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Sesau percorre farmácias para orientar sobre venda correta de antibióticos

Sesau percorre farmácias para orientar sobre venda correta de antibióticos

CG NOTÍCIAS

29/11/2010 - 11h30
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A Vigilância Sanitária Municipal começou hoje, o trabalho de orientação para os donos de farmácias e drogarias sobre a obrigatoriedade da receita médica para a venda de medicamentos à base de substâncias antimicrobianas: os antibióticos.

A mesma ação educativa será estendida à classe médica, orientando esses profissionais em relação à necessidade de prescrever duas receitas: uma para o paciente e outra que ficará retida na farmácia.

A divulgação e orientação dos profissionais envolvidos com a prescrição e comercialização dos antibióticos atende ao que estabelece a resolução nº 44 da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), de 26 de outubro de 2010.

A resolução dispõe sobre a obrigatoriedade do médico prescrever o medicamento antimicrobiano em duas vias. A receita deve ser em letra legível, sem rasuras e com a data de emissão (a validade é por dez dias).

Para o chefe do Serviço Municipal de Fiscalização de Medicamentos, Antonio Carlos dos Reis Cardoso, a determinação da Anvisa deve conter a venda indiscriminada de antibióticos. “O uso incorreto desse tipo de medicamento provoca a resistência das cepas de bactérias, dificultando o combate da infecção”, esclarece.

De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), Campo Grande possui cerca de 270 farmácias e drogarias. Todos os estabelecimentos devem se adequar às normas definidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária.

operação

Vítimas pedem ressarcimento por descontos ilegais em benefícios do INSS

Investigação nacional apura fraude bilionária que "tomou" dinheiro de aposentados por anos em Mato Grosso do Sul; em um dos processos, pensionista pede R$ 20 mil por indenização de danos morais

25/04/2025 09h30

Investigação da PF e da CGU identificou descontos ilegais no INSS

Investigação da PF e da CGU identificou descontos ilegais no INSS Gerson Oliveira / Correio do Estado

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Muitos dos aposentados e dos pensionistas lesados por descontos não autorizados em benefícios recebidos pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) em Mato Grosso do Sul procuraram a Justiça para pedir ressarcimento pelos prejuízos que tiveram e indenização por danos morais. Em um dos casos, uma senhora pede R$ 20 mil da empresa que lhe cobrou irregularmente.

Casos de fraudes ligadas a cobranças indevidas de associações de idosos que cobravam por descontos associativos em aposentadorias e pensões do INSS começaram a crescer na Justiça de Mato Grosso do Sul, como mostrou a reportagem do Correio do Estado de ontem que trouxe que mais de 500 processos sobre esse tema estão em tramitação no Estado. Entre eles está o de uma pensionista de 63 anos que está perdendo mensalmente R$ 231,71 de débitos para uma associação.

De acordo com esse processo, aberto na Comarca de Campo Grande, a quantia parcelada em 36 meses – e começou a ser descontada em dezembro de 2024 – totalizaria o montante debitado de R$ 8.341,56.

A defesa da pensionista pede na Justiça que a Associação Brasileira dos Aposentados e Pensionistas (AB Nacional), para a qual era destinado o valor descontado, seja condenada à devolução em dobro dos valores descontados indevidamente de R$ 1.853,68.

Além da quantia em dobro, também pede que a associação seja condenada ao pagamento de indenização por danos morais à pensionista no montante de R$ 20 mil.

Esse caso não é isolado, uma vez que, em consulta na Justiça sul-mato-grossense realizada pelo Correio do Estado, foi possível encontrar – só do último ano para cá – mais de 500 processos de vítimas de cobranças associativas indevidas em Campo Grande e outras centenas no restante de MS.

Os relatos são de diversas associações, praticamente todas elas com funcionamento nacional, como a Caixa de Assistência dos Aposentados e Pensionistas (Caap), a Associação dos Aposentados e Pensionistas Nacional (Aapen) e a Associação dos Aposentados e Pensionistas do Brasil (AAABP), assim como a AB Nacional.

Outra vítima foi o aposentado Wilson Oliveira dos Santos, 60 anos, que informou ao Correio do Estado que, apesar de nunca ter autorizado o desconto retirado, há pelo menos três anos esses valores são descontados do seu benefício.

Questionado em como se sente com relação à essa situação e à fraude que está sendo investigada, o aposentado se declarou indignado. “Diante de tanta confusão, não sinto mais nada. Não estou nem aí. A lei é sempre para os mais fortes. Sigo trabalhando para ganhar o meu dinheiro”, declarou.

INVESTIGAÇÃO

Com mandado de busca em Mato Grosso do Sul, a Controladoria-Geral da União (CGU), em conjunto com a Polícia Federal (PF), deflagrou na quarta-feira a Operação Sem Desconto, contra um esquema nacional que mirou associações que faziam descontos associativos não autorizados em aposentadorias e pensões do INSS.

Segundo a PF, entidades que representavam aposentados e pensionistas descontaram irregularmente parte de mensalidades associativas aplicadas sobre benefícios previdenciários. Essa operação foi realizada em 34 cidades.

A investigação dessa fraude começou com uma pesquisa da CGU, em julho do ano passado, que identificou que 97% dos beneficiários do INSS entrevistados em todo o Brasil informaram não terem autorizado descontos de mensalidades associativas realizados na folha de pagamento.

