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Acordo de leniência da JBS gera polêmica
entre funcionários do BNDES

Acordo de leniência da JBS gera polêmica
entre funcionários do BNDES

FOLHAPRESS

09/06/2017 - 15h07
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O pagamento de R$ 2 bilhões que a JBS deverá fazer ao BNDES, como parte de seu acordo de leniência, provocou polêmica entre os funcionários do banco estatal.

Pelo acordo, a empresa reconhece crimes praticados e propõe ressarcir o Estado em R$ 10,3 bilhões. O valor foi dividido entre os vários órgãos federais que tiveram relação com a JBS, como o BNDES e o FI-FGTS, fundo de investimentos com recursos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço).

O reconhecimento de crime, porém, é tema interditado dentro do banco. Os funcionários rejeitam qualquer suspeita de favorecimento à empresa comandada por Joesley e Wesley Batista e alegam que todos os critérios técnicos foram obedecidos nas operações.

Na quinta (9), a associação dos funcionários fez circular uma nota entre os principais executivos do banco, em que afirma que não houve dano ao BNDES, tampouco foram cometidas irregularidades. E que aceitar o dinheiro a título de ressarcimento seria uma espécie de admissão de culpa.

A associação quer que os R$ 2 bilhões sejam tratados como uma multa, em que a empresa paga por seus crimes.
A principal preocupação é diferenciar o BNDES da Petrobras, em que executivos admitiram cometer crimes.

"Deve ficar claro que qualquer recebimento por parte do BNDES, decorrente do mencionado acordo, decorre de imposição de multa por infração praticada por empresários e agentes públicos que não integram o quadro de empregados do Sistema BNDES", diz a nota.

DELAÇÃO

Mais de 30 funcionários do banco são alvo de investigação da Polícia Federal, que apura se técnicos teriam participação no favorecimento à JBS e à holding J&F em aportes financeiros feitos pelo BNDES.

O TCU (Tribunal de Contas União) também quer saber se, por atuação de servidores, houve dano ao Estado.
Em sua delação, Joesley Batista afirma que pagou o ex-ministro Guido Mantega para que facilitasse a liberação de recursos para a empresa no BNDES. Mas ele não aponta responsáveis dentro do banco.

"Meu relacionamento sempre foi com o Guido, nunca com o Luciano Coutinho [então presidente do BNDES] (...) Não sei como funcionava o Guido e o banco, o relacionamento entre o Guido e o presidente [do BNDES]", disse Joesley em seu depoimento.

"Eu sempre considerei que a minha vida no BNDES sempre foi muito dura", afirmou o empresário.

"Os termos meus no BNDES, se olhar, esse empréstimo de R$ 2 bilhões aí mesmo [para a fábrica da Eldorado], se olhar as condições e o que teve que ser feito para ele sair, é uma loucura. Sempre, sempre tinha uma dificuldade muito grande no BNDES. Aí, o Guido chamava o Luciano e falava... Tinha vezes que era constrangedor, porque eu ia em uma reunião com o Guido, chegava lá, o Luciano estava. E eu percebia que o Luciano ficava claramente constrangido, porque ficava parecendo que ele não sabia que eu ia chegar na reunião, sabe?", contou Joesley.

Em nota após a divulgação dos depoimentos de Joesley, Mantega negou receber dinheiro do empresário. Luciano Coutinho não se pronunciou.

Campo Grande

Vereadores aprovam criação de corredor comercial em bairro de Campo Grande

O projeto tem o objetivo de trazer desenvolvimento econômico para a região do Centro-Oeste

01/04/2025 14h44

Vereadores aprovam projetos de lei nesta terça-feira

Vereadores aprovam projetos de lei nesta terça-feira Foto: Arquivo

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Durante a sessão desta terça-feira (1º), vereadores da Câmara Municipal de Campo Grande aprovaram o Projeto de Lei 10.145/21, que autoriza a criação de um corredor comercial na Avenida dos Cafezais, no Jardim Centro-Oeste, em Campo Grande. 

O projeto, de autoria do vereador Junior Coringa do MDB tem o objetivo de trazer desenvolvimento econômico para a região, além de fomentar o comércio e atrair investimentos. 

Com o projeto aprovado, espera-se que haja aumento na economia local com mais oportunidades de negócios e melhorias na infraestrutura. 

Mais projetos aprovados

Além da autorização do corredor comercial, mais projetos importantes foram aprovados na sessão desta terça-feira pelos vereadores. Entre eles, o Projeto de Lei 11.353/24, do vereador Victor Rocha, que estabelece o Programa de Acesso Universal a Exames de Diagnóstico em Campo Grande.

O projeto visa garantir a promoção de saúde, prevenção de diagnóstico precoce de doenças, melhorando a qualidade de vida da população e reduzindo os custos da saúde pública. 

Também foi aprovado o Projeto de Lei 11.464/24, também de autoria do vereador Victor Rocha.  A proposta estabelece diretrizes para a inclusão e garantia do atendimento integral à mulher com foco na doença da endometriose.

