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Após 10 anos, governo reajusta bolsas de pesquisa em Mato Grosso do Sul

Segundo a Fundect, a medida acompanha a iniciativa do Governo Federal de incentivo à pesquisa e desenvolvimento da ciência

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As bolsas de pós-graduação e de iniciação científica, para os alunos vinculados a nas instituições de ensino e pesquisa do estado de Mato Grosso do Sul, serão reajustadas.

O aumento foi assinado junto ao conselho dos reitores das instituições de ensino superior do estado.

O anúncio do aumento foi feito pelo governador Eduardo Riedel (PSDB), durante coletiva de imprensa, na manhã desta sexta-feira (3).

Serão 1 mil bolsas reajustadas em todas as categorias de ensino e pesquisa e, segundo o governador Eduardo Riedel, esse ajuste objetiva aumentar a atratividade dos estudantes à produção de pesquisa.

“As mil bolsas trazem um resultado significativo pro estado em termos de prepara todo um contingente de pessoas pro desenvolvimento. Já que, quando eles pesquisam diferentes áreas do conhecimento, trazem para o estado inteligência, conhecimento e capacidade de preparar para esse desenvolvimentismo que a gente tanto quer”, discorre Riedel.

Outro ponto tratado pelo governador, sobre o ajuste nos auxílios, diz respeito à importância de manter o poder aquisitivo dos acadêmicos pesquisadores através dos auxílios, a fim de gerar incentivo para a produção do conhecimento.

Com isso, será formado uma rede de fomento à ciência e tecnologia em todo o MS.

“Para a gente formar uma rede de ciências e tecnologia cada vez mais robusta. Então, o impacto no orçamento é possível de ser absorvido dentro das diversas responsabilidades do estado, mas o principal é o resultado que traz pros nossos estudantes”, explica o chefe do executivo estadual.

Além disso, Jaime Verruck, chefe da Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), discorre que os bolsistas de pesquisa integrados à Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado de Mato Grosso do Sul (Fundect-MS), encontravam dificuldade em avançar e manter suas pesquisas em desenvolvimento.

Com essa conjuntura, para o Secretário, o ajuste das bolsas funciona como um fomento aos mais de mil estudantes pesquisadores de MS.

Para ele, a Fundect funciona como uma importante ferramente de gestão tanto do conhecimento, quanto das pesquisas desenvolvidas no estado. 

“Então, a partir desse momento, realmente a gente cria uma situação muito favorável a esses mil estudantes no estado, para que eles possam desenvolver pesquisas vinculadas e financiadas pela Fundect. Acho que é um momento importante pra dar exatamente essa motivação e pra que muitos desses trabalhos possam ser terminados no Mato Grosso do Su”, afirma o Verruck.

Por fim e, na mesma linha do governador, o secretário pontua a importância desses reajustes aos pesquisadores do MS.

Na prática, o aumento nas ações afirmativas de pesquisa, fomentado pela Fundect, garante a qualidade de vida dos pesquisadores.

Segundo o Secretário, os estudantes que vêm desenvolvendo pesquisas, estão com dedicação exclusiva à produção da ciência e, portanto, há uma necessidade de ações afirmativas que asseguram a subsistência desses acadêmicos.

“É importante destacar o seguinte, esse aluno ele está em dedicação integral, então ele só pesquisa e toda despesa dele depende dessa bolsa, então ele come, bebe, aluga uma casa. Então, ele não consegue fazer uma pós-graduação, mestrado e doutorado se ele não tiver a bolsa. Logo, daí a importância e o impacto desse reajuste nas condições de vida desse estudante”, finaliza Verruck.

Impacto nos cofres Públicos

Conforme o presidente da Fundect, Márcio de Araújo, o impacto dos ajustes no fomento à pesquisa para os cofres públicos do estado é de dois milhões de reais.

Para além dos números, Márcio conta que o impacto com maior significado é na vida dos pesquisadores.

“Nós analisamos o impacto todo desse aumento anual de R$ 2 milhões porque são mil estudantes do ensino médio, da graduação, do mestrado, doutorado e pós-doutorado. O impacto é muito significativo porque você muda vidas, você mantém essas pessoas nas universidades, nas escolas, você cria uma cultura da educação”, discorre.

Além disso, conforme o presidente da Fundação, a educação é a força motriz do desenvolvimento e para a construção de uma sociedade. 

“A educação é a ferramenta mais poderosa para o desenvolvimento e as bolsas são essa energia, a energia que mantém esse jovens nas escolas e nas universidades, desenvolvendo pesquisas, que vão criar soluções pra sociedade. A sociedade ganha, que você tem de novo a resposta que é dada e em termos de pesquisa, às vezes saiu um medicamento, às vezes sai um alimento inovador”, afirma.

Por fim, Márcio conta que a educação e as pequisas desenvolvidas pelos estudantes veiculados à Fundect, geram impactos diretos na sociedade. 

“Então, a gente (os pesquisadores) alimenta, a gente traz saúde, segurança pública também. Então, é um conjunto de ganhos pra sociedade, por isso que é importante ter um bolsista e ter a ciência e ter a tecnologia do nosso lado”, discorre.

