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LIVRE PARA COZINHAR

Projeto de chef famosa ajuda
mulheres vítimas de agressão

Projeto da chef Paola Carosella atende mulheres também privadas de liberdade

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Cozinheira por amor e ofício nos últimos seis anos. É esta a profissão que Maria José Ferreira Dantas aprendeu dentro do presídio feminino Irmã Irma Zorzi, em Campo Grande. Presa por tráfico de drogas por influência do ex-companheiro, dos sete anos em que esteve em regime fechado, a maioria deles foi passado à frente das panelas e do fogão.

“Minha profissão é essa, só que tipo assim, não que eu tenha registro ou...” tenta explicar Maria José, 44 anos. O “ou” é pela formação que ela não tinha, mas está prestes a conquistar. Semiprivada de liberdade, Maria está no regime semiaberto e tem passado o dia aprendendo sobre técnicas para se tornar auxiliar de cozinha no papel também. “O que precisa é ter amor, você tem que ter muito amor no que faz, principalmente na cozinha, porque não adianta nada cozinhar sem ter vontade, amor e carinho por aquilo ali”, ensina.

Sobre o passado, Maria José não tem problema em contar e até se surpreende quando as perguntas são voltadas às páginas da nova vida, como um caderno que ainda vai colecionar receitas da auxiliar de cozinha. A oficina que a formará em poucas aulas leva no currículo o nome da masterchef Paola Carosella, dentro do projeto Cozinha e Voz,  trazido para Mato Grosso do Sul pelo Tribunal de Justiça em parceria com o Senac, a Organização Internacional do Trabalho (OIT), o Ministério Público do Trabalho e a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel). Foi a juíza da Vara de Violência Doméstica e Familiar de Campo Grande, Jac­queline Machado, quem viu pelas redes sociais um vídeo da ação e se apaixonou pelo Cozinha e Voz. “Perguntei como faria para trazer para cá e fui atrás dos parceiros para viabilizar”, explica.


Em Campo Grande, são 20 mulheres que foram aprender uma nova profissão para deixar o passado para trás. “Pensei na possibilidade de dar parte das vagas para mulheres vítimas de violência e do sistema carcerário, porque sei que a maioria delas está nessa condição em razão de serem vítimas de violência doméstica também e se envolveram em algum delito em razão disso”, afirma Jacqueline.

O objetivo do curso é tirar mulheres da situação de vulnerabilidade de emprego, com qualificação e empoderamento. “Quando fiquei sabendo do curso, dei o maior show. Eu queria porque queria fazer”, brinca Maria José. Ela foi indicada para a Justiça e então selecionada justamente por sempre estar dentro da cozinha.

Sobre a fama da chef Paola Carosella, a futura auxiliar desconhece as participações dela em TV, mas quer aproveitar cada segundo de aprendizado. “Eu quero mostrar para todo mundo que eu consegui, por mais que eu estivesse naquele lugar, eu consegui”, comemora.

AULA COM A CHEF

Ao telefone, Paola Carosella conversou com o Correio do Estado – por conta de um problema de saúde, a vinda dela a Campo Grande foi adiada e a chef virá apenas para a formatura das alunas na oficina.

Longe de se ver como celebridade, Paola Carosella fala que na cozinha veste seu avental e ensina a cortar, ficar em pé, conversa sobre técnicas e a importância da postura. “Algumas pessoas querem tirar fotos, outras nem me conhecem”, comenta.

Com 27 anos de cozinha, a chef relata que vê como grande dificuldade dos restaurantes conseguir profissionais que tenham certo preparo.  “Eu faço parte deste projeto porque acredito nele como forma de levar possibilidades às pessoas e conhecimento que possa ajudá-las a ter uma inserção no mercado de trabalho e também garantir para aqueles que contratam que essas pessoas têm preparo”.

Ao fim da oficina, o que ficará é o empoderamento de quem participou estampado no sorriso, como da Maria José, transformada não só pela cozinha.  “Acho que o que transforma não é a cozinha, mas a possibilidade de elas serem livres, de conseguir uma vida digna por meio das suas próprias mãos. Se a cozinha é este ambiente? Pode ser que seja para alguns, não a vejo como ente transformador, mas vejo a possibilidade de fazer um trabalho no qual a pessoa possa se sentir dentro de um espaço, respeitado como qualquer outro ser humano”, finaliza Carosella.

 

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Gastronomia B+: Para a semana: Receita simples e sofisticada com massa negra e frutos do mar

Chef Tácito Cury mostra uma receita deliciosa para você fazer na sua casa e fala sobre os benefícios da massa negra.

24/11/2024 12h00

Gastronomia B+: Para a semana: Receita simples e sofisticada com massa negra e frutos do mar

Gastronomia B+: Para a semana: Receita simples e sofisticada com massa negra e frutos do mar Foto: Divulgação

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Um prato comum e muito amado no nosso país, incontestavelmente é o macarrão. A massa à base de trigo e ovos surgiu na China antiga, mas foi na Itália que desenvolveram a receita e os formatos que conhecemos hoje, após passar por diversas adaptações e culturas.

Formado na escola de gastronomia francesa Le Cordon Bleu como Chef de Pâtissier, Tácito é um grande amante da culinária, apaixonado por massas e doces. Uma de suas receitas favoritas é o macarrão preto, que tem variações na sua receita, podendo ser feito com tinta de lula - na região da Itália, Espanha e Japão -, e com batata e fécula de batata na Sicília.

A massa tem uma textura mais suave, além de contar com um sabor marinho sutil que traz leveza ao prato. “Eu gosto muito do macarrão preto, ele é diferente e muito saudável”, afirma o cozinheiro.

