Cidades

EMPREENDIMENTOS

Acordo embarga 10 obras, mas mantém megaconstrutora no entorno de parque

Área que engloba o Parque dos Poderes, Jardim Veraneio e uma parte da Afonso Pena tem novas construções suspensas

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Ao menos 10 empreendimentos que estavam em fase inicial de documentação estão paralisados, após acordo entre o Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), o governo do Estado e a Prefeitura de Campo Grande definir a suspensão, por 240 dias, da emissão de novas autorizações para construções na zona de amortecimento do Parque Estadual do Prosa. Entretanto, algumas empresas, como uma megaconstrutora da Capital, não tiveram empreendimentos afetados.

O acordo faz parte de ação civil pública ajuizada pela 26ª, 34ª, e 42ª Promotorias de Justiça de Campo Grande com o objetivo, segundo o MPMS, de impedir danos ambientais e urbanísticos na zona de amortecimento do Parque Estadual do Prosa.

A área, cerca de 9,72 km², está localizada no entorno do Parque Estadual do Prosa, e compreende vias como as Avenidas Afonso Pena, Mato Grosso, Ministro João Arinos e Hiroshima, além de trechos do Anel Viário da BR-163. Os Bairros Parque dos Poderes e Jardim Veraneio foram completamente afetados, além de partes dos Bairros Cidade Jardim, Jardim Panorama e Carandá Bosque.

Outras regiões, como a do Bairro Chácara Cachoeira, onde já houve reclamação sobre a verticalização por parte dos moradores, não estão inclusas.

Ficaram de fora desse acordo, também, obras que já tinham a emissão de guias de diretrizes urbanísticas (GDUs) e licenças ambientais, porém, segundo a prefeitura, cerca de 10 pedidos estavam em tramitação na Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Gestão Urbana e Desenvolvimento Econômico, Turístico e Sustentável (Semades).

“A Semades esclarece que, atualmente, na secretaria constam cerca de 10 processos em análise, relacionados a empreendimentos que se encontram na zona de proteção do Parque Estadual do Prosa”, afirmou, em nota ao Correio do Estado. Ficaram de fora, segundo o acordo, apenas obras que já estavam com toda a documentação finalizada.

Curiosamente, ficaram de fora, também, empreendimentos de megaconstrutura de Campo Grande, a qual já iniciou construções de outras torres, próximas ao Parque das Nações Indígenas, área que está dentro do perímetro demarcado.

Conforme o MPMS, a ação civil pública foi imposta “após a constatação de que ao menos 15 empreendimentos imobiliários de alta densidade estavam sendo planejados para a região sem regulamentação específica, o que contraria a legislação federal”.

ENTIDADES CONTRÁRIAS

Entretanto, como o acordo paralisa toda e qualquer construção dentro do perímetro definido, obras que não são prediais, como a de uma concessionária de automóveis e a de um centro médico, também não poderão ter a obra iniciada no período.

Sobre isso, o presidente do Sindicato da Habitação de Mato Grosso do Sul (Secovi-MS), Geraldo Paiva, afirmou que iniciou um levantamento para identificar todos empreendimentos afetados pelo acordo. 

“O acordo paralisa todos os empreendimentos, inclusive os não verticais, o que por si só já é um absurdo pela falta de critério. A paralisação de análise, expedição de alvarás e GDUs cria uma insegurança no mercado, acarretando, inclusive, desvalorização dos imóveis dentro da zona de amortecimento. Nos preocupa, também, a falta de estudos técnicos qualificados para determinação de novas regras urbanísticas pleiteadas pelo MP, sem a respectiva discussão técnica, que precedeu tanto a aprovação do Plano Diretor quanto da Lei de Uso e Ocupação do Solo de nossa cidade”, declarou Paiva.

O mesmo levantamento também é feito pelo MPMS, que deve apresentar, nos próximos dias, um relatório sobre o estágio das obras de empreendimentos localizados na zona de amortecimento do Parque do Prosa.

“A petição referente à apresentação do relatório sobre o estágio das obras localizadas na zona de amortecimento do Parque Estadual do Prosa encontra-se em fase de elaboração. No momento, o MPMS aguarda o recebimento dos relatórios técnicos das vistorias realizadas, que subsidiarão as informações a serem encaminhadas à Justiça”, disse o MPMS ao Correio do Estado.

Quem também se manifestou contrariamente à medida foi o Sindicato Intermunicipal da Indústria da Construção do Estado de Mato Grosso do Sul (Sinduscon-MS). Para a entidade, o Plano Diretor de Campo Grande em vigência já regula essa situação, “incluindo diretrizes de uso e ocupação do solo, em consonância com o Plano de Manejo do Parque Estadual do Prosa”.

“Entendemos que não se pode simplesmente suspender a aplicação de leis já existentes sob a justificativa de uma regulamentação que, embora prevista, não foi elaborada nos últimos 14 anos. Esse tipo de medida, sem base jurídica e fática consistente, gera insegurança jurídica, afeta a credibilidade dos processos administrativos e prejudica o ambiente de investimentos da cidade. A região é dotada de critérios legais urbanísticos específicos, que vêm sendo rigorosamente observados em todos os empreendimentos aprovados”, afirmou a nota.

O Sinduscon-MS também afirmou que está em contato com seus associados para “se certificar do impacto da decisão em seus empreendimentos”.

PRÓXIMOS PASSOS

Além da paralisação, o acordo definiu que, nesse período, o governo do Estado terá 60 dias para apresentar norma regulamentadora da zona de amortecimento e os projetos de drenagem, esgoto e vias da área. Após essa etapa, inicia-se o prazo de 180 dias para que Campo Grande elabore estudos sinergéticos e cumulativos sobre os impactos de empreendimentos e atividades, previstos para a região.

