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ESPECIAL 126 ANOS

Adriane Lopes: "Campo Grande em 2026 será uma cidade mais estruturada"

Prefeita fala sobre os projetos de infraestrutura para a Capital, a busca por investimentos para o futuro e o apoio do governo de MS

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Comemorando oito meses desde que assumiu a Prefeitura de Campo Grande, desta vez, após ter sido reeleita pela população, Adriane Lopes (PP) concedeu entrevista ao Correio do Estado para falar sobre as dificuldades que enfrentou no primeiro semestre, os projetos e as prioridades de sua gestão.

De acordo com a prefeita, no próximo ano, a Capital deverá ter um salto em qualidade de vida, com mais educação, melhor oferta de saúde, entre outros pontos de destaque.

“Quando a gente pensa em uma cidade de quase 1 milhão de habitantes, é necessário atender todas as áreas. Campo Grande em 2026 será uma cidade mais estruturada, com melhor mobilidade urbana, mais segurança, educação de qualidade e saúde mais acessível”, declarou Adriane.

A gestora municipal também falou sobre política e a “dobradinha” que fará com o governador Eduardo Riedel, que se filiou ao Partido Progressistas.

Como avalia os primeiros meses deste mandato?

Assumi o mandato no dia 1º de janeiro implementando uma nova cultura administrativa. Iniciamos uma reforma administrativa profunda, redesenhando estruturas internas da prefeitura para torná-la mais eficiente, enxuta e técnica.

Colocamos os secretários nas ruas, reorganizamos processos, demos transparência e colocamos em prática uma gestão com foco em resultados. Tomamos medidas que eram necessárias para o funcionamento da máquina, tanto que muitas delas ainda estão em vigor ou em fase de implantação.

Chegamos ao mês de aniversário lançando um pacote de mais de R$ 250 milhões em obras e ações concretas em todas as regiões da cidade, fruto de parcerias com o governo do Estado, a Câmara Municipal e a bancada federal. Isso, logo no primeiro ano. 

Retomamos, concluímos e entregamos obras que ficaram décadas paralisadas. Veja o caso do CEU das Artes [Centro de Artes e Esportes Unificados], no Lageado, que conseguimos finalizar depois de 13 anos de abandono e que agora vai beneficiar toda aquela região, com projetos de cultura, esporte e lazer.

Fizemos a revitalização da [Avenida] Duque de Caxias, pavimentamos a [Avenida] Wilson Paes de Barros e estamos terminando de asfaltar o Nova Lima. Também estamos entregando a Emei [Escola Municipal de Educação Infantil] São Conrado e salas ampliadas na Emei Zacarias. 

São mais de 100 praças revitalizadas nas sete regiões da cidade. Também temos ações como o Todos em Ação e o Circuito Mais Saúde, que levam atendimento direto aos bairros, zerando filas, como nos exames de mamografia e preventivos.

Por tudo isso, a minha avaliação é muito positiva, mas também com o pé no chão, como sempre fizemos. Estamos entregando com coragem, responsabilidade e presença – e mostrando que é possível fazer diferente desde o primeiro dia.
 
Quais são os principais desafios enfrentados atualmente na gestão de Campo Grande?

O maior desafio é a parte administrativo-financeira, porque Campo Grande perdeu sua capacidade de investimento ao longo dos anos e herdamos uma gestão desestruturada. Estamos enfrentando erros cometidos ao longo de muitos anos em relação aos gastos públicos, obras paradas há décadas e recursos mal aplicados. 

Fizemos reavaliações contratuais, cortamos gastos onde era possível, priorizamos o que de fato traz impacto à população, sem comprometer os serviços prestados. Funciona como na casa da gente: quando a situação financeira aperta, é preciso rever tudo – da conta de luz ao supermercado. Com a prefeitura não é diferente.

Nossa gestão é técnica, responsável e implementamos um novo modelo, mais moderno, transparente e com foco em resultados. Reorganizar o financeiro e recuperar a capacidade de investimento da cidade continua sendo nosso maior desafio e também a base de tudo que estamos entregando.

