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OPINIÃO

Ernesto Caruso: "Credibilidade das Forças Armadas"

Militar reformado

Redação

13/06/2017 - 01h00
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De um modo geral, as pesquisas feitas sobre a confiança da população nas instituições, têm demonstrado a prevalência do seguimento militar sobre as entidades componentes da sociedade brasileira, políticas, administrativas, judiciais, etc.

Para exemplificar, no extrato do ICJBRASIL (Índice de Confiança na Justiça), elaborado pela Direito GV, em 2012, consta: ”As Forças Armadas lideram o ranking das instituições em que a população mais confia com 73% das respostas, seguida da Igreja Católica (56%), Ministério Público (55%), grandes empresas (45%) e imprensa escrita (44). Depois... aparecem o Judiciário, com 42% e o Governo Nacional com 40%... emissoras de TV, com 33% de confiança... Congresso Nacional (22%) e Partidos Políticos (5%).

“O índice de confiança no Poder Judiciário fica atrás das Forças Armadas, que lidera o ranking com 59% da confiança, da Igreja Católica (57%), imprensa escrita (37%), Ministério Público (36%), grandes empresas (34%) e emissoras de TV (33%).” (Estadão 28/10/2016)

Por que as Forças Armadas desfrutam de elevado conceito junto à sociedade? Vale perguntar e refletir em especial diante das campanhas orquestradas por notórias fontes contra essas instituições, não pelo que elas representam, mas pelo período histórico do regime militar instituído em 1964, quando o país esteve muito próximo de se tornar comunista.

 No interregno considerado até 1985, quando foi eleito um civil para presidente, houve incontestável desenvolvimento nos vários campos do Poder Nacional superando momentos de tensão vividos na fase da luta armada, a cita o atentado por carro-bomba contra a guarda do QG do II Exército em São Paulo, em 26 de junho de 1968, que vitimou o soldado de sentinela, Mário Kozel Filho.

Repete-se à exaustão que a “ditadura matou, torturou, prendeu, estuprou,...”, mas não convence a sociedade que viveu aquela fase e que transmite aos filhos a outra versão dos fatos.

Paralelamente ao nível de agressão do jargão “tortura nunca mais” (omitindo o “terrorismo” praticado pelos marxistas-leninistas) se pretende enlamear o estamento militar com a podridão que contaminou políticos, agentes públicos e empresários, corruptos de elevada periculosidade capitaneados pelo Partido dos Trabalhadores no projeto de poder criminoso, com alguns dos líderes condenados, o indiciamento de outros, e o rastro do esbulho nas empresas e bancos públicos.

Ânsia por vingança não faltou aos muitos adeptos do marxismo e aos partícipes da luta armada para vasculhar o passado e encontrar algum dos presidentes militares ou seus parentes com sinais de riqueza ilícita. Ou que tenham deixado heranças de vulto. Pisaram e repisaram na questão política, se locupletaram com ricas indenizações, mas nada se comprovou sobre corrupção como hoje, sendo Lula guindado com o título de penta denunciado e candidato à presidência de República em 2018. Será?

Embora nenhuma entidade esteja livre de servidores corruptos, parece que a resultante da dupla-agressão não atinge as forças singulares, pois continuam em alta no conceito geral.

Lula em discurso se refere ao presidente Médici como popular, trata do “auge do milagre brasileiro”, “o emprego era uma loucura... os trabalhadores estavam na porta de uma empresa procurando emprego e passava um ônibus de outra oferecendo para ganhar mais...” e que o Médici ganharia uma eleição se houvesse.

Em 2017, depõe o empresário Emílio Odebrech afirmando tratar-se de 30 anos de corrupção, como “negócio institucionalizado”. Ou seja... pós 1987.

A crença nas Forças Armadas é tão elevada, como demonstrado em pesquisa, que 30% da população são favoráveis à intervenção militar, índice não alcançado pelos partidos na disputa eleitoral. Mas, como afiançado pelos comandos militares não há solução fora do que rege a Constituição.

No topo a revolta do brasileiro contra essa esquerda que assumiu o país pregando o “tudo pelo social”; assaltou os cofres públicos; detonou os sistemas de saúde e de segurança; contribuiu para a degradação dos costumes;  definhou a autoridade do profissional de educação, componente de suma importância para complementar a formação dos jovens alunos e os tornar responsáveis, conscientes dos seus direitos e obrigações; e, continua solapando as tradições da família cristã.   

ARTIGOS

Melhor idade: um convite para grandes aventuras

03/12/2024 07h45

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As pessoas necessitam de um período para reavaliar as escolhas, explorar novos interesses e adquirir experiências inovadoras. O termo sabático, oriundo do hebraico shabat, está relacionado à tradição judaica de descansar a terra a cada seis anos de cultivo ininterrupto. Na terceira idade, um momento de pausa pode ser especial. Não é uma decisão fácil ou imediata, mas sim fruto de um processo de autoconhecimento e de estar disposto a sair da zona de conforto (ou de desconforto), enfrentando medos e desafios. Para que o projeto se torne exitoso, há três palavras fundamentais: antecedência, organização e planejamento.

Compartilho aqui a experiência que tive com meu marido, Paulo, de nosso período de pausa, após eu pedir afastamento do cargo de gestão que exercia há mais de 10 anos. Apesar de gostar imensamente do que fazia, não desvinculava o cansaço e o estresse que sentia a esse trabalho. Essa constatação me fez refletir e ver que era hora de “passar o bastão”, não sem antes praticar o desapego. O que fazer? O mundo tinha aberto as portas e o céu seria o limite!

Quantas possibilidades! Depois de várias “tempestades de ideias”, decidimos viajar por aproximadamente seis meses para a Europa em 2018, guiados por interesses comuns em história, cultura e arte do Velho Mundo.

