O País está dividido entre os que vivem no mundo da hegemonia das opiniões (mesmo as fantasiosas) e outro em que fatos são respeitados. Neste segundo, há bons resultados.
O Brasil, neste segundo semestre de 2019, está dividido em dois mundos, que correm lado a lado, porém, com quase nenhuma conexão entre eles. O primeiro desses mundos é o da opinião. Neste primeiro universo, as pessoas reservam a maior parte de sua atenção em sua visão de mundo, no sentido de como as coisas deveriam ser. É como se cada uma dessas pessoas impusesse, a todo instante, os seus ideiais para o mundo real, pouco se importando com a realidade.
Independentemente da orientação política, essas pessoas que vivem no mundo da opinião acreditam que o que elas projetam como forma ideal de se viver em sociedade é que deve obrigatoriamente ocorrer, não em um médio ou longo prazo, mas no presente. Os que vivem no universo estrito da opinião doentia, normalmente, flertam com a intransigência – não aceitam a visão de mundo do colega – e com o convencimento de que estão corretos (e ponto final).
Mas existe um outro mundo, muito mais próximo do real. Neste plano, mais verdadeiro e natural, existem opiniões, mas, antes delas, vêm os fatos. A racionalidade prevalece entre esse grupo de pessoas, que, embora convivam no mesmo espaço geográfico, enxergam o que colegas que vivem obcecados no mundo da opinião com poucos argumentos não conseguem ver.
Neste mundo mais racional, as pessoas são mais pragmáticas. E nele, os resultados aparecem, independentemente do que ocorre no mundo da opinião (que, para ser mais justo com as opiniões sensatas, também poderia ser chamado de mundo da fantasia).
É deste grupo das pessoas mais racionais que vêm as boas notícias. Enquanto assuntos ideológicos, à esquerda ou à direita, proliferam mundo afora, também envolvendo o Brasil, há quem trabalhe e conquiste resultados com isso.
O grupo das grandes nações emergentes formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, o Brics, está reunido em Bonito desde ontem. A cidade sul-mato-grossense sedia reunião envolvendo todos os ministros da Agricultura desses países. Ideologias ou matizes políticos à parte, eles estão trabalhando muito por lá. A ministra Tereza Cristina, felizmente, vive no mundo real, onde há racionalidade, pragmatismo e bons negócios. Por estar preocupada em promover a agricultura brasileira, conseguiu bons resultados neste ano, sobretudo, com a China, que aumentou as compras de proteína animal brasileira. Do Oriente Médio, onde a ministra esteve recentemente, também virão – em breve – boas notícias para a agricultura brasileira.
No mundo real é que a vida ocorre. É lá que as coisas acontecem. Enquanto os cães ladram por aí, a caravana da racionalidade passa.