Trabalhar dessa forma exige coragem, mas não temos medo de fazer o certo. Esse esforço está sendo recompensado: já realizamos grandes entregas e lançamentos, firmamos parcerias importantes e vamos continuar avançando com responsabilidade.

Quais as prioridades da prefeitura para os próximos três anos e meio de mandato? E quais obras serão importantes para contribuir para o futuro?

Nossa prioridade é consolidar Campo Grande como a capital da Rota Bioceânica e tornar a cidade um polo de desenvolvimento humano, tecnológico e sustentável. Vamos continuar investindo em infraestrutura, educação, mobilidade, inovação e inclusão social.

Obras como a Wilson Paes de Barros, que interliga oito bairros e melhora a mobilidade urbana, são exemplos de como pensar o futuro. Trabalho agora já pensando numa Campo Grande muitos anos à frente. 

Quando assumi, a Educação tinha prédios antigos e sem infraestrutura. Renovamos a frota, reformamos todas as 206 escolas, estamos instalando ar-condicionado e melhorando a infraestrutura sempre pensando no futuro.

Estamos preparando os nossos jovens para um novo tempo por meio da educação e da tecnologia. Levamos alunos da rede pública ao Parque Tecnológico para aprenderem sobre inteligência artificial, startups e novas profissões.

Estamos cada dia mais fortalecendo esta Campo Grande que respeita suas raízes e honra sua história, mas que se projeta para o futuro. Com planejamento, responsabilidade, parceria e inovação, não tenho dúvidas de que a cidade vai dar um salto nos próximos anos.

Como acredita que estará Campo Grande em 2026? O que espera ter contribuído na evolução da cidade?

Quando a gente pensa em uma cidade de quase 1 milhão de habitantes, é necessário atender todas as áreas. Campo Grande em 2026 será uma cidade mais estruturada, com melhor mobilidade urbana, mais segurança, educação de qualidade e saúde mais acessível. 

Assim como neste ano, seguiremos acabando com as obras paradas, como as Emeis Nashville, Talismã e Serraville, perseguindo nossa meta de zerar a fila de vagas. Estaremos com frentes de infraestrutura a pleno vapor, fazendo asfalto e drenagem em bairros como Jardim Botafogo, Jerusalém e Itamaracá, implantando ciclovias em avenidas como a Nelly Martins, a Tamandaré, a Cônsul Assaf Trad, a Zulmira Borba e a Filinto Müller. Ou seja, as sete regiões de Campo Grande receberão melhorias em diversas áreas. 

Vamos seguir enfrentando os desafios com coragem, pés na rua, ouvindo a população e fazendo as entregas acontecerem. A mulher tem um olhar mais sensível, e isso gera mais resultados, tenho plena noção desta característica e de como reverter isso para a vida da nossa população. Meu compromisso é fazer o que precisa ser feito para melhorar e ampliar nossos serviços, com mais eficiência e pensando no coletivo, não no imediatismo.
 
Campo Grande se destaca como uma cidade bem arborizada, como aliar o desenvolvimento da cidade com a manutenção das árvores?

Para nós, essa pergunta vai além da arborização. Campo Grande é uma cidade que vive em harmonia com o meio ambiente, e essa é uma das nossas maiores riquezas, uma das principais características da nossa cidade. Estamos promovendo políticas públicas voltadas à preservação ambiental, incentivando o turismo sustentável e adotando práticas modernas, que resultaram pela sexta vez no reconhecimento como Cidade Árvore do Mundo.

Trabalhamos políticas públicas que preservam a natureza, temos equipes que cuidam dessa manutenção e incentivam o plantio, com entregas de mudas frutíferas, por exemplo. E, ao mesmo tempo, geram desenvolvimento.

Estamos buscando alternativas mais eficientes em várias áreas, inclusive no transporte coletivo, onde testamos recentemente veículo movido a gás natural e devemos avaliar os resultados em breve. Estamos buscando soluções sustentáveis que respeitem a vocação da nossa cidade. O desenvolvimento urbano e ambiental caminham juntos na nossa gestão.

