Cidades

tragédia

Acidente com ônibus mata
49 pessoas em Santa Catarina

Em boletim das 6h deste domingo, Secretaria confirma 49 mortos no IML

G1

15/03/2015 - 07h54
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Os 49 corpos do acidente de ônibus na Serra Dona Francisca, no Norte de Santa Catarina, que estão no Instituto Médico Legal (IML) de Joinville serão encaminhados para União da Vitória, no Paraná, logo pela manhã deste domingo (15), informou a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional (SDR) de Joinville.

Entre as vítimas há 8 crianças, 3 adolescentes e 38 adultos. É a maior tragédia rodoviária do estado. O grupo de passageiros saiu de cidade no Paraná e ia a um evento religioso.

O veículo caiu em uma ribanceira de aproximadamente 400 metros em Joinville no km 89 da SC-418 no fim da tarde de sábado (14).

Segundo a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional de Joinville, o grupo saiu de União da Vitória e atravessava Santa Catarina para ir até um evento religioso em Guaratuba, também no Paraná.

No início da manhã deste domingo, foram retomadas as buscas por mais vítimas do acidente. Conforme a Secretaria, existe a possibilidade de que haja corpos embaixo do ônibus e na mata.

Às 13h, os peritos do Instituto Geral de Perícias (IGP) farão levantamento do local do acidente. Depois de liberado o local, o ônibus poderá ser retirado e encaminhado ao pátio da Polícia Rodoviária Estadual, em Campo Alegre, onde ficará retido para perícia.

Esta já é considerada a maior tragédia rodoviária registrada em Santa Catarina em número de mortes, superando o acidente com um ônibus argentino, em 2000, que matou 42 pessoas.

Até 7h50 deste domingo, havia 54 nomes de passageiros identificados e cinco pessoas com nomenclatura ainda não identificada. Oficialmente, são 49 mortos.

Lista de óbitos confirmados pelo IML

Anderson Celis Junior

André Luiz Carvalho

Assinara A de Oliveira

Camile Araújo Sieves

Carlos Alberto de Almeida

Cérgio Antonio da Costa (motorista)

Conrado Schier Filho

Darci Crespo Linhares

Deornirce Margarete Fontana Lima

Hildo L. de Souza

Janaina Darcley Ribeiro de Lima

Lariana Regina Vieira

Luiz Cesar Araújo

Maria Anisia Kutianski Agostini

Marise Antunes da Conceição Schier

Marli Terezinha Ribeiro

Mateus Costa

Melissa Jane Da Silva

Renan R. Chrisostemo

Roseli Chrisostemo

Sandra Jiliane Costa

Sônia Regina Vieira

Terezinha D. Carvalho

Thiago Roberto Barbosa

Wesley Araujo Sieves

 

Lista de passageiros confirmados que aguardam identificação

Alan P Schneider

Dalton Ribeiro

Dionilei M. Lima

Eloisa dos Santos de Almeida

Flávio Ribeiro

Glória Podstaya

Gustavo Felipe Serafim Aquino

Idelzina A. P. Aguiar

João Antônio M. Soares

Juliane Siqueira

Ketelin V. de Souza Ramos

Lenice Aparecida Miranda

Lucélia Soares

Maria D. Souza

Mariza Pinto

Osvaldir Silves

Rejane de Fátima Araújo

Renan Araújo

Ricardo Araújo

Selma Carolina Schneider

Tereza Fernandes Sins

Leonilda Alves dos Santos

Movidos para hospitais

Danrlei Crespo Linhares (São José)

Elton Jhon de Almeida (São José)

Lucas K. Vieira (São José)

Rosangela Crespo Linhares (São José)

Alexo de Lima Zenere (Dona Helena)

Alana Pires (Dona Helena)

Elis Cristina Mazur (Dona Helena)

O acidente
O motorista do ônibus, com placas de União da Vitória, no Paraná, teria perdido o controle do veículo em uma curva. O local do acidente fica próximo a um mirante na região turística conhecida como Serra Dona Francisca.

Segundo a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional de Joinville, o grupo saiu de União da Vitória e atravessava Santa Catarina para ir até um evento religioso em Guaratuba, também no Paraná.

Resgate
Equipes trabalham desde o fim da tarde de sábado (14) no resgate de feridos. Pelo menos 15 viaturas e ambulâncias foram mobilizadas no local, mas as equipes enfrentaram dificuldades por conta da escuridão e pela falta de sinal de rádio e celular no local.

O grupo de Bombeiros Voluntários de Joinville se reuniu para organizar uma operação de resgate que deve atravessar a madrugada.