Ele determina que a Secretaria Municipal de Saúde crie mecanismos para dar rapidez aos encaminhamentos de pacientes suspeitas da doença para serviços especializados, resultando na redução no tempo de espera. 

Visitante Ilustre

Em regime de urgência, foram aprovados dois Projetos de Decreto Legislativo que concedem o título de “Visitante Ilustre” da cidade de Campo Grande. 

Um, de nº 2.919/25. de autoria do vereador Maicon Nogueira e homenageia Marcelo Nunes da Silva. O outro, de nº 2.920/25, de autoria do vereador Jean Ferreira e concede a honraria a Anderson Wilson Sampaio.

Baixo índice

MS é o 2º estado com menor índice de furto de celulares no país

Governo Federal passará a notificar ladrões via mensagem de texto e Whatsapp já nos próximos dias

01/04/2025 14h30

Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

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Mato Grosso do Sul é o 2º estado com menor índice de furto de celulares no país, é o que apontam os dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2024. O debate acerca do tema ganhou força recentemente após o presidente Lula subir o tom de declarações contra os responsáveis por esse tipo de crime, quando disse que o Governo Federal não permitirá que a “república de ladrões de celular” assuste as pessoas nas ruas.

O endurecimento do discurso cresceu em meio à atualização do programa Celular Seguro, criado pelo governo Lula (PT) em 2024, e que passará a notificar, via mensagem, aparelhos furtados e roubados que foram habilitados em uma nova linha telefônica.

A ação deve começar nesta semana, e quem não acatar a medida poderá ser alvo de um inquérito por furto, roubo, receptação ou associação criminosa.

Conforme os números, o Estado é segundo com menor índice de furtos, sendo 41 a cada 100 mil habitantes, à frente apenas do Rio Grande do Sul, que registrou 32,3 roubos nesta mesma proporção.

Presentes no Anuário de 2024, os números se referem a 2023, primeiro ano de mandato do presidente Lula. À época, foram roubados 3.428 celulares em todo o Estado.

No mesmo sentido, o índice de roubos de celulares, também se manteve entre os menores do Brasil no mesmo período, 1.129 ao todo, porcentual de 124 a cada 100 mil habitantes, números que colocam Mato Grosso do Sul como o 3º estado com menos registros deste tipo de crime, à frente apenas dos índices proporcionais de Maranhão e Paraíba.

Os dados elencam que a maioria dos furtos realizados em Mato Grosso do Sul ocorreram em vias públicas e estabelecimentos comerciais, ambos com 26%, seguido por furtos em residências (20,9%). 

Em âmbito nacional, os roubos de celulares caíram 10% no Brasil. Em contrapartida, os furtos dos aparelhos superaram os roubos pela primeira vez, com 494.295 contra 442.999 casos, respectivamente. Entre 2018 e 2023, enquanto os roubos de celular tiveram queda de 21%, os furtos de celular tiveram crescimento de 13,7%.

De modo geral, os furtos apresentam maior incidência nos finais de semana: sábados e domingos somam 35% dos registros. Os roubos, por sua vez, são mais frequentes entre terça e sexta-feira.

De acordo com o parecer do Anuário de Segurança Pública, o movimento dos furtos de celulares pode estar diretamente relacionado a uma tática comum entre os criminosos “para subtrair aparelhos desbloqueados das mãos das vítimas, que é o uso de bicicletas e motos para abordar as vítimas e arrancar de suas mãos os aparelhos de forma abrupta e com pouco tempo de reação.

Celular Seguro

O Programa Celular Seguro, do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), visa combater o roubo e o furto de aparelhos celulares no país. Uma das saídas propostas pelo MJSP para reduzir esse tipo de crime é a utilização de uma tecnologia para comunicar o crime e, ao mesmo tempo, acionar bloqueios do próprio aparelho, dos aplicativos bancários e de eventuais acessos disponíveis no dispositivo móvel.

Uma das saídas propostas pelo MJSP para reduzir esse tipo de crime é a utilização de uma tecnologia para comunicar o roubo ou o furto e, ao mesmo tempo, acionar bloqueios do próprio aparelho, dos aplicativos bancários e de eventuais acessos disponíveis no dispositivo móvel.

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Instituições Financeiras e as Operadoras de Telefonia colaboraram com o Ministério da Justiça e Segurança Pública para o desenvolvimento do projeto.

A partir do programa, os parceiros dessa iniciativa serão alertados e tomarão providências necessárias para evitar maiores problemas. O Programa Celular Seguro é destinado a todos os cidadãos brasileiros. Para registrar o aparelho celular é preciso estar cadastrado no Gov.br.

Nova etapa 

A ação de bloqueio do aparelho será possível para usuários que, logo após sofrerem o roubo ou o furto, acionarem o recurso “Modo recuperação” no programa Celular Seguro.

A função bloqueia todo o aparelho, como aplicativos de banco, mas mantém ativo o código IMEI, número de identificação do celular.

O bloqueio total também está disponível para os usuários do programa. Neste caso, a linha telefônica é completamente desativada, assim como todas as contas vinculadas às instituições parceiras. O programa pode ser baixado via loja de aplicativos tanto para os usuários de IOS e Android. 

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