De que maneira a senhora percebe a avaliação que a população faz da sua gestão?

O que a gente vê nas ruas é muito positivo. As pessoas nos param para conversar, para agradecer e até para cobrar, o que é natural e saudável. Olhamos nos olhos da população e trabalhamos com base na verdade.

Nossa gestão é feita com responsabilidade, coragem e presença, então, sinto que a população percebe isso. Claro que uma cidade de 1 milhão de habitantes enfrenta problemas. O que não podemos é deixar de enfrentá-los, mantendo este compromisso de encontrar soluções novas e eficientes para problemas antigos. É assim que fazemos a diferença, e o campo-grandense percebe isso.

Viemos de uma eleição difícil, mas vencemos com a verdade. O nosso foco é resolver essas demandas históricas da cidade, entregar obras que estavam paradas há décadas e transformar realidades. É isso que estamos fazendo todos os dias, e o feedback nas ruas nos mostra que ainda há muito por fazer, mas estamos no caminho.

A prefeitura tem feito muitos projetos em parceria com o governo do Estado. Agora que o governador faz parte do seu partido, espera que essas parcerias sejam intensificadas para ajudar Campo Grande?

Com certeza. Campo Grande já sofreu muito no passado pela falta de alinhamento entre o prefeito e o governador, e isso prejudicou muito o avanço da cidade. Hoje, a realidade é diferente. Desde o início da gestão, buscamos parceria com o governo do Estado e com todas as forças políticas que queiram ajudar nossa Capital.

Agora, com o governador Eduardo Riedel e a senadora Tereza Cristina no mesmo partido, esse alinhamento ficou ainda mais forte, e Campo Grande vai colher os frutos disso. 

É uma honra ter o governador do Estado no meu partido. Isso representa mais agilidade, mais investimentos em pontos estratégicos e mais entregas para Campo Grande. Nosso compromisso é com a cidade, e onde houver uma porta para bater em busca de recursos, eu estarei lá.

Adriane Barbosa Nogueira Lopes

Nascida em Grandes Rios, no Paraná, Adriane é formada em Direito e Teologia e pós-graduada em Administração Pública e Gerência de Cidades. Casada com o deputado estadual Lidio Lopes, tem dois filhos: Matheus e Bruno. Assumiu a Prefeitura de Campo Grande em 4 de abril de 2022. Antes, foi vice-prefeita em duas gestões, de 2017 a 2022. Em 2024, foi reeleita por mais quatro anos.
 

CAMPO GRANDE

Bioparque Pantanal terá Papai Noel mergulhador em programação especial de Natal

Atração promete encantar visitantes de todas as idades

14/12/2025 18h00

Atração promete encantar visitantes de todas as idades

Atração promete encantar visitantes de todas as idades Divulgação/ Gov MS

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O Bioparque Pantanal preparou uma programação especial de Natal para receber o público em dezembro, com uma das atrações mais aguardadas do período: o Papai Noel Mergulhador.

A apresentação está marcada para as 10h dos dias 23 e 24 e promete surpreender famílias e visitantes ao unir magia, educação ambiental e o contato direto com a biodiversidade.

A ação, que já se tornou tradicional no calendário do atrativo, leva o personagem natalino para dentro dos tanques, reforçando de forma lúdica a importância da conservação ambiental e da relação harmoniosa entre o ser humano e a natureza.

Atenção nos horários!

No dia 24 de dezembro, o Bioparque Pantanal funcionará em horário especial, das 8h30 às 14h30, permitindo que o público aproveite a véspera de Natal com uma experiência diferente em um dos maiores complexos de água doce do mundo. O último horário de entrada será até 13h30.

Já nos dias 25 e 31 de dezembro, não haverá visitação. O empreendimento também permanecerá fechado entre 1º e 7 de janeiro de 2026, período destinado à realização de manutenções internas, voltadas à segurança dos visitantes e ao bem-estar dos animais. As atividades serão retomadas normalmente no dia 8 de janeiro.

