Cidades

Vacinação

Apenas 0,4% dos bebês de 6 meses a 2 anos de idade da Capital receberam a vacina contra a Covid-19

Foram aplicadas 112 doses, sendo apenas 35 delas em crianças com comorbidades

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Desde o início da vacinação para bebês de 6 meses a 2 anos, em 12 de novembro, foram aplicadas apenas 112 doses da Pfizer Baby, destinada a esse público, número que representa 0,4% das 25 mil crianças estimadas nesta faixa etária.

 

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), destas, apenas 35 doses foram aplicadas em crianças com laudo de alguma das comorbidades descritas no Plano Nacional de Imunização contra a Covid-19.

 

Dentre as 25.892 crianças na faixa etária, estima-se que entre 3 e 5% apresentam alguma comorbidade.

 

De início, a vacina está sendo oferecida a este grupo prioritário, mas, pela falta de procura, foi oferecida “xepa” para evitar a perda de doses.

 

Estão elegíveis para a vacinação as crianças que apresentam alguma das seguintes comorbidades

  • Diabetes miellitus; 
  • Pneumopatias crônicas graves; 
  • Hipertensão Arterial Resistente; 
  • Hipertensão Arterial estágio 3; 
  • Hipertensão Arterial estágio 1 e 2 com lesão em órgão-alvo; 
  • Insuficiência Cardíaca; 
  • Cor-pulmonare e Hipertensão pulmonar; 
  • Cardiopatia Hipertensiva; 
  • Síndromes Coronarianas; 
  • Valvopatias; 
  • Miocardias e Pericadiopatias; 
  • Doenças da Aorta, dos Grandes Vasos e Fístulas arteriovenosas; 
  • Arritmias cardíacas; 
  • Cardiopatias Congênitas; 
  • Próteses valvares e Dispositivos cardíacos implantados; 
  • Doenças Neurológicas Crônicas; 
  • Doença renal crônica; 
  • Imunocomprometidos; 
  • Hemoglobinopatias graves; 
  • Obesidade mórbida; 
  • Síndrome de Down; 
  • Cirrose Hepática. 

 

Avanço na vacinação

 

Além do início da vacinação de bebês, no mês de novembro a Capital voltou a reduzir a faixa etária para a aplicação da 4º dose da vacina contra a Covid-19. A partir desta segunda-feira (28), jovens acima dos 18 anos, que tenham recebido a 3º dose há pelo menos 4 meses, podem receber a segunda dose de reforço prevista no plano vacinal.
 

Nova ameaça

 

Conforme noticiado anteriormente pelo Correio do Estado, de acordo com o infectologista e Presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, Dr. Julio Henrique Rosa Croda, a subvariante da a Ômicron, a BQ1 já chegou ao estado de Mato Grosso do Sul. 

 

Veruska Lahdo, superintendente de vigilância em saúde da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), explica que existe uma urgência para vacinar o público que ainda não recebeu as doses de reforço, já que é possível notar uma queda na eficácia devido ao surgimento de novas variantes.

   

“Nós percebemos que, com o passar do tempo, o imunizante passa a ter menos eficácia, principalmente por causa da atualização constante do vírus. Já vivenciamos essa situação no ano passado, e sabemos que pode ser muito arriscado, principalmente para quem tem a saúde mais fragilizada. Por isso é necessário que todos completem o ciclo de vacinação”, reforçou. 

    

 

porto murtinho

Começa finalmente a obra de acesso à ponte da rota bioceânica

Trabalhos tiveram início nesta sexta-feira (20), conforme anúncio feito pela ministra do Planejamento, Simone Tebe, em evento na Fiems. Previsão é de que obra seja concluída em 24 meses

20/09/2024 13h10

Simone Tabet afirmou que a previsão é de que obra dure dois anos e de que o presidente Lula venha para a inauguração

Simone Tabet afirmou que a previsão é de que obra dure dois anos e de que o presidente Lula venha para a inauguração Marcelo Victor

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Orçadas em R$ 472 milhões, as obras do complexo aduaneiro e do trecho de 13 quilômetros de rodovia para interligar a BR-267 à ponte sobre o Rio Paraguai, em Porto Murtinho, começaram nesta sexta-feira (20), conforme anúncio feito pela ministra do Planejamento, Simone Tebet, durante evento na sede da Federação das Indústrias, em Campo Grande. 

“Eu fiz questão de vir hoje aqui na Fiems, porque é pé quente. Exatamente hoje começou a obra da alça dos 13 quilômetros. É importante lembrar que é uma alça, ela é suspensa tanto no início quanto no final da ponte, então ela tem uma complexidade. A ordem de serviço a gente deu em dezembro e a previsão era que as obras começassem em março. Mas o importante é que hoje iniciou”.

