Cidades

MEDICAMENTOS

Apreensão no Aeroporto de Campo Grande motiva operação no Mato Grosso

Várias caixas de medicamentos vindos da Argentina de forma irregular foram apreendidas na Capital

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A Polícia Federal desencadeou, nesta quarta-feira (3), uma operação para repressão ao comércio irregular de medicamentos de origem estrangeira.

Mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Cuiabá e Várzea Grande, no Mato Grosso, mas as investigações tiveram início após apreensão no Aeroporto de Campo Grande.

“As investigações tiveram início com uma apreensão, no Aeroporto Internacional de Campo Grande, de várias caixas de medicamento de origem argentina, contendo o princípio ativo Neostigmina”, informou a Polícia Federal, em nota.

Conforme a PF, os medicamento estavam sem documentação que comprove a entrada regular no Brasil.

Durante a investigação, foi constatado que a empresa destinatária da mercadoria apreendida no Mato Grosso do Sul é localizada em Cuiabá e não tem registro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Mesmo sem o registro, a empresa comercializava os produtos estrangeiros para distribuidoras de medicamentos e hospitais localizados em vários estados do País.

Na operação de hoje, policiais federais e agentes de fiscalização da Anvisa e da Vigilância Sanitária de Cuiabá cumpriram três mandados de busca e apreensão.

A operação foi denominada Miastenia, devido ao emprego da neostigmina na melhora sintomatológica de uma doença denominada Miastenia Gravis.

A miastenia gravis  é uma doença neuromuscular de origem autoimune, que na sua forma mais comum provoca graus variáveis de cansaço e fraqueza muscular, atingindo preferencialmente os músculos de contração voluntária, tais como os dos braços, pernas, face, olhos e os músculos torácicos responsáveis pela respiração.

INTERIOR

Garota que diz ter sido abusada sexualmente mata o pai em MS

Discussão começou por causa de dívida cobrada pelo progenitor, o que não foi bem aceito pela filha, que deferiu um golpe com faca na região do peito do homem

18/03/2025 11h15

Casa onde aconteceu o crime na noite desta segunda-feira (17)

Casa onde aconteceu o crime na noite desta segunda-feira (17) Foto: Divulgação/PCMS

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Uma jovem de 22 anos, identificada como Daniela Moraes de Souza, matou o próprio pai, Daniel Pereira de Souza, de 47 anos, com uma facada no peito, em Mundo Novo, município a 463 quilômetros de Campo Grande, nesta segunda-feira (17).

Segundo informações policiais, a discussão começou por causa de uma dívida, que teria sido cobrada pelo pai. A filha, que teria ingerido bebida alcoólica durante todo o dia, não gostou e desferiu um golpe com faca na região esquerda do tórax do homem.

Ao chegarem na residência, localizada na Rua Dom Pedro Primeiro. o Bairro Fleck, os agentes se depararam com o indivíduo caído no chão, ainda com sinais vitais. Daniel chegou a ser socorrido pelos militares do Corpo de Bombeiros e encaminhado ao hospital municipal, onde ele já chegou sem vida.

No interrogatório, a autora disse que não tinha intenção de matar o pai, apenas feri-lo. Porém, esta versão não foi aceita pela Polícia, já que, segundo o delegado Alex Junior da Silva, titular da Delegacia de Mundo Novo, há sim um dolo eventual de Daniele, ou seja, quando uma pessoa assume o risco de cometer um crime, mesmo que não queira o resultado.

Ainda, durante seu depoimento, a filha revelou que sofria abusos sexuais do progenitor desde os 9 anos de idade, o que também teria motivado o crime. 

A Polícia comunicou que ainda não tem confirmação destes fatos, mas informa que há uma condenação nas “costas” do homem por estupro de vulnerável, praticado em 2006, contra a enteada, que é irmã da autora, o que corrobora com a acusação de Daniela.

A jovem foi autuada pelo crime de homicídio simples e foi solicitada sua prisão preventiva. Caso seja aceita, ela será transferida para um presídio em Mato Grosso do Sul.

Dados

Segundo a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), já aconteceram 91 ocorrências por homicídio doloso neste ano em Mato Grosso do Sul, sendo 38 em janeiro, 31 em fevereiro e 22 em março.

