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Plano Diretor

Anel viário poderá ter expansão para implantar novo traçado da BR-163

Mudanças estão previstas no Plano Diretor de Campo Grande

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O anel rodoviário que passa pela área urbana de Campo Grande deverá ter novo contorno até 2048. É o que prevê o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano Ambiental (PDDUA), que foi revisado e está em processo de aprovação na Câmara Municipal, com votação a ser feita em maio - porém sem data definida. 

A mudança ainda não está totalmente detalhada no texto do projeto, porém aparece com duas intervenções a serem feitas em épocas diferentes. A primeira entre 5 a 10 anos, ou seja, até 2028 para implantar a ligação da Avenida Duque de Caxias ao anel rodoviário. A segunda prevê mudanças superiores a 10 anos que devem ocorrem em no máximo 30 anos - até 2048 -, para implantar o novo traçado da BR-163 entre as saídas de São Paulo e Cuiabá (MT).

Atualmente a rodovia é ligada entre as avenidas Gury Marques e Cônsul Assaf Trad, passando pelo lado oeste da cidade - inclusive até a BR-262 na saída para Três Lagoas. No total são aproximadamente 25 quilômetros de distância entre uma ponta e outra, trajeto que está na área urbana e tem diversos pontos críticos devido a grande circulação de pessoas e veículos.

“Para se ter uma ideia, antes de ser no local atual, o anel viário era na Avenida Ceará, as carretas passavam ali para seguir viagem. Mas foi deslocado para a região que é hoje, que foi rapidamente habitada. Na época da mudança não existiam tantas empresas e até moradias, e agora ainda tem shopping e universidade. Agregou muito movimento na região”, explica o chefe do Núcleo de Comunicação da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Tércio Baggio.

A BR-163 tem 845,4 quilômetros de extenção em Mato Grosso do Sul, cruzando total de 21 cidades. Mas é no pequeno trajeto dentro de Campo Grande onde se concentra o maior número de acidentes da rodovia considerada uma das mais perigosas do Estado. “É aonde tem o maior índice de acidentes de toda a BR-163, desde Mundo Novo até Sonora. O número de acidentes no anel viário da Capital é por conta da grande circulação e da mistura de pedestres, ciclistas, carro de passeio da cidade e da rodovia, caminhões, é tudo.

Tivemos um acidente na sexta-feira (20) que o condutor quis entrar no posto de gasolina fazendo uma conversão errada e acabou provocando uma colisão que deixou uma pessoa ferida. Este foi apenas um exemplo dos inúmeros casos diários de imprudência e descuido, as pessoas acham que estão trafegando dentro da cidade” , explica o inspetor.

Dados da PRF apontam que no primeiro trimestre deste ano já foram quatro acidentes no anel rodoviário da Capital, três deles graves, com duas pessoas feridas gravemente e duas mortes. Em Dourados onde a rodovia também passa dentro da área urbana, a quantidade de acidentes foi maior, 30 no total, mas sem óbitos. Já em Mundo Novo, na divisa com o Paraná, foram sete acidentes sem gravidade.

No mesmo período do ano passado os números da PRF também comprovam o perigo em torno do trecho urbano da rodovia. Foram 31 acidentes, onze graves com a mesma quantidade de feridos e duas mortes. Em Dourados foram 22 acidentes com oito feridos e em Mundo Novo apenas seis, nas duas cidades sem vítimas fatais. Em 2016 a Capital teve 33 acidentes nos três primeiros meses do ano no anel rodoviário com quatro pessoas feridas. Já em Dourados e Mundo Novo foram 27 e 9 respectivamente, mas a segunda maior cidade do Estado registrou duas mortes na época.

Para Baggio a solução prevista no Plano Diretor pode amenizar o problema, mas outras medidas devem ser tomadas até lá, já que o projeto é a longo prazo. “Por conta da concessão a rodovia está melhor e é cada vez mais difícil fazer algo errado para atravessar, acredito que tudo isso ajude a reduzir os acidentes, embora  tirar o anel dali é melhor. A forma mais simples de resolver, como ideia e não execução, é mudar o contorno novamente. Outra saída é dotar o anel atual de acessos, rotatórias, viadutos, sinalização. Não resolve totalmente o problema imenso da circulação e do fluxo, mas ameniza”, afirma.

O Plano Diretor não detalha o custo do projeto ou o tempo de execução da mudança, mas de acordo com a diretora-presidente da Agência Municipal de Meio Ambiente e Planejamento Urbano (Planurb), Berenice Domingues, a obra não será de responsabilidade da prefeitura. “A previsão é de que o anel rodoviário seja afastado da área urbana, vá para a rural. É inclusive necessário que saia do perímetro urbano. O novo traçado passará perto do autódromo, entre a APA (Área de Proteção Ambiental) Guariroba e Lagoa. Porém é responsabilidade da União ou mesmo da concessionária arcar com a obra”.

