Cidades

PESQUISA

Acidentes de trabalho sobem 19% no Estado, com 8.272 casos

Acidentes de trabalho sobem 19% no Estado, com 8.272 casos

TARYNE ZOTTINO

12/09/2011 - 00h02
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Somente no primeiro trimestre deste ano, 8.272 casos de acidentes de trabalho foram registrados em Mato Grosso do Sul. Este número é 19, 24 % maior do que o do mesmo período no ano passado. Do total de acidentes, aproximadamente 24,95% aconteceram em Campo Grande. Os dados são de uma pesquisa parcial divulgada pelo INSS. Até o mês de agosto, 156 pessoas foram aposentadas pela instituição. Em 2010, 189 se aposentaram.

Segundo Sílvio Teixeira, chefe do Núcleo de Saúde e Segurança do Ministério do Trabalho e Emprego, os números não refletem o que acontece na realidade, pois boa parte dos acidentes não são notificados. "Ora porque o trabalhador não possui registro em carteira, ora porque em muitos casos as empresas simplesmente não comunicam as autoridades competentes", explica.

De acordo com o anuário estatístico divulgado nacionalmente, do ano de 2009, os setores em que acontecem o maior número de acidentes no Estado são pecuária, frigoríficos, sucroalcoleiro, construção civil e saúde.

Auxílio doença e aposentadoria

Para receber o auxílio doença por acidente de trabalho é preciso saber se o segurado se acidentou exercendo a profissão, ou enquanto ia ou voltava para o trabalho. Então, a empresa emite um documento, a CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho). O acidentado deve exigir a emissão da CAT, pois ela lhe confere estabilidade pelo período de um ano e isso não ocorre com o auxilio doença.

No caso da aposentadoria, o médico do INSS vai verificar se realmente o trabalhador não tem condições para executar algum tipo de serviço. Após o diagnóstico, é concedida a aposentadoria.

Em todos os casos, é necessário que o trabalhador esteja dentro do prazo de carência na Previdência Social e se for autônomo, é preciso ver se está em dia com o INSS.

Mundo

A Organização Internacional do Trabalho (OIT) estima que, a cada ano cerca de 2,3 milhões de pessoas morram por causa de acidentes ou doenças relacionadas ao trabalho, ou seja, cerca de 6.300 pessoas ao dia. É estimado, por outro lado, a ocorrência de 270 milhões de acidentes de trabalho não fatais.
 

CRISE

Santa Casa "esquece" de médicos em acordo e incerteza sobre o 13º continua

Hospital anunciou fim da paralisação dos enfermeiros, farmacêuticos e parte administrativa na manhã desta quarta-feira (24), mas 'acordão' não contempla os médicos celetistas

24/12/2025 14h30

Santa Casa e médicos celetistas ainda não entraram em acordo sobre o 13º salário

Santa Casa e médicos celetistas ainda não entraram em acordo sobre o 13º salário Foto: Gerson Oliveira/Correio do Estado

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A Santa Casa de Campo Grande e os médicos celetistas da entidade ainda não entraram em acordo sobre o pagamento do 13º salário e a previsão é incerta.

Nesta quarta-feira (24), o hospital anunciou que entrou em acordo com o Sindicato dos Trabalhadores na Área de Enfermagem do Estado de Mato Grosso do Sul (Siems), Sindicato Intermunicipal dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de MS (Sintesaúde), Sindicato dos Técnicos e Tecnólogos em Radiologia de MS (Sinterms) e Sindicato dos Farmacêuticos do Estado de MS (Sinfarms).

Na proposta feita pela Santa Casa e aceita pelas classes acima consta o pagamento de 50% do benefício na manhã desta véspera de Natal e o restante no dia 10 de janeiro, que será feita com dinheiro da 13ª parcela que o Governo do Estado transfere aos hospitais filantrópicos de MS e não está prevista em contrato. Com isso, a paralisação parcial chegou ao fim.

Porém, dentro deste ‘acordão’ feito entre o hospital e os sindicatos não estão contemplados os médicos celetistas. Segundo o Sindicato dos Médicos de Mato Grosso do Sul (Sinmed-MS), não houve sequer uma proposta da instituição para a classe, que, até o momento, não ameaça entrar em greve para que os serviços essenciais à população não parem.

