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Supremo já condenou 265 investigados pelo 8 de janeiro

Corte também contabiliza quatro absolvições

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O Supremo Tribunal Federal (STF) divulgou nesta sexta-feira (8) o balanço parcial das condenações de envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.

Até o momento, a Corte condenou 265 acusados pelos crimes de associação criminosa armada, dano qualificado, deterioração do patrimônio tombado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e tentativa de golpe de Estado. As condenações variam entre 15 e 17 anos de prisão.

A Corte também contabiliza quatro absolvições.

Foram assinados 476 acordos de não persecução penal. O acordo permite que os acusados que não participaram diretamente dos atos de depredação do Congresso, do Palácio do Planalto e do Supremo não sejam condenados.

Nesses casos,  eles deverão prestar serviços à comunidade, pagar multas que variam entre R$ 1 mil e R$ 5 mil, cumprir proibição de uso das redes sociais e participar de um curso com o tema Democracia, Estado de Direito e Golpe de Estado.

Os investigados que participaram dos atos de depredação Supremo não terão direito ao benefício e irão a julgamento na Corte.

Pelo acordo de não persecução penal (ANPP), acusados de crimes cometidos sem violência ou grave ameaça e com pena mínima de quatro anos podem confessar os crimes em troca de medidas diversas da prisão.

CRIME ORGANIZADO

Morre motorista de aplicativo atingido durante ataque no aeroporto de Guarulhos

Celso Araújo Sampaio de Novais, de 41 anos, foi atingido nas costas por um tiro de fuzil e ficou internado na UTI do Hospital Geral de Guarulhos.

11/11/2024 07h23

Celso Novais tinha 41 anos e deve ser sepultado nesta segunda-feira. ELe não tinha nenhuma relação com os autores ou vítima do crime

Celso Novais tinha 41 anos e deve ser sepultado nesta segunda-feira. ELe não tinha nenhuma relação com os autores ou vítima do crime

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Morreu na noite de sábado (9) o motorista de aplicativo que foi atingido durante o ataque no terminal 2 do Aeroporto Internacional de Guarulhos na sexta (8).

A morte de Celso Araújo Sampaio de Novais, de 41 anos, foi confirmada pela Polícia Civil. Ele foi atingido nas costas e ficou internado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Hospital Geral de Guarulhos.

O alvo dos disparos era o empresário Antônio Vinicius Lopes Gritzbach, 38, que morreu no local e havia sido jurado de morte pela facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital). Ele era suspeito de ter ordenado o assassinato de dois integrantes do grupo, e tinha fechado um acordo de delação premiada.

Além do motorista de aplicativo, que não possuía relação com o alvo do ataque, outra pessoa atingida permanece no Hospital Geral. Uma mulher de 28 anos também ficou ferida durante a ação, mas foi liberada após atendimento médico.

Segundo familiares, Celso estava no terminal 2 porque aquele era seu ponto preferido do aeroporto para pegar passageiros. Ele trabalhava como motorista de aplicativo havia dez anos, disse sua mulher, Simone Dionízia Fernandes Novais.

Ela contou para a reportagem a rotina do marido, que saía para trabalhar todos os dias às 7h. Pai de três filhos homens de 20, 13 e 3 anos, ele retornava para casa apenas ao cair da noite, por volta das 22h. "Tinha que brigar com ele para voltar. Às vezes nem comer ele comia, ligava para saber se havia almoçado" disse Simone.

Ele respondia que tinha contas a pagar, por isso o excesso de trabalho.

O filho mais novo do casal foi adotado quando tinha seis meses, e era muito apegado ao pai, disse a mulher. "Amor de alma".
Ela lembrou a felicidade diária do marido, principalmente ao cozinhar, algo que era aguardado pela família. "Ele adorava cozinhar, a gente fazia festa".

Segundo o colega de trabalho e amigo de Celso Vinícius Bernardi, 34, o motorista trabalhava atendendo passageiros em toda região de São Paulo. Ele foi atingido nas costas e perdeu um rim e metade do fígado devido ao ferimento causado por uma bala de fuzil.

Celso chegou a enviar um vídeo para a esposa de dentro da ambulância para avisar que tinha sido baleado.

Simone disse que depois de receber o vídeo, tentou falar com o marido, mas não conseguiu. Um amigo dele que o acompanhou na ambulância contou para ela o que tinha acontecido. Quando ela chegou ao hospital, ele já estava inconsciente.

Celso perdeu muito sangue e chegou a passar por uma cirurgia antes da morte ser confirmada.

Simone e outros familiares compareceram ao ao Instituto Médico Legal de Guarulhos neste domingo (10) para liberar o corpo. O enterro deve acontecer nesta segunda (11).

