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SAÚDE

Com aumento na procura de testes, Campo Grande amplia vacinação para jovens com 18 anos ou mais

A ampliação segundo a Secretaria da Saúde, também garante a segurança de grande parte da força de trabalho

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Preocupados com o aumento na procura de testes em Campo Grande, Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), amplia apartir desta segunda-feira(28), a vacinação do segundo reforço da Covid-19 para jovens com 18 anos ou mais.

Esta aceleração na ampliação do público alvo é uma estratégia em andamento da Sesau, para evitar um novo crescimento no número de casos da doença na Capital.

Segundo o Secretário Municipal de Saúde José Mauro Filho, nos últimos dias houve um aumento na procura por teste de Covid-19 na cidade. "Percebemos um aumento na procura pelo teste, mas nossa positividade ainda está baixa, porém há a possibilidade de termos um cenário similar ao do começo do ano, em que houve semanas em que a cada cem testes realizados, 43 eram positivos”, conclui o secretário. 

Em nota a Sesau informou ao Correio do Estado que em Campo Grande, no mês de Outubro, foram realizados 2.625 testes para diagnóstico de Covid-19, neste mês, até o último domingo (27), foram 3.971 exames realizados, número que superior ao mês anterior.

A cerca de dez dias estava liberado apenas para as pessoas com 35 anos ou mais receberem o imunizante, porém tendo ciencia da possibilidade de haver a circulação da subvariante da Ômicron, a BQ.1, a decisão da ampliação foi tomada.

A vacina está disponível em mais de 50 pontos de imunização, e quem recebeu o primeiro reforço da vacina há pelo menos quatro meses, já pode tomar a segunda dose extra do imunizante.

A estratégia de aplicar o segundo reforço em toda a população até os 18 anos, também objetiva evitar que o cenário presenciado pela população entre dezembro de 2021 e janeiro deste ano se repita.

“Na época, tivemos uma crescente gigantesca no número de casos positivos, e uma positividade de mais de 40% em um dos meses. Neste momento cerca de 6,9% dos testes têm o resultado positivo, mas devemos permanecer alertas”, declara a superintendente de vigilância em saúde, Veruska Lahdo. 

Sobre a importância da aplicação para este novo público alvo, o secretário destacou que a adesão a vacinação ajudará a manter as atividades econômicas seguras do contágio.“A maior parte da força de trabalho em indústrias, frigoríficos e comércio da Capital, são os jovens, e são justamente eles que não podem correr o risco de precisar se afastar do serviço neste momento em que há um giro muito grande na economia, para proteger esse público que estamos ampliando a vacinação”, explica o secretário municipal de saúde, José Mauro Filho.   

SUBVARIENTE ÔMICRON

Atualmente, de acordo com dados da vigilância genômica do ministério da saúde, as variantes que estão causando aumento no número de casos de Covid 19 em diversas regiões do país são as variantes BQ1, BQ1.1 e a variante B5.3.1, esta última predominante em Manaus.

No Estado de São Paulo já há casos confirmados da subvariaente BQ1, a nova cepa foi identificada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) no início deste mês. Rio de Janeiro também tem casos desta subvariante em circulação.

Para se prevenir contra a doença, as recomendações continuam as mesmas: uso de máscaras em ambientes fechados, higiene das mãos e manter a carteira de vacinação contra a Covid-19 em dia.

Cidades

Prefeita nega falha de Patrulha Maria da Penha em caso Vanessa: 'estavam à disposição'

Fala aconteceu durante coletiva de imprensa no final da tarde desta terça-feira (18), após reunião com a Ministra das Mulheres, Cida Gonçalves

18/02/2025 19h15

Prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes

Prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes Arquivo Correio do Estado

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A prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes, afirmou que a Patrulha Maria da Penha não falhou no caso Vanessa Ricarte, vítima de feminicídio na noite da última quarta-feira (12).

A fala da chefe do executivo municipal ocorreu durante entrevista coletiva no final da tarde desta terça-feira (18), após reunião com a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves.

