Cidades

APROVADO

ALEMS autoriza crédito de 80 milhões de dólares ao Hospital Regional

De acordo com o PL aprovado, o governo afirma que os recursos são necessários para garantir a terceirização da gestão do hospital

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Após a votação ser adiada duas vezes por pedidos de vistas, nesta terça-feira (4), a Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS), finalmente, aprovou o Projeto de Lei 254/2025, que autoriza o Governo do Estado a contratar uma operação de crédito contingente com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), no valor de até US$ 80 milhões, para a Parceria Público-Privada (PPP) do Hospital Regional de Mato Grosso do Sul (HRMS). 

A proposta, de autoria do Executivo estadual, obteve 19 votos favoráveis e apenas dois contrários, da deputada Gleice Jane (PT) e do deputado João Henrique Catan (PL), ambos pediram vistas nas reuniões anteriores.

Segundo o texto da proposta, a operação de crédito é classificada como “contingente”, ou seja, só será convertida em dívida ativa do Estado se houver inadimplência nas obrigações da PPP.

De acordo com o texto do projeto, o governo afirma que os recursos são necessários para garantir a terceirização da gestão do hospital. O valor contará com o aval da União, sendo essa a razão da necessidade de aprovação pela Assembleia Legislativa. 

A PPP visa implementar um modelo inovador de gestão em que o parceiro privado será responsável pelos serviços não assistenciais, enquanto o Estado manterá a responsabilidade pela assistência médica, regulação e fiscalização.

"Com investimentos de R$ 954 milhões em obras e R$ 245 milhões anuais na operação, o projeto ampliará o número de leitos e o pronto-socorro, aumentará a rotatividade e permitirá 132 mil atendimentos anuais. O contrato, com prazo de 30 anos, inclui metas ambientais, sociais e de governança, com uso de energia renovável, tratamento sustentável de resíduos e políticas de inclusão e diversidade, tornando-se referência nacional em eficiência, sustentabilidade e inovação na saúde pública", diz o Projeto de Lei.

Em projetos de Parceria Público-Privada (PPP), um dos aspectos centrais é a estruturação de mecanismos de garantia que confiram ao parceiro privado previsibilidade quanto ao cumprimento de obrigações contratuais por parte do Poder Público. Para atender esse objetivo, nas PPPs já contratadas pelo Estado (Infovia Digital e Usinas Fotovoltaicas) é utilizado um mecanismo duplo de garantia, abrangendo tanto a vinculação quanto a imobilização de recursos orçamentários.

Detalhes

No âmbito do contrato de PPP do HRMS levando-se em consideração a relação entre o custo anual de manutenção e a cobertura de garantia, o governo se compromete a pagar um valor anual ao parceiro privado, chamado de "contraprestação pública", no valor de R$ 30 milhões, estimados R$ 6,00 para cada R$ 100,00 de cobertura, por ano. 

Por outro lado, a operação de crédito contingente proporcionará ao Estado cobertura de garantia estimada em R$ 440 milhões, sem necessidade de imobilização de recursos orçamentários. A relação custo/cobertura é de R$ 0,80 (oitenta centavos de real) para cada R$ 100,00 (cem reais) de cobertura, por ano.

Portanto, a operação de crédito contingente amplia a cobertura de garantia em 14,7 vezes, ou seja, de R$ 30 milhões para R$ 440 milhões, ao mesmo tempo em que reduz os custos de manutenção anuais em 87%, equivalente a R$ 6,00 para R$ 0,80 por ano, para cada R$ 100,00 (cem reais) de cobertura.

Destaca-se que, enquanto não acionada, a Administração Pública Estadual paga apenas Comissão de Garantia, de 0,8% ao ano sobre o montante de garantia não acionada. Em caso de inadimplência do Estado, parte equivalente da garantia é acionada.

Disso decorre que o BID paga diretamente a parcela inadimplida ao parceiro privado, convertendo o valor honrado em operação de crédito efetiva com o Estado. A operação de crédito contingente apenas é incorporada ao endividamento do Estado quando houver inadimplência quanto às obrigações públicas no contrato de PPP e, em consequência, a garantia for acionada.

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Cidades

Brasil fica entre os 10 países mais violentos do mundo em ranking; veja lista

O levantamento lista as 50 nações com os níveis de violência mais severos e classifica a situação como extrema, de alta intensidade ou turbulenta

12/12/2025 21h00

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O Brasil está entre os 10 países mais violentos do mundo, de acordo com o Índice de Conflito da instituição Armed Conflict Location & Event Data (Acled), divulgado nesta quinta-feira, 11

A Acled é uma organização sem fins lucrativos e independente que monitora, avalia e mapeia dados sobre conflitos e protestos. Ela recebe apoio financeiro do Fundo de Análise de Riscos Complexos da Organização das Nações Unidas (ONU).