Bioparque Pantanal

Inaugurado em março de 2022, o Bioparque Pantanal já recebeu mais de 1 milhão de visitantes e se consolidou como referência nacional em turismo científico, inclusivo, sustentável e contemplativo. O espaço é reconhecido pela estrutura moderna e pelo compromisso com a educação ambiental, acessibilidade e conservação da fauna.

A visita ao Bioparque Pantanal é gratuita, mas o agendamento é obrigatório e deve ser feito exclusivamente pelo site bioparquepantanal.ms.gov.br.

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MANIFESTAÇÃO

"Sem anistia", manifestantes protestam contra PL da Dosimetria em todo o Brasil

Atos ocorreram em diversas cidades e classificam projeto como anistia disfarçada aos envolvidos no 8 de Janeiro

14/12/2025 17h00

Os atos foram organizados pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo

Os atos foram organizados pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo Divulgação/ Agência Brasil

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Manifestantes de diversas cidades brasileiras foram às ruas neste domingo (14) em protesto contra a aprovação do chamado Projeto de Lei da Dosimetria, que altera o cálculo das penas aplicadas aos condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. Para os organizadores, o texto representa uma “anistia disfarçada” e abre caminho para beneficiar o ex-presidente Jair Bolsonaro e integrantes de seu governo.

Os atos foram organizados pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, que reuniram movimentos sociais, centrais sindicais, estudantes e partidos de esquerda. Pela manhã, manifestações ocorreram em capitais como Belo Horizonte, Campo Grande, Cuiabá, Maceió, Fortaleza, Salvador e Brasília.

Na capital federal, o protesto teve início em frente ao Museu da República e seguiu em direção ao Congresso Nacional. Durante o trajeto, manifestantes entoaram palavras de ordem e exibiram cartazes com frases como “Sem anistia para golpista” e críticas diretas ao presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB).

Campo Grande

Em resposta a aprovação por 291 a 148 votos na última quarta-feira (10), centenas de campo-grandenses liberais se encontraram na esquina da Rua 14 de Julho com a Avenida Afonso Pena para protestar contra a tentativa de Anistia das pessoas que foram condenadas pelo 8 de janeiro, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro.

Além de apoiadores, a manifestação contou com a presença de algumas autoridades da esquerda de MS, como o deputado estadual Pedro Kemp (PT), que foi o primeiro político a chegar no local.

Em conversa com a reportagem, o parlamentar falou sobre o movimento desta manhã e a importância de dar uma rápida resposta ao PL da Dosimetria.

"Mais uma vez, a população dá um recado para a Câmara dos Deputados, que está votando na contramão de tudo aquilo que a população deseja, porque quem atentou contra a democracia, quem quebrou a série dos poderes em Brasília, quem tentou dar um golpe de estado no Brasil tem que ser condenado e pagar por esses crimes. Dar uma lição na história de que nós não aceitamos mais golpes no Brasil", disse o petista.

O ex-deputado estadual e agora candidato ao governo de Mato Grosso do Sul pelo Partido dos Trabalhadores, como oficializado neste sábado (13) pelo presidente do partido, Fábio Trad também compareceu ao protesto.

"É um momento muito importante, mas não só para a esquerda, para todos os democratas. Eu convido também a direita liberal que respeita a democracia, aquela direita dos anos 90 que respeitava a vontade das urnas, que não apoiava os Estados Unidos contra o próprio Brasil. Ela deveria estar aqui conosco, porque o que está em jogo aqui hoje não é só uma disputa partidária, é uma questão de civilização e barbárie", destaca.

Paulista ocupada

Em São Paulo, a Avenida Paulista foi ocupada por manifestantes concentrados nos quarteirões próximos ao Museu de Arte de São Paulo (Masp). O ato reuniu representantes de sindicatos, movimentos sociais, estudantis e partidos políticos contrários ao projeto.

