Cidades

BICHOS

Acusados erroneamente, menos de 1% dos gatos transmitem toxoplasmose

Acusados erroneamente, menos de 1% dos gatos transmitem toxoplasmose

EDUARDO FREGATTO

25/01/2014 - 18h00
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Em Campo Grande, o debate sobre a toxoplasmose percorreu as redes sociais na última semana. Protetores de animais se indignaram com o número de gatos abandonados nas ruas após o termo “doença do gato” ter sido utilizado por meios de comunicação da Capital.
A toxoplasmose é uma doença infecciosa causada pelo Toxoplasma gondii, protozoário que pode se manifestar de forma assintomática na maioria dos casos. A doença popularmente passou a ser chamada de “doença do gato”, apesar de os felinos não estarem associados à maior causa de transmissão do protozoário. A expressão popular é um equívoco, segundo a veterinária Ana Lúcia Salviatto Andrade.

Após a causa da morte de uma jovem campo-grandense ter sido divulgada como em decorrência da suposta “doença do gato”, várias famílias amendrontadas não pensaram duas vezes antes de abandonar seus felinos nas ruas. “Na semana em que saiu a notícia, eu resgatei cinco gatinhos”, relata a estudante e protetora animal Bárbara Correa, de 25 anos. “Um estava para ser atropelado”. De acordo com Bárbara, eram animais visivelmente recém-abandonados. “Eles estavam com muita fome e eram superdóceis”, comenta. “Minhas conhecidas também notaram que aumentou o número de gatos nas ruas”.

A veterinária de Campo Grande Ana Lúcia esclarece que, apesar de gatos serem os hospedeiros da toxoplasmose, menos de 1% da população felina pode disseminar a doença.
Além disso, a maior contaminação acontece em decorrência de ingestão de carnes mal cozidas e verduras mal lavadas. “O índice de transmissão é muito maior por alimentos contaminados, mas o gato fica como o vilão da história”, argumenta. Para se infectar por meio dos gatos, a pessoa precisa ingerir as fezes secas do animal ou alimentos que tenham tido contato com esses dejetos. “As chances são mínimas”, conclui a veterinária. 

Apesar de serem injustamente culpados por toda a disseminação da toxoplasmose, ainda é necessário ter cautela e prevenir a transmissão. “Eu uso luvas para manusear a caixinha de areia”, ensina Bárbara, que atualmente tem seis gatos em casa. A veterinária Ana diz que a melhor forma de não ter preocupações é realizar o exame de toxoplasmose. “Muitas vezes o gato é portador, mas não apresenta sintomas. Com o exame, é fácil descobrir e, caso o resultado seja positivo, é preciso tomar mais cuidados”, diz.

 “Há pessoas que nem fazem o exame e abandonam o animal imediatamente, muitas vezes com recomendações de médicos. Não faz sentido”, analisa. A própria profissional se vê como exemplo de que não é preciso abandonar os felinos para se prevenir. “Eu sou veterinária, mexo com animais todos os dias, já passei por gravidez e não tive nenhum problema. O que eu fiz foi tomar precauções, como o uso de luvas e os exames”. A veterinária apela para que as pessoas se informem com um profissional antes de tomar decisões como abandonar um animal ou divulgar informações equivocadas. “Criou-se um mito em torno dessa doença”, finaliza. 

SOLICITAÇÃO

Ministério da Saúde pede incorporação da primeira vacina contra chikungunya ao SUS

Imunizante já foi aprovado pela Anvisa e agora irá para análise da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS

15/04/2025 11h30

Mosquito aedes aegypti, o responsável pela transmissão da doença

Mosquito aedes aegypti, o responsável pela transmissão da doença Foto: Arquivo

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Depois da aprovação da primeira vacina contra chikungunya pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o Ministério da Saúde anunciou nesta terça-feira, 5, que vai solicitar a incorporação do imunizante ao Sistema Único de Saúde (SUS).

O pedido será encaminhado à Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec), que avaliará a possibilidade de ofertar a vacina na rede pública. Não foi divulgado o prazo para a conclusão da análise.

A vacina foi desenvolvida pela farmacêutica austríaca Valneva e o processo de aprovação contou com a participação do Instituto Butantan.