Para garantir o pagamento do 13º, o sindicato entrou com pedido de liminar na Justiça na última terça-feira (23), pedindo para que o benefício fosse quitado integralmente dentro de 48 horas. Além disso, o Sinmed-MS pede indenização por danos morais no valor de R$ 500 mil, que seria revertida ao Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).

ACUSAÇÃO

Nesta terça-feira, o Sinmed enviou uma nota à imprensa acusando a Santa Casa de lockout, ou seja, que o hospital estaria pressionando uma greve da classe para gerar pressão no poder público.

Ainda no comunicado, o Sinmed-MS disse que os ofícios do hospital chegaram após o sindicato convocar uma assembleia com a categoria, na noite de segunda-feira, para debater sobre uma proposta feita pela instituição de como seria feito o pagamento do 13º salário. 

Na oferta, constava o parcelamento do benefício com início em janeiro de 2026, sem a inclusão de juros ou correções pelos atrasos.

Firmes na posição de não parar com as atividades, os médicos celetistas decidiram por não acatar a sugestão da Santa Casa. Além de entrar com pedido de liminar determinando o pagamento imediato do benefício, o sindicato também pede responsabilização de gestores e audiência de conciliação entre as partes para que o problema seja resolvido logo.

“Nunca vimos esse tipo de atitude na história da Santa Casa. O problema da falta de pagamentos e do 13º salário é de responsabilidade exclusiva deles como empregadores. Eles nos chamaram apenas um dia antes do vencimento do prazo para dizer que não pagariam, demonstrando total falta de gestão e de respeito com os médicos celetistas”, esclarece o presidente do Sinmed-MS, Marcelo Santana.

GREVE

Com duração de cerca de dois dias, a greve dos profissionais de enfermagem, limpeza e copa impactou a população campo-grandense logo na semana de festividades natalinas, já que 30% dos funcionários das áreas citadas ficaram sem trabalhar, afetando atendimento e alguns serviços considerados essenciais.

Os serviços afetados pela paralisação dos funcionários foram: consultas eletivas, cirurgias eletivas, enfermaria, pronto-socorro e unidade de terapia intensiva (UTI), limpeza (higienização de centros cirúrgicos, consultórios, banheiros e corredores), lavanderia (acúmulo de roupas utilizadas em cirurgias ou exames) e cozinha.

Esta foi a segunda greve no setor de serviços essenciais em Campo Grande nos últimos sete dias. Na semana passada, todos os motoristas de ônibus ficaram quatro dias parados também por causa de atraso em pagamentos salariais, situação que foi resolvida somente no final da tarde de quinta-feira (18), após audiência de conciliação selar acordo entre as partes.

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Cidades

Para evitar arremesso de drogas, Agepen tela presídios em MS

Telas foram instaladas com a mão de obra dos próprios detentos

24/12/2025 13h30

Divulgação

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Para fortalecer a segurança e dificultar o arremesso de materiais proibidos, a Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) concluiu a instalação de telamento sobre todos os solários dos pavilhões do Presídio de Trânsito de Campo Grande (PTran).

Segundo o diretor do PTran, Maycon Roslen de Melo, o telamento é uma barreira preventiva que fortalece o combate à entrada de ilícitos e contribui para a disciplina e a ordem dentro da unidade. 

Outras unidades prisionais da capital já possuem o telamento, como o Instituto Penal de Campo Grande e as penitenciárias da Gameleira.

No interior do estado, unidades masculinas de regime fechado em Naviraí, Corumbá e Três Lagoas, entre outras, também contam com essa estrutura.

No Estabelecimento Penal Jair Ferreira de Carvalho – a Máxima de Campo Grande — atualmente o maior presídio de Mato Grosso do Sul, as intervenções realizadas em grande parte com utilização de mão de obra prisional, abrangem desde reformas profundas até a criação de novos espaços essenciais ao funcionamento da unidade.

Nos pavilhões 1 ,2 e 6 foram instaladas telas "antidrone" para impedir ou dificultar o arremesso de ilícitos. A medida, considerada um divisor de águas, impacta diretamente na segurança global da penitenciária.

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