Cidades

UM ETERNO AMIGO

Após ser separado do cão de estimação, idoso morre em hospital de Corumbá

Nestor Oliveira, de 73 anos considerava o animal como se fosse um filho

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Não é à toa que o cão sempre será o melhor amigo do homem. Foi nesse companheirismo que o idoso Nestor Gomes de Oliveira, de 73 anos, viveu com o seu cachorro sem raça definida, o “Guri”, antes de morrer no Hospital de Corumbá.

Nestor morava sozinho a muitos anos apenas com o animal e recebia ajuda de vizinhos e assistentes sociais do município. Na semana passada, ele precisou ser levado até o asilo da cidade porque ficou doente, aceitou ir, mas quando chegou lá recebeu o baque da notícia: o asilo não aceitava animais de estimação.

Uma assistente social que atendeu Nestor ainda em vida contou que o idoso tratava o “Guri” como filho e os dois moraram por anos em uma casa de dois cômodos no Bairro Jardim dos Estados, parte alta de Corumbá. “O cachorro era o único companheiro dele, ele mesmo não tem contato com a família, durante o período que estou acompanhando-o, nunca vi nenhum familiar”, disse a servidora.

Com a mudança de Nestor para o asilo, a história de amizade e companheirismo não teve um final feliz. A direção do Asilo descartou a possibilidade de "Guri" morar na instituição já que manter um animal no prédio poderia causar problemas internos. Sendo assim, a única alternativa é que os dois vivessem em lares separados. O idoso chegou a ser levado por equipe da Assistência Social do Município ao asilo, enquanto “Guri” permaneceu na residência à espera do amigo, que mal ele sabia que nunca mais iria voltar.

Ainda doente e com a maior dor de todas, a saudade, Nestor logo precisou ser levado ao hospital por conta de uma infecção urinária. Recebeu alta, mas em seguida voltou a unidade de saúde. Em todo esse tempo, ele queria ver o amigo, que por conta das dificuldades, ficou para trás, sempre perguntava dele, mas nunca teve a oportunidade de vê-lo novamente.

Antes de morrer, os funcionários do asilo gravaram um vídeo do idoso contando o tempo que passou com o melhor amigo que já teve um dia, parecia já estar conformado, ele precisava disso.“Peguei ele para criar desde quando era filhote, cuidei como se fosse um filho. Já doente, uma vez sofri uma queda e a máquina de lavar acabou caindo em cima de mim. Ele não sabia o que fazer para me ajudar, puxava pela perna e então começou a latir no portão até que os vizinhos foram ver o que era e me ajudaram”, contou o idoso por meio de um vídeo.

Nestor morreu ontem (23) no hospital em Corumbá e nem ao menos conseguiu se despedir do fiel companheiro pela última vez. “Guri” segue sozinho na residência onde foi deixado em Corumbá a espera de um novo lar e um novo amigo.

*Com informações do Diário Corumbaense

 

 

 

Brasil

Expectativa de vida no Brasil atinge 76,4 anos, superando dados anteriores à pandemia, segundo IBGE

Índice subiu e superou pela primeira vez o patamar de antes da crise da Covid-19. Calculadora mostra expectativa de vida de acordo com a idade segundo os dados do IBGE

29/11/2024 20h00

Expectaiva de vida do brasileiro sobe e supera patamar de antes da pandemia

Expectaiva de vida do brasileiro sobe e supera patamar de antes da pandemia Foto: Reprodução/GloboNews

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A expectativa de vida ao nascer no Brasil aumentou em 2023 para 76,4 anos, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (29) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O dado mantém a recuperação após o período marcado pelo aumento de mortes causadas pela Covid-19. Isso significa que uma pessoa nascida no Brasil em 2023 tinha a expectativa de viver 76,4 anos, em média. Para homens, a previsão cai a 73,1 anos e, entre mulheres, alcança 79,7 anos.

Já a taxa de mortalidade infantil, que calcula a probabilidade de um recém-nascido não completar o primeiro ano de vida, foi de 12,5 mortes para cada 1.000 nascimentos. Para crianças até 5 anos de idade, a previsão ficou em 14,7 a cada 1.000 nascidos.

O instituto calcula a expectativa a partir de projeções populacionais, que têm como base os dados verificados em cada Censo Demográfico. A projeção para 2023, com dados do último recenseamento, foi de 211,7 milhões de habitantes no país.