O trânsito permaneceu interditado nos dois sentidos para os trabalhos de resgate até o fim da noite. O ônibus deve ser retirado na manhã deste domingo (15), conforme o governo do estado.

Mensagem do governador
O governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo, acompanha as ações de resgate e postou uma mensagem de solidariedade aos profissionais e às famílias das vítimas em uma rede social.

"A maior tragédia de trânsito da história de Santa Catarina. Policiais, bombeiros, técnicos do IGP, reforçamos todas as equipes. Nossos irmãos paranaenses, de modo muito especial os familiares, recebam nossos sentimentos de dor e pesar nesse momento tão triste. #‎Tristeza‬ ‪#‎Solidariedade‬ ‪#‎Paraná‬ ‪#‎SantaCatarina‬", escreveu Colombo.

Ajuda de motoristas
Segundo relato da repórter da RBS TV Marjorie Caturani, que chegou ao local instantes após o acidente, motoristas de outros veículos tentaram descer a ribanceira para tentar prestar socorro aos passageiros do ônibus. Muitas das vítimas resgatadas com vida estavam desacordadas.

Inquérito
O delegado Rodrigo Bueno Gusso afirmou que um inquérito já foi aberto para apurar as causas do acidente. Ele foi até o local, mas uma perícia deve ser feita no veículo.

Gusso também não descarta a possibilidade de ouvir os sobreviventes, quando tiverem se recuperado.  Ele também vai aguardar os exames no corpo do motorista, para saber se pode ter tido algum mal súbito. O resultado da investigação será encaminho para a Polícia Civil de Trânsito.

baixa adesão

Fundo Pantanal indeniza desde banqueiro a gigante do Agro

Mas, o Programa que disponibilizou R$ 40 milhões está repassando aos proprietários pantaneiros menos de 10% do previsto para 2025

13/12/2025 12h30

O tuiuiú é considerada a ave-símbolo do Pantanal, mas também pode ser encontrada bem longe deste bioma

O tuiuiú é considerada a ave-símbolo do Pantanal, mas também pode ser encontrada bem longe deste bioma Bruno Rezende/Secom

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Na lista dos 45 proprietários de terras do Pantanal que receberão recursos do Fundo Clima Pantanal, um programa que indeniza fazendeiros que preservam áreas mais amplas do que aquilo que determina a legislação, aparecem desde fazendeiros tradicionais a banqueiros e gigantes do agronegócio.

Mas, conforme publicação do diário oficial do Governo do Estado desta sexta-feira (12) a adesão ficou abaixo do esperado e menos de 10% das verbas disponíveis serão distribuídas no primeiro ano do programa, criado principalmente para combater o desmatamento.

Entre os contemplados, com R$ 100 mil, está Tereza Bracher, esposa do ex-presidente do Itaú Unibanco, Cândido Bracher. A família vair receber a indenização por estar preservando em uma de suas fazendas pantaneiras quase seis mil hectares acima do estipulado pela legislação. 

Com patrimônio estimado na casa dos R$ 15 bilhões, Cândido Bracher foi CEO do Itaú Unibanco entre abril de 2017 e janeiro de 2021. Atualmente,  hoje é integrante do Conselho de Administração da instituição financeira, que fechou 2024 com lucro de R$ 40 bilhões. 

E a banqueira ainda buscou indenização em uma segunda fazenda no Pantanal,  mas foi desclassificada por ter sido enquadrada no item 8.6 das normas que regulamentam a distribuição dos R$ 40 milhões do Fundo.

Este item diz que não pode ser contemplado que  estiver com irregularidades no Cadastro Ambiental Rural (CAR) ou por estar com passivos ambientais não declarados ou que não estejam cumprindo termos de compromisso de recuperação de áreas degradadas.

Em maio deste ano o Ministério Público abriu investigação para apurar suposta omissão do banqueiro em um megaincêndio que destruiu mais de 52 mil hectares em julho de 2024 no Pantanal da Nhecolândia. O fogo teria começado na Fazenda Tupanceretã, de 25 mil hectares, pertecence à família. 

Tereza Bracher também aparece como contemplada indireta em uma outra propriedade. Ela é uma das integrantes da Associação Onçafari, entidade que vai receber pouco mais de R$ 45 mil de indenização pela preservação de 824 hectares de vegetação nativa.

Esta associação, que adquiriu milhares de hectares no Pantanal para criar uma espécie de corredor ecológico que possibilite procriação de onças-pintadas, conseguiu cerca de R$ 180 milhões com filantropos para a criação de reservas privadas no Pantanal. Teresa Bracher é uma destas doadoras. 