Segundo ela, a previsão é de que os trabalhos se estendam por dois anos e a meta é que ainda antes do final de seu terceiro mandato o presidente Lula venha a Porto Murtinho para inaugurar tanto a alça de acesso quanto a ponte.

Os R$ 472 milhões estão sendo bancados integralmente pelo governo federal e a obra da ponte, que deve custar pouco mais de meio bilhão de reais, está sendo custeada com recursos da hidrelétrica de Itaipu. 

A partir da conclusão destas obras, acredita a ministra, “abre um leque de possibilidades que nem nós nem vocês imaginamos para Mato Grosso do Sul ou para o centro-oeste. A vida inteira o Brasil ficou de costas para a América do Sul. E quem está perdendo é o Brasil. Nós estamos perdendo dinheiro, emprego, renda, crescimento econômico, com o turismo, a cultura e uma série de coisas. A gente fala sempre do comércio com a China, mas a gente esquece que o comércio com os países vizinhos será o principal beneficiado”, destacou a ministra.

O resultado da licitação das obras de acesso foi oficializado pelo DNIT em 16 de novembro do ano passado e o vencedor foi um consórcio denominado PDC Fronteira, formado pelas empreiteiras Caiapó, Paulitec e DP Barros, de Goiás e São Paulo, que venceram por terem oferecido o menor preço. 

A previsão é de que sejam gerados , inicialmente, 280 postos de trabalho diretos e 160 indiretos. O canteiro de obras já estava sendo montado desde o começo de setembro próximo à cidade de Porto Murtinho. 

POR QUE MEIO BILHÃO?

Mas o que explica esse alto valor para uma obra de apenas 13 quilômetros de asfalto e que também prevê a construção de uma estrutura aduaneira? Conforme a proposta vencedora, o item mais caro será a terraplanagem, que vai consumir impressionantes R$ 145,9 milhões. 

A obra é no meio do Pantanal, região sujeita a inundações pelo Rio Paraguai. Por isso, os 13 quilômetros terão de ser construídos sobre uma espécie de dique para que fique acima do nível de possíveis inundações. 

A cidade de Porto Murtinho, por exemplo, é protegida por um dique de 11 metros de altura, construído depois de uma grande cheia em 1982, quando boa parte da cidade ficou submersa. Depois disso, na maior cheia que se tem registo, a de 1988, quando o nível do Rio Paraguai atingiu 6,64 metros na régua de Ladário, a cidade ficou a salvo por causa desta barragem. 

E não é somente a estrada que terá de ser construída no alto. O aterro também vai abrigar toda a obra da aduana. E é exatamente esse centro aduaneiro que terá o segundo maior custo de todo o projeto. Dos R$ 472,4 milhões, um total de R$ 126,6 milhões serão somente para essa estrutura. 

Outro item do edital que chama a atenção são as chamadas “obras de arte especiais”, as quais vão consumir R$ 101,5 milhões. O edital não especifica o que serão exatamente essas obras. 

Mas, parte deste dinheiro deve ser destinado a uma grande área de estacionamento para caminhões, já que existe a previsão de que centenas de veículos de carga passem diariamente pela rota bioceânica, indo ou vindo do Paraguai, Argentina e Chile. 

Somente estes três itens (terraplenagem, aduana e obras de arte) vão consumir 79,2% do montante da obra. Ainda de acordo com a licitação, a pavimentação propriamente dita dos 13 quilômetros vai custar “apenas” R$ 23,3 milhões, o que corresponde a 4,9% do custo total. 

A ponte sobre o Rio Paraguai terá 1,3 mil metros e cerca de 60% dos trabalhos estão concluídos. E, por conta do atraso de seis Meses no início dos trabalhos do acesso, é provável que a ponte fique pronta bem antes via de acesso. O governo paraguaio acredita que as obras da ponte sejam concluídas até o fim do próximo ano, um ano antes da conclusão do acesso. 

Simone Tabet afirmou que a previsão é de que obra dure dois anos e de que o presidente Lula venha para a inauguraçãoCerca de 60% dos trabalhos da ponte em Porto Murtinho já estão concluídos e previsão é de que estejam pronto até o fim do próximo ano

O cumprimento do cronograma da obra do contorno vai depender de vários fatores, dentre os quais o climático. O trecho rodoviário a ser implantado é em terreno plano do Pantanal (solo argiloso) e o período de chuvas na região ocorre, normalmente, entre setembro e fevereiro, com possibilidade de ocorrência de cheia do Rio Paraguai e inundações. Por essa razão, o projeto de engenharia prevê a construção de seis pontes de concreto para vazão da água. 