As estimativas integram as Tábuas de Mortalidade 2022, que levam em conta dados populacionais do Censo Demográfico relativo ao ano passado e estatísticas do SIM (Sistema de Informações sobre Mortalidade), do Ministério da Saúde.

A recuperação, de acordo com o instituto, reflete uma redução no excesso de mortes registradas durante as fases mais graves da pandemia.

Para além da diferença de seis anos na expectativa de vida ao nascer, segundo o IBGE, a probabilidade de morte de homens com idades entre 20 e 24 anos é quatro vezes a de mulheres. Essa sobremortalidade masculina também foi verificada em dados do recenseamento, segundo os óbitos relatados por moradores dos domicílios visitados pelo IBGE.

Já se sabe, segundo os técnicos, que homens estão mais expostos a mortes violentas, como homicídios e acidentes de trânsito. Além disso, os hábitos de vida também influenciam no excesso de mortes masculinas.

Esses dados fornecem, segundo o IBGE, estimativas da expectativa de vida para idades até os 80 anos. As informações são usadas para, por exemplo, o cálculo de fator previdenciário para aposentadorias.
Em todo o mundo, o crescimento da expectativa de vida, apesar de não ter sido revertido, desacelerou, segundo artigo publicado na revista especializada Nature Aging. O estudo não considera 2020 por causa da pandemia, e analisa o período dos anos 1990 até 2019.

Já um levantamento de pesquisadores com dados globais feito para o Instituto para Medição e Avaliação da Saúde (IHME, na sigla em inglês), com sede nos EUA, apontou que a Covid fez com que a expectativa de vida média das pessoas no planeta caísse 1,6 ano nos primeiros dois anos da pandemia (2020 e 2021).

 

*Informações da Folhapress 
 

Rodovias Federais

BR-163 é trecho com mais atropelamentos de animais em MS

São 22 acidentes deste tipo entre janeiro e junho, além de outros 11 registrados no segundo semestre

29/11/2024 18h15

Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

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A BR-163 é a rodovia federal com o maior número de atropelamentos de animais em Mato Grosso do Sul em 2024. Divulgada no último dia 21, a atualização realizada pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) destaca que 16 dos 33 atropelamentos ocorreram neste trecho que liga sul e norte do Estado.

Os demais incidentes ocorreram na BR-262 (9); BR-158 (2); BR-060 (3); BR 419 (2) e BR-367 (1).

Conforme a polícia, desde janeiro último foram registrados oito acidentes em Campo Grande, além de acidentes em Dourados (2), Três Lagoas (2), Rio Brilhante (2), Caarapó (2), Jaraguari (2), Terenos (2) e Nova Alvorada (2); Anastácio, Aparecida do Taboado, Aquidauna, Chapadão do Sul, Coxim, Itaquiraí, Bela Vista, Miranda, Ribas do Rio Pardo, Selvíria e Vicentina registraram um acidente cada.

Em média, são três atropelamentos por mês em todo o Estado, destaque para os meses de maio e junho, com 15 acidentes registrados. Foram 22 acidentes deste tipo entre janeiro e junho, ao passo que outros 11 foram registrados no segundo semestre. 

Vítimas fatais 

Além do atropelamento de animais, este tipo colisão ocasionou quatro acidentes fatais em todo o estado, sendo três no primeiro semestre e outros dois em julho último. Em janeiro, 

Elaine Zangerolami, proprietária da Pax Brasil, que junto com o motorista de carro funerário da empresa, Reginaldo Carvalho, morreram após o veículo em que estavam colidir contra duas antas na BR-060, próximo a Chapadão do Sul.

Em abril, o empresário Carlos Dias Miranda, 63 anos, morreu após colidir a caminhonete que dirigia em um animal na BR-060, em Jardim, região oeste do Estado.

Segundo o Corpo de Bombeiros, o acidente ocorreu no caminho para Bela Vista. Após a colisão a caminhonete saiu da pista e caiu nas margens da rodovia. A equipe de socorro foi acionada e Carlos foi encontrado sem vida. Outras duas mortes foram registradas em Miranda, em junho último, e em Campo Grande, trecho próximo de Terenos, em junho. 

Na BR-262, em Terenos, Evaldo Luis do Nascimento, 21, morreu após o carro em que estava atingir várias árvores ao desviar de um "lobinho". 

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