A irmã de Celso, Juliana Araújo Sampaio de Novais, 43, disse que assistia à TV quando soube de uma pessoa baleada em Guarulhos. Ela se preocupou por saber que o motorista ficava naquela região.

Ela e a mãe enfrentaram mais de 20 horas de viagem de ônibus. Chorando, ela disse que os familiares não tiveram nenhum amparo do poder público.

A mesma tristeza, classificada como revolta, tomava a esposa. "Não recebi nenhum telefonema". Ela afirmou que enquanto davam destaque para a morte de Gritzbach, se esqueciam de um trabalhador internado.

Em nota, o DHPP (Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção a Pessoa) disse investigar as mortes. Até o momento, não há informações sobre prisões relacionadas ao caso, nem suspeitos identificados.
 

Gritzbach era escoltado por policiais militares quando aconteceu o ataque. Eles prestaram depoimento à Polícia Civil e foram afastados das atividades operacionais durante as investigações.

Os agentes prestavam serviço de segurança particular ao empresário.

Os dois carros utilizados pela escolta da vítima e um terceiro, supostamente usado pelos atiradores, foram apreendidos e passaram por perícia, assim como os celulares dos integrantes da escolta e da namorada do empresário.
 

(Informações da Folhapress)

Brasil

Equipe do Brasil ganha prêmio por filtro detector de microplástico

Produto identifica e retém plásticos presentes na água

09/11/2024 23h00

Equipe do Brasil ganha prêmio por filtro detector de microplástico

Equipe do Brasil ganha prêmio por filtro detector de microplástico Divulgação

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O projeto de um filtro ecológico que detecta e retira microplásticos e nanoplásticos de filtros domésticos foi o ganhador da medalha de ouro na categoria de Biorremediação do iGEM, competição global criada em 2003 pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT).

Desenvolvido por pesquisadores do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), de São José dos Campos, interior paulista, o B.A.R.B.I.E. 4.0, é composto por uma matriz biológica que utiliza a principal proteína presente na teia de aranhas acoplada a proteínas de ligação ao plástico e a um biossensor para detectar o material na água.

O CNPEM já depositou uma patente para proteger a invenção da proteína BARBIE1, aplicada tanto no biossensor quanto no Eco-filtro.

“O filtro ainda está no estágio de desenvolvimento. Nós desenhamos essa proteína que tem capacidade aumentada de se ligar em diferentes microplásticos que são contaminantes e que acabam indo para a água. Essa proteína tem a capacidade de formar um hidrogel que tem a capacidade de filtrar e combinado com essa proteína Barbie, tem uma capacidade ainda mais alta para filtrar esses microplásticos e nano plásticos, que são partículas muito pequenas de plástico que são geradas pela degradação do plástico, principalmente aquele que é descartado de forma errada”, explicou a pesquisadora do CNPEM e responsável pelo projeto, Gabriela Persinoti.

Segundo Gabriela, a ideia é usar os filtros convencionais já utilizados nas residências e adicionar esses novos dispositivos no final do filtro. Desta forma, primeiro são filtradas partículas maiores, e depois os microplásticos. A percepção de que essas partículas, quando ingeridas, podem se alojar em partes do organismo é recente e ainda não há regulamentação no Brasil da quantidade tolerada.

“No Brasil ainda não existe regulamentação sobre a quantidade máxima de microplástico que pode haver na água, então esse projeto é muito importante para investirmos tanto na regulamentação quanto na filtragem. O problema das micro e nano partículas está bem na fronteira do conhecimento, então é importante discutirmos isso com entidades regulatórias e cientistas para propormos soluções e a regulamentação disso, para evitarmos problemas de saúde futuros devido ao acúmulo dessas substâncias no corpo”, afirmou.

A cientista disse que ainda que não há previsão para que a tecnologia entre no mercado porque ainda é necessário ampliar os testes com os outros plásticos para ter uma robustez maior. Por enquanto os testes foram feitos com plástico utilizado para fazer o isopor. Depois desses testes será possível elaborar mais protótipos e chegar ao produto final a ser distribuído para o mercado.

Barbie

Desenvolvido por pesquisadores do CNPEM (Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais), estagiários, e estudantes de pós-graduação e da Ilum Escola de Ciência, o projeto ganhou o nome de BARBIE 4.0 porque forma, em inglês, a sigla: Bioengineered Aquatic Pollutants Removal and Biosensing through Integrated Eco-filter (Remoção de Poluentes Aquáticos por Bioengenharia e Biossensorização por meio de filtro Ecológico Integrado).

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