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caçada ao cv

Delegado tem perna amputada e outros 3 policiais seguem em estado grave

Comando da Polícia Civil não libera detalhes sobre os três policiais que estão internados, somente do delegado

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Um delegado que participou da megaoperação da última terça-feira, 28, na zona norte do Rio de Janeiro, teve a perna amputada depois de ser baleado durante a ofensiva policial. A situação do agente foi informada durante coletiva de imprensa nesta sexta-feira, 31, com o secretário de Polícia Civil, Felipe Curi, o secretario de Segurança, Victor Santos.

"Delegado perdeu a perna, tem três colegas em estado grave, estado crítico", disse Santos sobre policiais feridos na operação. Ele não deu mais informações sobre o estado de saúde e a identidade dos agentes. Procurada, a Polícia Civil disse que não tinha autorização para dar detalhes da situação dos envolvidos.

O delegado que perdeu a perna é Bernardo Leal Annes Dias. Colegas e amigos do agente usaram as redes sociais para prestar apoio ao policial e uma campanha de doação de sangue foi aberta para ajudar o agente no tratamento médico.

"Vamos ajudar o Bernardo! Ele foi um dia meu aluno, hoje é Delegado de Polícia. Lutando por nós, pela segurança do nosso Estado, foi atingido", disse a promotora de Justiça e professora de direito penal, Claudia Barros, em uma publicação no Instagram

O também delegado André Neves, Diretor do Departamento Geral de Polícia, postou uma foto ao lado de Bernardo e escreveu uma mensagem torcendo pela melhora do amigo. "Você vai sair gigante dessa batalha. Sua força e coragem representam o melhor da nossa Polícia Civil".

Batizada de Contenção, a megaoperação policial ocorreu nos complexos da Penha e do Alemão e mirou lideranças do Comando Vermelho. Ao menos 121 pessoas morreram, sendo quatro policiais - dois civis e dois militares.

Segundo o Coronel Marcelo de Menezes, da PM, em entrevista coletiva concedida para a imprensa nesta semana, outros 12 ficaram feridos. Os criminosos reagiram as incursões policiais, com tiros de fuzil e até lançamento de granada por drones.

Os polícias que foram vítimas da operação são Heber Carvalho da Fonseca, que era sargento do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope). Ele foi atingido durante o confronto e levado para o Hospital Getúlio Vargas, mas não resistiu.

O sargento Cleiton Serafim Gonçalves, de 42 anos, também do Bope, e os policiais civis Marcos Vinicius Cardoso Carvalho, 51, e Rodrigo Velloso Cabral, 34, foram os outros três agentes que morreram nas incursões.

Conforme as autoridades de segurança do governo do Rio de Janeiro, todos os outros 117 mortos tinham ligação com o crime organizado e com tráfico de drogas. Ao todo, a operação prendeu 113 suspeitos e apreendeu 91 fuzis.

Ainda segundo a polícia, dos 99 mortos já identificados, 42 possuíam mandados de prisão pendentes e ao menos 78 tinham "extenso histórico criminal". Todos os corpos já foram periciados e, até a última atualização, 89 haviam sido liberados para retirada pelos familiares.
 

crime organizado

Alerj tem poder para tirar o deputado Bacellar da prisão

Presidente da Alerj foi preso nesta quarta-feira (3) durante operação da Polícia Federal para investigar o vazamento de informações sigilosas

04/12/2025 07h22

Rodrigo Bacellar, do União Brasil, foi flagrado com mais de R$ 90 mil em espécie em seu carro no momento da prisão

Rodrigo Bacellar, do União Brasil, foi flagrado com mais de R$ 90 mil em espécie em seu carro no momento da prisão

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A decisão sobre a manutenção ou revogação da prisão do presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Rodrigo Bacellar (União Brasil), deve ser tomada pela própria Casa nos próximos dias. A previsão é que o Legislativo fluminense seja notificado pela Justiça sobre o caso em até 24 horas. 

O deputado foi preso preventivamente na manhã desta quarta-feira (3) durante operação da Polícia Federal para investigar o vazamento de informações sigilosas.

O procedimento na Alerj tem sido o padrão nos últimos anos, depois de uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) em 2019. Na ocasião, a Corte definiu que as assembleias legislativas dos estados têm o poder para revogar a prisão de deputados estaduais, expandindo a estes as imunidades previstas para parlamentares federais no artigo 53 da Constituição.

Também ficou permitido às assembleias sustar ações penais abertas contra deputados estaduais. O Artigo 27, da Constituição, prevê que o deputado estadual tem direito às regras constitucionais sobre sistema eleitoral, inviolabilidade e imunidades previstas na Carta.

