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coincidência?

Após ativação de megafábrica de celulose, plantas aquáticas invadem lago

Lago da Hidrelétrica de Mimoso tem 54 anos e a rápida proliferação das plantas ocorre há menos de um ano. Fábrica foi ativada em julho de 2024

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Há 54 anos, quando foram fechadas as comportas da hidrelétrica de Mimoso, no Rio Pardo, no município de Ribas do Rio Pardo, formou-se um lago de 1.540 hectares, que se estende por quase 40 quilômetros rio acima. De alguns meses para cá, porém, um fenômeno nunca antes visto tem assustado proprietários da região. Boa parte deste imenso lago está tomado por plantas aquáticas. 

Proprietários de imóveis da região ouvidos pelo Correio do Estado não escondem seu espanto com a rapidez com que estas plantas se desenvolveram nos últimos meses. Nestas décadas todas nunca foi visto nada parecido e de uma hora para outra o gigantes lago praticamente sumiu, relata um deles.

Para efeito de comparação sobre o tamanho do lago e da grande quantidade de plantas, o Lago do Amor, em Campo Grande, tem em torno de 7 hectares. Ou seja, o lago de Mimoso equivale a cerca de 220 Lagos do Amor.

Embora não exista laudo apontando as causas do problema, técnicos do Imasul que percorreram a região nas últimas duas semanas admitiram a possibilidade de o crescimento destas plantas aquáticas ter ligação com o despejo de dejetos da fábrica de celulose da Suzano no Rio Pardo. 

A represa fica a cerca de 40 quilômetros rio abaixo do local onde está a fábrica de celulose. Na megafárbica, a maior do mundo, foram investidos R$ 22,3 bilhões e são produzidas 2,55 milhões de toneladas de celulose por ano.

Toda a água utilizada pela fábrica é retirada do Rio Pardo e os rejeitos são novamente despejados no leito, que é represado alguns quilômetros abaixo. 

A estação de tratamento de esgoto da fábrica tem capacidade para 9,5 mil metros cúbicos por hora (9,5 milhões de litros). Ou seja, diariamente a fábrica capta em torno de 200 milhões de litros de água e 90% disso é devolvido para o rio depois do processo de branqueamento da fibra de madeira. 

O volume de água utilizado na fábrica equivale a cerca de 70% de toda a água tratada distribuída em Campo Grande diariamente. Quer dizer, a fábrica da Suzano produz quase o mesmo tanto de esgoto que todos os 900 mil habitantes de Campo Grande juntos.

Por conta da necessidade do uso de grandes volumes de água, todas as fábricas de celulose são construídas às margens de grandes rios. A unidade da Arauco, em Inocência, que vai utilizar 250 milhões de litros de água por dia, está sendo erguida às margens do Rio Sucuriu. As unidades da Suzano e da Eldorado, em Três Lagoas, estão às margens do Rio Paraná. A de Bataguassu, da Bracell, ficará às margens do Rio Paraná.

Na concessão do licenciamento da Suzano em Ribas do Rio Pardo, a empresa garantiu que  trataria os efluentes para evitar contaminação da água. A própria empresa explica que faz a captação abaixo do local onde ocorre o despejo dos dejetos para demonstrar que estes rejeitos estão corretamente filtrados e purificados antes de serem despejados no Rio Pardo.

A fábrica está oficialmente em operação desde julho de 2024. Coincidência ou não, a proliferação acelerada das aquáticas começou depois desta data, relatam proprietários de imóveis que costumavam utilizar o lago para esportes aquáticos e que agora estão impedidos de fazê-lo.

Dezenas de famílias investiram em casas de campo às margens do lago ao longo das últimas três décadas. Em vídeo que pode ser visto abaixo, um destes proprietários faz um apelo às autoridades para que providências sejam adotadas (veja o vídeo).

VISTORIA

Os técnicos do Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) que percorreram ranchos e fazendas da região nas últimas semanas relataram aos moradores que não descartaram a possibilidade de as plantas serem uma consequência do despejo deste esgoto da fábrica, já que ele é rico em nutrientes (principalmente fósforo) que facilitam o crescimento desta vegetação.

