Após ter conseguido habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça para se livrar de prisão em caso de desobediência de decisão judicial, o governador André Puccinelli tenta, agora, barganhar com policiais militares e bombeiros para diminuir e parcelar valores a serem pagos. Em reunião no último dia 11 com o procurador-geral do Estado, Rafael Coldibelli, a Associação dos Cabos e Soldados da PM e Bombeiros recebeu a informação de que os acordos voltariam a ser feitos. A decisão transitada em julgado em fevereiro do ano passado obrigou o Estado a alterar o soldo dos servidores da segurança pública e pagar adicional por tempo de serviço retroativo a 2005. A nova proposta para cerca de 351 dos 444 servidores beneficiados é que recebam o reajuste a partir de agora e os valores devidos a partir de 2007 serão quitados em 36 parcelas. “Caso não firmem o acordo, a decisão judicial será cumprida, mas com o pagamento de precatórios. Pela nova emenda constitucional 62, de 9 de dezembro, o Estado tem o poder de colocar em leilão e quem der o maior desconto, receberá primeiro”, explicou o presidente da associação, José Melo Irmão. Conforme afirmou, há três situações diferenciadas entre os policiais — há aqueles que só tinham entrado com mandado de segurança; outro grupo que tem mandado e também ações ordinárias já julgadas procedentes e, por fim, quem tem mandado e ações ordinárias em tramitação.