Conforme Adriane, a Patrulha não foi acionada no dia do crime, e por essa razão, a falha não pode ser atribuída ao serviço, segundo ela.

"A falha não foi da Patrulha Maria da Penha, porque a Patrulha estava à disposição. São duas equipes, 24 horas na Casa da Mulher Brasileira, mas existe um protocolo de um serviço acionar o outro. E naquele dia, a Patrulha não foi acionada para aquele atendimento", disse.

Vale destacar que a Patrulha Maria da Penha é um serviço que atende mulheres vítimas de violência doméstica ou familiar. Ela proporciona o monitoramento e acompanhamento das vítimas que possuem medidas protetivas de urgência, fato que infelizmente não ocorreu com Vanessa Ricarte.

Investigação

Questionada sobre uma possível má comunicação interna na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), Adriane novamente reiterou que não aconteceram falhas, apesar de não conseguir dizer o motivo.

A chefe do município afirmou ainda que possíveis responsáveis serão investigados.

"Não houve falha na comunicação. Não foi acionado, talvez... eu não sei, eu não entendo a parte dos outros serviços. Mas o que a gente entende é que, se tivesse sido acionado, [a Patrulha] estava lá no plantão pronto para fazer o atendimento, mas não foi acionado naquele momento. Agora eu não posso dizer o motivo, eu desconheço. Eu acho que tem uma investigação e, no final dessa investigação, os responsáveis serão elencados", complementou.

Por fim, Adriane relatou em conjunto com a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, que é necessário melhorar a qualidade e a integração dos sistemas internos, para agilizar os procedimentos de proteção às mulheres.

Município e Estado poderão coordenar Casa da Mulher Brasileira em conjunto

No começo da tarde desta terça-feira (18), a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves participou de uma reunião junto com o governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, também para tratar sobre  medidas de aperfeiçoamento na rede de atendimento a mulheres em situação de violência.

Entre as ações discutidas, está a gestão compartilhada do serviço da Casa da Mulher Brasileira (CMB) em Campo Grande, a ideia inicial seria que estado e município assumissem a coordenação de maneira conjunta. 

Além desta, também foi trazida à pauta, a necessidade de informatização na Deam, que incluiria a gravação dos atendimentos, assim como já existe em algumas delegacias do país, além de qualificação da equipe. 

O Ministério das Mulheres entrou em acordo sobre implementar o piloto do sistema UNA Casa da Mulher Brasileira na unidade de Campo Grande a partir de março, para uma fase inicial de testes. 

Mudanças

O sistema nacional de dados, UNA, irá coletar e organizar, de maneira padronizada e estruturada, os dados referentes aos atendimentos realizados nas Casas em todo o país. 

A ferramenta foi desenvolvida em parceria com a Dataprev e será responsável por integrar os serviços existentes em cada unidade, facilitando a comunicação entre elas. Atualmente, as fases de teste já tiveram início em estados como o Piauí e Maranhão. 

Prefeita de Campo Grande, Adriane LopesMinistra das Mulheres Cida Gonçalves durante encontro com governador de MS, Eduardo Riedel. (Foto: Marcelo Victor/Correio do Estado)

O estado de Mato Grosso do Sul firmará, junto ao Ministério das Mulheres, um Acordo de Cooperação Técnica (ACT) com o objetivo de aprimorar o fluxo de denúncias e garantir o encaminhamento adequado por meio da Central de Atendimento à Mulher Ligue 180. Até o momento, nove estados e o Distrito Federal já assinaram o acordo.

A ministra Cida Gonçalves reforçou a necessidade de repactuar o Colegiado Gestor para assegurar uma participação efetiva do estado na gestão do equipamento e no aperfeiçoamento dos processos de atendimento, com o objetivo de evitar tragédias como a de Vanessa. 

