Foi na batida da música eletrônica com uma pitada de rock and roll em uma versão de “We will rock you”, da banda inglesa Queen, que a General Motors (GM) apresentou, na noite de quarta-feira (9), em Campinas (SP), o Chevrolet Agile 2014 e as versões do Sonic e do Agile série Effect, o que mostra que a personalização e a customização devem ganhar mais atenção da montadora nos próximos anos. Considerando o título da música usada na campanha de lançamento, os modelos querem abalar os consumidores, no bom sentido.
“Há um ano, lançamos o Ônix, e o consumidor tinha três opções de customização na concessionária. É um mercado que dobrou em cinco anos e quando se fala em customização não é só visual, tem a funcionalidade e conveniência também”, afirmou Hermann Mahnke, diretor de marketing da Chevrolet no Brasil.
À primeira vista, o novo Agile mantém o aspecto robusto que o consagrou – com mais de 225 mil unidades vendidas desde o lançamento, em 2009 –, mas ganhou um design mais leve e esportivo, que sai em dez cores. A série Effect sairá somente nas cores branco Summit e vermelho Chilli. O Sonic será produzido exclusivamente na cor branco Ice.
Segundo Mahnke, pesquisas apontam que o brasileiro gasta em média R$ 800 com customização. O Agile tem 52 assessórios disponíveis. “Há mais de dez anos começamos a investir neste segmento, e o Effect é um novo passo em termos de customização e séries especiais é a customização, que já sai da fábrica”, disse Mahnke. A equipe de design começou a trabalhar na série Effect primeiro com o Sonic e depois com o Agile, que já seria reestilizado.
Para o gerente sênior de design da Chevrolet, Wagner Dias, o grande desafio foi, no caso do Sonic, customizar sem dar um aspecto de tuning, exagerado. Para o Agile viu-se uma oportunidade de evolução. “A série Effect é ideal para o Agile porque geralmente os carros são lançados e vão se pendurando assessórios neles, o que não fica bom. Vê-se que é uma adaptação. O Agile já veio preparado para receber as mudanças, é como se lapidássemos um diamante se comparada a versão atual com a lançada em 2009”, disse Dias.
Com várias mudanças, modelo sai somente na versão ltz
O Agile a partir de agora sai somente na versão LTZ, e entre as principais mudanças na parte externa está a substituição das rodas de 15 por 16 polegadas (que serão usadas também no Sonic e Agile Effect). Molduras pretas foram adicionadas nas partes dianteiras e traseiras para amenizar os efeitos de inevitáveis “batidas” no estacionamento. A série Effect vem com aerofólio, adesivos laterais e saia na parte da frente. Os faróis também estão mais elegantes, e o para-choque foi completamente redesenhado.
Famoso pelo espaço interno, o Agile ganha um volante novo com a base mais chata e esportiva. O Easytronic traz borboletas atrás do volante para as trocas de marcha no modo manual. O compacto traz ainda novos mostradores, novos grafismos e molduras no painel. Os detalhes de algumas em acabamento cromado deram um aspecto Premium ao carro. Complementando as mudanças de acabamento interno os bancos e painéis de porta receberam a aplicação de novos tecidos. O motor Econovlex 1.4 de 102 cv (com etanol) e 97 cv (com gasolina) foi mantido.
Test drive
Na manhã de quinta-feira (10), a reportagem pode conferir algo mais do que a mudança visual do Agile e testar o comportamento dele na pista. No test drive realizado no Campo de Provas da Cruz Alta, em Indaiatuba (SP), testei a versão com câmbio manual e a versão da série Effect com o câmbio automático, Easytronic.
O carro mantém a estabilidade mesmo nas curvas mais fechadas e também se comportou bem no asfalto acidentado, algo comum em muitas estradas brasileiras. O câmbio responde rápido às mudanças de marcha, no manual, e no automático a direção fica ainda mais prazerosa.