Mas, os banqueiros não são os únicos bilionários que aparecem na lista. Outra contemplada é a SLC Agronegócios, uma fazenda dedicada à criação de bovinos no município de Corumbá.  Os bilionários donos desta fazenda receberão R$ 100 mil do Fundo Pantanal por preservarem pouco mais de 3,7 mil hectares. 

A fazenda pertence ao grupo que se apresenta como um dos maiores produtores de commodities agrícolas do país. Possui cerca de 733 mil hectares de área plantada em sete estados. Além de Corumbá, o grupo também produz em fazendas em Cassilância, Chapadão do Sul e Sonora. 

A SLC produz algodão, milho e soja e se dedica à criação de gado, além de ser uma das grandes produtoras de sementes destas cultura.Ela foi uma das primeiras empresas do agronegócio a ter ações negociadas em Bolsa de Valores de São Paulo, a BR.

A famosa Fazenda Bodoquena, de cerca de 77 mil hectares e conhecida por concentrar até 40 mil bonivos, também aparece na relação daqueles que receberão indenização. Neste caso, serão apenas R$ 39 mil, uma vez que atestou estar fazendo preservação extra de 705 hectares de vegetação. 

A fazenda pertence ao Grupo Votorantim, que há mais de sete décadas também atua na produção de cimento em Corumbá, no coração do Pantanal. O grupo é controlado pelos familiareas de Antônio Ermírio de Moraes, um dos rostos mais conhecidos do bilionário clã. Ele morreu em 2014. A família é considerada a terceira mais rica do país, com patrimônio estimado em 15,4 bilhões de dólares, ficando atrás somente das famílias Marinho e Safra.

Mas, nesta lista dos contemplados também aparecem fazendeiros "comuns",  para os quais a indenização de até R$ 100 mil fará alguma diferença. Esté é o caso de Timotheo Reis Proença, que já presidiu o sindicato rural de Aquidauana. Ele cadastrou 1,28 mil hectares como preservação extra e por conta disso receberá R$ 71 mil. 

BAIXA ADESÃO

Ao todo, segundo o Governo do Estado, estão sendo  indenizados 126 mil hectares, o que está garantindo repasse da ordem de R$ 3,25 milhões aos proprietários. 

O valor é praticamente o mesmo ao que está sendo repassado a três ONGs que dizem atuar no combate a incêndios e no tratamento de animais silvestres atingidos pelas queimadas no Pantanal. 

Dos R$ 40 milhões, R$ 1,438 milhão foi destinado ao Instituto Homem Pantaneiro (IHP), R$ 996 mil para o instituto SOS Pantanal e R$ 497,5 mil para o IPCTB - Instituto de Pesquisa e Conservação de Tamanduás no Brasil. 

Somados, os repasses às ONGs chegam R$ 2,931 milhões, o que equivale a 7,3% dos R$ 40 milhões anunciados pelo Governo do Estado ao Fundo Pantanal para o primeiro ano de vigência do programa. 

O valor repassado aos proprietários rurais ficou longe daquilo que estava previsto por conta da baixa adesão. Na primeira chamada foram recebidas apenas 71 inscrições de imóveis rurais localizados no Bioma Pantanal. E, após análise dos documentos,  45 propriedades conseguiram cumprir as exigências. 

Mesmo assim, o secretário Jaime Verruck, da Semadesc, comemora os resultados. “O PSA Pantanal demonstra que é possível alinhar desenvolvimento econômico e preservação ambiental. Estamos criando um modelo em que o produtor rural passa a ser reconhecido como parceiro estratégico na proteção do bioma, recebendo por um serviço ambiental que beneficia toda a sociedade”, afirmou. Segundo ele, o programa também fortalece a imagem de Mato Grosso do Sul como referência nacional em sustentabilidade e políticas climáticas inovadoras.

Agora, os proprietários classificados serão convocados pela Fundação Educacional para o Desenvolvimento Rural (Funar), agente executor do PSA Conservação, para assinatura do Termo de Adesão. A partir desse instrumento, os provedores de serviços ambientais passam a integrar formalmente o programa e a receber os valores correspondentes às áreas preservadas. 

De acordo com o secretário-adjunto da Semadesc, Artur Falcette, a robustez técnica do edital foi um dos diferenciais do programa. “Todo o processo foi construído com base em critérios objetivos, análises técnicas aprofundadas e uso de ferramentas geoespaciais. Isso garante credibilidade ao PSA e cria um ambiente favorável para sua continuidade e ampliação”, destacou. Ele ressalta que a experiência da primeira chamada servirá como base para o aperfeiçoamento das próximas etapas.