Márcio conta que o objetivo, junto ao governo do estado, é que o ajuste das bolsas aconteçam todos os anos.

“E o Governador falou uma coisa importante aqui, todo ano agora a gente pode pensar em preparar um aumento para que nunca mais se fique dez anos sem aumentar bolsas que são a nossa energia vital dos nossos estudantes”, finaliza.

Saiba: Segundo o Governo Federal, as bolsas de pesquisa não passavam por reajustes desde 2013.

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CAMPO GRANDE

Bioparque Pantanal terá Papai Noel mergulhador em programação especial de Natal

Atração promete encantar visitantes de todas as idades

14/12/2025 18h00

Atração promete encantar visitantes de todas as idades

Atração promete encantar visitantes de todas as idades Divulgação/ Gov MS

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O Bioparque Pantanal preparou uma programação especial de Natal para receber o público em dezembro, com uma das atrações mais aguardadas do período: o Papai Noel Mergulhador.

A apresentação está marcada para as 10h dos dias 23 e 24 e promete surpreender famílias e visitantes ao unir magia, educação ambiental e o contato direto com a biodiversidade.

A ação, que já se tornou tradicional no calendário do atrativo, leva o personagem natalino para dentro dos tanques, reforçando de forma lúdica a importância da conservação ambiental e da relação harmoniosa entre o ser humano e a natureza.

Atenção nos horários!

No dia 24 de dezembro, o Bioparque Pantanal funcionará em horário especial, das 8h30 às 14h30, permitindo que o público aproveite a véspera de Natal com uma experiência diferente em um dos maiores complexos de água doce do mundo. O último horário de entrada será até 13h30.

Já nos dias 25 e 31 de dezembro, não haverá visitação. O empreendimento também permanecerá fechado entre 1º e 7 de janeiro de 2026, período destinado à realização de manutenções internas, voltadas à segurança dos visitantes e ao bem-estar dos animais. As atividades serão retomadas normalmente no dia 8 de janeiro.

Bioparque Pantanal

Inaugurado em março de 2022, o Bioparque Pantanal já recebeu mais de 1 milhão de visitantes e se consolidou como referência nacional em turismo científico, inclusivo, sustentável e contemplativo. O espaço é reconhecido pela estrutura moderna e pelo compromisso com a educação ambiental, acessibilidade e conservação da fauna.

A visita ao Bioparque Pantanal é gratuita, mas o agendamento é obrigatório e deve ser feito exclusivamente pelo site bioparquepantanal.ms.gov.br.

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MANIFESTAÇÃO

"Sem anistia", manifestantes protestam contra PL da Dosimetria em todo o Brasil

Atos ocorreram em diversas cidades e classificam projeto como anistia disfarçada aos envolvidos no 8 de Janeiro

14/12/2025 17h00

Os atos foram organizados pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo

Os atos foram organizados pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo Divulgação/ Agência Brasil

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Manifestantes de diversas cidades brasileiras foram às ruas neste domingo (14) em protesto contra a aprovação do chamado Projeto de Lei da Dosimetria, que altera o cálculo das penas aplicadas aos condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. Para os organizadores, o texto representa uma “anistia disfarçada” e abre caminho para beneficiar o ex-presidente Jair Bolsonaro e integrantes de seu governo.

Os atos foram organizados pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, que reuniram movimentos sociais, centrais sindicais, estudantes e partidos de esquerda. Pela manhã, manifestações ocorreram em capitais como Belo Horizonte, Campo Grande, Cuiabá, Maceió, Fortaleza, Salvador e Brasília.

Na capital federal, o protesto teve início em frente ao Museu da República e seguiu em direção ao Congresso Nacional. Durante o trajeto, manifestantes entoaram palavras de ordem e exibiram cartazes com frases como “Sem anistia para golpista” e críticas diretas ao presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB).

Campo Grande

Em resposta a aprovação por 291 a 148 votos na última quarta-feira (10), centenas de campo-grandenses liberais se encontraram na esquina da Rua 14 de Julho com a Avenida Afonso Pena para protestar contra a tentativa de Anistia das pessoas que foram condenadas pelo 8 de janeiro, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro.

Além de apoiadores, a manifestação contou com a presença de algumas autoridades da esquerda de MS, como o deputado estadual Pedro Kemp (PT), que foi o primeiro político a chegar no local.

Em conversa com a reportagem, o parlamentar falou sobre o movimento desta manhã e a importância de dar uma rápida resposta ao PL da Dosimetria.

"Mais uma vez, a população dá um recado para a Câmara dos Deputados, que está votando na contramão de tudo aquilo que a população deseja, porque quem atentou contra a democracia, quem quebrou a série dos poderes em Brasília, quem tentou dar um golpe de estado no Brasil tem que ser condenado e pagar por esses crimes. Dar uma lição na história de que nós não aceitamos mais golpes no Brasil", disse o petista.