A obra do lado brasileiro não será a única pendência da infraestrutura logística da rota. No Paraguai,  façta pavimentar o terceiro e último trecho da rodovia-tronco do corredor, de 224 km, entre Mariscal Estigarribia e Pozo Hondo, já na fronteira com a Argentina. É provável que esse trecho seja concluído somente em 2026.

ROTA

A Rota Bioceânica é um corredor rodoviário com extensão de 2,4 mil quilômetros que ligará os dois maiores oceanos do planeta, Atlântico e Pacífico, partindo do Brasil e chegando aos portos de Antofagasta e Iquique, no Chile, passando pelo Paraguai e pela Argentina.

O projeto que começou a ser debatido em 2014 e que iniciou em 2017 tem a promessa de ampliar a relação comercial do Estado com países asiáticos e sul-americanos.

Conforme estudo da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), os custos para o envio da produção sul-mato-grossense serão reduzidos, além do tempo de viagem, que será encurtado em até 17 dias rumo ao mercado asiático.
A Rota Bioceânica, conforme os mais otimistas, terá potencial para movimentar US$ 1,5 bilhão por ano em exportações de carnes, açúcar, farelo de soja e couros para os outros países por onde passará. 
 

MATO GROSSO DO SUL

Efetivo policial segue em área de conflito indígena no interior em MS

Passado 24 horas da morte de Nery, indígenas tiveram protesto em homenagem reprimido na tarde de ontem (19), com a sexta-feira (20) amanhecendo com ânimos mais "apaziguados"

20/09/2024 13h01

Grupo residente na tekoha Ñanderu reuniu-se às margens da MS-166, junto à cruz de Dorvalino quando os policiais chegaram com viaturas e camburões para impedir o protesto.

Grupo residente na tekoha Ñanderu reuniu-se às margens da MS-166, junto à cruz de Dorvalino quando os policiais chegaram com viaturas e camburões para impedir o protesto. Reprodução

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Com ânimos mais "apaziguados" nessa sexta-feira (20), que amanhece sem registros de ataques ou conflitos entre povos originários e forças policiais, a Terra Indígena Ñanderu Marangatu e seus habitantes ainda viram resposta mais dura quando tentavam fazer um protesto junto à cruz de Dorvalino Rocha, 24 horas após a morte de Nery Ramos da Silva Guarani Kaiowá. 

Vídeo gravado ainda na quinta-feira (19) registra o momento tenso, em que é possível ouvir gritos indignados e sons de disparos, após os indígenas se reunirem junto às margens da rodovia MS-166. Confira: 

No registro feito na TI de Antônio João - distante mais de 280 km da Capital de Mato Grosso do Sul - é possível notar a hostilidade na ação contra os povos originários e, como bem aponta o advogado representante, Anderson Santos, um idoso foi ferido pela Polícia Militar. 

Segundo informações, esse senhor machucado chegou a sofrer um desmaio, momento em que todos acharam que ele havia morrido, mas felizmente não foi o caso. 

Conforme os povos originários da região, foi notório um aumento do contingente das forças policiais pela região, que atuam pela decisão do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3).

Apoiados judicialmente, os policiais designados para área de conflito estão ordenados a garantir o ir e vir dos funcionários e 'proprietários' da Fazenda Barra, desde a rodovia até a sede, num percurso de mais de 10 quilômetros. 

Relatos indígenas apontam que o grupo residente na tekoha Ñanderu reuniu-se às margens da MS-166, junto à cruz de Dorvalino, morto nessa mesma Terra Indígena ainda no ano de 2005, quando os policiais chegaram com viaturas e camburões para impedir o protesto.

Dorvalino foi alvejado por dois tiros - disparado por segurança privado de fazendas da região -, quase 20 anos atrás dessa morte mais recente de Nery Kaiowá, que se juntam a dois outros nomes mortos nessa mesma terra indígena desde a década de 80, sendo: 

  • 1983 | Marçal de Souza: morto em casa com 5 tiros, na Aldeia Campestre 
  • 2015 | Simião Vilhalva: morto com tiro na cabeça durante conflito por terras

100 homens

Importante ressaltar que, essa decisão de "escolta" já vinha sendo cumprida e, após a morte de Nery Ramos Guarani Kaiowá, o próprio secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública apontou um reforço armado para a região. 

Na ocasião, em que o Governador Eduardo Riedel convocou um "sala de situação" para tratar o que ocorre em Antônio João, o titular da Sejusp, Antônio Carlos Videira, culpou 'índios paraguaios a serviço do tráfico' pelo acirramento do confronto, destacando uma centena de policiais para apoio. 

Conforme a Sejusp, esses 100 homens tratam-se policiais de reforço/recobrimento, que atuam em apoio aqueles que já estão agindo em cumprimento da decisão judicial, que, em tese, busca segurança para a família residente na Família Barra. 

 

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