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Área de alta prioridade no Pantanal, Serra do Amolar volta a ter incêndios florestais

Dados do sistema Firms, da Nasa, indicaram que a área do fogo no topo da morraria pode alcançar até 6 km²

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Território de alta presença de biodiversidade pantaneira, a Serra do Amolar está registrando o primeiro grande foco de incêndio florestal neste ano. O fogo está no pico da morraria, em uma região que fica entre a Bolívia e a Reserva Particular de Patrimônio Natural (RPPN) Acurizal, no município de Corumbá. 

O local onde as chamas foram identificadas é remoto e o acesso, a partir da cidade de Corumbá, demora mais de cinco horas por barco, rio Paraguai acima. Raios que caíram na região neste final de semana podem ter causado o início do fogo. O Sistema Pantera, mantido na sede do Instituto Homem Pantaneiro (IHP), gerou o alerta do registro ainda na manhã deste dia 28, domingo.

Dados do sistema Firms, da Nasa, indicaram que a área do fogo no topo da morraria pode alcançar até 6 km². Apesar de ter chovido na cidade de Corumbá neste domingo, na região da Serra do Amolar foram registrados raios e tempo nublado, mas sem volume de chuva considerável. 

Conforme o IHP, as rajadas de vento onde há fogo está em 5 km/h, no sentido noroeste, que ameaça levar as chamas para o sentido da Bolívia. Além disso, o Sistema Pantera apontou que o risco de incêndio no território prossegue alto, com chances de 94%. A umidade do ar está em queda, com 29%.

A Brigada Alto Pantanal, mantida pelo IHP, está mobilizada para atuar contra esse incêndio e desde o domingo já vem atuando. Houve também acionamento do Prevfogo/Ibama, que tem estrutura com helicóptero, e do Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul, que conta com duas aeronaves air tractor. Contudo, esse reforço aéreo, conforme apurado, ainda não foi deslocado para combate até o começo da tarde desta segunda-feira.

Os brigadistas, no total de nove pessoas, já estavam na região para realizar trabalho de prevenção e agora estão focados no combate. 

A identificação do incêndio foi confirmada por visualização no local e registro no Sistema Pantera em 28/09/2025, às 11:45:06. 

O diretor presidente do IHP, Angelo Rabelo, explicou que as ações no início da ignição podem contribuir para brecar o avanço das chamas. “Estamos com a Brigada Alto Pantanal na Serra do Amolar. O pico do fogo está a cerca de 900 metros. Pedimos apoio ao Prevfogo/Ibama, Corpo de Bombeiros, pois o local é de difícil acesso. Até agora, estávamos encarando um ano que pode ser considerado tranquilo em termos de incêndios. Temos que agir logo nesse início de detecção para evitar que a situação fica mais grave.

O Sistema Pantanal em Alerta, mantido pelo Ministério Público Estadual e os Bombeiros, identificou até o começo da tarde deste dia 29 de setembro o total de 25 focos de calor. Todos eles estão concentrados no município de Corumbá.

Lar de dezenas de espécies

A região da Serra do Amolar, no Pantanal, tem uma importância significativa para o ciclo de cheia no bioma. O biólogo no IHP, Wener Hugo Moreno, detalha que o território exerce diferentes funções. “Formando uma barragem natural com a morraria que ocorre ao longo do Rio Paraguai, a Serra do Amolar, na planície de inundação, funciona como um funil que controla o fluxo das águas norte – sul que moldam o atraso do pulso de inundação, assim inundado as diversas baías e lagoas que se encontram na região acima. Caracterizando assim o chamado gargalo Paraguai”, explica.

O biólogo ressalta também que a Serra do Amolar compreende um território que forma um corredor de biodiversidade. “Perdas na diversidade ecológica, sejam elas fragmentação de habitats ou alterações no ambiente natural, ocasionam a transformação do habitat natural em algo diferente de sua característica.”

Essa região foi atingida por incêndios florestais em 2020, voltou a ter focos graves em 2024 e, neste ano, teve seu primeiro foco de fogo nesta semana.

