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Águas Guariroba pretende chegar a 98% de esgoto tratado até 2028

Com R$ 2 bilhões de investimentos ao longo dos últimos 20 anos, a concessionária lança hoje nova etapa de saneamento, que promete ampliar o sistema na Capital

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A Águas Guariroba e a Prefeitura de Campo Grande assinam hoje um termo de reconhecimento das entregas realizadas pela concessionária nos últimos anos, que estão acima do esperado, e também lançam parceria que pretende entregar 98% de esgoto tratado à população dentro de três anos, por meio da quarta fase do programa Campo Grande Saneada.

O contrato com a Águas Guariroba começou em 2003, quando se deu início aos investimentos da concessionária na Capital. Naquela época, cerca de 19,1% dos campo-grandenses eram contemplados com rede de esgoto.

Depois de 20 anos e com mais de R$ 2 bilhões aplicados, a busca pela universalização do esgotamento sanitário fez o Município chegar a 94% de cobertura, com coleta e tratamento adequado.

Em 2020, o governo federal instaurou Novo Marco Legal do Saneamento Básico (Lei nº 14.026/2020), o qual estabeleceu duas metas aos municípios e estados brasileiros para serem alcançadas até 2033: 99% de atendimento com água potável e 90% com coleta e tratamento de esgoto. Campo Grande bateu as metas com nove anos de antecedência, em 2024.

Hoje, 99% da população da Capital – cerca de 953 mil pessoas – conta com acesso à água de qualidade. Atualmente, as redes totalizam mais de 3,2 mil quilômetros de extensão, com 304 mil ligações e 884 mil beneficiários.

Porém, nesta quarta fase do programa Campo Grande Saneada, além da ampliação da cobertura de esgoto tratado para 98%, há a previsão de entregar 697 km de redes de esgoto e 66 mil novas ligações, ações que vão beneficiar mais de 185 mil pessoas. Em agosto, o diretor-presidente da Águas Guariroba, Gabriel Buim, já havia adiantado ao Correio do Estado os objetivos da empresa.

“A gente está até com um plano de universalização, posto que hoje a gente tem 94% de cobertura de esgoto e precisa chegar até 98% de cobertura, e esse plano está na mesa do Executivo para aprovar. E aí a gente consegue, com esse plano, fazer a rede de esgoto antes da pavimentação, que já faz a infraestrutura completa no bairro”, afirmou.

Ademais, uma nova estação de tratamento de esgoto (ETE) está prestes a ser inaugurada em Campo Grande, localizada na região norte da Capital e chamada de Botas. Em fase final das obras, deverá tratar mais de 600 milhões de litros de esgoto por ano quando concluída.

Hoje, a cidade conta com outras duas ETEs. Uma está localizada no Bairro Los Angeles, inaugurada em 2008 e tem a capacidade de tratar 1.080 l por segundo. Quatro anos depois, foi entregue a ETE Imbirussu, com 2 mil metros quadrados de área construída e capacidade de tratar 120 l por segundo.

PROJETOS SOCIAIS

Além dos investimentos estruturais, a concessionária quer ampliar a base de famílias cadastradas no Tarifa Social, programa idealizado pela Águas Guariroba que oferece 50% de desconto na conta de água e esgoto para famílias de baixa renda. Em 14 meses, a empresa pretende aumentar para 53 mil famílias contempladas com o desconto nas tarifas, mais que o dobro das beneficiadas atualmente - 23 mil.

Há cerca de 50 dias, Gabriel Buim também já havia adiantado ao Correio do Estado os planos da empresa em investir em projetos sociais, principalmente na área da educação, a fim de ensinar a população sobre o uso consciente da água.

“A gente sempre busca estar muito próximo da população. A gente tem alguns projetos sociais e de consciência ambiental para que a população possa ver que esse trabalho não é simples. Já passaram mais de 400 mil alunos ao longo desses 20 anos falando de consumo consciente, falando da utilização da rede de esgoto. Foram mais de 1.200 professores que a gente capacitou para falar sobre isso nas escolas”, destacou.

“Estamos muito próximos das lideranças comunitárias, entendemos que são pessoas que estão próximas da população e conseguem escutar as demandas muito rápido e trazer os problemas, e no fim do dia a gente tem que atender de algum jeito”, completou o diretor-presidente.

*SAIBA

Em relação ao abastecimento de água, 10 “superpoços” já foram perfurados, e o planejamento é de que seja construído ao menos um por ano na Capital, segundo o diretor-presidente da Águas Guariroba, Gabriel Buim.

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80 milhões

Adriane diz que culpa de enchentes é falta de dinheiro do Governo Federal

Prefeita afirmou que Campo Grande não tem recursos próprios para arcar com obra de R$80 milhões para drenagem na Av. Rachid Neder, projeto que não foi aprovado pelo PAC

13/11/2025 17h52

Obra de drenagem está orçada em R$80 milhões

Obra de drenagem está orçada em R$80 milhões FOTO: Gerson Oliveira/Correio do Estado

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A prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes, afirmou na manhã de hoje que as inundações que aconteceram, de forma específica, na Avenida Rachid Neder na Capital, em razão das fortes chuvas que caíram durante a noite, são consequência da falta de envio de recursos do Governo Federal à cidade. 

Segundo Adriane, as obras de drenagem e contenção na região do São Francisco, especificamente na Avenida Ernesto Geisel, trariam uma "resposta rápida" para Campo Grande. 

"Essa é a obra que traria uma resposta rápida para a cidade. Infelizmente não tivemos aprovação no PAC, o Governo Federal não recepcionou o projeto que estava pronto, então nós estamos em busca de recursos. Essa obra da Rua Corguinho é uma obra de grande relevância que reduziria os impactos da chuva na Rachid Neder", pontuou a prefeita.