Com base nesse artigo, constituições estaduais reproduziram a regra, prevista no Artigo 53, que garante a deputados e senadores prisão somente em flagrante de crime inafiançável e referendada por sua casa legislativa.

Em 2017, Jorge Picciani foi solto pela Casa ao lado dos parlamentares Paulo Melo e Edson Albertassi. Em 2019, a Alerj soltou cinco deputados presos na Operação Furna da Onça.

Histórico de prisões
 

Bacellar não é o primeiro presidente da Alerj a ser preso desde a Constituição de 1988. Em 2017, Jorge Picciani (MDB) também foi preso quando ocupava o cargo mais alto do legislativo fluminense.

Na ocasião, ele foi preso junto com os deputados da mesma legenda, Paulo Melo e Edson Albertassi, no âmbito da Operação Cadeia Velha. Os três foram acusados de receber propinas para favorecer empresas de ônibus.

Em 2019, Picciani foi condenado pelo Tribunal Regional Federal da 2ª região a 21 anos de prisão. Ele morreu em 2021, em decorrência de um câncer na bexiga.

Além de Bacellar e Picciani, outros ex-presidentes da Alerj foram presos, mas quando não ocupavam mais o cargo de liderança da casa legislativa. É o caso do próprio Paulo Melo, preso junto com Picciani, que ocupou o cargo entre 2011 e 2013, e novamente entre 2013 e 2015.

Sérgio Cabral (MDB) presidiu a Alerj entre 1997 e 1999 e depois entre 1999 e 2001. Ele foi preso na Operação Lava-Jato em 2016. Cabral foi acusado de liderar uma organização criminosa que fraudava licitações e cobrava propinas.

Ele também foi governador do Rio de Janeiro entre 2007 e 2014. Foram várias condenações no contexto da Lava Jato, com penas somadas que ultrapassaram 390 anos. Em 2024, a Justiça anulou três condenações, fazendo com que as ações fossem redistribuídas.

José Nader (PTB) comandou a Alerj entre 1991 e 1992, e depois entre 1993 e 1994. Em 2005, ele foi preso em Tocantins acusado de pesca predatória e porte ilegal de armas. Em 2008, foi um dos alvos da Operação Passárgada da Polícia Federal. Foi indiciado por corrupção passiva, formação de quadrilha, peculato e advocacia administrativa. Morreu em 2015, depois de sofrer um acidente vascular cerebral (AVC).

Educação

Finep destina R$ 1,27 bi para obras e investimentos em universidades e centros de pesquisa

Os repasses serão resultado de três Ações Públicas

03/12/2025 22h00

Divulgação

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A Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) repassará R$ 1,27 bilhão para ampliar e modernizar a infraestrutura de universidades e centros de pesquisa. O total corresponde ao resultado de editais que tiveram os contemplados definidos há uma semana - e só agora divulgados.

Os recursos financiarão obras em laboratórios, construção e adaptação de novas instalações e a compra de equipamentos de médio e grande porte, com impacto direto na capacidade de pesquisa e na execução de projetos estratégicos.

Os repasses serão resultado de três Ações Públicas - duas Chamadas Públicas e uma Carta Convite. A Chamada 'Proinfra 2024 - Expansão' recebeu R$ 500 milhões para 67 subprojetos selecionados a partir de 39 propostas.

Os investimentos incluem obras estruturais de maior complexidade e aquisição de máquinas laboratoriais, incluindo itens de grande porte. Norte, Nordeste e Centro-Oeste ficaram com 39,7% do total destinado, em linha com a política de redução de assimetrias regionais.

Na Chamada 'Proinfra - Desenvolvimento Regional (NNECO 2024)', foram aprovados 127 subprojetos, com aporte de R$ 597 milhões do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT).

O Nordeste foi a região mais contemplada, com R$ 361,8 milhões em 79 subprojetos voltados à expansão física de laboratórios e implantação de novas unidades de pesquisa. Centro-Oeste e Norte receberam R$ 164,7 milhões e R$ 70,3 milhões, respectivamente.

Já a Carta Convite 'CT-Infra IFES 2025' contemplou 100 subprojetos, com até R$ 174,8 milhões para manutenção corretiva e preventiva de equipamentos em universidades federais e instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica.

De acordo com a Finep, a ação possibilita recuperar estruturas existentes, prolongar a vida útil de equipamentos e assegurar continuidade das atividades de pesquisa e ensino.

Para o diretor de Desenvolvimento Científico e Tecnológico da Finep, Carlos Alberto Aragão, o conjunto de ações representa reforço estrutural relevante.

"Essas iniciativas são fundamentais para viabilizar projetos de pesquisa de grande relevância para o desenvolvimento do País. Trata-se de um investimento que fortalece a infraestrutura científica e tecnológica nacional e contribui para reduzir desigualdades regionais", afirmou.

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