Segundo a CGU, 1.273 pessoas foram entrevistadas pessoalmente em todos os estados, sendo 57 de Mato Grosso do Sul. No caso dos entrevistados de MS, apesar de todos eles apresentarem descontos associativos em seus benefícios, eles declararam que não haviam aderido à associação que lhes cobrava em folha.

Por causa dessa irregularidade, o presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, e outros quatro servidores da entidade foram afastados de suas funções por decisão judicial.

São eles: o procurador-geral do INSS, Virgílio Antônio Ribeiro de Oliveira Filho; o coordenador-geral de Suporte ao Atendimento ao Cliente do INSS, Giovani Batista Fassarella Spiecker; o diretor de Benefícios e Relacionamento com o Cidadão do INSS, Vanderlei Barbosa dos Santos; e o coordenador-geral de Pagamentos e Benefícios do INSS, Jacimar Fonseca da Silva.

Ainda, um policial federal também foi afastado. Após a operação, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu exonerar o presidente do INSS. 

DEVOLUÇÃO

Em resposta à deflagração da operação, o governo federal, por meio do ministro da CGU, Vinícius Marques de Carvalho, informou que os aposentados e os pensionistas do INSS não terão mais descontos automáticos para entidades da sociedade civil, mesmo que tenham autorizado a retirada. Segundo Carvalho, a devolução dos valores descontados neste mês ocorrerá na próxima folha de pagamento.

Nenhum aposentado ou pensionista do INSS será descontado até que as investigações da Operação Sem Desconto acabem e que o governo reorganize um novo marco legal para os convênios entre o INSS e as entidades da sociedade civil.

Saiba

Entre 2019 e 2024, essas entidades descontaram R$ 6,3 bilhões de cerca de 6 milhões de segurados do INSS. Porém, a parcela desse montante que decorre de descontos ilegais ainda é analisada.

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MPMS investiga advogados que usava ações falsas para enganar idosos e analfabetos

Segundo relatos, milhares de ações judiciais foram feitas contra instituições financeiras, algumas delas reconhecidas pelo Judiciário como temerárias, sem o conhecimento dos clientes

25/04/2025 09h15

MPMS investiga quadrilha que usava ações falsas para enganar idosos e analfabetos

MPMS investiga quadrilha que usava ações falsas para enganar idosos e analfabetos Divulgação/ MPMS

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A 2ª Promotoria de Justiça de Sidrolândia instaurou inquérito civil para apurar a possível responsabilidade civil de advogados ligados à atuação de uma organização criminosa dedicada à prática da chamada “advocacia predatória”, em ações judiciais consideradas temerárias. 

Essa ação faz parte da operação “Arnaque”, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público de Mato Grosso do Sul (GAECO/MPMS). As investigações começaram após uma instituição financeira de grande porte encaminhar informações e documentos de aposentados e pensionistas. 

Segundo relatos, milhares de ações judiciais foram feitas contra instituições financeiras, algumas delas reconhecidas pelo Judiciário como temerárias. Ainda de acordo com informações do banco, essas demandas foram propostas por advogados sem autorização dos clientes, frequentemente pessoas idosas, analfabetas ou até falecidas. Mesmo em processos com decisão favorável, os beneficiários não recebiam os valores devidos.

Perícia grafotécnica constatou que a assinatura de uma das vítimas em um documento era diferente da sua assinatura padrão, levantando suspeitas de fraude.

Operação Arnaque

A deflagração da Operação Arnaque, em julho de 2023, resultou no cumprimento de 39 mandados de prisão preventiva e 51 mandados de busca e apreensão em diversos estados brasileiros. As ordens judiciais foram executadas em Mato Grosso do Sul (em oito cidades), Bahia, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraíba, Paraná e Piauí.

A investigação, conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO) e pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), apura a atuação de uma organização criminosa envolvida em crimes como estelionato, apropriação indébita, corrupção e lavagem de dinheiro. Segundo o MPMS, os suspeitos se aproveitaram da vulnerabilidade de pessoas idosas e analfabetas para aplicar os golpes.

Relatórios apontam que duas organizações criminosas, sediadas em Iguatemi (MS), utilizavam procurações e documentos obtidos de forma irregular para mover ações fraudulentas na Justiça. Laudos periciais identificaram falsificações em assinaturas, reforçando as suspeitas de fraude.

Como havia registros do esquema em Sidrolândia, o caso foi inicialmente encaminhado à 3ª Promotoria de Justiça do município, que remeteu o caso à Polícia Civil para apuração criminal. O procedimento também foi enviado à 2ª Promotoria de Justiça, responsável pela proteção da pessoa idosa.

Na primeira análise, entendeu-se que os indícios se restringiam à esfera criminal, não havendo elementos suficientes, naquele momento, para a abertura de procedimento cível. Posteriormente, após nova avaliação dos documentos, a 2ª Promotoria instaurou inquérito civil para apurar a responsabilidade de advogados envolvidos, com possibilidade de adoção de medidas judiciais e administrativas, incluindo a comunicação à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) sobre possíveis infrações ético-disciplinares.

O MPMS segue com a análise da documentação recebida, com o objetivo de identificar os responsáveis pelos crimes, recuperar os valores obtidos ilicitamente e garantir a reparação dos danos causados às vítimas.

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