Em 2024, a Prefeitura Municipal do município elaborou projetos de infraestrutura para solicitar recursos do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), do Governo Federal.

No mês de julho do mesmo ano, foram destinados R$150 milhões para Campo Grande, com destaque para o projeto de recuperação e adequação de drenagem e manejo de águas fluviais/Prevenção a desastres no Fundo de Vale do Rio Anhanduizinho. 

No entanto, de acordo com Adriane, o projeto que contemplava a restruturação da Avenida Mascarenha de Moraes, não foi contemplado no Plano. 

"Não houve nenhuma justificativa plausivel para que não fosse aprovado porque o projeto estava pronto e é de grande relevância para a cidade Mas, também, de grande valor de investimento. Campo grande precisa de aporte e de recursos. Sem esses recursos, não é possível fazer uma uma obra de emergência, que traz resposta para a resposta. 

Segundo a prefeita, a obra para trabalhar a drenagem e conter outros alagamentos, após décadas de problemas na região está orçada em R$80 milhões. 

"Nossa equipe tem o planejamento, mas precisamos de recursos. Recursos próprios para esse investimento, Campo Grande hoje não tem, por isso estamos buscando a parceria do governo federal e estadual". 

O impacto das chuvas sobre a região do São Francisco, especialmente no cruzamento da Ernesto Geisel, Mascarenha de Moraes e Rachid Neder, tem contribuído para o desgaste e impermeabilização do asfalto.  

"A cidade vai crescendo, vai impermeabilizando, vai criando asfalto, calçada, isso vai dificultando a drenagem nas regiões. Essa drenagem tinha um impacto quando foi construída, mas com o desenvolvimento da região, esse impacto mudou. 

Monitoramento

Campo Grande possui 16 pontos críticos que são "monitorados a todo tempo, especialmente em períodos de chuva". O acumulado de chuva entre a noite de ontem e a manhã de hoje já havia chegado a 110 milímetros na cidade em 12 horas.

"É um impacto muito grande pra cidade em curto espaço de tempo. Temos equipe a postos, preparados, mas nunca sabemos qual o volume que vai ter de chuva. As mudanças climáticas estão afetando diversas cidades e em Campo Grande não é diferente", afirmou a prefeita. 

PAC

A Casa Civil da Presidência da República divulgou, no dia 15 de outubro, uma nova lista de projetos incluídos no Novo PAC. Ao todo, 24 projetos de Mato Grosso do Sul terão recursos para obras e aquisição de bens e serviços. 

Em Campo Grande, foram incluídos empreendimentos para Equipamentos para Expansão da Radioterapia no SUS e para Creche/Escola de Educação Infantil, fora os R$150 milhões emprestados no ano passado. 

Ao todo, Campo Grande tem R$ 730.785.668,67 em projetos com investimentos do programa federal.

Chuvas

No início da tarde de hoje, mais 41,2 milímetros de chuva caíram em Campo Grande em um intervalo de duas horas, de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia. A temperatura despencou 6,5ºC, saindo de 27,9°C para 21,4°C.

Mais uma vez, a avenida Rachid Neder se transformou em rio, juntamente com a avenida Ernesto Geisel. 

O alagamento deixou mãe e filha presas dentro de um veículo no meio da enxurrada. De acordo com as informações, o carro ficou parado cerca de 10 minutos no meio das águas enquanto as mulheres aguardavam o resgate. 

Segundo observadores da situação, o carro chegou a ser levado por poucos metros pela força da correnteza. O veículo foi retirado por um trator. 

Segundo o Climatempo, durante as próximas horas ainda podem cair cerca de 12,66 milímetros se estendendo até a madrugada.

Mato Grosso do Sul segue em alerta de perigo para tempestades até a manhã do próximo sábado (14), abrangendo todos os municípios do Estado. Há risco de grandes volumes de chuva, fortes rajadas de vento (até 100 km/h) e possível queda de granizo. 

Em caso de perigo, contate a Defesa Civil pelo número 199.
 

Audiência pública

Câmara vai discutir por que Campo Grande voltou a ter favelas

Capital de MS, há duas décadas "zerou" favelas, agora tem 62 comunidades

13/11/2025 17h22

Vereador Landmark Rios

Vereador Landmark Rios Gerson Oliveira

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Por iniciativa do vereador Landmark Rios (PT), a Câmara dos Vereadores de Campo Grande promove nesta sexta-feira, a partir das 8h30min, a Audiência Pública sobre Regularização de Favelas. A iniciativa também foi promovida com a deputada estadual Gleice Jane (PT). 

No evento, Landmark pretende discutir a situação de 62 comunidades da periferia de Campo Grande, resultantes de ocupações irregulares, de áreas públicas (a maioria) e privadas. O objetivo é buscar saídas para investimento em habitação e regularização fundiária. 

Devem participar do evento representantes das agências municipal (Amhasf) e estadual (Agehab), além de representantes do Ministério do Desenvolvimento Regional, responsável pela área habitacional no governo federal. 

“É algo muito grave o que está ocorrendo, porque há pouco mais de 10 anos não tínhamos favelas em Campo Grande, tínhamos zerado, e agora, elas voltaram a se proliferar. Além de entender o problema, é preciso resolvê-lo, encontrar caminhos para isso”, disse Landmark Rios em entrevista ao Correio do Estado. 

Também participarão do evento lideranças de movimentos sociais, como por exempo integantes locais da Central Única das Favelas (Cufa). 

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