Após quatro dias de enfrentamento, o Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Mato Grosso do Sul (CBMMS) conseguiu combater os focos de incêndio que persistiram na região de Porto Índio e da Reserva Indígena Guató. Ao todo, foram cerca de 177 hectares consumidos pelas chamas.
Ontem (10), o Corpo de Bombeiros Militar realizou sobrevoos nas áreas afetadas pelas chamas com o avião da corporação e com a aeronave de reforço, contratada pela Defesa Civil, além disso, também houve lançamento de água em alguns pontos. Os pilotos confirmaram que as áreas estavam sob controle e sem focos de queimadas.
Com uma área correspondente a 247 campos de futebol atingidos pelo fogo, os focos de incêndio começaram a ser observados através dos satélites de monitoramento, no dia 2 de novembro, mas passaram a tomar grandes proporções a partir do dia 6, conforme a assessoria.
A partir da constatação da gravidade das chamas, foram mobilizados cerca de 10 militares e um avião para o combate às queimadas, sobretudo na Reserva Indígena Guató.
Dois dias depois, no dia 8 e devido à proporção que as chamas tomaram, foi encaminhada uma equipe de reforço com mais 12 militares para o combate aos focos, bem como um segundo avião para auxiliar as equipes, este último, contratado pela Defesa Civil. Com o avanço das chamas, o combate ao fogo foi realizado por terra e por ar, pelos bombeiros.
Conforme o Corpo de Bombeiros, o Exército Brasileiro deu suporte à aos primeiros militares que chegaram aos focos. Além disso, O Grupo de Resgate Técnico Animal Cerrado Pantanal (GRETAP-MS) e o Instituto Homem Pantaneiro (IHP), contribuíram com a operação, através dos monitoramentos das áreas atingidas pelas chamas.
"O acompanhamento da região vai ser mantido até que seja confirmada a não reignição e o não surgimento de novos focos", informa o comandante da Operação Pantanal, Major Fábio Pereira de Lima.
Ainda segundo a corporação, não se sabe o que pode ter causado a origem das queimadas.
Fogo no Pantanal
De acordo com informações do Programa Queimada, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), em 2021, de janeiro ao começo de novembro, foram constatados cerca de 8258 registros de incêndio no bioma pantaneiro.
Já em 2022, no mesmo período, o Inpe registrou 1254 focos de queimadas no Pantanal.