indígenas a ter suas terras tradicionais demarcadas, essa morosidade as deixam vulneráveis, pois percebe-se que terras que continuam sem regularização final, mesmo as registradas e declaradas, são mais expostas a invasões, ocupações, desmatamento e exploração ilegal de recursos naturais”, aponta o relatório.

“Exemplos desta vulnerabilidade são a intensificação de conflitos, inclusive violentos, entre indígenas e não-indígenas, como na Terra Indígena Awá do povo Awá-Guajá (MA) e a Terra Panambi, do povo Guarani Kaiowá (MS)”, complementa o estudo.

Oficialmente, a Funai afirma que não tem funcionários e recursos suficientes para analisar todos os processos. O órgão também argumenta que o grande volume de ações judiciais contra os processos de reconhecimento de terras indígenas atrapalha. “Até o final de 2010, 60 terras estavam esperando a assinatura do decreto de homologação. A homologação depende apenas da finalização da demarcação física da área pela Funai”, rebateu o Cimi em seu relatório 2010.

Com informações do IG

DEIXOU ESTRAGOS...

Após 88 mm de chuva, Adriane diz que Campo Grande é impactada por mudanças climáticas

Assim como o secretário titular da Sisep, prefeita afirmou que medidas definitivas nas regiões que mais sofreram com as fortes chuvas serão tomadas quando a estiagem chegar

25/04/2025 14h45

Cratera aberta na Chácara dos Poderes após forte chuva nesta quinta-feira (24)

Cratera aberta na Chácara dos Poderes após forte chuva nesta quinta-feira (24) Foto: Marcelo Victor/Correio do Estado

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Com acumulado nas últimas 24h equiparado ao esperado no mês de abril inteiro, a prefeita Adriane Lopes disse que Campo Grande vem sendo impactada pelas mudanças climáticas de uma forma “bem pesada”.

Segundo dados do Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima (Cemtec), a capital sul-mato-grossense recebeu 88,6 mm de chuva entre o início da manhã do dia 24 e às 7h50 de hoje, sexta-feira (25). Para fins comparativos, a média histórica de Campo Grande em abril é de 89,4 mm.

Diante disso, muitas regiões da cidade registraram estragos, como diversas crateras, desabamentos, árvores caídas e alagamentos. Nesta manhã, durante evento de entrega de seis ambulâncias do SAMU, Adriane Lopes falou sobre as consequências das chuvas no município, com destaque para algumas localidades.

“As mudanças climáticas estão impactando a capital de uma forma bem pesada. No feriado prolongado tivemos chuvas intensas e ontem durante todo o dia também. Isso impactou regiões como Ernesto Geisel, em frente ao Belas Artes, Hospital do Câncer, e a gente está também na Chácara dos Poderes, que está com algumas regiões danificadas”, afirmou a prefeita.

Citado por Adriane, a Chácara dos Poderes foi fortemente afetada pelas chuvas, com grandes crateras e desabamentos avistados no local. Um morador do bairro conversou com a reportagem do Correio do Estado e criticou a demora do executivo para tomar medidas efetivas acerca dos estragos causados pela precipitação na região.

“Todo serviço contratado exige um mínimo de garantia. Na minha opinião, quem projetou é o responsável pelo que aconteceu na região. Quem que assinou para fazer uma obra tão mal projetada como esta? O que já se consumiu de recursos públicos para fazer serviços paliativos dessa região já seria possível fazer viadutos, asfaltos, pontes, drenagens e muitas outras melhorias em outros lugares da região”, disse o morador.

A prefeita Adriane Lopes explicou que medidas efetivas só irão ser tomadas após a chegada da estiagem e que, por enquanto, as equipes estão fazendo trabalhos paliativos, assim como também afirmou o titular da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep), Marcelo Miglioli.

Próximos dias

De acordo com o centro de monitoramento, com início previsto entre sexta-feira (25) e domingo (27), há probabilidade para ocorrência de chuvas intensas e tempestades acompanhadas de raios e rajadas de vento com acumulados significativos de chuvas, acima de 50 mm em 24 horas. 