Durante o protesto, o coro de “sem anistia” foi repetido diversas vezes. Cartazes com dizeres como “Congresso inimigo do povo” ganharam destaque, assim como críticas ao comando da Câmara. Parte dos participantes vestiu roupas verde e amarelas para reforçar a rejeição à anistia dos envolvidos nos atos golpistas.

A votação do PL na Câmara ocorreu em meio a um episódio de tensão, após a retirada forçada do deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) da Mesa Diretora pela Polícia Legislativa. Jornalistas foram impedidos de acompanhar a ação, e profissionais da imprensa relataram agressões.

Parlamentares da oposição avaliam que, com as mudanças previstas no texto, Bolsonaro poderia ter a pena reduzida de 7 anos e 8 meses para cerca de 2 anos e 4 meses em regime fechado, conforme o cálculo atual da Vara de Execuções Penais.

Segundo Juliana Donato, da Frente Povo Sem Medo, a mobilização foi motivada pela gravidade da proposta. “Nós entendemos que isso é uma anistia. Os crimes cometidos contra a democracia são muito graves e não podem ser perdoados. A impunidade abre espaço para novas tentativas de golpe”, afirmou. Ela acredita que a pressão popular pode influenciar a tramitação do projeto no Senado.

Protestos no Rio

No Rio de Janeiro, milhares de pessoas ocuparam as ruas próximas ao Posto 5, em Copacabana. O ato contou com a participação de movimentos sociais, sindicatos, estudantes, parlamentares, artistas e militantes de esquerda.

A manifestação ganhou caráter cultural com a participação de artistas como Caetano Veloso e Gilberto Gil, que se apresentaram durante a tarde. O evento foi batizado de “Ato Musical 2: o retorno”, em referência a uma mobilização anterior contra a PEC da Blindagem.

Além do PL da Dosimetria, os participantes protestaram contra a escala de seis dias de trabalho por um de descanso, o marco temporal para demarcação de terras indígenas, o feminicídio e cobraram transparência em investigações envolvendo o Banco Master.

Uma performance realizada por um grupo de mulheres chamou atenção ao comparar parlamentares favoráveis ao projeto a “ratos traiçoeiros”, com a distribuição de animais de borracha e fotos de deputados que votaram pela redução das penas.

A aposentada Angela Tarnapolsky, de 72 anos, afirmou que não poderia se omitir diante do que considera retrocessos democráticos. “Depois de tudo o que vivi desde a ditadura, é impossível aceitar um Congresso com esse nível de retrocesso”, declarou.

O deputado Glauber Braga participou do ato e agradeceu o apoio popular. Com a suspensão de seu mandato por seis meses, ele afirmou que levará o gabinete “para as ruas” e seguirá mobilizado contra o PL da Dosimetria e contra as chamadas emendas Pix, que permitem repasses de recursos públicos sem detalhamento do uso.

O que prevê o projeto

O PL da Dosimetria estabelece que os crimes de tentativa de golpe de Estado e de abolição do Estado Democrático de Direito, quando cometidos no mesmo contexto, sejam punidos apenas com a pena mais grave, e não pela soma das penas. O texto também reduz o tempo necessário para a progressão de regime, do fechado para o semiaberto ou aberto.

A proposta pode beneficiar, além de Bolsonaro, militares e ex-integrantes do alto escalão do governo anterior, como Almir Garnier, Paulo Sérgio Nogueira, Walter Braga Netto e Augusto Heleno.

Parlamentares da oposição preveem, para o ex-presidente Jair Bolsonaro, que o total da redução pode levar ao cumprimento de 2 anos e 4 meses em regime fechado em vez dos 7 anos e 8 meses pelo cálculo atual da vara de execução penal, segundo a Agência Câmara de Notícias. Mas a definição dos novos prazos será do STF e pode ser influenciada pelo trabalho e estudo em regime domiciliar, que diminuem o período de prisão.

O texto original previa anistia a todos os envolvidos nos atos de 8 de janeiro e dos acusados dos quatro grupos relacionados à tentativa de golpe de Estado julgados pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Mas esse artigo foi retirado do projeto.

**Colaborou Felipe Machado**

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