Porém, segundo os proprietários, estes mesmos técnicos também destacaram que o rápido assoreamento do lago, que não tem elo direto com a fábrica da Suzano, pode ser outro fator determinante para explicar o fenômeno da proliferação acelerada das plantas. 

E, se existe assoreamento, explicaram os técnicos do Imasul aos proprietários, é sinal de que existem atividades agrícolas rio acima que não existiam anos antes. E, estas atividades agrícolas, explicaram, provavelmente utilizam uma série de fertilizantes, os quais também podem estar causando o fenômeno da multiplicação das plantas. 

Porém, estas atividades agrícolas também estão, em sua maioria, diretamente ligadas à produção de eucaliptos e de celulose que tomou conta da região nos últimos anos. 

Segundo Andrei Luiz, morador de Ribas do Rio Pardo, as plantas tomaram conta de pelo menos 20 quilômetros do lago. Elas se concentram principalmente no pé da barragem, mas quase toda a represa está tomada, destaca ele. 

Elas podem ser vistas desde a foz do rio São Félix, um dos afluentes do Rio Pardo que deságua no rio maior em torno de 20 quilômetros acima do local onde estão instaladas as turbinas com capacidade para gerar 29,5 MW de energia elétrica. 

Dependendo da velocidade e da direção dos ventos, estas plantas se deslocam de um local para outro, mas o fenômeno é assustador e preocupante o tempo todo em praticamente todo o lago. 

Ao todo, o lago tem 37 quilômetros de extensão e capacidade para represar 71,6 bilhões de litros de água, conforme previsão feita à época da inauguração da Usina Mimoso, em 1971. Por conta do assoreamento, porém, este volume de água é bem menor atualmente. 

O grande volume de plantas ameaça até mesmo o funcionamento da hidrelétrica. Conforme nota divulgada na quinta-feira (2) pelos controladores da usina, a empresa recebeu autorização do Imasul para aumentar a vazão de água em seu reservatório para que parte destas plantas seja levada pela correnteza rio abaixo.

Em nota, a empresa responsável pela hidrelétrica, informou que a usina deverá executar a liberação controlada de água para dispersar as plantas acumuladas no reservatório e preservar tanto a operação da usina quanto o equilíbrio do ecossistema local. 

O que dia a Suzano

A companhia reafirma seu compromisso com a segurança e a qualidade no tratamento de efluentes em todas as suas unidades. Na Unidade de Ribas do Rio Pardo, todos os efluentes industriais são tratados na Estação de Tratamento de Efluentes (ETE), retornando ao rio Pardo com qualidade que não apenas atende, mas é mais restritiva que os limites legais vigentes e cujos resultados são entregues e monitorados pelo órgão ambiental responsável.

Para demonstrar nosso compromisso com a conservação dos recursos naturais, destacamos que o sistema de captação de água da unidade está localizado a jusante do ponto de lançamento dos efluentes tratados. Isso significa que utilizamos a própria água que devolvemos ao rio, garantindo sua qualidade. 

A companhia ressalta ainda o seu compromisso com práticas florestais sustentáveis e responsáveis,  garantindo que o uso de fertilizantes em nossas plantações de eucalipto não representa nenhum risco para os rios ou lençóis freáticos. Os fertilizantes são aplicados de forma controlada e subsuperficial, o que significa que são colocados abaixo da superfície do solo. Essa técnica, aliada à dosagem precisa, assegura que os nutrientes sejam utilizados de maneira eficiente pelas plantas, eliminando perdas e evitando qualquer possibilidade de contaminação das águas.

Em particular, o fósforo (P), um dos nutrientes essenciais, possui uma mobilidade extremamente baixa no solo. Ele se adere fortemente às partículas de argila, o que praticamente elimina o risco de ser levado para os cursos d'água. Além disso, nossas práticas de conservação do solo são reconhecidas como referência no
combate à erosão. O cultivo mínimo do solo, uma técnica amplamente adotada, contribui significativamente para a preservação da estrutura do solo e a prevenção de processos erosivos. Ressaltamos, ainda, que nossas operações florestais são conduzidas com o mais alto padrão de responsabilidade ambiental e possuem
certificação FSC (Forest Stewardship Council) e Ceflor, garantindo que seguimos  rigorosos critérios de manejo sustentável.”

