Brasil

Genial/Quaest

Após encontro com Trump, 45% veem Lula mais forte e 30% mais fraco

Questionados sobre a possibilidade de um acordo para reduzir tarifas, 51% afirmaram acreditar que Lula e Trump chegarão a um entendimento

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A maioria dos brasileiros avaliou positivamente o desempenho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) após o encontro com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, segundo pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira, 12.

Para 45% dos entrevistados, o petista saiu mais forte politicamente da reunião com o ex-presidente norte-americano, enquanto 30% acreditam que ele ficou mais fraco. Para outros 10%, o presidente saiu igual e 15% não souberam ou preferiram não opinar.

O levantamento também mostrou otimismo quanto às relações comerciais entre os dois países. Questionados sobre a possibilidade de um acordo para reduzir tarifas, 51% afirmaram acreditar que Lula e Trump chegarão a um entendimento, ante 39% que consideram improvável uma convergência entre os dois líderes.

A reunião ocorreu no último dia 26, em Kuala Lumpur, na Malásia, onde ambos participaram como convidados da 47ª Cúpula de Líderes da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean).

Segurança pública

Em meio ao debate sobre o PL Antifacção e à repercussão da megaoperação policial no Rio de Janeiro, os brasileiros defendem medidas mais duras na área de segurança pública.

De acordo com pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta quarta-feira (12) 88% dos entrevistados afirmam que as penas deveriam ser mais altas, enquanto 73% defendem que organizações criminosas sejam classificadas como terroristas, principal ponto de divergência entre base governista e oposição.

A pesquisa mostra que o desejo por medidas mais duras é amplo. 65% dos brasileiros defendem retirar o direito de visita íntima de presos ligados a facções, e 60% apoiam a PEC da Segurança Pública, uma das principais apostas do governo Lula.

A proposta busca ampliar o papel do governo federal na formulação de políticas da área, mas enfrenta resistência de governadores. Já 52% dos entrevistados defendem que a responsabilidade pela segurança pública passe ao governo federal.

A população, no entanto, se divide sobre permitir que cada Estado tenha sua própria legislação sobre segurança (46% a favor e 48% contra). A facilitação do acesso a armas de fogo, por sua vez, é amplamente rejeitada: 70% são contra e apenas 26% a favor.

Como mostrou o Estadão, a megaoperação policial no Rio politizou o debate sobre segurança pública e antecipou o calendário eleitoral. Além da PEC da Segurança, o Planalto aposta no PL Antifacção, enviado à Câmara em 31 de outubro, para endurecer a legislação contra o crime organizado.

O texto está sob relatoria do deputado Guilherme Derrite (PP-SP), que se licenciou do cargo de secretário de Segurança Pública de São Paulo, na gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Derrite vinha sendo criticado após propor equiparar as condutas de facções criminosas às de grupos terroristas. A iniciativa, porém, encontra respaldo na opinião pública. Segundo a pesquisa, 73% dos brasileiros concordam que organizações criminosas deveriam ser tratadas como terroristas.

Nesta terça-feira, 11, porém, Derrite apresentou uma nova versão do texto e afirmou que não vai mais equiparar diretamente os crimes cometidos por facções aos de grupos terroristas. Houve também recuo em relação ao papel da Polícia Federal: o texto inicial reduzia o protagonismo da corporação no combate ao crime organizado, mas a nova versão mantém sua competência plena, sem restrições.

A pesquisa perguntou ainda quais medidas seriam mais eficazes para reduzir a violência. Em primeiro lugar aparece o endurecimento das leis, citado por 46% dos brasileiros, que defendem penas maiores, legislação mais rígida e que a Justiça deixe de soltar criminosos. Em segundo lugar vêm as ações voltadas à prevenção, como educação, oportunidades e políticas sociais, mencionadas por 27% dos entrevistados.

Consórcio de governadores divide a população

A violência é citada por 38% dos entrevistados como o principal problema do País. Não por acaso, governadores como Cláudio Castro (PL), do Rio de Janeiro; Ronaldo Caiado (União Brasil), de Goiás; Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais; e Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo criaram o chamado "Consórcio da Paz" para coordenar ações estaduais.

A iniciativa, porém, divide a opinião pública: 47% avaliam que se trata de uma ação política, enquanto 46% acreditam que o consórcio pode ajudar a reduzir a violência.

O levantamento foi realizado em meio à repercussão da megaoperação no Rio de Janeiro, que deixou 121 mortos, tornando-se a mais letal da história do Estado, e reacendeu o debate sobre a política de segurança pública. A ação contou com ampla aprovação popular: segundo a Quaest, 67% dos brasileiros disseram aprovar a operação, enquanto 25% a desaprovam e 8% não opinaram.

A pesquisa Genial/Quaest foi realizada entre os dias 6 e 9 de novembro, por meio de entrevistas presenciais. O levantamento ouviu 2.004 brasileiros com 16 anos ou mais em todas as regiões do País. A margem de erro é de dois pontos porcentuais, para mais ou para menos, dentro de um nível de confiança de 95%.

crime organizado

Alerj tem poder para tirar o deputado Bacellar da prisão

Presidente da Alerj foi preso nesta quarta-feira (3) durante operação da Polícia Federal para investigar o vazamento de informações sigilosas

04/12/2025 07h22

Rodrigo Bacellar, do União Brasil, foi flagrado com mais de R$ 90 mil em espécie em seu carro no momento da prisão

Rodrigo Bacellar, do União Brasil, foi flagrado com mais de R$ 90 mil em espécie em seu carro no momento da prisão

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A decisão sobre a manutenção ou revogação da prisão do presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Rodrigo Bacellar (União Brasil), deve ser tomada pela própria Casa nos próximos dias. A previsão é que o Legislativo fluminense seja notificado pela Justiça sobre o caso em até 24 horas. 