“É importante a gente dizer que hoje, nós não conseguimos ter um sistema que um converse com o outro, que as informações corram por dentro da casa, o sistema ainda é manual. As falhas são de toda a estrutura organizacional da casa, o sistema tecnológico que ainda está aquém do que é necessário para atender as mulheres em situação de violência. Eu quero dizer às mulheres de Campo Grande, de Mato Grosso do Sul, acreditem nesse serviço, não desistam, nós estamos aqui para melhorar, porque ele é um serviço de qualidade, e nós vamos verificar e voltar à gestão das diretrizes e protocolos que nós tínhamos desde o início, quando a casa foi pensada, do atendimento integrado, humanizado”, disse a ministra Cida.

Caso Vanessa: delegadas da Deam "atiram" contra imprensa e parte da sociedade

As delegadas responsáveis pela Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher de Campo Grande (Deam), que funciona dentro da Casa da Mulher Brasileira, entregaram os cargos ao governador Eduardo Riedel (PSDB), e saíram atirando contra a imprensa e parte da sociedade que questionou o trabalho delas no acolhimento às vítimas de violência nas ruas e nas redes sociais

“Expressamos nossa indignação diante dos ataques injustos e sensacionalistas dirigidos à nossa equipe, que se dedica há anos à proteção de defesa das vítimas de violência”, afirmam as delegadas no documento endereçado à Eduardo Riedel (PSDB), ao diretor-geral de Polícia Civil, Lupércio de Degerone, e ao secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, Antônio Carlos Videira. 

Na carta em que toda a equipe da Deam ataca a imprensa, as delegadas saem em solidariedade da delegada titular, Elaine Cristina Ishiki Benicasa, e das delegadas Ricelly Donha e Lucelia Constantino, que atenderam a jornalista Vanessa Ricarte, 42, duas vezes, na noite de terça-feira (11) e na tarde de quarta-feria (12).

Apesar de elas falarem em renúncia no início da tarde, a entrega dos cargos não foi formalizada, segundo a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp). Uma debandada inviabilizaria o atendimento na Casa da Mulher Brasileiro, causaria apagão no sistema, e poderia provocar não apenas exoneração, mas demissão em massa. 

 

Cidades

Governo do Estado fechará acordo com o Paraguai em projeto de gás natural

Informação foi confirmada pelo secretário Jaime Verruck durante Seminário Internacional da Rota Bioceânica

18/02/2025 18h16

Foto: Gerson Oliveira/ Correio do Estado

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Governo do Estado e autoridades paraguaias assinam nesta quarta-feira (19) um acordo para desenvolver um projeto de estudo que viabilize um acordo de gás natural entre os dois países. A informação foi confirmada pelo titular da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Jaime Verruck, durante a abertura do Seminário Internacional da Rota Bioceânica, que teve início nesta terça-feira (18), em Campo Grande.

O mote do acordo entre os dois países é fazer com que o gás  advindo da Argentina chegue até o Brasil via Rota Bioceânica, e seja conectado com o gasoduto Brasil-Bolívia, o que geraria uma nova oferta de gás em Mato Grosso do Sul por meio do lado paraguaio da Rota.

"Amanhã (19) nós vamos assinar um acordo para estudos, autoridades de Mato Grosso do Sul, o ministro das Minas e Energia, e o governo do Paraguai para desenvolver estudos que deem possibilidade de desenvolver o gasoduto ao longo da rota, de Salta, saindo da Argentina, até o gasoduto (da rota bioceânica) não necessariamente Campo Grande", disse Verruck.

O secretário disse que o tópico é sensível também aos líderes municipais, visto que 24 municípios sul-mato-grossenses serão afetados pela Rota Bioceânica, que deve estar pronta ao fim de 2026. "Eu acho que a pauta dos prefeitos é uma pauta relevante. São eles (prefeitos), que vão fazer a gestão dos impactos da rota ali nos seus municípios. São 24 prefeitos que estão aqui, afetados diretamente pela Rota (Bioceânica).", finalizou.

De acordo Verruck, a ampliação da oferta do combustível é essencial para o funcionamento da indústria em Três Lagoas.