(Nota da Suzano incluida na reportagem às 10:45 horas do dia 05)

Confira o antes e depois

 

 

 

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baixa adesão

Fundo Pantanal indeniza desde banqueiro a gigante do Agro

Mas, o Programa que disponibilizou R$ 40 milhões está repassando aos proprietários pantaneiros menos de 10% do previsto para 2025

13/12/2025 12h30

O tuiuiú é considerada a ave-símbolo do Pantanal, mas também pode ser encontrada bem longe deste bioma

O tuiuiú é considerada a ave-símbolo do Pantanal, mas também pode ser encontrada bem longe deste bioma Bruno Rezende/Secom

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Na lista dos 45 proprietários de terras do Pantanal que receberão recursos do Fundo Clima Pantanal, um programa que indeniza fazendeiros que preservam áreas mais amplas do que aquilo que determina a legislação, aparecem desde fazendeiros tradicionais a banqueiros e gigantes do agronegócio.

Mas, conforme publicação do diário oficial do Governo do Estado desta sexta-feira (12) a adesão ficou abaixo do esperado e menos de 10% das verbas disponíveis serão distribuídas no primeiro ano do programa, criado principalmente para combater o desmatamento.

Entre os contemplados, com R$ 100 mil, está Tereza Bracher, esposa do ex-presidente do Itaú Unibanco, Cândido Bracher. A família vair receber a indenização por estar preservando em uma de suas fazendas pantaneiras quase seis mil hectares acima do estipulado pela legislação. 

Com patrimônio estimado na casa dos R$ 15 bilhões, Cândido Bracher foi CEO do Itaú Unibanco entre abril de 2017 e janeiro de 2021. Atualmente,  hoje é integrante do Conselho de Administração da instituição financeira, que fechou 2024 com lucro de R$ 40 bilhões. 

E a banqueira ainda buscou indenização em uma segunda fazenda no Pantanal,  mas foi desclassificada por ter sido enquadrada no item 8.6 das normas que regulamentam a distribuição dos R$ 40 milhões do Fundo.

Este item diz que não pode ser contemplado que  estiver com irregularidades no Cadastro Ambiental Rural (CAR) ou por estar com passivos ambientais não declarados ou que não estejam cumprindo termos de compromisso de recuperação de áreas degradadas.

Em maio deste ano o Ministério Público abriu investigação para apurar suposta omissão do banqueiro em um megaincêndio que destruiu mais de 52 mil hectares em julho de 2024 no Pantanal da Nhecolândia. O fogo teria começado na Fazenda Tupanceretã, de 25 mil hectares, pertecence à família. 

Tereza Bracher também aparece como contemplada indireta em uma outra propriedade. Ela é uma das integrantes da Associação Onçafari, entidade que vai receber pouco mais de R$ 45 mil de indenização pela preservação de 824 hectares de vegetação nativa.

Esta associação, que adquiriu milhares de hectares no Pantanal para criar uma espécie de corredor ecológico que possibilite procriação de onças-pintadas, conseguiu cerca de R$ 180 milhões com filantropos para a criação de reservas privadas no Pantanal. Teresa Bracher é uma destas doadoras. 

Mas, os banqueiros não são os únicos bilionários que aparecem na lista. Outra contemplada é a SLC Agronegócios, uma fazenda dedicada à criação de bovinos no município de Corumbá.  Os bilionários donos desta fazenda receberão R$ 100 mil do Fundo Pantanal por preservarem pouco mais de 3,7 mil hectares. 

A fazenda pertence ao grupo que se apresenta como um dos maiores produtores de commodities agrícolas do país. Possui cerca de 733 mil hectares de área plantada em sete estados. Além de Corumbá, o grupo também produz em fazendas em Cassilância, Chapadão do Sul e Sonora. 