Segunda chamada 

Com a conclusão da primeira etapa, a Semadesc confirmou o cronograma da segunda chamada do PSA Conservação, prevista para 2026. A publicação do edital e a abertura das inscrições ocorrerão em 23 de fevereiro, com encerramento em 6 de abril.

As inscrições deferidas serão divulgadas em 16 de abril, com prazo para recursos até 20 de abril. A avaliação das propriedades ocorrerá até 1º de junho, com publicação do resultado final até 15 de junho. A assinatura dos Termos de Adesão está prevista a partir de 16 de junho de 2026.

Nesta segunda chamada, poderão participar proprietários que não conseguiram se inscrever na primeira etapa. As regras permanecem as mesmas, incluindo a possibilidade de cancelamento de autorizações de supressão de vegetação nativa vigentes na data de abertura do edital, quando houver, sendo que o pagamento será referente ao exercício de 2026. 

“O PSA é uma política de Estado, construída para ter continuidade e escala. A segunda chamada amplia o alcance do programa e reforça nosso compromisso com a conservação do Pantanal”, concluiu Jaime Verruck.

 

Cidades

Consórcio paga parte dos atrasados, mas motoristas confirmam greve a partir de segunda

Sem acordo com o Consórcio Guaicurus, a greve está prevista para segunda-feira (15), segundo informou o Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Coletivo Urbano de Campo Grande

13/12/2025 11h23

Crédito: Gerson Oliveira / Correio do Estado

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Com o Consórcio Guaicurus tendo atendido “em partes” à reivindicação definida em assembleia, a greve dos motoristas de ônibus deve iniciar nesta segunda-feira (15), em Campo Grande.

Em conversa com o Correio do Estado, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Coletivo Urbano da Capital (STTCU-CG), Demétrios Feiras, informou que os trabalhadores receberam, na sexta-feira (15), somente 50% do salário referente ao mês de novembro.

“O Consórcio Guaicurus, no final da tarde, depositou 50% do valor dos salários, referente ao mês de novembro, que era para ser pago no quinto dia útil do mês de dezembro. Foi a única coisa que o Consórcio pagou”, informou Demétrios.

Durante assembleia, a categoria reivindicou o pagamento do salário integral, do adiantamento, da segunda parcela do décimo terceiro e do vale (adiantamento salarial). No entanto, houve apenas o depósito de 50%, e a paralisação segue confirmada.

Segundo o presidente do STTCU-CG, não está prevista, para este fim de semana, qualquer tentativa de negociação com a empresa responsável pelo transporte coletivo na Cidade Morena.

Com isso, Demétrios reforçou que os ônibus só retornarão às ruas quando o Consórcio efetuar o pagamento do que ficou definido pela classe.

“E a gente só volta a trabalhar com o pagamento desses três vencimentos. Caso contrário, continua parado na terça, na quarta, até que o Consórcio efetue esses pagamentos”, pontuou Demétrios.

A justificativa para não realizar o pagamento, conforme explicou Demétrios, é a falta de dinheiro em caixa. Como adiantou o Correio do Estado, o Consórcio Guaicurus alega um “rombo” em dívidas de R$ 15,2 milhões, sendo que desse valor R$ 8,2 milhões são referentes aos salários dos funcionários.

Por conta disso, a concessionária pediu que o valor do subsídio pago pelo poder público seja ainda maior.

Entenda

No dia 5, o Consórcio Guaicurus, responsável pela administração do transporte coletivo de Campo Grande, anunciou que a situação financeira estaria insustentável para a continuidade da operação, motivada por supostos atrasos nos repasses por parte do poder público.

Além das dificuldades relacionadas a questões operacionais, como combustíveis, manutenção da frota e encargos, o consórcio também enfrenta negociações com a classe de funcionários, principalmente os motoristas.

Motoristas do Consórcio Guaicurus realizaram assembleia geral, na madrugada desta quinta-feira (11) e optaram pela paralisação. Eles reivindicam por:

  • Pagamento do 5º dia útil, que deveria ter sido depositado em 5 de dezembro – efetuaram o depósito de 50%
  • Pagamento da segunda parcela do 13º salário – vai vencer em 20 de dezembro
  • Pagamento do vale (adiantamento) – vai vencer em 20 de dezembro

** Colaborou Felipe Machado e Naiara Camargo

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