Lançamento de aplicativo 

Durante o evento, a prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), anunciou o lançamento de um aplicativo para  divulgar as potencialidades econômicas e turísticas das cidades que compõem a Rota Bioceânica. A ferramenta, que está em fase de aperfeiçoamento, visa  democratizar o acesso a informações sobre infraestrutura, rede hoteleira, gastronomia e setores estratégicos das localidades envolvidas na rota. Apesar do anúncio, não há um prazo definitivo para o início do funcionamento.

Cabe destacar que os municípios interessados em integrar suas informações à plataforma devem buscar auxílio junto a equipe técnica da prefeitura de Campo Grande, responsável pela inclusão dos dados.
"Hoje estamos lançando aqui o aplicativo da Rota Bioceânica, ferramenta que permitirá aos visitantes e investidores explorarem os negócios e o turismo das cidades envolvidas, acessando informações sobre a rede hoteleira, gastronômica e pontos estratégicos, como sedes de governos e prefeituras", falou a prefeita.

A plataforma foi desenvolvida pela secretaria de desenvolvimento de Campo Grande e funcionará de maneira similar ao aplicativo Waze, com dados sobre industrialização, PIB, agronegócio, e demais informações das cidades participantes

"Muitas vezes, ao buscar informações no celular, não encontramos todos os detalhes necessários. Pretendemos suprir essa lacuna e fomentar a rede gastronômica, incluindo restaurantes capacitados para atender turistas em espanhol e inglês, facilitando a vida de quem visita nossa cidade", finalizou Adriane. 

O evento

Iniciado nesta terça-feira, o Seminário Internacional da Rota Bioceânica acontece até a próxima quinta-feira (20) e reúne cerca de 1400 participantes, de 22 países das Américas, Europa, África e Oceania.

O objetivo do evento é fomentar o desenvolvimento e a integração regional entre Brasil, Paraguai, Argentina e Chile, destacando as oportunidades e desafios que serão gerados pelo Corredor Bioceânico de Capricórnio, trajeto rodoviário de 3.250 km que vai conectar os oceanos Atlântico e Pacífico, passando por 8 territórios de 4 países (Regiões de Tarapacá e Antofagasta, no Chile; Províncias de Jujuy e Salta, na Argentina; Departamentos de Boquerón, Presidente Hayes e Alto Paraguay, no Paraguai e o Estado de Mato Grosso do Sul, no Brasil), até chegar aos portos chilenos de Iquique, Antofagasta, Mejillones e Terminais Tocopilla.

O objetivo do evento é fomentar o desenvolvimento e a integração regional entre Brasil, Paraguai, Argentina e Chile, destacando as oportunidades e desafios que serão gerados pelo Corredor Bioceânico de Capricórnio, trajeto rodoviário de 3.250 km que vai conectar os oceanos Atlântico e Pacífico, passando por 8 territórios de 4 países (Regiões de Tarapacá e Antofagasta, no Chile; Províncias de Jujuy e Salta, na Argentina; Departamentos de Boquerón, Presidente Hayes e Alto Paraguay, no Paraguai e o Estado de Mato Grosso do Sul, no Brasil), até chegar aos portos chilenos de Iquique, Antofagasta, Mejillones e Terminais Tocopilla.

"Vamos discutir questões extremamente relevantes, como a infraestrutura. Cada um dos países tem um papel importante para que a gente tenha no prazo de dois anos a consolidação de toda a infraestrutura. Nós vamos discutir toda a situação das alfândegas, que é uma questão crucial para a competitividade da Rota. E mais importante, discutir o desenvolvimento econômico das regiões afetadas pelo Corredor Bioceânico", lembrou Verruck. 

De acordo com o titular da Semadesc, "a ideia é discutir mercado, discutir competitividade e desenvolvimento local. O Corredor Bioceânico é um grande projeto nacional que impacta não somente a Mato Grosso do Sul. Ele é importante para o Brasil, Paraguai, Argentina e Chile. Nós estamos redesenhando a geopolítica internacional de ligação entre o Atlântico e o Pacífico e olhando para os mercados asiáticos", complementou em nota. 

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