O ex-deputado estadual e agora candidato ao governo de Mato Grosso do Sul pelo Partido dos Trabalhadores, como oficializado neste sábado (13) pelo presidente do partido, Fábio Trad também compareceu ao protesto.

"É um momento muito importante, mas não só para a esquerda, para todos os democratas. Eu convido também a direita liberal que respeita a democracia, aquela direita dos anos 90 que respeitava a vontade das urnas, que não apoiava os Estados Unidos contra o próprio Brasil. Ela deveria estar aqui conosco, porque o que está em jogo aqui hoje não é só uma disputa partidária, é uma questão de civilização e barbárie", destaca.

Paulista ocupada

Em São Paulo, a Avenida Paulista foi ocupada por manifestantes concentrados nos quarteirões próximos ao Museu de Arte de São Paulo (Masp). O ato reuniu representantes de sindicatos, movimentos sociais, estudantis e partidos políticos contrários ao projeto.

Durante o protesto, o coro de “sem anistia” foi repetido diversas vezes. Cartazes com dizeres como “Congresso inimigo do povo” ganharam destaque, assim como críticas ao comando da Câmara. Parte dos participantes vestiu roupas verde e amarelas para reforçar a rejeição à anistia dos envolvidos nos atos golpistas.

A votação do PL na Câmara ocorreu em meio a um episódio de tensão, após a retirada forçada do deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) da Mesa Diretora pela Polícia Legislativa. Jornalistas foram impedidos de acompanhar a ação, e profissionais da imprensa relataram agressões.

Parlamentares da oposição avaliam que, com as mudanças previstas no texto, Bolsonaro poderia ter a pena reduzida de 7 anos e 8 meses para cerca de 2 anos e 4 meses em regime fechado, conforme o cálculo atual da Vara de Execuções Penais.

Segundo Juliana Donato, da Frente Povo Sem Medo, a mobilização foi motivada pela gravidade da proposta. “Nós entendemos que isso é uma anistia. Os crimes cometidos contra a democracia são muito graves e não podem ser perdoados. A impunidade abre espaço para novas tentativas de golpe”, afirmou. Ela acredita que a pressão popular pode influenciar a tramitação do projeto no Senado.

Protestos no Rio

No Rio de Janeiro, milhares de pessoas ocuparam as ruas próximas ao Posto 5, em Copacabana. O ato contou com a participação de movimentos sociais, sindicatos, estudantes, parlamentares, artistas e militantes de esquerda.

A manifestação ganhou caráter cultural com a participação de artistas como Caetano Veloso e Gilberto Gil, que se apresentaram durante a tarde. O evento foi batizado de “Ato Musical 2: o retorno”, em referência a uma mobilização anterior contra a PEC da Blindagem.

Além do PL da Dosimetria, os participantes protestaram contra a escala de seis dias de trabalho por um de descanso, o marco temporal para demarcação de terras indígenas, o feminicídio e cobraram transparência em investigações envolvendo o Banco Master.

Uma performance realizada por um grupo de mulheres chamou atenção ao comparar parlamentares favoráveis ao projeto a “ratos traiçoeiros”, com a distribuição de animais de borracha e fotos de deputados que votaram pela redução das penas.

A aposentada Angela Tarnapolsky, de 72 anos, afirmou que não poderia se omitir diante do que considera retrocessos democráticos. “Depois de tudo o que vivi desde a ditadura, é impossível aceitar um Congresso com esse nível de retrocesso”, declarou.

O deputado Glauber Braga participou do ato e agradeceu o apoio popular. Com a suspensão de seu mandato por seis meses, ele afirmou que levará o gabinete “para as ruas” e seguirá mobilizado contra o PL da Dosimetria e contra as chamadas emendas Pix, que permitem repasses de recursos públicos sem detalhamento do uso.

O que prevê o projeto

O PL da Dosimetria estabelece que os crimes de tentativa de golpe de Estado e de abolição do Estado Democrático de Direito, quando cometidos no mesmo contexto, sejam punidos apenas com a pena mais grave, e não pela soma das penas. O texto também reduz o tempo necessário para a progressão de regime, do fechado para o semiaberto ou aberto.

A proposta pode beneficiar, além de Bolsonaro, militares e ex-integrantes do alto escalão do governo anterior, como Almir Garnier, Paulo Sérgio Nogueira, Walter Braga Netto e Augusto Heleno.

Parlamentares da oposição preveem, para o ex-presidente Jair Bolsonaro, que o total da redução pode levar ao cumprimento de 2 anos e 4 meses em regime fechado em vez dos 7 anos e 8 meses pelo cálculo atual da vara de execução penal, segundo a Agência Câmara de Notícias. Mas a definição dos novos prazos será do STF e pode ser influenciada pelo trabalho e estudo em regime domiciliar, que diminuem o período de prisão.

O texto original previa anistia a todos os envolvidos nos atos de 8 de janeiro e dos acusados dos quatro grupos relacionados à tentativa de golpe de Estado julgados pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Mas esse artigo foi retirado do projeto.

**Colaborou Felipe Machado**

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