Veja a seguir uma das receitas preferidas do chef Tácito Cury com a massa preta:

Receita de Massa Negra com Frutos do Mar

Ingredientes:

Para a massa:

  • 250 g de massa negra (fettuccine ou tagliatelle)
  • Água e sal para cozinhar
  • Para os frutos do mar:
  • 300 g de camarões limpos
  • 300g de mexilhões
  • 200g de lula
  • 3 colheres de sopa de azeite de oliva
  • 2 dentes de alho picados
  • 1 cebola média picada
  • 100 ml de vinho branco
  • Alho poró a gosto
  • Sal e pimenta a gosto
  • Salsinha picada a gosto
  • Louro a gosto
  • Queijo parmesão ralado (opcional)

Modo de Preparo:

Cozinhar a Massa:

Em uma panela grande, ferva água com sal e folhas de louro. Adicione a massa negra e cozinhe de acordo com as instruções da embalagem, geralmente por 10 minutos. Reserve.

Preparar os frutos:

Em uma frigideira grande, aqueça o azeite de oliva em fogo médio.

Adicione a cebola,o alho e o alho poró, refogando até que fiquem transparentes.

Acrescente os camarões e cozinhe por cerca de 3 minutos, até que fiquem rosados. Reserve

Adicione a lula e refogue rapidamente para não ficar borrachuda. reserve

Em seguida, refogue os mexilhões, jogue o vinho branco e volte com o camarão e a lula misturando bem. Cozinhe por mais 3 minutos, até o vinho reduzir um pouco.

Tempere com sal, pimenta e salsinha picada.

Misturar:

Adicione a massa cozida à frigideira com os mariscos e misture bem para que a massa absorva os sabores.

Servir:

Sirva quente, polvilhado com queijo parmesão, se desejar.

Benefícios da Massa Negra:
"Rica em Antioxidantes: A tinta de lula contém antioxidantes que ajudam a combater os radicais livres no corpo. Fonte de Ômega-3: Esses ácidos graxos são benéficos para a saúde cardiovascular.
Baixo Teor Calórico: A massa negra é uma opção interessante para quem busca variar a alimentação sem aumentar a carga calórica".

Gastronomia B+: Para a semana: Receita simples e sofisticada com massa negra e frutos do marChef Tácito Cury mostra uma receita deliciosa para você fazer na sua casa e fala sobre os benefícios da massa negra - Divulgação

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Bioparque abre votação para nomear píton albina exótica resgatada em circo

Nomes são inspirados em personagens da literatura brasileira; saiba como votar

24/11/2024 09h00

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Capitu, Iracema ou Paraguaçu? Qual será o nome da nova moradora do maior circuito de aquários de água doce do mundo?

O Bioparque Pantanal quer que o público participe da escolha do nome da píton albina exótica fêmea, resgatada de um circo no interior de Mato Grosso do Sul, que será adaptada a um recinto no complexo de aquários.

A Python bivittatus tem 2,5 metros de comprimento, pesa 8kg e é de uma espécie originária do continente asiático, considerada exótica no Brasil. Essas serpentes habitam florestas tropicais úmidas, manguezais e planícies alagadas em países como Bangladesh, Camboja e Laos.

Além de se tratar de uma espécie que não pertence a nenhum dos biomas brasileiros, a píton passou por um processo de domesticação, e perdeu suas defesas naturais. Por esses fatores, ela não pode ser reinserida na natureza.

Para partipar da escolha do nome, basta acessar o perfil do Bioparque Pantanal no Instagram e votar na enquete publicada nos stories. Mas antes...

Saiba mais sobre os nomes

Capitu (Maria Capitolina de Pádua Santiago) é uma personagem do romance Dom Casmurro, de Machado de Assis. Ela é descrita como uma mulher enigmática, complexa e marcante.

Iracema é a protagonista do romance homônimo de José de Alencar. Iracema, uma indígena da etnia Tabajara, simboliza a união entre o mundo indígena e o colonizador europeu.

Paraguaçu é uma personagem histórica presente no poema épico Caramuru, de Frei José de Santa Rita Durão. Filha do cacique Taparica, Paraguaçu representa a aliança entre indígenas e europeus durante o processo de colonização.

Adaptação

O recinto que servirá de casa para o animal foi projetado de acordo com as normas do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), incluindo substrato adequado, plantas, toca, aquecedor, umidificador, pedra aquecida, lâmpadas uva e uvb e uma área úmida que simula o ambiente natural da espécie.

“Nosso trabalho no Bioparque Pantanal é garantir os mais altos níveis de bem-estar animal, proporcionando um ambiente que atenda às necessidades ambientais, fisiológicas e comportamentais da serpente. Mesmo sendo domesticada, buscamos estimular seus comportamentos naturais”, disse a bióloga-chefe do Bioparque e responsável pelo setor de bem-estar animal, Carla Kovalski.

 

O animal também será utilizado para a educação ambiental, um dos pilares de atuação do maior circuito de aquários de água doce do mundo.

“O Bioparque desempenha um papel primordial na Educação Ambiental e na conservação da biodiversidade, alinhando-se ao conceito moderno de aquários e zoológicos”, frisa a diretora. Ainda segundo ela, "as serpentes despertam grande curiosidade na população e têm um papel fundamental na ciência, na preservação do meio ambiente e no controle populacional de outras espécies”, explicou a diretora-geral do Bioparque Pantanal, Maria Fernanda Balestieri.

Saiba: Considerada uma das maiores espécies de serpentes do mundo, a píton pode atingir até oito metros de comprimento e pesar 100 kg na fase adulta.

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