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Agentes penais desarmados em presídios correm risco de vida

Segundo sindicato, policiais penais exercem novas funções e correm perigo por ainda não terem porte de arma; alerta surgiu após prisão de grupo armado próximo à Gameleira

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Prisão de grupo armado nas imediações do presídio semiaberto Centro Penal Agroindustrial Gameleira trouxe à tona a preocupação com a segurança dos policiais penais, que, segundo o Sindicato dos Servidores da Administração Penitenciária de Mato Grosso do Sul (Sinsap-MS), correm risco de vida por não terem porte de arma.

Os antigos agentes penais, que cumpriam as obrigações do cargo no perímetro interno dos presídios, desde o fim do ano passado passaram a exercer novas funções na segurança penitenciária em Mato Grosso do Sul, exercendo a função de policiais.

De acordo com o presidente do Sinsap-MS, André Luiz Garcia Santiago, a categoria é constituída federalmente desde 2019 e ainda deve ser regulamentada por lei no Estado.

“É necessário uma legislação para a Polícia Penal em Mato Grosso do Sul, e nós estamos efetivando aqui no Estado atribuições mediante decreto, o que hoje já é ilegal, então, falta uma sustentação jurídica para o policial penal exercer as suas atividades”, disse Santiago.

As novas atividades do policial penal no sistema penitenciário eram atribuídas anteriormente aos policiais militares, como, por exemplo, fazer operações de escolta e custódia hospitalar, além da guarda externa no complexo da Gameleira. 

Conforme informações obtidas pelo Correio do Estado, o processo para mudança de atribuições causa instabilidade na segurança dos presídios.

“Alguns servidores estão assumindo novas obrigações de segurança, que eram exercidas pela Polícia Militar, e muitos deles não têm o armamento. Então, como eles podem exercer todas as funções se eles não estão habilitados e não têm armas?”, declarou o presidente do Sinsap-MS.

Segundo o sindicato de policiais penais, alguns servidores necessitam de nova formação para exercer o cargo de policial penal. Dos 1.975 policiais penais de Mato Grosso do Sul, 700 não são formados com a capacitação necessária e, por este motivo, não podem exercer a função com o porte de arma. 

“Somos polícia apenas na emenda constitucional, uma polícia quase que no papel. Com a lei, será regulamentada a formação, vai transformar a escola e uma academia. A lei vai obrigar o Estado a fornecer o uniforme e quais os armamentos que o policial poderá utilizar”, acrescentou o presidente do sindicato.

A Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) informou que, atualmente, a segurança externa (vigilância de muralhas) do complexo da Gameleira é atribuída aos policias penais por meio do Grupamento de Escolta Penitenciária (GEP), que, segundo a Agepen, é dotado de armamento institucional e demais equipamentos pertinentes. A segurança externa também e feita com reforço da Polícia Militar.

A Agepen também informou que atualmente não existe regulamentação para os servidores trabalharem armados dentro do presídio e que apenas o GEP tem permissão para isso.

De acordo com a agência, o trabalho da Polícia Penal ainda está em processo de regulamentação e capacitação, processo de transição da figura do agente penitenciário para a do policial penal.

GRUPO ARMADO

Um veículo com quatro pessoas armadas foi flagrado pela Polícia Militar nas proximidades do Centro Penal Agroindustrial da Gameleira, por volta das 6h05min desta segunda-feira.

A polícia localizou quatro pistolas no interior do carro e munições. Segundo o delegado Guilherme Scucuglia, do Garras, dois foram presos e outros dois fugiram pelo matagal da região.

Conforme apurado pelo Correio do Estado, a suspeita sobre o grupo estar armado em frente à Gameleira é de um possível atentado contra internos do semiaberto, que deixam o local para trabalhar diariamente. Não há nenhum indício de invasão do presídio.

Segundo o delegado Guilherme Scucuglia, foram abertas investigações refentes ao delito. O ato de prisão de dois homens foi realizado na delegacia do Garras e eles estão em processo de identificação.

“Novas diligências visando a apuração dos indivíduos serão realizadas, para que sejam identificados e, assim, sejam aplicadas as medidas cautelares, caso sejam cabíveis”, declarou o delegado.

A Agepen se pronunciou, em nota, sobre o caso, informando que “a Gerência de Inteligência do Sistema Penitenciário (Gisp) está participando e colaborando ativamente nas investigações, visando preservação institucional e demais investigados envolvidos”. 

“A Diretoria de Operações da Agepen, por meio do Grupamento de Escolta Penitenciária (GEP) e do Comando de Operações Penitenciárias (Cope), reforçou o perímetro externo da região do complexo da Gameleira”, esclareceu, em nota.

Previsão do tempo

Confira a previsão do tempo para o final de semana em Campo Grande e demais regiões de MS

Chuvas se despedem nesta sexta-feira

22/11/2024 12h30

Céu com nuvens

Céu com nuvens Marcelo Victor / Correio do Estado

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A previsão para o final de semana em Mato Grosso do Sul, começa com probabilidade de chuva na sexta-feira (22) e tendência de tempo mais firme ao longo de sábado (23) e domingo (24).