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Trilha de Hermes

Operação investiga grupo criminoso que matou informante da polícia

O homem identificado como colaborador policial era Aldevan Pontes de Jesus, de 32 anos, que se encontrava sob monitoramento eletrônico

04/12/2025 17h45

A Polícia Civil apreendeu armas, munições, veículos de alto valor, aparelhos celulares e R$ 8 mil em espécie

A Polícia Civil apreendeu armas, munições, veículos de alto valor, aparelhos celulares e R$ 8 mil em espécie Divulgação: Polícia Civil

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A Operação Trilha de Hermes, deflagrada pela Polícia Civil, por meio da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Fronteira (DEFRON) e da Delegacia Regional (DRP) de Naviraí, investiga a morte de Aldevan Pontes de Jesus, de 32 anos, que era monitorado com tornozeleira eletrônica. O homem foi identificado por um grupo criminoso como sendo um informante da polícia.

Por este motivo, Aldevan foi sequestrado pela quadrilha e possivelmente morto, de acordo com a Polícia Civil, perdendo o sinal de seu equipamento na área rural de Itaquiraí, de onde partiram as investigações.

A DEFRON e a DRP de Naviraí identificaram uma estrutura organizacional criminosa armada, com estruturada cadeia de comando e divisão de tarefas. As prisões temporárias e a busca domiciliar em desfavor dos suspeitos ocorreram durante a terça (2) e quarta-feira (3).

A Operação Trilha de Hermes resultou no cumprimento de cinco mandados de prisão temporária, duas prisões em flagrante, além da apreensão de veículos de alto valor, armas, munições, dinheiro em espécie e diversos outros objetos.

A quadrilha criminosa é investigada pelos crimes de homicídio, ocultação de cadáver, sequestro, lavagem de dinheiro e organização criminosa armada. As investigações prosseguem para apuração de outros envolvidos e para localização de ativos financeiros que o grupo criminoso auferiu durante sua atividade ilícita.

Balanço

No primeiro dia, foram realizados o cumprimento de cinco mandados de prisão temporária e o cumprimento de 12 mandados de busca domiciliar. A operação ocorreu nas cidade de Itaquiraí, Naviraí e Porto Velho (RO), onde um dos alvos estava no momento da operação.  Duas pessoas foram presas em flagrante pelo crime de posse de arma de fogo e de munições. 
 
Já na quarta-feira, foram realizadas diligências em áreas rurais, com o cumprimento do mandado de prisão de um dos alvos que se mantém foragido. As autoridade utilizaram os meios de locomoção fluvial e aéreo para esta etapa da operação, com apoio do Coordenadoria Geral de Policiamento Aéreo (CGPA).
 
Ao todo, a operação resultou no cumprimento da prisão de sete pessoas, entre elas os três líderes do grupo, apreensão de armas, munições, seis veículos de alto valor, dez celulares, R$ 8 mil em espécie e documentos a serem analisados.

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Polícia barra contrabando na entrada de Campo Grande

Ação compõe a Operação Protetor das Divisas e das Fronteiras

04/12/2025 17h30

Foto: Divulgação / Policia Civil

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A Policia Civil por meio do Departamento de Repressão ao Crime Organizado (Dracco) interceptou 4 caixas grandes de óculos, 2 pneus de caminhão, bolas de pneus e 12 caixas de cigarros, fiscalização realizada na  Avenida Gunter Hans, saída para Sidrolândia na manhã desta quarta-feira (3).  

A ação compõe a Operação Protetor das Divisas e das Fronteiras e combate ao contrabando e descaminho no Estado, mercadoria encontrada em uma Fiat/Doblo. 
O material apreendido foi encaminhado diretamente à sede da Polícia Federal de Campo Grande.Dois indivíduos foram conduzidos em flagrante.

A ação faz parte da 3ª etapa da Rede Nacional de Enfrentamento das Organizações Criminosas (Renorcrim), iniciativa nacional de enfrentamento ao crime organizado.

Em todo o país, a organização e preparação da operação envolve ao menos 18 ações estratégicas, que abrangeram desde o encaminhamento de demandas originadas na reunião de alinhamento até a preparação de sistemas e o treinamento de usuários.

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