A SLC produz algodão, milho e soja e se dedica à criação de gado, além de ser uma das grandes produtoras de sementes destas cultura.Ela foi uma das primeiras empresas do agronegócio a ter ações negociadas em Bolsa de Valores de São Paulo, a BR.

A famosa Fazenda Bodoquena, de cerca de 77 mil hectares e conhecida por concentrar até 40 mil bonivos, também aparece na relação daqueles que receberão indenização. Neste caso, serão apenas R$ 39 mil, uma vez que atestou estar fazendo preservação extra de 705 hectares de vegetação. 

A fazenda pertence ao Grupo Votorantim, que há mais de sete décadas também atua na produção de cimento em Corumbá, no coração do Pantanal. O grupo é controlado pelos familiareas de Antônio Ermírio de Moraes, um dos rostos mais conhecidos do bilionário clã. Ele morreu em 2014. A família é considerada a terceira mais rica do país, com patrimônio estimado em 15,4 bilhões de dólares, ficando atrás somente das famílias Marinho e Safra.

Mas, nesta lista dos contemplados também aparecem fazendeiros "comuns",  para os quais a indenização de até R$ 100 mil fará alguma diferença. Esté é o caso de Timotheo Reis Proença, que já presidiu o sindicato rural de Aquidauana. Ele cadastrou 1,28 mil hectares como preservação extra e por conta disso receberá R$ 71 mil. 

BAIXA ADESÃO

Ao todo, segundo o Governo do Estado, estão sendo  indenizados 126 mil hectares, o que está garantindo repasse da ordem de R$ 3,25 milhões aos proprietários. 

O valor é praticamente o mesmo ao que está sendo repassado a três ONGs que dizem atuar no combate a incêndios e no tratamento de animais silvestres atingidos pelas queimadas no Pantanal. 

Dos R$ 40 milhões, R$ 1,438 milhão foi destinado ao Instituto Homem Pantaneiro (IHP), R$ 996 mil para o instituto SOS Pantanal e R$ 497,5 mil para o IPCTB - Instituto de Pesquisa e Conservação de Tamanduás no Brasil. 

Somados, os repasses às ONGs chegam R$ 2,931 milhões, o que equivale a 7,3% dos R$ 40 milhões anunciados pelo Governo do Estado ao Fundo Pantanal para o primeiro ano de vigência do programa. 

O valor repassado aos proprietários rurais ficou longe daquilo que estava previsto por conta da baixa adesão. Na primeira chamada foram recebidas apenas 71 inscrições de imóveis rurais localizados no Bioma Pantanal. E, após análise dos documentos,  45 propriedades conseguiram cumprir as exigências. 

Mesmo assim, o secretário Jaime Verruck, da Semadesc, comemora os resultados. “O PSA Pantanal demonstra que é possível alinhar desenvolvimento econômico e preservação ambiental. Estamos criando um modelo em que o produtor rural passa a ser reconhecido como parceiro estratégico na proteção do bioma, recebendo por um serviço ambiental que beneficia toda a sociedade”, afirmou. Segundo ele, o programa também fortalece a imagem de Mato Grosso do Sul como referência nacional em sustentabilidade e políticas climáticas inovadoras.

Agora, os proprietários classificados serão convocados pela Fundação Educacional para o Desenvolvimento Rural (Funar), agente executor do PSA Conservação, para assinatura do Termo de Adesão. A partir desse instrumento, os provedores de serviços ambientais passam a integrar formalmente o programa e a receber os valores correspondentes às áreas preservadas. 

De acordo com o secretário-adjunto da Semadesc, Artur Falcette, a robustez técnica do edital foi um dos diferenciais do programa. “Todo o processo foi construído com base em critérios objetivos, análises técnicas aprofundadas e uso de ferramentas geoespaciais. Isso garante credibilidade ao PSA e cria um ambiente favorável para sua continuidade e ampliação”, destacou. Ele ressalta que a experiência da primeira chamada servirá como base para o aperfeiçoamento das próximas etapas.

Segunda chamada 

Com a conclusão da primeira etapa, a Semadesc confirmou o cronograma da segunda chamada do PSA Conservação, prevista para 2026. A publicação do edital e a abertura das inscrições ocorrerão em 23 de fevereiro, com encerramento em 6 de abril.