Iniciamos a jornada pela Inglaterra e tivemos a oportunidade de conhecer e de interagir com pessoas de várias partes do mundo. Todo o roteiro foi em função do desejo de conhecermos as grandes obras de arte, como as contidas no British Museum, na capital inglesa, no Museu do Prado, em Madri, e no Louvre, de Paris, além de patrimônios históricos e culturais da humanidade, em lugares como Portugal e Alemanha. As vivências espirituais foram outro ponto alto do passeio, em espaços como a Sacré-Coeur, de Paris, o Self Realization Fellowship, de Dublin, e o templo de Neasden, em Londres.

Ao término de nossa viagem, voltamos com uma bagagem extraordinária de vivências e de conhecimentos que gostaríamos de passar para outras pessoas. Descobri o prazer de escrever e publiquei dois livros sobre a experiência, e Paulo entrou para o ramo do turismo. Valeu a pena? Muito!

Essa decisão precisa ter uma razão e um propósito, um plano de ação muito bem estruturado, com definição do tempo da pausa, do destino, dos custos e da preparação para o retorno, garantindo que essa experiência se reverta em crescimento pessoal ou profissional. Desperte sua criatividade e explore potencialidades que talvez nunca tenha imaginado, permitindo-se um período de pausa transformador!

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ARTIGOS

Recomendações de Herman Benjamin para os juízes

03/12/2024 07h30

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Sempre tive uma vontade grande de conhecer pessoalmente o ministro presidente do STJ, Herman Benjamin, paraibano de Catolé do Rocha, e conversar com ele para beber seus vastos conhecimentos jurídicos, filosóficos, teológicos e humanitários tão importantes para sedimentar as suas sentenças e engalanar a cátedra onde sustenta com absoluta competência. Esse sempre foi um dos meus acalentados sonhos.

O ministro está tão próximo da minha cidade Ponta Porã e não pude concretizar essa aspiração em razão da fragilidade da minha saúde. Mas as oportunidades se renovam e quem sabe um pouco mais à frente poderei concretizar esse desiderato precioso. Mas é certo também, em outra vertente, que as suas decisões inseridas nos anais dos tribunais por onde peregrinou e ainda peregrina são sábias e pedagógicas e de valor inigualável. Não são conversas vazias e destituídas de fundamentos esse indicativo lançado pelo articulista. 

São provas robustas e insofismáveis emanadas daqueles que verdadeiramente amam o Direito e ainda consagram a sua vida inteira a serviço da Justiça como instrumento fomentador da paz social. Sim, porque o Direito, embora seja uma ciência abstrata, ele atrai, seduz e nunca chega a satisfazer a inteligência do seu estudioso diante da sua grandeza e do alcance dos seus propósitos.

Desde que nascemos, com o registro de nascimento, até quando morremos, com o atestado de óbito, tudo o que fazemos ou realizamos no curso da nossa peregrinação terrena está regulamentado por normas, regulamentos, portarias, decretos e leis que formam o nosso ordenamento jurídico. Base fundamental para referendar a justa distribuição da Justiça sempre que esse reclamo bater às portas dos juízos, instâncias ou tribunais.

Nessa linha de pensamento e de coexistência pacífica entre o Estado e a sociedade civil organizada surge o Judiciário como instrumento valioso para assentar a paz social, sobretudo quando foi esse o propósito do Estado para chamar para si a responsabilidade de distribuir a Justiça. Como o Estado se trata de um ente abstrato, ele mostra a sua face na pessoa física do juiz como responsável pela aplicação da Justiça. Não pode existir nada mais sublime do que isso. 

Consolidar a paz social com a aplicação da norma jurídica capaz de serenar os ânimos dos que buscam na Justiça o último guardião para a defesa dos seus direitos. E isso se torna mais evidente quando se constata a lisura dos nossos juízes, suas condutas morais, culturais, sociais, éticas e jurídicas no contexto da sociedade em que convive, como expressão maior para conquistar a respeitabilidade dos seus jurisdicionados.

Na primeira entrevista que concedeu, e que está estampada nas páginas amarelas da edição da Veja de setembro/24, disse a cada jovem magistrado com quem se encontra que a ambição da riqueza material ou quem sonha com um emprego glamouroso não deve ser juiz, estará na profissão errada. E sentenciou dizendo que o juiz no exercício da sua função judicante nunca será rico, e quem quer ser rico, não deve fazer concurso para juiz. 

Foi o desabafo diante de tantos tormentos que sacudiram os tribunais estaduais com os afastamentos de desembargadores de seu ofícios judicantes. Mas esse desejo enlouquecido que embrutece o ser humano não reside apenas nos limites do Judiciário. Outras tantas instituições sofrem com esse pesadelo. Nem o papa Francisco com o seu colégio de cardeais rebelde, e de outros tantos padres que se utilizam da sotaina para destruir sonhos justos e santos, vive momentos do seu pontificado sem tormentos. 

Em razão desses ditames, a nossa Carta Constitucional, para evitar essa vontade condenável, reservou aos integrantes do Judiciário as garantias constitucionais da vitaliciedade, inamovibilidade e irredutibilidade de vencimentos como instrumentos robustos para enfrentar os poderosos e vencer os desafios que todos os dias surgem na sua rotina de trabalho.

Parabéns ao nosso Estado, que recebe as mais altas autoridades do Judiciário brasileiro pelo colóquio. Parabéns a nossa sempre linda Campo Grande, terra de José Antônio Pereira, plantador de uma cidade de gente honesta, trabalhadora e que respeita a ordem, a lei e as autoridades constituídas. 

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