A CCR-MS Via, que detém a concessão da BR-163 foi procurada pela reportagem e respondeu por meio de nota “que a mudança de local do anel rodoviário não consta do contrato de concessão”. O anel liga atualmente a MS-080, BR-262, BR-060, MS-455, BR-163 e MS-040. Porém ainda falta conclusão do trecho entre aMS-080 e BR-163 na saída para Cuiabá (MT).

Após anos de abandono obra de pavimentação do macroanel rodoviário lançada em 2003, mas iniciada efetivamente somente no ano de 2011, a prefeitura solicitou a revisão do projeto e aguarda aditivo de R$ 3.776.00,00 para concluir o serviço. Com isso, o custo total pode chegar a R$ 33 milhões, bem acima do orçamento inicial de R$ 29,2 milhões.

Atualmente parte do tráfego pesado, formado por caminhões e carretas carregados com grãos e insumos agrícolas, passa por vias urbanas como as avenidas Cônsul Assaf Trad, Mascarenhas de Moraes e Euller Azevedo, o que aumenta o risco de acidentes e reduz a durabilidade do pavimento. Com a conclusão do anel viário , haverá a interligação entre a BR-163 (saída para Cuiabá), MS-080 (saída para Rochedo), BR-262 (distrito Indubrasil), passando pelo Núcleo Industrial , BR-060 (ligação com Sidrolândia, Maracaju, Dourados e Ponta Porã), terminando em outra ponta da BR-163, já na saída para São Paulo. 

Desconto em dívidas

Prazo para adesão ao Refis 2025 encerra nesta segunda-feira; veja os descontos

O requerimento deve ser protocolado no portal e-Fazenda. O pagamento à vista ou da primeira parcela deve ocorrer até 30 de dezembro

14/12/2025 16h30

Moradores de Campo Grande esperando para serem atendidos e fazer o Refis

Moradores de Campo Grande esperando para serem atendidos e fazer o Refis Gerson Oliveira

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Termina nesta segunda-feira (15) o prazo para adesão ao Programa de Recuperação de Créditos – REFIS 2025, que estabelece condições para quitação ou parcelamento de débitos de ICMS constituídos ou não, inscritos ou não em dívida ativa, incluindo autos de infração, notificações prévias, débitos do Simples Nacional e saldos de parcelamentos anteriores.

O requerimento deve ser protocolado no portal e-Fazenda. O prazo para o pagamento à vista ou da primeira parcela deve ocorrer até 30 de dezembro.

Os descontos variam conforme o número de parcelas:

  • À vista: redução de 80% das multas e 40% dos juros.
  • De 2 a 20 parcelas: redução de 75% das multas e 35% dos juros.
  • De 21 a 60 parcelas: redução de 70% das multas e 30% dos juros, com entrada equivalente a 5% do débito.

Aos produtores rurais, o programa também permite a regularização de débitos vinculados ao Fundo de Desenvolvimento do Sistema Rodoviário do Estado (Fundersul), com parcelamento em até 36 vezes, restabelecendo automaticamente o direito aos incentivos fiscais.

Além disso, até 15 de dezembro, os contribuintes podem entregar as Escriturações Fiscais Digital (EFDs) e demais documentos atrasados com anistia total de multas.

Para o secretário de Fazenda de MS, Flávio César de Oliveira, o Refis 2025 é “uma política de cooperação econômica”, a qual permite que empresas retomem a capacidade de investimento ao mesmo tempo em que o Estado fortalece sua arrecadação.

Datas e descontos próximos

Além do Refis, há benefícios no Imposto sobre a Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCD) e o desconto para pagamento à vista do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) 2026, com datas-limite próximas, exigindo atenção redobrada dos contribuintes neste fim de ano.

A Lei nº 6.472/2025 institui um desconto inédito de 30% no pagamento à vista do ITCD incidente sobre doações de bens e direitos formalizadas até 30 de dezembro de 2025.

O imposto abrange doações de imóveis, veículos, numerários, quotas sociais, rebanhos, títulos, obras de arte e outros bens. A combinação de fatores estruturais, isenção de até R$ 100 mil por donatário (a maior do país), alíquota reduzida de 3% e desconto temporário de 30%, posiciona Mato Grosso do Sul entre os estados com melhor ambiente para regularização patrimonial.