As inscrições deferidas serão divulgadas em 16 de abril, com prazo para recursos até 20 de abril. A avaliação das propriedades ocorrerá até 1º de junho, com publicação do resultado final até 15 de junho. A assinatura dos Termos de Adesão está prevista a partir de 16 de junho de 2026.

Nesta segunda chamada, poderão participar proprietários que não conseguiram se inscrever na primeira etapa. As regras permanecem as mesmas, incluindo a possibilidade de cancelamento de autorizações de supressão de vegetação nativa vigentes na data de abertura do edital, quando houver, sendo que o pagamento será referente ao exercício de 2026. 

“O PSA é uma política de Estado, construída para ter continuidade e escala. A segunda chamada amplia o alcance do programa e reforça nosso compromisso com a conservação do Pantanal”, concluiu Jaime Verruck.

 

Cidades

Consórcio paga parte dos atrasados, mas motoristas confirmam greve a partir de segunda

Sem acordo com o Consórcio Guaicurus, a greve está prevista para segunda-feira (15), segundo informou o Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Coletivo Urbano de Campo Grande

13/12/2025 11h23

Crédito: Gerson Oliveira / Correio do Estado

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Com o Consórcio Guaicurus tendo atendido “em partes” à reivindicação definida em assembleia, a greve dos motoristas de ônibus deve iniciar nesta segunda-feira (15), em Campo Grande.

Em conversa com o Correio do Estado, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Coletivo Urbano da Capital (STTCU-CG), Demétrios Feiras, informou que os trabalhadores receberam, na sexta-feira (15), somente 50% do salário referente ao mês de novembro.

“O Consórcio Guaicurus, no final da tarde, depositou 50% do valor dos salários, referente ao mês de novembro, que era para ser pago no quinto dia útil do mês de dezembro. Foi a única coisa que o Consórcio pagou”, informou Demétrios.

Durante assembleia, a categoria reivindicou o pagamento do salário integral, do adiantamento, da segunda parcela do décimo terceiro e do vale (adiantamento salarial). No entanto, houve apenas o depósito de 50%, e a paralisação segue confirmada.

Segundo o presidente do STTCU-CG, não está prevista, para este fim de semana, qualquer tentativa de negociação com a empresa responsável pelo transporte coletivo na Cidade Morena.

Com isso, Demétrios reforçou que os ônibus só retornarão às ruas quando o Consórcio efetuar o pagamento do que ficou definido pela classe.

“E a gente só volta a trabalhar com o pagamento desses três vencimentos. Caso contrário, continua parado na terça, na quarta, até que o Consórcio efetue esses pagamentos”, pontuou Demétrios.

A justificativa para não realizar o pagamento, conforme explicou Demétrios, é a falta de dinheiro em caixa. Como adiantou o Correio do Estado, o Consórcio Guaicurus alega um “rombo” em dívidas de R$ 15,2 milhões, sendo que desse valor R$ 8,2 milhões são referentes aos salários dos funcionários.

Por conta disso, a concessionária pediu que o valor do subsídio pago pelo poder público seja ainda maior.

Entenda

No dia 5, o Consórcio Guaicurus, responsável pela administração do transporte coletivo de Campo Grande, anunciou que a situação financeira estaria insustentável para a continuidade da operação, motivada por supostos atrasos nos repasses por parte do poder público.

Além das dificuldades relacionadas a questões operacionais, como combustíveis, manutenção da frota e encargos, o consórcio também enfrenta negociações com a classe de funcionários, principalmente os motoristas.

Motoristas do Consórcio Guaicurus realizaram assembleia geral, na madrugada desta quinta-feira (11) e optaram pela paralisação. Eles reivindicam por:

  • Pagamento do 5º dia útil, que deveria ter sido depositado em 5 de dezembro – efetuaram o depósito de 50%
  • Pagamento da segunda parcela do 13º salário – vai vencer em 20 de dezembro
  • Pagamento do vale (adiantamento) – vai vencer em 20 de dezembro

** Colaborou Felipe Machado e Naiara Camargo

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