"Toda vez que surge a notícia de uma nova vacina registrada é uma boa notícia para a saúde pública - ainda mais quando envolve duas instituições fundamentais do SUS: a Anvisa e o Instituto Butantan. Vacinar é sempre defender a vida. Garantir a vacinação é o primeiro passo para salvar vidas em nosso País", afirmou em nota o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

De dose única, a vacina é recombinante atenuada, ou seja, contém microrganismos vivos enfraquecidos para estimular o sistema imunológico sem causar a doença. O imunizante está autorizado a ser aplicado na população acima de 18 anos e é contraindicado apenas para mulheres grávidas, pessoas imunodeficientes ou imunossuprimidas.

Mais de 68 mil casos

A chikungunya é transmitida pela picada de mosquitos Aedes aegypti infectados - os mesmos que transmitem dengue e zika. O vírus foi identificado no Brasil em 2014 e, atualmente, todos os Estados possuem casos confirmados. Até 14 de abril deste ano, o País somou 68,1 mil registros doença, com 56 óbitos.

Os principais sintomas são febre de início repentino (acima de 38,5 °C) e dores intensas nas articulações de pés e mãos - dedos, tornozelos e punhos. A doença também pode causar dor de cabeça, dor muscular e manchas vermelhas na pele, além de agravar enfermidades preexistentes.

"Chikungunya é uma doença que vem crescendo no Brasil ao longo dos anos. O fato de se ter uma vacina que é segura e eficaz traz alento para a sociedade. A partir do registro pela Anvisa, o Ministério da Saúde começa os passos para a incorporação da vacina no SUS", destacou a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do ministério, Mariângela Simão.

"ARGOS"

Operação prende 10 por tráfico de drogas no interior de MS

Apelidada de Argos, ação policial prendeu cinco indivíduos em flagrante, mas um continua foragido com mandado de prisão em aberto

15/04/2025 11h00

PCMS deflagrou a Operação Argos, nesta terça-feira (15), em Jardim

PCMS deflagrou a Operação Argos, nesta terça-feira (15), em Jardim Foto: Divulgação/PCMS

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A Polícia Civil de Mato Grosso do Sul (PCMS), integrada com outras forças policiais do estado, deflagrou a Operação Argos no município de Jardim, na manhã desta terça-feira (15), que resultou na prisão de 10 indivíduos por tráfico de drogas.

Segundo informações do jornal local Jardim MS News, a ação colocou como alvo aqueles com maior grau de periculosidade, ou seja, com passagens por porte de arma de fogo, homicídios, roubos, crimes contra a vida e contra o patrimônio.

A Operação foi “orquestrada” após várias ocorrências de roubo e tráfico acontecerem na Vilinha, na região final da Avenida Mato Grosso, o que teria preocupado moradores que moram próximo ao local e virado objeto de investigação das autoridades.

As ações criminosas na região foram chamadas de tráfico “formiguinha”, do qual se caracteriza pela venda em pequenas quantidades, em vias públicas ou residências no estilo “varejo”.

Ao todo, foram efetuadas 10 prisões, sendo cinco em flagrante e um continua foragido com mandado de prisão em aberto. Além disso, foi apreendido um simulacro, que é uma imitação quase perfeita de uma arma de verdade, mas que não efetua disparos.

Um dos agentes envolvidos na operação afirmou que para auxiliar as buscas fecharam todas as entradas e saídas da cidade, obrigando que quem quisesse entrar ou sair, passasse pelo crivo policial.

 

 

Presente “in loco”, o delegado titular da Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico (DENAR), Hoffman Dávila, comparou a região de Jardim com o Bairro Nhanhá, conhecido como “Cracolândia de Campo Grande”, do qual também é caracterizado pela forte presença de traficantes e roubos frequentes.

Hoffman ainda salientou que as apreensões de droga triplicaram em comparação com o mesmo período em 2024. Ainda, explicou que a maconha é aquela mais frequente nas apreensões, já que ela não está “em alta” apenas na época da safra (junho, julho e agosto), mas sim no ano inteiro.

Participaram da Operação as equipes do Departamento de Polícia Especializada (DPE), Departamento de Polícia do Interior (DPI), Delegacia Regional de Jardim, Coordenadoria-Geral de Policiamento Aéreo (CGPA) e Polícia Militar. Já o apelido Argos é oriundo da mitologia grega, figura lendária que possuía 100 olhos pelo corpo.

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