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Cidades

Bairros ficaram sem coleta de lixo por falta de trabalhadores, diz Solurb

Com a ausência de 40% dos funcionários, bairros e até a região central ficaram desassistidos

08/12/2025 17h00

Divulgação Solurb

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Alguns bairros, inclusive parte da região central, ficaram sem o serviço de coleta de lixo em Campo Grande. A Solurb informou que o problema ocorreu devido à falta inesperada de funcionários.

Por meio de nota, a empresa responsável pela coleta dos resíduos explicou que houve ausência de 40% do efetivo, o que afetou bairros na última sexta-feira (5) e no sábado (6).

A empresa negou que esteja ocorrendo qualquer tipo de greve por parte dos funcionários. Os seguintes bairros e regiões ficaram sem o serviço:

  • Na sexta-feira (05/12), ficaram sem coleta, parcial ou total, bairros como Jardim dos Estados, parte da região central e Vila Carvalho. Essas áreas foram regularizadas no sábado (06/12).
  • No sábado (07/12), devido à continuidade das ausências, não foi possível concluir a coleta na Vila Sobrinho, parte do Taveirópolis, Vila Planalto e Amambaí.
  • No São Francisco, a coleta prevista para sexta-feira foi executada no sábado, em turno diurno.

A empresa ressaltou que, para evitar que o problema ocorra novamente, está adotando algumas iniciativas para reforço das equipes. Entre as ações estão:

  • Redistribuição de rotas entre turnos e setores;
  • Contratação emergencial de novos coletores;
  • Retorno de colaboradores que estavam em férias;
  • Monitoramento intensivo das regiões pendentes para priorização da coleta.

Restabelecimento do serviço

A Solurb informou que espera regularizar a coleta nesta segunda-feira (08), quando os bairros que não foram atendidos terão prioridade.

“Para os demais setores atendidos rotineiramente no período noturno, a expectativa é de que a coleta ocorra normalmente, salvo nova ocorrência excepcional de ausências.”

Confira a nota da empresa:

“A Solurb orienta que os moradores mantenham o acondicionamento adequado dos resíduos e respeitem o calendário de coleta do seu setor.

A CG Solurb reforça que está integralmente empenhada em restabelecer a plena normalidade e a excelência na prestação dos serviços, padrão que sempre norteou sua atuação ao longo da concessão. Tão logo a recomposição da mão de obra seja concluída e os índices de ausência retornem à normalidade, a operação deverá seguir sem novos impactos.

A empresa reafirma seu compromisso com a cidade de Campo Grande e com a qualidade dos serviços de limpeza urbana, mantendo todos os esforços concentrados para garantir segurança operacional, regularidade e eficiência à população.”
 

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DROGAS

Cão policial ajuda a prender traficantes em operação da Polícia Civil

Em dois dias, Operação Faro, em Campo Grande, interceptou cerca de 5 quilos de drogas em agência do Correios e quatro ônibus

08/12/2025 16h45

Cão farejador identificou drogas em quatro ônibus que vinham de Corumbá e tinham como destino a cidade de São Paulo

Cão farejador identificou drogas em quatro ônibus que vinham de Corumbá e tinham como destino a cidade de São Paulo Divulgação: Polícia Civil

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A Polícia Civil do Mato Grosso do Sul, por intermédio da Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico (DENAR), realiza, durante este mês de dezembro, a Operação Faro, que conta com a ajuda de cães farejadores para encontrarem drogas em malas dos ônibus e encomendas nos Correios.

Em uma das abordagens, a ação contou com apoio da Subgerência de Segurança Corporativa dos Correios. As embalagens foram enviadas de Paranhos e Ponta Porã. A primeira embalagem tinha como destino a cidade de Montes Claros (MG), com 2,248 quilos de skunk, divididos em sete porções. E a segunda encomenda iria para Aparecida de Goiânia (GO), com 100 gramas de haxixe marroquino.

Durante a triagem de encomendas, o cão Colt-K9 sinalizou positivamente para duas embalagens, indicando possível presença de substâncias ilícitas. Após a conferência, foram localizadas porções de maconha do tipo skunk e haxixe marroquino, totalizando 2,348 quilos de entorpecentes.

Uma outra fiscalização da Polícia Civil, junto com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), em Campo Grande, interceptou cerca de 2,860 quilos de cocaína.  

As autoridades receberam informações de que vários ônibus provenientes de Corumbá, rota do tráfico que faz fronteira com a Bolívia, estavam parados a poucos quilômetros do ponto onde eram realizadas fiscalizações. As equipes se deslocaram e encontraram quatro veículos, que foram encaminhados ao posto da PRF para revistarem os veículos. 

Durante a inspeção no ônibus que seguia de Corumbá para São Paulo, o cachorro indicou três mochilas pertencentes aos passageiros com idades de 38, 26 e 23 anos, todos de nacionalidade boliviana. No interior das bagagens foram localizadas embalagens de lenço umedecido e frascos de shampoo contendo cápsulas de cocaína.

Com o de 38, os policiais encontraram 66 cápsulas, totalizando 824 gramas. O de 26 transportava outras 66 cápsulas, pesando 834 gramas. Já com o de 23 foram apreendidas 100 cápsulas, somando 1.202 gramas. Os três informaram que receberiam R$ 2.500,00 pelo transporte da droga e que viajavam juntos desde a Bolívia.

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