Cidades

PESCA PREDATÓRIA

Polícia multa pescadores em
R$ 5 mil por crime ambiental

Polícia multa pescadores em
R$ 5 mil por crime ambiental

TARYNE ZOTTINO

21/02/2012 - 16h26
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Cinco pescadores foram autuados pela Polícia Militar Ambiental (PMA) de Campo Grande (MS) em R$ 1 mil cada um por pescarem durante o período de piracema no Rio São Lourenço, localizado na divisa com o Mato Grosso (MT).

Foram apreendidos dois motores de popa, dois barcos, cinco molinetes e 10 kg de pescado. Além da multa, os pescadores responderão por crime ambiental de pesca predatória e poderão receber pena de um a três anos de detenção, multa, ou ambas as penas cumulativamente.

Cidades

Presidente do Instituto Onça-Pintada repercute morte de caseiro em MS; veja vídeo

Biólogo Leandro Silveira destacou que fato foi algo incomum e uma "exceção da regra"

22/04/2025 17h00

Presidente do Instituto Onça-Pintada (IOP), biólogo Leandro Silveira

Presidente do Instituto Onça-Pintada (IOP), biólogo Leandro Silveira Foto: Reprodução / Redes Sociais

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Presidente do Instituto Onça-Pintada (IOP), o biólogo Leandro Silveira repercutiu em suas redes sociais a morte do caseiro Jorge Ávalo, de 62 anos, vítima de um ataque de Onça-Pintada no último final de semana em Aquidauana, interior do estado.

Com 1,2 milhões de seguidores em seu perfil no Instagram, Silveira destacou que a morte do trabalhador chocou os sul-mato-grossenses e repercutiu nacionalmente em virtude do ineditismo do fato, que classificou como “exceção da regra”. 

“Vamos acreditar que isso é apenas uma exceção da uma regra. Nós também seres humanos podemos ter surtos, ataques e agir fora de um padrão social, (ataques) pode acontecer”, destacou o biólogo, que apareceu ao lado do filho, Tiago Jácomo. O idoso, então desaparecido, encontrado no último dia 21, foi atacado enquanto trabalhava em uma região de difícil acesso, no rio Miranda, conhecida como “Touro “Morto.

O biólogo destacou que as mortes causadas por grandes predadores representam um percentual muito pequeno se comparadas com casos de mortes humanas causadas por mosquitos e abelhas. Segundo ele, casos como os de “Jorginho” ganham notoriedade, sobretudo pelo impacto emocional que causam nas pessoas.

“É estrondoso o impacto, né? Mas você fala porque, né? (...) nos Estados Unidos, nos últimos 5 anos morreram, acho que umas 30 ou 40 pessoas com ataque de ursos, (número) relativamente pequeno em relação às mortes, por exemplo, com abelhas. A gente reage diferente quando é um grande predador, porque tem o que a gente chama de memória evolutiva em relação a essa espécie”, frisou o pesquisador, que destacou que animais predatórios representam a natureza bruta entre a atual espécie humana e os hominídeos.

 Veja Vídeo 

 

“Vale lembrar que a onça, entre os grandes predadores, é o que desenvolveu maior eficiência em atacar uma ataca com uma única mordida na base do crânio.  (...) se é um animal que mata uma vaca, uma anta, mordendo a base da da cabeça, imagino que ele não faria com a gente, né?”, finalizou Leandro. 

 

Após a morte de Jorge Avalo, de 62 anos, por ataque de onça no Pantanal sul-mato-grossense, a Polícia Militar Ambiental (PMA) trabalha agora com quatro hipóteses para tentar justificar o que, de fato, motivou a investida fatal do felino.

A PMA indicou, em nota, que os restos mortais de "Seu Jorge" foram encontrados cerca de 280 metros do rancho, confirmando que o caseiro foi atacado por um felino de grande porte, nesse caso uma onça-pintada. 

Como o caso ainda segue sendo investigado, a intenção das autoridades é tentar precisar o que levou à violência desse felino, já que apesar de dividirem o mesmo ecossistema os ataques aos humanos não são comuns.

Entre as quatro principais hipóteses levantadas, a PMA considera possível: 

  • Escassez de alimento; 
  • Comportamento defensivo do animal;
  • Período reprodutivo ou
  • Atitude involuntária da vítima 

Importante explicar que, o período reprodutivo foi levantado entre as hipóteses já que nessa etapa da procriação há uma competição ecológica, em que costumeiramente o macho se torna mais agressivo. 

Já a atitude involuntária da vítima também é considerada, uma vez que foi levantada a possibilidade de que Jorge seguia pela plataforma com mel nas mãos. 

A polícia explica que havia câmeras no local, já que a propriedade contava com sistema de monitoramento de segurança, mas indica que os equipamentos não estavam funcionando corretamente no momento do ocorrido. 

Como a prática de "ceva", ou seja, fornecer alimentos aos animais selvagens, já foi alvo de investigação das autoridades na região, a PMA reforça que há leis específicas que proíbem tal ação. 