Confira abaixo a previsão do tempo para cada região do estado: 

  • Para Campo Grande, estão previstas temperaturas mínimas de 22°C e 23°C e máximas entre 29°C e 33°C. Chove na sexta.
  • A região do Pantanal deve registrar temperaturas mínimas entre 23ºC e 26°C e máximas entre 30°C e 36°C. Pode chover durante sexta-feira.
  • Em Porto Murtinho são esperadas mínimas de 23°C e 25°C e máximas entre 32ºC e 37°C. Irá chover na sexta.
  • O Norte do estado deve registrar temperaturas mínimas de 23°C e 24°C e máximas entre 30°C e 35°C. Deve chover durante sexta e sábado. 
  • As cidades da região do Bolsão, no leste do estado, terão temperaturas mínimas entre 22°C e 25°C e máximas entre 30°C e 34°C. Há possibilidade de chuva na sexta e no sábado.
  • Anaurilândia terá mínimas de 20°C e 22°C e máximas de 31°C e 34°C. Choverá na sexta-feira.
  • A região da Grande Dourados deve registrar mínimas de 21°C e 22°C e máximas de 30°C e 34°C. Chove na sexta-feira.
  • Estão previstas para Ponta Porã temperaturas mínimas de 21°C e 22°C e máximas de 28°C e 32°C. Irá chover sexta.
  • Já a região de Iguatemi terá temperatura mínimas de 21°C e 22°C e máximas de 31°C e 34°C. Chove sexta.

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OPERAÇÃO NA BR

Mais de 100 quilos de cabelo humano são apreendidos no interior de MS

Além do cabelo humano, mais de 450 perucas também foram encontrados pelo DOF dentro de uma Hyundai Tucson; ao todo, os produtos estão avaliados em R$ 920 mil

22/11/2024 10h45

Cabelo humano e perucas apreendidas em Maracaju

Cabelo humano e perucas apreendidas em Maracaju Foto: Divulgação/DOF

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O Departamento de Operações de Fronteira (DOF) apreendeu 107 quilos de cabelo humano e 458 perucas, durante ação em Maracaju, que estavam dentro de um Hyundai Tucson, conduzido por um homem de 38 anos.

A abordagem no carro começou durante um bloqueio feito pelos militares na MS-164. Na vistoria, quando perguntado sobre a alta quantidade dos produtos em seu veículo, o homem afirmou que estava levando-os para Bataguassu. Porém, ao checar as notas fiscais, foram descobertas irregularidades.

Ao todo, os cabelos e perucas confiscadas estão avaliadas em R$ 920 mil e foram encaminhados à Polícia Federal em Dourados. A ação faz parte do Programa Protetor das Fronteiras e Divisas, parceria da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) com o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP).

 

Casos recentes (1º)

No final de setembro, duas pessoas, com idades entre 22 e 34 anos, foram presas com R$ 1,36 milhão em cabelo humano em um veículo na MS-164, na zona rural de Ponta Porã, a 297 quilômetros de Campo Grande.

De acordo com informações do Departamento de Operações de Fronteira (DOF), os 131 quilos de cabelo humano foram encontrados em um Fiat Mobi, dirigido pelo jovem de 22 anos, com um passageiro de 34 anos no veículo.

Durante a vistoria ao veículo, os policiais encontraram a mercadoria sem a documentação legal para circulação e comércio no país. 

Questionados, confessaram o transporte e disseram que pegaram o cabelo humano em um posto de gasolina em Ponta Porã e que estavam no caminho de Dourados, onde deixaram o material.

Casos recentes (2º)

No dia 23 de julho deste ano, o DOF apreendeu 293 quilos de cabelo humano em Deodápolis, município 264,5 quilômetros distante de Campo Grande. 

Em nota, o DOF informou que os militares realizavam um bloqueio policial para fiscalização na rodovia MS-276, quando abordaram os condutores dos veículos Renault Sandero branco e Fiat Argo preto.

Os condutores, um homem de 32 anos e uma mulher de 39, apresentaram nota fiscal da mercadoria, e disseram que seguiam de Dourados para a cidade de São Paulo.

Os dados declarados no documento divergiam da pesagem do material apreendido, e estavam com data vencida.

A ocorrência foi registrada e entregue na Receita Federal em Ponta Porã, sendo o valor estimado do produto apreendido em mais de R$ 3 milhões.

Casos recentes (3º)

Em Ponta Porã, no dia 27 de maio, o DOF apreendeu 150 quilos de cabelo humano que seriam levadas até Dourados

Os policiais federais estavam fiscalizando a rodovia MS-164 quando ordenaram a parada de um Toyota Etios branco. Rapidamente localizaram o produto ilegal.

O motorista, um homem de 32 anos, afirmou que foi contratado para o serviço e pegou os cabelos em Ponta Porã, através de uma pessoa vinda do Paraguai. 

Ao todo, 150 quilos de cabelo foram apreendidos, o que gerou um prejuízo de R$ 1,59 milhão aos cofres dos envolvidos no crime. A ocorrência foi registrada e entregue à delegacia da Polícia Federal de Ponta Porã.

Casos recentes (4º)

No dia 16 de janeiro, um homem, que não teve suas identidades reveladas, foi preso com 62 quilos de cabelos humanos e diversos itens eletrônicos em dois veículos, na BR-158 em Brasilândia, a 363 quilômetros de Campo Grande.

O flagrante aconteceu durante uma fiscalização, quando os agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF), abordaram um Chevrolet Montana e uma Van Renault Revescap, ambos veículos na região de Avaré (SP).

Durante fiscalização os policiais localizaram grande quantidade de cabelo humano além de diversos itens de informática, eletrônicos e aparelhos celulares. 

Os produtos oriundos do Paraguai tinham como destino o interior do estado de São Paulo.

*Colaborou Alanis Netto e João Gabriel Villalba

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