O deputado foi preso preventivamente na manhã desta quarta-feira (3) durante operação da Polícia Federal para investigar o vazamento de informações sigilosas.

O procedimento na Alerj tem sido o padrão nos últimos anos, depois de uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) em 2019. Na ocasião, a Corte definiu que as assembleias legislativas dos estados têm o poder para revogar a prisão de deputados estaduais, expandindo a estes as imunidades previstas para parlamentares federais no artigo 53 da Constituição.

Também ficou permitido às assembleias sustar ações penais abertas contra deputados estaduais. O Artigo 27, da Constituição, prevê que o deputado estadual tem direito às regras constitucionais sobre sistema eleitoral, inviolabilidade e imunidades previstas na Carta.

Com base nesse artigo, constituições estaduais reproduziram a regra, prevista no Artigo 53, que garante a deputados e senadores prisão somente em flagrante de crime inafiançável e referendada por sua casa legislativa.

Em 2017, Jorge Picciani foi solto pela Casa ao lado dos parlamentares Paulo Melo e Edson Albertassi. Em 2019, a Alerj soltou cinco deputados presos na Operação Furna da Onça.

Histórico de prisões
 

Bacellar não é o primeiro presidente da Alerj a ser preso desde a Constituição de 1988. Em 2017, Jorge Picciani (MDB) também foi preso quando ocupava o cargo mais alto do legislativo fluminense.

Na ocasião, ele foi preso junto com os deputados da mesma legenda, Paulo Melo e Edson Albertassi, no âmbito da Operação Cadeia Velha. Os três foram acusados de receber propinas para favorecer empresas de ônibus.

Em 2019, Picciani foi condenado pelo Tribunal Regional Federal da 2ª região a 21 anos de prisão. Ele morreu em 2021, em decorrência de um câncer na bexiga.

Além de Bacellar e Picciani, outros ex-presidentes da Alerj foram presos, mas quando não ocupavam mais o cargo de liderança da casa legislativa. É o caso do próprio Paulo Melo, preso junto com Picciani, que ocupou o cargo entre 2011 e 2013, e novamente entre 2013 e 2015.

Sérgio Cabral (MDB) presidiu a Alerj entre 1997 e 1999 e depois entre 1999 e 2001. Ele foi preso na Operação Lava-Jato em 2016. Cabral foi acusado de liderar uma organização criminosa que fraudava licitações e cobrava propinas.

Ele também foi governador do Rio de Janeiro entre 2007 e 2014. Foram várias condenações no contexto da Lava Jato, com penas somadas que ultrapassaram 390 anos. Em 2024, a Justiça anulou três condenações, fazendo com que as ações fossem redistribuídas.

José Nader (PTB) comandou a Alerj entre 1991 e 1992, e depois entre 1993 e 1994. Em 2005, ele foi preso em Tocantins acusado de pesca predatória e porte ilegal de armas. Em 2008, foi um dos alvos da Operação Passárgada da Polícia Federal. Foi indiciado por corrupção passiva, formação de quadrilha, peculato e advocacia administrativa. Morreu em 2015, depois de sofrer um acidente vascular cerebral (AVC).

Educação

Finep destina R$ 1,27 bi para obras e investimentos em universidades e centros de pesquisa

Os repasses serão resultado de três Ações Públicas

03/12/2025 22h00

Divulgação

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A Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) repassará R$ 1,27 bilhão para ampliar e modernizar a infraestrutura de universidades e centros de pesquisa. O total corresponde ao resultado de editais que tiveram os contemplados definidos há uma semana - e só agora divulgados.

Os recursos financiarão obras em laboratórios, construção e adaptação de novas instalações e a compra de equipamentos de médio e grande porte, com impacto direto na capacidade de pesquisa e na execução de projetos estratégicos.

Os repasses serão resultado de três Ações Públicas - duas Chamadas Públicas e uma Carta Convite. A Chamada 'Proinfra 2024 - Expansão' recebeu R$ 500 milhões para 67 subprojetos selecionados a partir de 39 propostas.

Os investimentos incluem obras estruturais de maior complexidade e aquisição de máquinas laboratoriais, incluindo itens de grande porte. Norte, Nordeste e Centro-Oeste ficaram com 39,7% do total destinado, em linha com a política de redução de assimetrias regionais.

Na Chamada 'Proinfra - Desenvolvimento Regional (NNECO 2024)', foram aprovados 127 subprojetos, com aporte de R$ 597 milhões do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT).

O Nordeste foi a região mais contemplada, com R$ 361,8 milhões em 79 subprojetos voltados à expansão física de laboratórios e implantação de novas unidades de pesquisa. Centro-Oeste e Norte receberam R$ 164,7 milhões e R$ 70,3 milhões, respectivamente.

Já a Carta Convite 'CT-Infra IFES 2025' contemplou 100 subprojetos, com até R$ 174,8 milhões para manutenção corretiva e preventiva de equipamentos em universidades federais e instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica.

De acordo com a Finep, a ação possibilita recuperar estruturas existentes, prolongar a vida útil de equipamentos e assegurar continuidade das atividades de pesquisa e ensino.

Para o diretor de Desenvolvimento Científico e Tecnológico da Finep, Carlos Alberto Aragão, o conjunto de ações representa reforço estrutural relevante.

"Essas iniciativas são fundamentais para viabilizar projetos de pesquisa de grande relevância para o desenvolvimento do País. Trata-se de um investimento que fortalece a infraestrutura científica e tecnológica nacional e contribui para reduzir desigualdades regionais", afirmou.

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