O ranking analisa a intensidade dos conflitos em todos os países do mundo com base em quatro indicadores: letalidade, perigo para civis, difusão geográfica e número de grupos armados.

Veja a lista:

1 - Palestina

2 - Mianmar

3 - Síria

4 - México

5 - Nigéria

6 - Equador

7 - Brasil

8 - Haiti

9 - Sudão

10 - Paquistão

O levantamento lista as 50 nações com os níveis de violência mais severos e classifica a situação como extrema, de alta intensidade ou turbulenta. Os dados foram colhidos entre 1º de dezembro de 2024 e 28 de novembro de 2025.

O Brasil aparece na sétima posição, com um conflito classificado como extremo - atrás até da Ucrânia, que enfrenta uma guerra contra a Rússia desde 2022. Segundo o índice, nos últimos doze meses, o Brasil registrou 9.903 eventos de violência política - expressão usada pela Acled para definir o uso da força por um grupo com propósito ou motivação política, social, territorial ou ideológica, incluindo violência contra civis e força excessiva contra manifestantes, por exemplo.

Apesar do resultado negativo, o País caiu uma posição em relação ao levantamento do ano passado. A instituição aponta que a violência de gangues foi um dos fatores que alimentou os conflitos no Brasil.

O mesmo motivo se repete no Haiti, no México e, principalmente, no Equador, que subiu 36 posições em apenas um ano, com mais de 50 grupos armados envolvidos ativamente em atos de violência no período, incluindo quase 40 gangues. "Mais da metade dessas gangues estiveram envolvidas nos mais de 2,5 mil ataques contra civis", afirma a Acled.

Praticamente todas as pessoas na Palestina foram expostas à violência, o que fez do território o pior classificado na lista. "A Palestina também apresenta o conflito geograficamente mais difuso, o que significa que a Acled registra altos níveis de violência em quase 70% da [Faixa de] Gaza e da Cisjordânia", disse a organização. Em letalidade, a região só perde para a Ucrânia e o Sudão. Em segundo lugar no ranking geral está Mianmar, seguido por Síria, México e Nigéria.

No geral, os conflitos se mantiveram em níveis estáveis ??nos últimos 12 meses, com 204.605 eventos registrados no período, contra 208.219 eventos no levantamento anterior. "Esses eventos violentos resultaram - em uma estimativa conservadora - em mais de 240 mil mortes", aponta a Acled.

O ranking é feito com base em dados coletados quase em tempo real pela organização, em mais de 240 países e territórios, ao longo dos 12 meses anteriores à análise.

A Acled também listou 10 países e regiões que, segundo suas projeções, enfrentarão conflitos armados, instabilidade política e emergências humanitárias em 2026. Entre eles estão a América Latina e o Caribe, devido à crescente pressão dos Estados Unidos na região, o que pode alimentar uma maior militarização da segurança e da violência no ano que vem.
 

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POLÍCIA

Suspeito de furtar condomínios de luxo é preso em Campo Grande

Ele foi flagrado pelas câmeras de segurança escalando muros e tentando acessar áreas internas de residenciais de alto padrão

12/12/2025 18h15

Divulgação: Polícia Civil

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A Delegacia Especializada em Repressão a Roubos e Furtos (DERF) prendeu, na manhã de quinta-feira (11), um indivíduo responsável por uma sequência de tentativas de furtos em condomínios residenciais de Campo Grande. A ação das autoridades interrompeu a onda de invasões que vinha assustando moradores de diferentes bairros da Capital.

O suspeito, de 20 anos, já possui extenso histórico de práticas de furtos, inclusive qualificadas e em tentativa, além de outras ocorrências criminais registradas ao longo dos últimos anos. Ele foi flagrado pelas câmeras de segurança escalando muros e tentando acessar áreas internas de residenciais de alto padrão.

As imagens, nítidas e detalhadas, captaram o momento em que o suspeito escalava a muralha do residencial, tentando vencer a cerca elétrica e chegando, inclusive, a tomar um choque ao tentar romper a barreira de proteção.

Em outro episódio, o mesmo autor foi flagrado dentro do terreno de uma residência de outro condomínio, fato igualmente tratado como furto qualificado tentado.

Com a identificação e o histórico criminal reiterado, a DERF empreendeu investigações que resultaram na prisão do suspeito nesta quinta-feira, retirando de circulação um dos autores de furtos mais contumazes da região.

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