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Número de assassinatos de homossexuais bate recorde no País

Número de assassinatos de homossexuais bate recorde no País

Da Redação

10/01/2011 - 15h29
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O número de homossexuais assassinados no Brasil superou 250 casos em 2010, um recorde histórico, conforme o Grupo Gay da Bahia (GGB). O dado faz parte do relatório anual - ainda em fase de conclusão - elaborado pela entidade e que será apresentado oficialmente em março.

Em entrevista a Terra Magazine, o fundador do GGB e decano do movimento homossexual brasileiro, Luiz Mott, destaca que foi a primeira vez que a quantidade de homicídios ultrapassa a casa das 200 notificações. Em 2009, foram 198, cerca de 50 a menos do que registrado no ano passado.

- Na década anterior, matava-se, em média, um homossexual a cada três dias. Nos últimos anos, essa média passou para um assassinato a cada um dia e meio. Há uma escalada que reflete a violência crescente no Brasil, sobretudo, no que se refere aos crimes letais. Em geral, a impunidade é grande, mas é maior quando a vítima é homossexual, já que as pessoas não querem se envolver, testemunhar. Ainda há muito tabu, muito preconceito - detalha o ativista.

Para Mott, o País convive com uma contradição na medida em que apresenta "mais de 150 paradas gays, abriga a maior associação de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (lgbt) da América Latina", mas, ao mesmo tempo, é líder mundial de mortes contra essa população. Segundo ele, "a homofobia cultural é forte no Brasil".

- Na prática, a população continua com o mesmo alto índice de intolerância que se reflete não só nos homicídios, mas no bullying ocorrido nas escolas, por exemplo. Existe toda uma homofobia cultural e institucional que ainda se mantém e que tem, nas igrejas evangélicas e católicas, os grandes centros de fabricação dessas munições ideológicas.

Na avaliação do fundador do GGB, a situação dos LGBTs piorou ao longo dos oito anos de governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

- Foram anos marcados por muitas declarações e ações afirmativas através do Programa Brasil sem Homofobia, da Conferência Nacional LGBT, da criação do Conselho Nacional LGBT. Porém, poucas propostas saíram do papel. As conquistas importantes, como nome social para travesti, são resultado de uma ou duas décadas de militância do movimento. Em termos concretos, a situação dos gays piorou, apesar da festa. Nunca tanto sangue homossexual foi derramado quanto no governo Lula. A contaminação por HIV aumentou também. Uma situação calamitosa. Apesar de toda boa vontade, declarações e programas, propostas e ações afirmativas, a esperança de vida dos homossexuais diminui.

Mott critica o que chamou de "falta de vontade política":

- Há mais de uma dezena de leis no Congresso Nacional, orientadas para a cidadania homossexual. Para aprovar essas leis, é necessário vontade política e pressão do poder Executivo junto ao Legislativo. A bancada evangélica e a Conferência Nacional de Bispos do Brasil (CNBB) são extremamente homofóbicas e impedem a aprovação dessas propostas. Lula, infelizmente, não teve coragem e ousadia para pressionar sua base aliada, fazendo com que essas leis fossem aprovadas.

Subnotificação

Luiz Mott enfatiza que os números compilados pelo GGB, baseados em notícias veiculadas na imprensa nacional, não traduzem o real quadro da violência contra homossexuais no Brasil. Para ele, os LGBT são as principais vítimas do ódio cultural, pois "não recebem apoio nem mesmo dentro de casa".

- No Plano Nacional de Direitos Humanos (PNDH 2), aprovado durante o governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB), havia 11 medidas afirmativas que, infelizmente, o governo Lula não cumpriu. A primeira era documentação, a implementação de coleta sistemática de dados sobre violência, assassinatos de homossexuais. Não havendo no Brasil estatísticas oficiais de crime de ódio, que deveriam ser realizadas pelo Ministério da Justiça, Secretaria de Direitos Humanos nacional e dos estados, unicamente o GGB, com toda limitação de recursos é quem tem feito esse trabalho heroico. Com certeza, esse número é muito maior.

Mesmo com a subnotificação, o Brasil supera países como México, que é o segundo lugar no ranking de assassinatos de homossexuais (média de 35 casos/ano) e Estados Unidos, terceiro da lista (cerca de 25 notificações anuais), conforme Mott.

- Juntando todos os países onde há pena de morte para os homossexuais, as execuções não chegam a 20 por ano. O Brasil tem uma pena de morte diluída e, na prática, muito mais severa do que as praticadas nos países mais homofóbicos do mundo.

Denúncia

Mott adianta que o GGB estuda a possibilidade de denunciar o país em função do alto índice de homicídios de LGBT (em 2010, 65% das mortes foram de gays; 32%, de travestis e 3%, de lésbicas).

- No nosso entender, houve prevaricação por parte da Presidência da República por não ter efetivado as 11 medidas propostas pelo PNDH 2. O governo, apesar da boa vontade, não enfrentou o principal, que é a garantia de vida para os homossexuais. Havia previsão de medidas práticas que, se aplicadas, com certeza, teríamos um número mais preciso desses homicídios. Havia propostas para enfrentar a homofobia e os crimes letais.