Já o pagamento à vista do IPVA 2026, com desconto de 15%, vence em 5 de janeiro de 2026, segundo maior desconto do país, ao lado da Bahia, Espírito Santo e Piauí, abaixo apenas do Amapá.

O Estado mantém uma política de incentivos reconhecida nacionalmente, com ampla lista de isenções e reduções de alíquota, que inclui veículos com mais de 15 anos, PCDs (60% de redução), táxis, mototáxis, ambulâncias, diplomáticos, caminhões, ônibus, motorhomes e veículos movidos a GNV.

Para quem optar pelo parcelamento, o calendário segue as seguintes datas:

  • 30 de janeiro
  • 27 de fevereiro
  • 31 de março
  • 30 de abril
  • 29 de maio de 2026

O valor mínimo por parcela é de R$ 30 (motocicletas) e R$ 55 (demais veículos). 

NACIONAL

Saiba quem é Adilson Barroso, suplente que deve assumir mandato de Zambelli

Ambientalista e aliado de Jair Bolsonaro, político paulista retorna à Câmara após renúncia da deputada do PL

14/12/2025 15h30

Ambientalista e aliado de Jair Bolsonaro, político paulista retorna à Câmara após renúncia da deputada do PL

Ambientalista e aliado de Jair Bolsonaro, político paulista retorna à Câmara após renúncia da deputada do PL Divulgação/ Câmara dos Deputados

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Com a renúncia da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), anunciada neste domingo (14), quem assume a cadeira na Câmara dos Deputados é o suplente Adilson Barroso (PL-SP), político com longa trajetória no interior paulista e forte ligação com o bolsonarismo.

Barroso recebeu mais de 62 mil votos nas eleições de 2022. Apesar de ter se candidatado por São Paulo, nasceu em Minas Novas, distrito do município de Leme do Prado, em Minas Gerais. Ambientalista de formação, ele foi um dos fundadores do Partido Ecológico Nacional (PEN), criado em 2012, legenda que mais tarde passou a se chamar Patriota e, após baixo desempenho eleitoral, acabou se fundindo ao PTB, dando origem ao Partido Renovação Democrática (PRD).

Trajetória política

A carreira política de Adilson Barroso começou cedo. Aos 23 anos, disputou sua primeira eleição, em 1988, quando foi eleito vereador de Barrinha, no interior de São Paulo, pelo PTB. Foi reeleito em 1992, pelo antigo PFL, e ocupou o cargo de vice-prefeito do município entre 1997 e 2002.

Em 2002, alçou voos mais altos ao ser eleito deputado estadual pelo extinto Partido da Reedificação da Ordem Nacional (Prona). Na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), onde permaneceu até 2010, foi titular da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural e integrou comissões que discutiram mudanças na legislação do imposto de renda e o limite de precatórios e débitos previdenciários.

Após perder a eleição em 2010, Barroso voltou à política municipal e, em 2016, reassumiu uma cadeira na Câmara Municipal de Barrinha.

Adilson Barroso ganhou projeção nacional ao fundar o PEN, em 2012, partido que mudou de nome para Patriota em 2017. À frente da legenda, tentou atrair o então deputado Jair Bolsonaro para disputar a Presidência pelo partido, tanto em 2018 quanto em 2021. As articulações, no entanto, não avançaram.

Em seu site pessoal, Barroso atribui o fracasso da estratégia a interferências internas. “Perdi a chance de eleger o presidente da República pelo Patriota em 2018 e tornar o partido o maior do país”, escreveu, ao citar o ex-ministro Gustavo Bebianno.

Após ser destituído da presidência do Patriota, Barroso deixou a sigla e se filiou ao PL em 2021. No ano seguinte, disputou uma vaga na Câmara dos Deputados e ficou como suplente.

Barroso já havia ocupado uma cadeira na Câmara dos Deputados entre 2023 e 2025, ao assumir a vaga de Guilherme Derrite (PP-SP), que se licenciou do mandato para comandar a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo. Com o retorno de Derrite ao Legislativo, no fim de novembro, Barroso voltou à suplência.

Agora, retorna ao Congresso após a renúncia de Carla Zambelli, que ocorreu em meio à condenação definitiva pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a dez anos de prisão e à perda do mandato, no caso envolvendo a invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Nas redes sociais, se apresenta como “ambientalista, bolsonarista de direita, conservador e patriota”. Em sua biografia no Instagram, afirma ser “amigo do presidente Jair Bolsonaro, Michelle Bolsonaro e do deputado Nikolas Ferreira”. Na foto de perfil, aparece ao lado do ex-presidente, com as bandeiras do Brasil e de Israel ao fundo.

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