Em 2024, foram 391 ocorrências ao longo dos 12 meses, uma média de 32,5 por mês. No primeiro trimestre, ou seja, o mesmo período analisado anteriormente, foram 99. O recorde anual de ocorrências pertence a 2015 e 2016, quando ambos obtiveram 564 boletins de homicídio simples.

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Proteção à mulher

Agressor de jornalista volta para a prisão em Campo Grande

Envolvendo sobrinha de deputado estadual, caso de Nathalia Barros Corrêa é o segundo de violência contra mulher envolvendo profissional de imprensa na Capital

18/03/2025 10h57

Phillipe é faixa preta de karatê e teria agredido Nathalia em 03 de março

Phillipe é faixa preta de karatê e teria agredido Nathalia em 03 de março Reprodução/MontagemC.E

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Com a violência contra mulher sendo amplamente debatida, novas agressões que ganham destaque geram uma cobrança maior para contra os agressores, como no caso de Phillipe Calazans, que se apresentou à Delegacia Especializada ontem (17) após quebrar o nariz da jornalista Nathalia Barros Corrêa. 

Sobrinha do deputado estadual Paulo Corrêa (PSDB), a violência contra Nathalia - ocorrida ainda no dia 03 de março - chegou até a Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul e gerou revolta de parlamentares, que pediram até mesmo afastamento de delegada que teria colocado o irmão da vítima como agressor ao invés de indiciar o agressor, como exposto em parlamento. 

Com o mandado de prisão preventiva expedido pela 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS), o homem optou por entregar-se na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) ainda ontem (17). O caso segue em sigilo. 

Entenda

Sem o mesmo triste fim, a agressão contra Nathalia traz semelhanças com o segundo feminicídio do ano que foi registrado em Mato Grosso do Sul, vitimando a jornalista Vanessa Ricarte, esfaqueada pelo então companheiro Caio César Nascimento Pereira. 

Com ambas sendo profissionais da imprensa local, Nathalia no caso foi agredida em 03 de março e gravou um vídeo onde aparece com o rosto sangrando e a filha no colo para denunciar o agressor que, semelhante a Caio, também atuava como músico. 

Faixa preta de karatê e então vocalista da Banda Seven, já no dia 07 de março a página do grupo no Instagram usou o perfil para vir à público anunciar o desligamento definitivo de Phillipe Eugênio Calazans de Sales, de 38 anos. 


Juntos há pelo menos quatro anos, o casal voltava da casa de amigos após um dia de feriado de Carnaval, com as agressões contra Nathalia acontecendo enquanto ela ainda estava com a filha no colo, conforme noticiado publicamente. 

Em Unidade de Pronto Atendimento (UPA), do bairro Coronel Antonino, foi constatado que a vítima tinha uma lesão no nariz e a necessidade de pontos no supercílio. 

Phillipe chegou a ser preso em flagrante, recorrendo à Justiça e conseguindo liberdade provisória há cerca de uma semana, sob condição do uso de tornozeleira eletrônica e de não se poder se aproximar de Nathalia.

Feminicídios

Até o primeiro dia de março, seis mulheres já tinham sido vítimas de feminicídio em Mato Grosso do Sul, com o último caso registrado sendo o de Giseli Cristina Oliskowiski, morta aos 40 anos, encontrada carbonizada em um poço no bairro Aero Rancho, em Campo Grande.

Antes dela, o primeiro caso de 2025 foi a morte de Karina Corin, de 29 anos, nos primeiros dias de fevereiro,  baleada na cabeça pelo ex-companheiro, Renan Dantas Valenzuela, de 31 anos. 

Já o segundo feminicídio de 2025 em Mato Grosso do Sul foi justmente a morte de Vanessa Ricarte, esfaqueada aos 42 anos, por Caio Nascimento, criminoso com passagens por roubo, tentativa de suicídio, ameaça, além de outros casos de violência doméstica contra a mãe, irmã e outras namoradas.

Após denúncia do Ministério Público de  Mato Grosso do Sul em quatro crimes, em caso de condenação e penas máximas aplicadas, o assassino de Vanessa pode pegar mais de 86 anos de cadeia, como abordado pelo Correio do Estado.

Os outros feminicídios de 2025 vitimaram: 

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