ônibus

Motoristas terão aumento de 8% e Capital não terá paralisação

Consórcio Guaicurus aceitou dar ganho real para os seus trabalhadores; o reflexo da negociação, porém, só será sentido em março de 2025, depois que a passagem subir

26/11/2024 09h00

Motoristas de ônibus terão 8% de aumento na folha de fevereiro, paga em março

Motoristas de ônibus terão 8% de aumento na folha de fevereiro, paga em março Foto: Gerson Oliveira

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Após reunião realizada ontem, os trabalhadores do transporte deixaram o encontro com um reajuste de 8% no salário, porcentual considerado bom para o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Coletivo e Urbano de Campo Grande (STTCU-CG), Demétrio Freitas. “A única coisa que foge ao nosso desejo é o parcelamento. Gostaríamos que a aplicação fosse imediata”, disse.

O parcelamento a que Freitas se refere é um pagamento retroativo do porcentual de reajuste que incidirá nas folhas de dezembro e janeiro e na fração de 1/12 do 13º salário deste ano.

O Consórcio Guaicurus prometeu no acordo, que deve ser homologado na Justiça do Trabalho, o pagamento do aumento a partir da folha de fevereiro e dos valores retroativos nessa mesma folha. A folha de fevereiro é paga até o quinto dia útil de março.

Com o acordo fechado ontem, o salário-base da categoria salta de R$ 2.749,00 para R$ 2.965,00. Já o vale-alimentação dos motoristas de ônibus passa de R$ 250,00 para R$ 350,00.

Outras reivindicações foram mantidas, como a atuação do plano de assistência médica, a manutenção do plano odontológico e a permanência do vale-gás, que é pago uma vez a cada dois meses. Já a participação nos lucros e resultados (4%), que é feita semestralmente, também foi mantida.

“Foi uma negociação desgastante, mas foi boa. Tivemos um ganho real de quase 4%”, afirmou Freitas.

SEM PARALISAÇÃO

O acordo põe fim à ameaça de paralisação no transporte coletivo de Campo Grande, que ecoava desde a semana passada. O motivo era de que o Consórcio Guaicurus ainda não havia se disposto a conversar sobre o reajuste com a categoria, às vésperas da data-base. 

A ameaça de paralisação também seria uma forma de o concessionário pressionar o município de Campo Grande, poder concedente, com o qual o Consórcio Guaicurus tem várias frentes de batalha na Justiça.

Para citar duas, há ações para trazer a data-base de reajuste da passagem de ônibus de volta para outubro, além de uma outra mais ampla, em que o concessionário pretende uma revisão contratual.

ATRASO 

O Consórcio Guaicurus chegou a ter uma vitória no primeiro trimestre para antecipar a data-base, porém, por meio de uma ação rara, em que é possível ser usada apenas pelo titular do Poder Executivo, a prefeita reeleita Adriane Lopes (PP) conseguiu impedir dois reajustes no mesmo ano, graças à decisão do presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS) Sérgio Martins, atualmente afastado de suas funções após a deflagração da Operação Ultima Ratio.

Sem essa decisão, o município seria obrigado a conceder dois reajustes para o transporte coletivo da Capital no mesmo ano – sendo o último deles outubro, mês do segundo turno das eleições municipais.
Quando o contrato de concessão foi assinado, em outubro de 2012, ficou aquele mês estabelecido como a data-base para o reajuste da tarifa.

Mais de 12 anos depois, todos os prefeitos de Campo Grande que ocuparam o cargo atrasaram a data, sempre temendo a reação da população com uma medida tão impopular. Neste ano, a passagem 
de ônibus foi reajustada apenas no mês de março.

Saiba

Negociação pode ser “spoiler” da tarifa 

A condição vantajosa dada pelo Consórcio Guaicurus indica a disposição, nos bastidores, de o município conceder um aumento de tarifa acima da inflação.

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Previsão do tempo

Confira a previsão do tempo para hoje (26) em Campo Grande e demais regiões de Mato Grosso do Sul

Mesmo com calorão, há previsão de tempestade na região pantaneira

26/11/2024 04h30

Recomenda-se a ingestão de muita água, devido ao calor e tempo seco no estado

Recomenda-se a ingestão de muita água, devido ao calor e tempo seco no estado Arquivo

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Nesta terça-feira (26), a previsão indica tempo firme, com sol e variação de nebulosidade devido a atuação do sistema de alta pressão atmosférica que favorece o tempo quente e seco.

As temperaturas estarão em elevação e altas podendo atingir valores de 33° a 40°C. Além disso, esperam-se baixos valores de umidade relativa do ar, entre 15% e 35%. Por isso recomenda-se beber bastante líquido, umidificar os ambientes e evitar exposição ao sol nos horários mais quentes e secos do dia. Devido ao aquecimento diurno não se descartam pancadas de chuvas isoladas.

Os ventos atuam do quadrante norte (norte/nordeste) com valores entre 40 km/h e 60 km/h. Pontualmente, podem ocorrer rajadas de vento acima de 60 km/h.

Confira abaixo a previsão do tempo para cada região do estado: 

  • Para Campo Grande, estão previstas temperatura mínima de 25°C e máxima de 36°C. 
  • A região do Pantanal deve registrar temperaturas entre 25°C e 36°C. Podem ocorrer tempestades.
  • Em Porto Murtinho é esperada a mínima de 27°C e a máxima de 39°C. 
  • O Norte do estado deve registrar temperatura mínima de 24°C e máxima de 36°C. 
  • As cidades da região do Bolsão, no leste do estado, terão temperaturas entre 23°C e 36°C. 
  • Anaurilândia terá mínima de 23°C e máxima de 38°C. 
  • A região da Grande Dourados deve registrar mínima de 22°C e máxima de 38°C. 
  • Estão previstas para Ponta Porã temperaturas entre 22°C e 35°C. 
  • Já a região de Iguatemi terá temperatura mínima de 22°C e máxima de 37°C. 

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