Segundo o Cemtec, a mudança no tempo ocorre devido à combinação de diversos fatores, como o intenso transporte de umidade, à atuação de uma área de baixa pressão atmosférica sobre o norte da Argentina e no Paraguai, um cavado em médios níveis da atmosfera e a formação de um ciclone extratropical associado a uma frente fria na altura do litoral da região Sul do Brasil.

Conforme a previsão, haverá queda nas temperaturas, com mínimas entre 12ºC e 14ºC e máximas 26-28°C em alguns locais.

No Pantanal e regiões próximas, esperam-se mínimas entre 18-21°C e máximas entre 26-28°C. Na capital, em Campo Grande, o frio deve chegar de maneira breve, com mínimas entre 22-23°C e máximas entre 25-28°C ao longo dos três dias.

Já nas regiões do bolsão, leste e norte, os termômetros devem registrar mínimas de 21° a 23°C e máximas entre 28-31°C. Em relação aos ventos, os valores poderão variar entre 40-60 km/h e, pontualmente, podem ocorrer rajadas de vento acima de 60 km/h.

Saiba

De acordo com o Cemtec, Campo Grande registrou 192,2 mm de chuva acumulada do dia 1º a 23 de abril. Somando com os 88,6 mm de quinta-feira e manhã desta sexta-feira, a capital chegou a 280,8 mm, cerca de 214% a mais do que o esperado (89,4 mm).

*Colaborou Alicia Miyashiro

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Cidades

Aos 35 anos, ex-candidato a vereador é encontrado morto em casa

Luis Enrique Nascimento Ojeda foi candidato a vereador em 2024 e já teve prisão preventiva decretada por quebrar medida protetiva.

25/04/2025 14h31

Reprodução Redes sociais

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Morreu hoje (25) o ex-candidato a vereador de Campo Grande e assessor-chefe da Secretaria Municipal Especial de Articulação Regional, Luís Enrique Nascimento Ojeda, aos 35 anos. A notícia foi compartilhada nas redes sociais da deputada estadual Mara Caseiro (PSDB). 

“Hoje, o mundo perdeu um jovem cheio de vida, amor e sonhos. Pai amoroso, filho dedicado e de muitos sonhos, ele tocou a vida de muitos ao seu redor com seu sorriso contagiante e seu coração afetuoso”, escreveu a deputada.

Segundo informações apuradas pelo Correio do Estado, Ojeda teria sido encontrado pela sua mãe enforcado em casa acompanhado de um bilhete endereçado à ex-companheira. Há a suspeita de suicídio. 

Ojeda disputou o cargo de vereador em Campo Grande nas eleições de 2024, ficando como suplente do partido União Brasil, com 887 votos. 

Prisão preventiva

Luís Enrique Ojeda foi preso em flagrante no dia 5 de março por quebrar medida protetiva. Segundo o boletim de ocorrência, o homem teria perseguido a mulher até a DEAM (Delegacia de Atendimento à Mulher), onde foi registrar queixa contra ele.

De acordo com testemunhas, Ojeda estava bastante alterado, insistia em falar com a vítima e causou tumulto no local. O casal tem uma filha de quatro anos. 

A irmã da vítima disse à polícia que o ex-candidato teria abandonado a filha e a mulher, com quem teria um relacionamento marital há seis anos, na época da campanha a vereador, mas, depois que perdeu a eleição, tentou reatar o relacionamento. 

Segundo ela, a irmã já havia pedido medida protetiva contra ele, mas por conta da filha, permitiu que tivessem a guarda compartilhada. 

Segundo o registro policial, a irmã da ex-companheira do acusado relatou que Ojeda passou a ameaçar as duas mulheres de morte. “Você vai pagar caro! Vai pagar um preço altíssimo! Vai se lembrar de tudo!”, teria dito o homem. 

O advogado de defesa, Alberto Torres, usou o cargo de Ojeda na prefeitura como atenuante para que não fosse decretada a prisão preventiva e, sim, a liberação mediante uso de tornozeleira eletrônica. 

Também destacou os antecedentes do servidor como “+30 anos, primário, residente na Comarca dos fatos, Servidor Público, com laudo e diagnóstico fechado de depressão e transtornos mentais/comportamentais causados pelo uso de substâncias psicoativas”. 

Dois dias depois de decretada a prisão, a prefeitura publicou a exoneração de Ojeda do cargo de assessor-chefe. 
 

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