Política

'BOFETADA'

Vaga da Funasa para PT foi golpe para PMDB

Vaga da Funasa para PT foi golpe para PMDB

DANÚBIA BUREMA

22/01/2012 - 00h00
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A demissão de Flávio Brito da Superintendência da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) agravou ainda mais a crise política do PMDB com o PT em Mato Grosso do Sul. O mais irritado com a derrubada de Brito foi o seu padrinho político e coordenador da bancada federal, deputado federal Geraldo Resende (PMDB). “Foi uma bofetada não só no PMDB do Estado mas no nacional”, reagiu Geraldo. Ele atribuiu ainda um golpe do PT sobre os peemedebistas para entregar o cargo ao ex-deputado estadual Pedro Teruel.

Segundo o parlamentar, o PT agiu premeditadamente e aproveitou o período de férias de lideranças peemedebistas, como o governador André Puccinelli (PMDB) que está com a família em Natal (RN), para ter sucesso em sua “conspiração” cujo objetivo era tomar a superintendência.
“Foi uma bofetada ainda maior porque estávamos desmobilizados”, avaliou.
Para o líder da bancada federal do Estado, as consequências da queda de seu apadrinhado para um petista assumir a Funasa irá repercutir na relação dos dois partidos em âmbito nacional. Isso porque, segundo Geraldo, havia acordo entre o líder do governo na Câmara, deputado federal Cândido Vacarezza (PT), e o líder do PMDB, deputado federal Henrique Alves (PMDB/RN), pelo qual os peemedebistas ficariam com o comando das superintendências da Funasa nos Estados.

“Foi o rompimento de um ato de acordo. O simbolismo do rompimento de um acordo é uma coisa grave. As providências deverão ser tomadas a partir das lideranças nacionais do PMDB”, informou. De acordo com ele, os principais líderes do partido já foram acionados e deverão tomar providências acerca do caso.
Conforme o deputado, até o vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), será comunicado da troca do comando da Funasa em Mato Grosso do Sul. “O PMDB não pode ficar do jeito que ficou, ou seja, levando uma bola nas costas como levou”, desabafou Geraldo. Ao falar sobre o comportamento do PT no Estado, ele chegou a questionar a validade da aliança nacional entre as duas legendas. “Que parceria é essa?”, disse. Para ele, o compromisso de manter a Funasa nas mãos do PMDB ultrapassa a rixa entre as legendas no Estado porque foi feito em âmbito nacional.

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Política

G20 Brasil: Grupo de economia digital aprova declaração sobre combate à desinformação

O documento aponta como prioritária a promoção de um ecossistema digital que seja robusto e sustentável, além de fomentar um ambiente de informação "diversificado e resiliente"

21/09/2024 22h00

G20 Brasil Divulgação

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O Grupo de Trabalho de economia digital do G20 aprovou uma declaração ministerial com quatro eixos centrais, entre elas a "integridade da informação", informou a Secretaria de Comunicação da Presidência da República. Foi a primeira elaboração sobre esse tema e com essa abrangência, que contou com negociações e aprovação de um órgão multilateral, de acordo com a Secom.

Os quatro eixos escolhidos foram: conectividade significativa, governo digital, inteligência artificial e integridade da informação. Além da declaração, o GT deve levar aportes sobre o tema à Cúpula de Líderes do G20, que acontece em novembro, no Rio de Janeiro, e reunirá representantes de todas as nações do grupo.

O documento aponta como prioritária a promoção de um ecossistema digital que seja robusto e sustentável, além de fomentar um ambiente de informação "diversificado e resiliente", conforme diz a nota de divulgação da Secom, por meio do acesso a informações independentes, factuais e baseadas em evidências, que combatam a desinformação.

Na avaliação do ministro da Secom, Paulo Pimenta, a entrada desse tema na agenda do G20 foi o reconhecimento de que é preciso atentar para os impactos da desinformação e dos discursos de ódio na sociedade. "O Brasil aposta numa abordagem abrangente, que promova o equilíbrio de direitos. Acreditamos no valor da informação e da transparência", disse.

Junto da declaração, o GT listou cinco eixos, construídos em parceria com a Unesco, que apontam "possíveis caminhos" para os governos abordarem o tema. São eles: o fortalecimento da resiliência da sociedade, o fomento ao desenvolvimento e a sustentabilidade de fontes de conteúdo, o aumento da transparência e responsabilidade e incentivo à pesquisa, o aperfeiçoamento da governança da integridade da informação e da capacidade institucional, e o incentivo e respeito à integridade da informação por parte dos agentes públicos e privados.

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Política

Kits de robótica: ex-assessor de Lira pede de volta R$ 107 mil que PF confiscou

A Procuradoria-Geral da República (PGR) foi contra a liberação dos valores

21/09/2024 21h00

Fabio Rodrigues Pozzebom - Agência Brasil

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A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) começou a julgar no plenário virtual recursos de investigados para resgatar valores apreendidos pela Polícia Federal no inquérito dos kits de robótica. São reivindicados R$ 3.799.840,00 e US$ 24 mil, além de cheques. O dinheiro foi encontrado pela PF em cofres, malas e mochilas durante as buscas na Operação Hefesto, em junho de 2023.

O ministro Gilmar Mendes é o relator do processo e abriu a votação. Ele já havia negado, em decisão individual, a devolução do dinheiro. O ministro manteve o posicionamento e defendeu que, por "cautela", os valores permaneçam depositados em uma conta judicial até que os investigados comprovem a origem.

"Como condição para liberação do dinheiro, os interessados deverão ingressar com ação cível contra a União e comprovar a origem lícita do numerário", defendeu o ministro.

Em seu voto, Gilmar argumenta que "o contexto de desvio de verbas públicas e a existência de dúvida razoável acerca da origem dos recursos, justificam a remessa das partes ao juízo cível, para que ali discutam sua titularidade".

A Procuradoria-Geral da República (PGR) foi contra a liberação dos valores. Em manifestação enviada ao STF, o órgão afirmou que a apreensão de altas somas de dinheiro vivo, no contexto da investigação sobre desvios de verbas públicas e lavagem de capitais, "suscita dúvidas razoáveis sobre a origem dos recursos e pressupõe um juízo de valor sobre a sua titularidade".

O julgamento foi aberto na sexta-feira, 20, e vai até o próximo dia 27. Integram a Segunda Turma, além de Gilmar Mendes, os ministros Edson Fachin, Dias Toffoli, André Mendonça e Kassio Nunes Marques.

O ex-assessor parlamentar Luciano Ferreira Cavalcante, e a mulher dele, Glaucia Cavalcante, pediram a restituição de R$ 107,5 mil. O motorista Wanderson Ribeiro Josino de Jesus requer a devolução de R$ 150 mil. O policial civil Murilo Sergio Juca Nogueira Junior busca recuperar R$ 3,5 milhões e US$ 24 mil, encontrados em um cofre.

A investigação se debruçou sobre suspeitas de desvios em contratos para a compra de kits de robótica para escolas municipais de Alagoas. O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e aliados entraram na mira da PF. O inquérito foi arquivado por Gilmar Mendes, que considerou que a apuração não poderia ter começado na primeira instância.

Bens apreendidos, como automóveis e computadores, foram devolvidos. O dinheiro em espécie encontrado pela PF, no entanto, permanece sob custódia da Justiça.

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