Além da  Lei Federal nº 9.605/1998 (que trata de Crimes Ambientais) e a nº 5.673, de 8 de junho de 2021 (sobre a Proteção à Fauna no Estado de Mato Grosso do Sul), há ainda uma resolução (nº 08 de 2015) da Secretaria Municipal de Administração (Semad) proibindo a ceva. 

A Polícia lembra que estimular essa aproximação é perigoso, já que os animais selvagens podem associar a presença de seres humanos à oferta de alimento. 

Relembre

Longe cerca de 300 quilômetros de Campo Grande, o caso antes encarado como o desaparecimento de um caseiro no Pantanal de Mato Grosso do Sul é investigado agora como ataque fatal de animal silvestre, já que partes do corpo de "Seu Jorge" foram encontradas na manhã de hoje (22). 

Conforme noticiado pelo Correio do Estado, a polícia investigava a suspeita de desaparecimento num primeiro momento, já que vestígios de sangue foram localizados por turistas e caseiros que passavam próximo à pousada que Jorge Avalo, de 62 anos. 

Agora, após retomada de buscas na manhã de hoje (22), conforme apurado pelo portal O Pantaneiro, partes do corpo de "Seu Jorge" foram encontradas em área de mata fechada após os familiares do caseiro indicarem o possível local para onde o corpo teria sido arrastado. 

Esse ataque teria acontecido por volta de 5h da segunda-feira (21), feriado de Tiradentes, sendo que uma foto de circuito interno divulgada indica que por volta de 06h52, no ponto do bote, só restavam marcas de sangue e os animais carniceiros no local. 

Familiarizados com a região, os locais identificaram o "modus operandi" do ataque da onça foi desvendado, com o animal se escondendo às margens do rio antes de partir em arrancada. 

Região conhecida por ser destino de turistas e pescadores, esse ponto do Rio Miranda costuma atrair animais para próximos das regiões mais habitadas em épocas de cheia, o que favorece o encontro de seres humanos com a fauna local. 

*Colaborou Leo Ribeiro

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Mato Grosso do Sul

Justiça determina que plano de saúde mantenha tratamento de criança autista

Após laudos indicarem que a troca de clínica poderia causar danos à assistida, ficou determinado que a operadora de saúde continue arcando com os custos

22/04/2025 15h33

Crédito FreePik

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Os pais de uma criança de 5 anos, diagnosticada com Transtorno do Espectro Autista (TEA), procuraram a Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul ao serem informados, no fim de fevereiro de 2025, que teriam que procurar outra clínica para prosseguir com o tratamento em Três Lagoas.

Seguindo recomendações médicas, a menina faz terapia desde 2023 em uma clínica especializada. O tratamento tem contribuído para seu desenvolvimento, já que ela apresenta dificuldades para falar, socializar e realizar tarefas do dia a dia.

Médicos e terapeutas afirmam que a criança está evoluindo e, por ter desenvolvido vínculo com a equipe de profissionais, é importante que prossiga o tratamento no mesmo local.


Ainda conforme relatado pelos profissionais, cortar abruptamente a ligação estabelecida pode prejudicar o progresso, tendo em vista que crianças com autismo precisam de rotina e familiaridade para seu desenvolvimento.

Segundo laudos médicos e relatórios terapêuticos, a assistida apresentou avanços significativos com o tratamento e foi indicada a seguir com as sessões na mesma clínica e com a mesma equipe, devido à importância do vínculo terapêutico estabelecido.

“A quebra desse vínculo, conforme advertido pelos profissionais de saúde, poderia acarretar regressão no quadro clínico da criança, devido à rigidez de rotina comum em pessoas com TEA”, pontuou o defensor público Flávio Antonio de Oliveira.

Interrupção


No final de fevereiro de 2025, a família foi informada pelo plano de saúde de que a clínica deixaria de ser credenciada e, portanto, a criança teria que continuar o tratamento em outro local.

Preocupados com a possibilidade de retrocesso no desenvolvimento da filha, os pais recorreram à Defensoria Pública, que entrou na Justiça com um pedido de tutela de urgência para garantir a continuidade do atendimento no mesmo local.

O defensor público Flávio Antonio de Oliveira explicou que a criança realiza tratamento de Análise do Comportamento Aplicada (ABA) na clínica, o qual tem se mostrado fundamental para seu desenvolvimento.

A Justiça reconheceu o risco de dano à saúde da criança e determinou que o plano de saúde continue custeando o tratamento na clínica, considerando essencial a preservação do vínculo terapêutico estabelecido.

“A interrupção ou mudança forçada do local de tratamento, especialmente sem respaldo técnico adequado, viola não somente o direito à saúde, mas também o princípio da dignidade da pessoa humana. O vínculo terapêutico é peça fundamental na evolução clínica de crianças com autismo”, destacou o defensor.

Com a decisão, a Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul garantiu a continuidade do tratamento da criança diagnosticada com TEA, na mesma clínica e com a equipe que já a acompanha.

“A intervenção terapêutica tem sido fundamental para o desenvolvimento da criança, que apresenta atraso global do desenvolvimento, dificuldades de fala, socialização e autonomia em atividades básicas do dia a dia”, detalhou o defensor.

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